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HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO
Aula 01
HISTÓRIA GERAL DO DIREITO DO TRABALHO
Na sociedade pré-industrial, era da escravidão, o trabalhador era considerado coisa e não sujeito de direito.
Na Antiguidade, o trabalho era visto como um castigo no pensamento clássico grego. Aristóteles e Platão não apresentavam o trabalho como um valor a dar dignidade ao homem, diversamente, os sofistas apresentavam o trabalho como algo positivo e de relevância.
HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO
No Antigo Testamento, após o homem comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, desrespeitando o mandamento de Deus, devendo trabalhar para obter o seu próprio sustento (Gênesis 3:19).
No feudalismo, havia o regime da servidão, em que o senhor feudal dava proteção militar e política aos servos, que não tinham liberdade e eram obrigados a entregar parte da produção rural, pela permanência e uso da terra, bem como pela defesa recebida.
Na Idade Média, com as corporações de ofício há três modalidades de membros. 
Os mestres eram os proprietários das oficinas. 
Os companheiros eram trabalhadores livres que recebiam salários dos mestres. 
Os aprendizes eram menores que recebiam dos mestres o ensinamento metódico do ofício ou profissão.
A relação das corporações com os trabalhadores era de tipo autoritário.
No Renascimento, o trabalho passa a ser entendido como um valor e fonte de riquezas.
Com a Revolução Francesa foram suprimidas as corporações de ofício. No liberalismo, o Estado não devia intervir na área econômica.
Na realidade, o Direito do Trabalho surge com a sociedade industrial e o trabalho assalariado.
A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, acarretou o surgimento do Direito do Trabalho, com a descoberta da máquina a vapor como fonte de energia, substituindo a força humana.
O Estado passa a intervir nas relações de trabalho, para a proteção do trabalhador, como forma de preservar a dignidade do homem no trabalho. Essas mudanças ocorreram, ainda, em razão da ideia de justiça social, que se fortaleceu a partir da doutrina social da Igreja Católica, por meio da Encíclica Rerum Novarum, de 1891, do Papa Leão XIII.
O tema prosseguiu com as Encíclicas Quadragésimo Anno e Divini Redemptoris, de Pio XI; Mater et Magistra, de João XXIII; Populorum Progressio, de Paulo VI; Laborem Exercerts, de 1981, de João Paulo II; Caritas in Veritate, de 2009, de Bento XVI.
Com o término da Primeira Guerra Mundial, surge o constitucionalismo social. A primeira Constituição que dispôs sobre o Direito do Trabalho foi a do México, de 1917.
A segunda Constituição a trazer disposições sobre o tema foi a da Alemanha, de Weimar, de 1919, com repercussão na Europa.
Em 1919, o Tratado de Versalhes prevê a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A Carta dei Lavoro, de 1927, da Itália, serviu de inspiração das legislações para Portugal, Espanha e Brasil.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve a criação da Organização das Nações Unidas (ONU). 
Em 1946, consolidou-se a vinculação da OIT à ONU, como instituição especializada para as questões referentes à regulamentação internacional do trabalho. 
Em Conferência Internacional do Trabalho de 1946, foi aprovado o novo texto da Constituição da OIT, com a integração da Declaração de Filadélfia como seu anexo. A Declaração Universal de Direitos Humanos, de 1948, também prevê diversos direitos trabalhistas. 
A Constituição de 1824, aboliu as corporações de ofício. O trabalho escravo perdura até a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.
A Constituição de 1891 reconheceu a liberdade de associação.
A Carteira Profissional é instituída pelo Decreto 21.175/1932.
A primeira Constituição brasileira a ter normas específicas de Direito do Trabalho foi a de 1934.
A Constituição de 1937 expressa a intervenção do Estado, com características corporativista. É instituído o sindicato único, vinculado ao Estado e proibida a greve.
HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
A existência de diversas leis esparsas sobre Direito do Trabalho impôs a necessidade de sua sistematização, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei 5.452, de 1.° de maio de 1943, que não é um código propriamente, pois sua principal função foi apenas de reunir as leis trabalhistas existentes.
A Constituição de 1946 restabeleceu o direito de greve, passando a trazer elenco de direitos trabalhistas superior àquele das Constituições anteriores.
A Constituição de 1967 manteve direitos trabalhistas das Constituições anteriores e passou a prever o FGTS.
A Emenda Constitucional 1, de 17 de outubro de 1969, não alterou
os direitos trabalhistas previstos na Constituição de 1967.
A Constituição Federal de 1988, promulgada em 5 de outubro de
1988, em seu Título II, trata dos “Direitos e Garantias Fundamentais”, cujo Capítulo II refere-se aos “Direitos Sociais”, abordados no art. 6.°. Os arts. 7.° a 11 versam sobre o Direito do Trabalho.
O Direito do Trabalho pode ser definido como o ramo do Direito que regula as elações de emprego e outras situações semelhantes.
Como ramo do Direito, ele é composto de normas jurídicas, incluídas as regras e os princípios. Em razão do pluralismo das fontes normativas, observa-se normas estatais e não estatais.
Os princípios do Direito do Trabalho são as disposições estruturais desse ramo do Direito.
CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO
A finalidade do Direito do Trabalho é estabelecer medidas protetoras ao trabalho, assegurando condições dignas de labor.
Para fins didáticos, no Direito do Trabalho observa-se uma Teoria Geral, o Direito Individual do Trabalho e o Direito Coletivo do Trabalho.
A Teoria Geral do Direito do Trabalho engloba, as questões pertinentes à autonomia, natureza jurídica, fontes, interpretação, integração e eficácia desse ramo do Direito.
O Direito Individual do Trabalho, trata sobre a relação individual de trabalho, tendo como figura nuclear o contrato de trabalho, seu início, desenvolvimento e término.
O Direito Coletivo do Trabalho, tem por objeto os diversos aspectos das relações coletivas de trabalho, com destaques à organização sindical, à negociação coletiva e aos instrumentos normativos decorrentes, bem como à representação dos trabalhadores na empresa, aos conflitos coletivos e à greve.
Por fim, as questões pertinentes à inspeção do trabalho, realizada pelos órgãos do Ministério do Trabalho e Emprego, integram o que parte da doutrina denomina de Direito Público do Trabalho, disciplinando as relações do Estado com empregadores e do Estado com trabalhadores. 
Analisar a natureza jurídica do Direito do Trabalho significa verificar sua posição no sistema jurídico como um todo.
No Direito do Trabalho, observam-se diversas normas com natureza de ordem pública. Não significa que o Direito do Trabalho seja considerado Direito Público, pois não regula, de forma preponderante, a atividade estatal, nem o exercício de seu poder de império. Encontra-se, assim, superada a teoria do Direito do Trabalho como ramo do Direito Público.
NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO TRABALHO
Conforme a teoria do Direito Social, o Direito do Trabalho é gênero distinto dos ramos público e privado, com a finalidade de proteger os hipossuficientes. 
A teoria do Direito Misto defende que o Direito do Trabalho engloba relações privadas e relações públicas.
De acordo com a teoria do Direito Unitário, o Direito do Trabalho é o resultado da fusão do Direito Público e Privado, destacando-se a sua unidade.
O melhor entendimento é no sentido de ser o Direito do Trabalho ramo do Direito Privado, tendo como instituto central o próprio contrato de trabalho, regulando, de forma preponderante, os interesses dos particulares envolvidos nas diversas relações jurídicas pertinentes à matéria estudada. No âmbito coletivo, o princípio da liberdade sindical (art. 8.°, I,da CF/1988), vedando a interferência do Estado na organização sindical, confirma a natureza privada do Direito doTrabalho.
Observa-se a autonomia científica do Direito do Trabalho, em face da existência de ampla temática objeto de estudo, dando origem a institutos específicos, com metodologia apta a entender suas diversas peculiaridades, bem como princípios próprios.
AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
No Brasil, não se verifica a existência de um verdadeiro Código do Trabalho. A Consolidação das Leis do Trabalho, embora também apresente disposições pertinentes ao Direito Processual do Trabalho, regula diversos aspectos do Direito do Trabalho.
No plano doutrinário, as diversas obras sobre a matéria, confirmam a autonomia do Direito do Trabalho.
Didaticamente, a matéria Direito do Trabalho é estudada de forma separada e autônoma nas diversas Faculdades de Direito.
Jurisprudencialmente, a Justiça do Trabalho, com competência para solucionar conflitos trabalhistas na forma do art. 114 da Constituição Federal, é o ramo do Poder Judiciário que aplica, de forma preponderante, o Direito do Trabalho.
Com o Direito Constitucional: A relação do Direito do Trabalho com o Direito Constitucional é bem acentuada. A Constituição Federal de 1988, nos arts. 7.° a 11, versa sobre diversos direitos trabalhistas, alçados à hierarquia constitucional. A mesma Constituição esclarece ser da União a competência para legislar sobre Direito do Trabalho (art. 22, inciso I).
RELAÇÕES DO DIREITO DO TRABALHO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO
Com o Direito Ambiental: o meio ambiente do trabalho insere-se no meio ambiente como um todo (art. 200, inciso VIII, da CF/l988), o qual, por sua vez, integra o rol dos direitos humanos fundamentais, inclusive porque objetiva o respeito à dignidade da pessoa humana.
Com o Direito Civil: Quanto ao Direito Civil, o contrato de trabalho, tem origem naquele ramo do Direito Privado e apresenta disposições aplicáveis no âmbito trabalhista, conforme o art. 8.°, parágrafo único, da CLT.
Com o Direito Empresarial: O Direito Empresarial relaciona-se com o Direito do Trabalho ao regular o empresário e as diversas sociedades empresariais. Frise-se que o art. 2.°, caput, da CLT indica a empresa como empregador. As questões reguladas pelo Direito Falimentar também apresentam repercussões nas relações de trabalho. 
Com o Direito Econômico: Relaciona-se com o Direito do Trabalho, em temas pertinentes a políticas econômicas e salariais, com reflexos nas relações de emprego e em certas condições de trabalho, na busca
pelo bem-estar social.
Com o Direito Processual do Trabalho: apresenta ligações com o Direito do Trabalho, pois aquele assegura a aplicação das normas de Direito material, solucionando conflitos, no caso, trabalhistas, individuais e coletivos.
A doutrina dos direitos humanos fundamentais tem origem na ideia de que o Direito é algo que o ser humano recebe e descobre. Nessa linha, defende-se a existência de um direito justo, sábio, que é dado aos homens.
DIREITO DO TRABALHO NO CONTEXTO DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS
Nesta questão, merece destaque a doutrina do Direito Natural, com raízes na própria Antiguidade (Aristóteles), fazendo-se presente, ainda que com enfoques próprios, em Roma (Cícero), na Idade Média (São Tomás de Aquino) e nos séculos XVII e XVIII, quando se passa a defender o jusnaturalismo laico, nas doutrinas de Hugo Grócio e do “contrato social” de Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, que apresentam certas particularidades entre si.
Historicamente, em termos didáticos e com certa dose de generalização, há três momentos de conscientização dos direitos humanos fundamentais.
A “primeira geração” (ou dimensão) corresponde a uma conscientização do século XVIII, incorporando ideias relativas aos chamados direitos subjetivos naturais, no sentido de que o Estado deve se abster de interferir na conduta dos indivíduos, reconhecendo-se os direitos civis e políticos".
Tem-se, assim, a consagração dos direitos individuais, civis e políticos.
A “segunda geração” (ou dimensão) corresponde aos direitos sociais, como o direito ao trabalho, à educação, à saúde, trabalhistas e previdenciários, enfatizados no início do século XX.
O objetivo é corrigir as desigualdades sociais e econômicas, surgida com a Revolução Industrial. No plano político, merece destacar que o direito ao sufrágio universal, fez com que a classe trabalhadora adquirisse certa participação e força política.
Observa-se a consagração, assim, de direitos econômicos, sociais e culturais, vistos como inerentes ao Estado social, objetivando a "igualdade”, sob o enfoque material; decorrem da dignidade humana e geram à pessoa poderes de exigir prestações positivas concretas do sujeito passivo, no caso, a sociedade representada pelo Estado.
A “terceira geração” (ou dimensão) refere-se aos direitos de solidariedade, pertinentes ao desenvolvimento, ao patrimônio comum da humanidade, à autodeterminação dos povos, à paz, à comunicação e à preservação do meio ambiente.
Há autores que já fazem menção a uma “quarta geração” (ou dimensão), referente aos direitos ligados à biogenética e ao patrimônio genético, ou à participação democrática, à informação e ao pluralismo.
O meio ambiente do trabalho insere-se no meio ambiente como um todo e integra o rol dos direitos humanos fundamentais, porque objetiva o respeito à “dignidade da pessoa humana”, valor supremo que revela o “caráter único e insubstituível de cada ser humano”, figurando, ainda, como verdadeiro fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1.°, inciso III, da CF/1988).
DIREITO DO TRABALHO E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
O Direito Constitucional inclui o “meio ambiente”, justamente entre os chamados direitos fundamentais de “terceira geração” ou “dimensão.
Cabe frisar que a situação ideal é aquela em que as condições de trabalho, quanto ao ambiente em que as atividades são desempenhadas, não sejam penosas, nem apresentem qualquer fator de periculosidade e insalubridade.

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