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Exame Cardiológico ! Ciclo Cardíaco O estímulo elétrico que inicia cada ciclo é o nó sinoatrial, na junção da VCS com o AD. A partir deste, segue para o AD, AE, nó atrioventricular, feixe de Hiss, Purkinje e ventrículos. Sístole ventricular: ✓ Fase de contração isovolumétrica: iniciada com o fechamento das valvas AV (B1) pelo aumento da pressão ventricular, contração sem esvaziamento e termina com o início da ejeção ventricular. A contração do VE antecede a do VD, por isso, B1 possui 2 componentes: o primeiro coincide com o fechamento da valva mitral e o segundo, da tricúspide. É o desdobramento de B1. Obs: condições que retardam a sístole no VE como bloqueio no ramo direito do feixe de Hiss, aumentam o grau de desdobramento de B1. Já as condições que retardam a sístole no VE como bloqueio do ramo esquero tendem a tornar o desdobramento inaudível. ✓ Fase se ejeção ventricular rápida: inicia quando a pressão intraventricular supera a pressão nas artérias aórtica e pulmonar, abrindo as valvas semilunares. Como a pressão na artéria pulmonar é menor que na aorta, é necessária menor pressão do VD para sua abertura, o que propicia que a ejeção se inicie no VD. A ejeção rápida do VE é reconhecida nos pulsos arteriais periféricos como um retardo à ausculta de B1 para transmissão da onda de pulso da aorta até as artérias periféricas. Na ausculta, a abertura das valvas semilunares não produz som, exceto quando há estenose dessas valvas ou dilatação dos vasos, gerando CLIC ou estalido de ejeção ventricular. ✓ Fase de ejeção ventricular lenta: inclui a protodiástole, período em que o ventrículo ainda está em contração e há ejeção de sangue para as artérias. A pressão na aorta torna-se maior que a do VE, porém, ainda há fluxo até o final da sístole, devido ao impulso criado pela massa de segmento ao ser ejetada pelo ventrículo. Ao final da sístole, a pressão no ventrículo se reduz e alcança níveis inferiores aos da aorta, o que causa o fechamento da valva aortica. Quanto à sístole do VD, ocorre fenômenos semelhantes, no entando, com pressões menores e ejeção mais lenta, o que faz com que o fechamento da valva aórtica anteceda o da pulmonar (desdobramento de B2 fisiológico). Assim, B2 tem 2 componentes: A2 componente aórtico, e P2 componente pulmonar. Esse desdobramento aumenta com a inspiração porque aumenta o retorno venoso e o trabalho do coração. Diástole ventricular: delimitado por B2 até início de B1. Intervalo T-P (sem atividade ventricular) 1. Fase de relaxamento isovolumétrico: fechamento das valvas semilunares; valvas AV também fechadas. O relaxamento reduz a pressão no ventrículo, propiciando o aumento da pressão atrial, o que faz comque as valvas AV se abram. Em condições anormais pode-se auscultar ruído correspondente à abertura de uma das valvas AV, sendo o estalido de abrtura da valva mitral ou tricúspide, geralmente causado por estenose dessas valvas ou quando a velocidade de fluxo aumenta. 2. Fase de enchimento ventricular rápido: abertura das valvas AV e fluxo rápido de sangue para os ventrículos. No final dessa fase, ausculta-se B3, que pode ser fisiológica ou patológica (ventrículo cheio, mas chega mais segmento). 3. Fase de enchimento ventricular lento ou diástase: redução do ritmo de enchimento ventricular. As pressões nos átrios e ventrículos são semelhantes e se elevam lentamente até o fim da diástole ventricular e sístole atrial. Sístole Atrial: ocorre na fase final da diástole ventricular. Onde há aumento da pressão nos átrios e relaxamento ventricular, seguido de enchimento ventricular. É representada pela onda P no ECG. Na inspeção e palpação do precórdio, a sístole atrial aumentada pode ser vista como elevação discreta que antecede a sístole ventricular. Isso pode ser auscultável com B4 (sístole forte e complacência ventricular alterada) que precede B1. Bulhas Cardíacas B1: indica início da sístole ventricular, representa o fechamento das valvas atrioventriculares. Possui 2 componentes: M1 e T1. Pesquisa: decúbito dorsal a 30-40 graus e utilização de diafragma ou campânula com maior pressão. Na região apical ou lateral, B1 costuma ser única. Na região medial, é possível auscultar M1 e T1 de intensidade semelhante. Na região paraesternal inferior, a intensidade de M1 é menor que T1. Geralmente o desdobramento de B1 não é influenciado pela respiração, embora mais audível na expiração. B2: indica início da diástole, marcando o final da contração ventricular, representado pelo fechamento das valvas semilunares. É formada por A2 e P2. Depende da resistência arteriolar e do recúo elástico da parede arterial. Normalmente o fechamento da valva aórtica precede o da pulmonar, sendo auscultado no foco pulmonar o desdobramento. A inspiração aumenta o desdobramento fisiológico. O desdobramento patológico de B2 é observado quando, durante a inspiração, a ausculta é única. Tem como causas: estenose aórtica (atraso de A2), HAS. Pesquisa: diafragma favorece identificação de desdobramento, em decúbito dorsal a 30-45 graus. Quando B2 é única na inspiração e desdobrada na expiração, há retardo de A2. Na inspiração: P2A2, há retardo de fechamento de P2. Na expiração: P2-A2, há antecipação de P2. B3: ocorre após B2, de baixa frequência. Ocorre na fase de enchimento lento do ventrículo, quando cessa o relaxamento ativo e inicia a distensão passiva. Deve-se às vibrações das estruturas do VE e do sangue. É acentuada em condições que aumentam a velocidade e o volume da fase de enchimento rápido ou o volume sistólico residual. No momento em que ocorre, pode-se palpar um pequeno movimento na parede torácica decorrente da súbita desaceleração do sangue, ou seja, resulta de sobrecarga de volume. Pode estar relacionada a insuficiência ventricular. Deve ser auscultada com campânula. B4: de baixa frequência, ocorre na pré-sístole, antes de B1. É mais audível em cardiopatas e crianças (fisiológica). Resulta da brusca expansão e vibração do ventrículo com complacência diminuída, consequente à contração atrial vigorosa, ou seja, sobrecarga de pressão. Usar campânula no foco mitral. INSPEÇÃO • Atitude do paciente • Anormalidades da caixa torácica: cifoescoliose, pectus excavatum, pectus carinatum. • Impulsos visíveis: analisar tórax tangencialmente e perpendicularmente. Achados: Impulsos sistólicos provenientes do VD podem ser vistos na região paraesternal esquerda ou sobre o processo xifoide. • Batimentos Anormais: aneurismas de crossa aórtica e aorta ascendente podem provoccar batimentos visíveis na fúrcula esternal. • Abaulamentos: fisiológico é o ictus cordis. Se for entre 3º e 6º espaços sugere cardiomegalia. • LEP “Precordio atípico, sem abaulamentos, retrações ou deformidades, ausência de LEP e de pulsações em região paraesternal, fúrcula esternal e epigástrica. Ictus inivisível em decúbito dorsal e visível na posição de Pachon, localizado no 4º espaço intercostal à esquerda da linha hemiclavicular esquerda” PALPAÇÃO Palpação de pontos dolorosos no tórax para diagnóstico diferencial de dor torácica na Síndrome de Tietz, inflamação da cartilagem entre as costelas e o esterno, sem relação com esforços e desencadeada ou com piora à palpação dessas articulações. O ictus produz batimento no ápice do coração localizado entre 4º e 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular. Deve ser analisado em decúbito dorsal e depois na posição de Pachon. Com a mão espalmada sobre o tórax, procura-se ponto de máximoimpulso, e após detectar, utilizar a ponta dos dedos para aumentar sensibilidade tátil. Situações que dificultam a palpação do ictus: obesidade, DPOC, paciente musculoso. Devem ser avaliados: ✓ Localização: entre 4º e 5º EIC de 6-10cm à esquerda da linha média. Achados: desvios podem ser encontrados nos aumentos cavitários:aumento de VE (lateralmente para baixo), de VD (lateral). Também encontrados em condições pulmonares como atelectasias ou fibroses, que tracionam para o lado do pulmão. Já condições como pneumotórax hipertensivo e derrames de grande monta vão e empurrá- lo. ✓ Extensão: geralmente entre 2-3cm. Avalia-se o tamanho do ictus através de polpas digitais ou EICs. Aumento indica dilatação de VE. ✓ Amplitude: ictus propulsivo é capaz de produzir ação nos dedos do examinador a ponto de levantá-los, indicando hipertrofia de VE. ✓ Bulhas extras ✓ Mobilidade: normalmente há desvio de cerca de 3cm. Uma redução do desvio sugere pericardite constritiva. A palpação de VD é possível em situações de aumento da câmara. Pode ser realizada: • Com punhos cerrados, apoiando as falanges proximais no terço médio da linha paraesternal de modo paralelo às costelas. • Com a mão aberta, o examinador apoia apenas as polpas digitais nos 3º, 4º e 5º EIC. • No terço médio da linha paraesternal, o examinador apoia a região tenar da mão • Coloca-se mão espalmada na região epigástrica e aponta para a região cefálica, fazendo força de baixo para cima, fazendo com que os dedos fiquem abaixo do processo xifoide. Solicitar que o paciente realize inspiração, facilitando a palpação. Choques valvares: choque provocado pela hiperfonese das bulhas. Procura-se nos focos da base. Frêmitos: representam sopros palpáveis. A sensação provocada pelo frêmito é a mesma de palpar a laringe após fala. Deve-se localizar através da palpação com a eminência tenar, identificar o momento do ciclo, intensidade e irradiação. O frêmito na base sugere insuficiência valvar quando diastólico e estenose quando sistólico. O frêmito na base com irradiação para fúrcula esternal e carótidas sufere insuficiencia aórtica, enquanto irradiando para a axila esquerda sugere estenose mitral. Palpação das bulhas: B1 deve ser palpada no ápice (focos tricúspide e mitral), podendo sugerir calcificação, fibrose (estenoses valvares) ou estados hipercinéticos. B2 deve ser palpado nas bases, sendo identificadoem casos de aumento da pressão de fechamento valvar, como HAS (foco aórtico), hipertensão pulmonar (foco pulmonar, associado a VD palpável). Atrito pericárdico: apresenta 3 fases: 1 sistólica e 2 diastolicas (fase de enchimento rápido e contração atrial). Exacerbado em condições que aproximam o VD (posição sentado, inclinado para frente ou em decúbito central sobre joelhos e cotovelos). Palpável com a palma da mão. "Ausência de pontos dolorosos à palpação. Ictus palpável em decúbito dorsal no 4º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, de amplitude satisfatória, sensível a 2 polpas digitais, móvel a 3 cm para a esquerda na posição de Pachon, duração no 1º terço da sístole, ausência de bulhas acessórias. Ausência de choques valvares, frêmito, atrito pericárdico. Ventrículo direito não palpável. AUSCULTA Paciente em decúbito dorsal com cabeceira a 30 graus, sem roupa. Iniciar pela região do ápice, em direção à regiãoparaesternal esquerda, ascendendo para o 2º EIC esquerdo e posteriormente cruzando alinha média. Denominações importantes: holo (todo), proto (início), meso (meio), tele (fim); diastólico e sistólico. Deve-se palpar um pulso periférico (carotídeo ou raidal) simultaneamente para identificar B1. Regularidade: ritmo regular consiste naquele com intervalos fixos. Quando os batimentos apresentam irregularidade repetida deforma não aleatória, denominamos regularmente irregular. A extrassistole é um exemplo, na qual o ritmo é quebrado por uma antecipação de um batimento acompanhada por breve pausa até o próximo. Já um pulso aleatório pe chamado irregularmente irregular, sendo ideal a contagem da frequência no precórdio. Pode indicar fibrilação atrial. Identificação de B1 e B2: ausculta através do diafragma, concomitante a palpação do pulso carotídeo, com sua ascensão junto à B1. Desdobramento de B2: O desdobramento fisiológico de B2 ocorre na inspiração devido ao fechamento antecipado da valva aórtica em relação à pulmonar e desaparece na expiração. A acentuação do fisiológico ocorre quando A2 e P2 se encontram afastados na inspiração com maior intervalo mas também na expiração, decorrente de um atraso maior no fechamento da pulmonar, tendo como causas bloqueio de ramo direito (BRD) ou quando a valva aórtica antecipa o fechamento, como na insuficiência mitral. O desdobramento paradoxal ocorre no atraso de A2, fazendo com que na inspiração seja P2A2 e na expiração, P2-A2, tendo como causas principais o bloqueio do ramo esquerdo (BRE) e estenose aórtica. O desdobramento fico ocorre na inspiração e expiração, na qual B2 apresenta som duplo de mesmo intervalo, ocorrendo na comunicação interatrial pois permite que pressões do lado esquerdo e direito se igualem. Bulhas Acessórias: produzem sons graves, sendo identificadas com utilização da campânula. As de origem no VD são identificadas na região paraesternal e ápice. Devem ser diferenciadas de desdobramento de B2, que é identificado melhor com o diafragma e na base. As de origem no VE devem ser avaliadas com decúbito lateral esquerdo. No caso de bulhas à direita, o melhor lucal é no pontomáximo de impulso do VD. B3 é mais evidente no aumento do retorno venoso e da FC, de modo que o examinador pode pedir para o paciente realizar alguns agachamentos. Exacerbada na inspiração profunda. Retrata falência ventricular, tendo como causas miocardiopatias, insuficiência aortica e mitral, comunicação interatrial ou doenças isquêmicas na fase avançada e à direita quando houver falência de VD. B4 de origem esqueda pode ser excerbada com manobra de handgrip. Exacerbada na inspiração profunda. Tem origem na contração atrial, ocorrendo antes de B1. Assim, as de esquerda podem ter como origem IAM e hipertrofia ventricular, enquanto as de direita são fruto da hipertensão pulmonar ou estenose pulmonar. Paciente com B3 e B4 e taquicardia indica ritmode galope; ou quando estes se sobrepoem é denominado galope de soma. Estalidos e cliques se diferencial pela qualidade do estalo. São mais audíveis com diafragma, ajudando a diferenciar de B3, B4. O estalido é auscultado após B2 na abertura das valvas AV, encontrado por exemplo em pacientes com estenose mitral. O clique ocorre após B1, já que o fechamento das AV precede a abertura das semilunares, sendo chamados cliques ejetivos, identificados em pacientes com valva aortica bicúspide, estenose pulmonar e dilatação do tronco da A. pulmonar. O clique também pode ser mesossistólico ou não ejetivo, audível na borda paraesternal esquerda, causado pela tensão no aparelho valvar e subvalvar mitral, encontrados no prolapso mitral. Sopros são manifesações sonoras do turbilhonamento de sangue, decorrente de lesões valvares, hiperfluxo ou redução da viscosidade sanguínea. Quando intensos, produzem frêmitos. São diferenciados das bulhas por maior duração. Fisiopatologia: • Fluxo através de obstrução parcial (exemplo: estenose) • Fluxo para dentro da câmara dilatada (exemplo: aneurisma) • Fluxo retrógradopor regurgitação (exemplo: insuficiênciavalvar) • Aumento de volume de sangue através de estruturas normais É classificado em: Caracterização do sopro: ✓ Localização: fase do ciclo ✓ Sistólico: ejetivo (ocorre na ejeção rápida e preserva B1) ou regurgitativo (ocorre na contração isovolumérica e não preserva B1) 1+ difícil de auscultar, gera dúvida 2+ torna-se mais evidente, não gera dúvida 3+ de alta intensidade 4+ auscultado com todo o esteto na pele, com frêmito 5+ auscultado com o esteto a 45 graus da pele, com frêmito 6+ auscultado com o esteto apenas próximo à pele, com frêmito ✓ Diastólico: aspirativo (ocorre no relaxamento isovolumérico, não preserva B2) ou ruflar (ocorre no enchimento, preservaB2) ✓ Intensidade (6+) ✓ Tonalidade: agudo ou grave ✓ Timbre: rude ou suave ✓ Frêmito (4+) ✓ Irradiação: axila e dorso (IM), carótidas (Eao), tórax direito (IT), ictus (IM) ✓ Morfologia: em faixa, decrescente, crescente e descrescente ou em diamante Sopro funcional e orgânico: funcionais não são realcionados a lesões orovalvares, geralmente ocorrem por hipercinese como febre, hipertireoidismo e exercício físico, além de anemia; são sistólicos e podem ser auscultados em múltiplos focos em igual amplitude, sem frêmito, melhor identificado em decúbito dorsal. Orgânicos são aqueles que apresentam alterações estruturais, valvares ou não (ex: defeito no septo ou persistência de ducto arterioso), podendo ser sistólicos ou diastólicos e predominantes em um foco, podendo irradiar e apresentar frêmito. Manobras Hand Grip: paciente e examinador apertam as mãos um do outro por 20 segundos, comprimindo o leito capilar palmar e fazendo com que a resistência arterial aumente, elevando a pressão aórtica.Dessa forma, os sopros e bulhas do lado esquerdo irão aumentar, exceto os sopros de estenoses. Pode pedir para paciente fechar as mãos com força, apertar apenas dois dedos do examinador ou apertar uma mão contra a outra. Ribero Carvallo: o paciente realiza inspiração mais profunda e longo, aumentando o retorno venoso e intensidicando os sopros e as bulhas extras do lado DIREITO do coração. Manobra de Muller: inspiração forçada com boca e nariz fechados, expandindo o tárax e reduzindo a P intratorácica, o que aumenta o retorno venoso. Provoca desdobramento de B2, anulando os sons da ausculta respiratória. Valsalva: expiração forçada mantendo boca e nariz fechados por 10 segundos. Isso provoca aumento da Pintratorácica e esvaziamento sanguíneo pulmonar, que segue para VE e é ejetado. O retorno venoso reduz. Causa aumento dos sopros sistólicos do lado esquerdo em caso de prolapso mitral, hipetrofia septal. Aumenta desdobramento paradoxal. Cócoras: ausculta do paciente de cócoras, o que intensifica os sopros exceto da miocardiopatia hipertrófica. Quando o paciente volta à posição ereta, o contrário ocorre. "Ritmo cardíaco regularem 2 tempos, a uma frequência de B bpm, B1 normofonética, B2 normofonética, A2>P2, presença de desdobramento fisiológico de B2. Ausência de cliques, estalidos, sopros e extrassístoles." Lesões Orovalvares 1. Estenose Mitral: restrição de abertura da valva mitral. INSPEÇÃO: fácies mitral com rubor malar PALPAÇÃO: VD palpável (hipertrofia de VD compensatória devido a maior congestão), frêmito diastólico no ápice do coração, chque valvar de B1 e B2; AUSCULTA: Sopro protodiastólico que pode evoluir para holodiastólico, localizado no foco mitral, do tipo ruflar, com estalido de abertura mitral, clique de ejeção sistólico em foco pulmonar, B1 hiperfonética, P2>A2 (paradoxal); Melhor audível com campânula; MANOBRAS: posição de Pachon e exercício físico aumentam o sopro; Causas: febre reumática, congênitas. 2. Insuficiência Mitral: dificuldade de fechamento da valva mitral. PALPAÇÃO: ictus aumentado, deslocado para esquerda e para baixo, hipertrofia de VE, VD palpável, frêmito sistólico no ápice cardíaco, choque valvar pulmonar palpável. AUSCULTA: sopro holossistólico, rude, regurgitativo, com irradiação para axila (cúspides anteriores) ou para tricúspide (cúspides posteriores); B1 hipofonético, ausente ou englobado no sopro, desdobramento de B2 acentuado, B3 (sobrecarga de volume). MANOBRAS: Hand Grip e cócoras aumentam o sopro. Obs: Rivero Carvalho diferencia sopro originado no foco mitral com irradiação para tricúspide de sopro em foco tricúspide. Causas: febre reumática, prolapso mitral, endocardite bacteriana, IAM, ruptura de músculo papilar, isquemia do músculo papilar, dilatação do anel mitral. 3. Estenose Aórtica: restrição de abertura de valva aórtica PALPAÇÃO: hipertrofia de VE, pulso parvus e tardus, ictus aumentado AUSCULTA: sopro mesosistólico do tipo diamante, melhor audível no foco aórtico, com irradiação para base do pescoço e carótidas; desdobramento paradoxal de B2 (P2>A2), presença de B4 (sobrecarga de pressão), clic de abertura, B3 (Insuficiência cardíaca) MANOBRAS: Hand-grip reduz sopro, Valsalva aumenta. Causas: degeneração senil por calcificação, doença reumática, congênitas. 4. Insuficiência Aórtica: dificuldade de fechamento da valva aórtica. INSPEÇÃO: “dança das artérias” PALPAÇÃO: pulso em martelo dágua, aumento de VE e deslocamento de ictus para lateral e para baixo; B3 palpável, frêmito diastólico em borda esternal esquerda. AUSCULTA: sopro diastólico, aspirativo, decrescente, agudo, de alto timbre, melhor audível em foco aórtico ou aórtico acessório, B2 hipofonética e B1 hipofonética. Sopro mesossistólico aórtico devido a grande volume sistólico final. Obs: sopro de Austin Flint quando há sopro de estenose mitral. Pode ter sopro mesossistólico devido a maior volume regurgitado MANOBRAS: hand grip, inclinação para frente. Outros sinais: sinal de Quincke (alternãncia de rubor e palidez no leito ungueal sob pressão), Sinal de Traube (som semelhante a tiro na ausculta das femorais), duplo sopro de Duroziez (sopros quando a artérial palpável proximal ou distalmente), sinal de Musser (pulsações sistólicas na cabeça), sinal de Mueller (pulsação da úvula). Causas: primárias como reumáticas ou congênitas; secundárias a doenças que dilatam o anel aórtico, como HAS, sífilis. 5. Estenose Tricúspide: restrição de abertura de valva tricúspide Geralmente associada a estenose mitral, que a precede. INSPEÇÃO: pulso venosa com onda a em canhão e elevação venosa central; dema nos MMII, ascite, refluxo abdominojugular e turgência. AUSCULTA: estalido de abertura, sopro diastólico do tipo ruflar MANOBRAS: Rivero Carvalho Causas: reumática 6. Insuficiência Tricúspide PALPAÇÃO: aumento de VD AUSCULTA: sopro holossistólico MANOBRA: Rivero Carvalho Causas: febre reumática, aumento do anel valvar secundária a hipertrofia de camâra esquerda. Exame das Artérias e Veias Artérias Artérias são mais palpáveis, pouco visíveis, pulsação única e não se altera com manobra de posição ou respiratória. Veias são mais visíveis, vistas em forma de dupla onda, pouco palpáveis e se alteram com mudança de posição e respiração. O pulso arterial é reflexo do VE. INSPEÇÃO: • Pulsações visíveis • Cor da pele: palidez, cianose local (quando o fluxo de sangue no leito capilar se torna lento, se consome quase todo oxigênio, levando a um acúmulo de hemoglobina reduzida), hiperemia (vasodilatação local), eritrocianose (tom vermelho-arroxeado), fenômeno de Raynaud • Presença de fístula arteriovenosa • Úlcera arterial: localiza-se mais comumente no calcâneo, na borda lateral do pé e na região do maléolo lateral; possui contornos regulares e arredondados e geralmente pouca profundidade • Edema • Temperatura: hipertermia, hipotermia e frialdade • Elasticidade: pinçar dobra de pele com polpa dos dedos indicador e polegar • Frêmito PALPAÇÃO: ✓ Carótida: Deve ser realizada na altura da junção dos terços inferior e médio do pescoço, desviando o esternocleidomastoideo lateralmente. • Estado da parede: normalmente as artérias apresentam paredes lisas e elásticas. Achados: na Aterosclerose há rigidez das paredes arteriais. Artéria “em traqueia de passarinho” possui parede endurecida, irregular e tortuosa, inficativa de mediosclerose de Monckeberg (vasculopatia). • Amplitude: os pulsos podem ser normalmente palpálveis, diminuídos, fracos ou ausentes. • Ritmo : normalmente o pulso é regular, rítmico (frequência normal e intervalos regulares). Achados: na arritmia o pulso é irregular. Na arritmia atípica há desvio completo do ritmo, comprometendo sequêncai, duração e número de pulsações.Na alorritmia ou arritmia ritmada cadenciada há uma uniformidade, com “irregularidades aparecendo de forma regular”. • Freqüência do pulso: Normal= 60-100 pulsações por minuto. Achados: taquisfigmia (necessariamente com taquicardia), bradisfigmia (não necessariamente com bradicardia). • Duração Achados: Pulso célere: aquele em que a artéria se dilata e se retrai imediata e rapidamente, havendo um batimento muito rápido. Ocorre em: insuficiência aórtica (pulso de Corrigan) e nas síndromes hipercinéticas. Pulso tardo: a artéria se dilata e se retrai com certa lentidão. Ocorre na estenose aórtica. • Simetria: Normalmente são isócronos e isóbaros (comparando-se os batimentos ao mesmo tempo) Tipos de pulso: Normal: pressão de 30-40mmHg, contorno regular e arredondado. Pulso parvus e tardus: pulso de pquena amplitude e prolongado. Ocore na estenose aórtica, hipovolemia, IC grave e exposição ao frio. Pulso Célere ou Martelo dágua: aparece e some com rapidez. Pressão de pulso aumentada. Ocorre nas síndromes hipercinéticas (febre, hipertireoidismo, insuficiência aórtica, fístula arteriovenosa, anemias graves, canal arterial patente). Pulso bisferiens: amplitude aumentada com duplo pico sistólico. Ocorre nas cardiomiopatias hipertróficas, dupla lesão aórtica (estenose e insuficiência) e insuficiência aórtica. Pulso Alternante: alternância entre onda ampla e outra de menor amplitude. Detectada ao medir a pressão arterial. Ocorre na IVE. Pulso bigeminado: alternância entre onda normal e extra-sístole. Ocorre nas extra-sístoles supraventriculares. Pulso Paradoxal: caracterizado por redução palpável na amplitude do pulso durante inspiração tranquila. Ocorre no tamponamento cardíaco, pericardite constrictiva e doença pulmonar obstrutiva. Artérias pesquisadas: Artéria braquial: medial ao tendão do bíceps braquial. Apoiar o cotovelo do paciente sobre a palma da mão do examinador ou não de garra, palpando com 2, 3 e 4 quirodáctilos. Artéria radial Artéria ulnar: apertar a mão do paciente enquanto q outra mão busca pulso; pode não ser palpável Artéria femoral: abaixo do ligamento inguinal Artéria poplítea: região do oco poplíteo. Paciente em decúbito ventral com mãos do examinador no tornozelo do paciente, faz flexão da perna. Paciente em decúbito dorsal com perna em semiflexão, palpando ao redor do joelho. Artéria dorsal do pé: entre ligamentos extensores do 1 e 2 pododáctilo. Artéria tibial posterior: atrás do maléolo medial Artéria carótida: afastar esternocleidomastoideo na altura da cartilagem tireoidea. Evitar palpar no ângulo da mandíbula. Artéria aorta abdominal: decúbito dorsal, com leve flexão das coxas a fim de promover relaxamento da musculatura abdominal. Mais em garra ou em paralelo desde a região entre apêndice xifoide e a cicatriz umbilical. Artéria temporal superficial: dedo indicador acima da ATM Artéria subclávia: paciente sentado, realizando flexão da cabeça para o lado a ser examinado. Dedos na fossa supraclavicular. Artéria axilar: braco em abdução Artéria Ilíaca: decúbito dorsal com coxas fletidas, comprimir parede abdominal ao longo da linha desde a cicatriz umbilical até o ligamento inguinal. AUSCULTA ✓ Auscultar carótida e ver frêmito nos 3 terços, além de pedir para o paciente parar de respirar e depois voltar. - Pode ser realizada em todas as artérias, principalmente femoral, carótida e renal - Identificar sopro sistólico, sistodiastolico, continuo - Na carótida a ausculta deve ser realizada na altura da cartilagem tiroide com o disfragma do esteto. - As artérias renais devem ser investigadas pelo risco de hipertensão secundária, procurar desde a linha mediana até flancos. Seu sopro é sistólico na estenose de artérias renais. - Sopro abdominal sistólico pode indicar aneurisma. "Artéria com parede lisa e elástica, ritmo regular, de boa amplitude e duração, a uma frequência de X ppm; isócrona e isóbara quando comparada com a artéria homóloga". Manobras importantes: • Allen: verifica permeabilidade da ulnar e da radial. Mãos voltadas para cima, paciente fecha o punho e comprime as artérias. Pedir para abrir as mãos e manter relaxada. A palma da mão fica palcos. Libera uma artéria, apresentando rubor em 3- 5 segundos. Depois libere a outra. • Adson: colocar paciente sentado com membros superiores apoiados sobre os joelhos, palpar a radial e auscultar a região supraclavicular. Realizar inspiração profunda, prendendo-a, e extensão forçada da cabeça. Se houver compressão da artéria subclávia, o pulso radial diminui ou desaparece e surge um sopro na região supraclavicular. Confere diagnóstico de compressão da subclávia e do plexo braquial pelo escaleno anterior, costela cervical, processo transverso de C7 ou bridas fibroticas. • Manobra de Oliver Carderelli • Sinal de Oliver: com a cabeça em posição anatômica, fixamos a cartilagem cricóide com o polegar e o indicador da mão direita, fazendo leve pressão no sentido caudo- cranial; em pacientes portadores de aneurisma da crossa da aorta, poderá ser percebida a movimentação da laringe para baixo, sincronicamente ao pulso arterial. • Sinal de Carderelli: consiste em se fazer delicada pressão na laringe (cartilagem cricóide) com o polegar ou dedo médio da mão direita, no sentido lateral da direita para a esquerda, deslocando a traquéia da sua posição mediana para este lado. Caso haja presença de aneurisma da crossa aórtica, perceber-se-a movimentação rítmica laringotraqueal. Este achado será de maior valor diagnóstico se desaparecer com o deslocamento da laringe para o lado contrário (da esquerda para a direita). • Costoclavicular: detecta compressão da subclávia no espaço costoclavicular. Paciente sentado com membros apoiados sobre joelho. Palpar pulso radial e auscultar na supraclavicular, realizar inspiração profunda e jogar os ombros pra trás e baixo. Assim, se tiver compressão, o pulso radial reduz de intensidade ou desaparece e surge sopro. • Hiperabdução: detecta compressão da subclávia pelo tensão do peitoral maior. Hiperabdução do braço colocando a mão acima da cabeça. • Isquemia provocada: decúbito dorsal, observar coloração da região plantar. Elevar MMII Em 90 graus e ficar 1 minuto. Havendo isquemia, aparece palidez na região plantar do membro comprometido. Abaixar o membro e observar retorno da circulação. O normal é entre 5 e 12 segundos. Pode ocorrer hiperemia reativa. • Moser: seguidas flexões plantares, se apoiando em pé na ponta dos pés por 1-2 minutos. Pode ocorrer dor, diminuição do pulso pedioso, sopros femorais. CARACTERIZAÇÃO DO PULSO CAROTÍDEO: palpável, medial, possui 1 elevação e 1 descida, rápido, vigoroso, elevação rápida e descida lenta, permanece à compresão da base do pescoço e elevação do decúbito, inalterado à inspiração e à compressão abdominal. Veias INSPEÇÃO • Observação de circulação colateral na raiz da coxa, região pubiana, parede abdominal e toracica, presença de veias varicosas e alterações cutâneas • Varizes (ectasias venosas) podem ser serpinginosas, saculares, estreladas • Edema de MMII podem indicar insuficiência venosa crônica, maior no período vespertino e desaparecendo ao repouso. Mole, depressível, perimaleolar. • Hiperpigmentação é chamada dermatite de estase, manifestando máculas acastanhadas esparsas que tendem a confluir, “em bota”, acumulando hemosiderina proveniente das hemácias que migram para o interstício e são fagocitados por fagocitose. • Cianose • Edema com Sinais flogístico • Úlceras: bordos elevados, secreção, fundo sujo de fibrina e material necrótico, profundo, hiperpigmentação, hipoestesia. • Trombose de VCS: cianose facial e de membros superiores, circulação colateral com turgência jugular e edema em esclavinia (face, fossas supraclavicularese pescoço). PALPAÇÃO • Buscar por: temperatura, umidade, sensibilidade da pele e tecido subcutâneo, edema • Pesquisa de edema na região retromaleolar e pre tibiais • Medir membros inferiores para acompanhar evolução do edema Assimetria dos membros e edema pode indicar trombose • Estado das paredes venosas: consistência. Na trombose as paredes se assemelham a cordão varicoso. AUSCULTA Detecta sopros em casos de fistula arteriovenosa ou na grande insuficiência da crossa da safena interna. MANOBRAS ● Brodie-Trendelemburg Modificada: decúbito dorsal, elevar membro comprometido a 90 graus, esvaziando as varizes com massagem sentido caudocranial e coloca torniquete para para bloquear a circulação venosa superficial. O paciente levanta e se observa o enchimento. Rápido enchimento das varizes no sentido caudocranial com o torniquete demonstra perfurantes insuficientes. Retirando o torniquete, há rápido enchimento das varizes sentido craniocaudal indica insuficiência da válvula ostial da safena interna. ● Homans: dorsiflexao forçada do pé em paciente com suspeita de trombose. Se causar dor na panturrilha, é positiva. ● Denecke payr: compressão da planta do pé com o polegar contra plano ósseo. Se sentir dor, é positiva e pode indicar trombose de veias profundas do pé. ● Olow: compressão da musculatura da panturrilha contra plano ósseo. Suspeita de trombose das veias da panturrilha. ● Prova de Schwartz: posição ortostática, palpa-se veia safena magna com uma das mãos, com percussão digital das dilatações venosas distais no nível da palpacao da safena, explorando com a outra mão se sente onda de transmissão. A propagação retrógrada é indicativa de insuficiência valvular e hipertensão venosa. SÍNDROMES Isquemia arterial aguda: 5 P’s - polar (membro frio), pain (dor), pulseless (falta de pulso), parestesia e paresia. Pode ocorrer por trombose, embolização. Deve-se pesquisar arritmia cardíaca. Isquemia arterial crônica: queixa de claudicação intermitente com dor aos esforcos. Evoluindo, pode ocorrer dor ao repouso, gangrena ou ulceração, chamada isquemia crítica. A úlcera é localizado em artelhos, pes, face anterior da tíbia, maleolo lateral. Dor de grande intensidade. Pode ter neuropatia. Ao exame físico: ausência de pulsos, alterações teóricas, diminuição da politização, manobras positivas. Trombose Venosa Profunda: coagulação intravenosa que leva a formação de trombose oclusivos ou não. Tríade de Virchow: lesão parietal, estase sanguínea e distúrbios da coagulação. Manifesta com edema unilateral, dor, eritema, cianose, febre baixa. Extensão do edema proporcional ao vaso afetado. Exame físico: ● Sinal de Pratt: veias pre tibiais túrgidas (trombo do sistema superficial para profundo- veias sentinelas) ● Sinal de Neuhoff: empastamento da panturrilha ● Sinal de Homans: dor a dorsiflexao forçada do pé ● Sinal de Duque: retificação do oco poplíteo ● Sinal de Olow: dor ao pressionar os músculos da panturrilha contra osso ● Sinal de Lowemberg: dor a compressão de panturrilha pelo esfigmo com pressão entre 60-180 mmHg ● Sinal de Ducuing: trombose de vias pélvicas e ilíacas internas com edema pubiano Insuficiência venosa crônica: alterações de pele e tecido subcutâneo. Pode ser consequência de TVP ou incompetência valvar. Os folhetos se tornam espessados e contraidos, permitindo o fluxo retrógrado de sangue. Já na incompetência secundária se Exame do Aparelho Respiratório Depois de passar através da cartilagem cricoide da laringe, o ar passa pela traqueia e, ao nível de T4-T5, se bifurca nos brônquios esquerdo e direito. Esses continuam se dividindo em brônquios menores, bronquíolos, terminando em ductos alveolares e sacos alveolares. A parede do alvéolo contém fibras de elastina que permitem a expansão durante a inspiração e contração durante a expiração. O pulmão direito se divide em lobo superior, médio e inferior; enquanto o esquerdo se divide em superior e inferior. São envoltos pela pleura, que se divide em parietal (reveste parede torácica) e visceral (sobrejacente ao parênquima pulmonar). Os marcos anatômicos para exame físico são: REVISÃO DOS SINTOMAS • Tosse Consiste na expiração forçada e coordenada interrompida pelo fechamento da glote, contraindo os músculos expeiratórios, criando pressão dentro do pulmão e assim, quando a glote abre, há uma corrente explosiva de ar que limpa as vias aéreas. O reflexo da tosse é o mecanismo de defesa dos pulmões contra corpos estranhos e secreções excessivas. As infecções do TR são associados a tosse, mas geralente melhoram até 2-3 semanas. Uma tosse persistente deve ser investigada. A tosse pode ser voluntária ou involuntária, produtiva ou improdutiva. A tosse de fumante resulta da inalação de substâncias irritantes do tabaco, sendo acentuada durante a manhã e diminuída durante o sono. A tosse pode ser psicogênica, sendo não produtiva e associada a estresse. Quando se chama atenção para ela, a tosse aumenta. Questionamentos importantes: “Pode me descrever sua tosse?”, “há quanto tempo?” “você fuma? O que, qual quantidade e há quanto tempo?”, “tem expectoração? É capaz de estimar a quantidade, dizer se tem cor e mau cheiro?”, “ocorre por períodos prolongados?”, “ocorre após refeição?”, “piora em alguma posição?”, “o que alivia?”, “há outros sintomas associados: febre, cefaleia, sudorese noturna, dor torácica, rinorreia, dispneia, perda de peso, rouquidão ou síncope?”, “já teve ou foi exposto à tuberculose?” • Expectoração Escarro é a substância expelida pela tosse.É levado por ação dos cílios até a garganta e em seguida deglutido com saliva. O aumento na quantidade de predução de escarro é indicativa de bronquite. O escarro pode conter detritos celulares, muco, sangue, pus e microorganismos. Informações importantes: cor, consistência, quantidaade, número de vezes que é expectorado durante o dia e à noite, presença ou ausência de sangue. O escarro não infectado é inodor, transparente e cinza-esbranquiçado, chamado mucoide. O infectado é chamado purulento, podendo ser amarelo, esverdeado ou avermelhado. • Hemoptise Consiste na eliminação de sangue pela tosse. Quando aparecem riscos de sangue na expectoração, denomina-se hemoptoico, enquanto o aparecimento de coágulos de sangue é denominado hemoptise. Indicam lesão pulmonar cavitária, tumor pumonar, embolia pulmonar ou doença cardíaca. Geralmente é associado ao tabagismo ou infecções menores, além do câncer. Questionamentos importantes: “você fuma? O que, qual quantidade e há quanto tempo?”, “a tosse com sangramento ocorreu subitamente?”, “houve episódios recorrentes de tosse com sangue?”, “o escarro é tingido de sangue ou tem coágulos reais?”, “há quanto tempo você notou sangue?”, “o que parece provocar a tosse com sangue? Vômitos? Náuseas? Tosse?”, “já teve tuberculose?”, “alguma cirurgia recentemente?” “toma anticoagulante?”, “tem conhecimento de alguma tendência à hemorragia?”, “viajou de avião recentemente ?” (tromboflebite venosa profunda com embolia pulmonar), “tem sudorese noturna, falta de ar, arritmia, rouquidão, perda de peso ou edema nas pernas?”, “sentiu alguma sensação incomum no peito depois de tossir sangue? Aonde?”, “usa anticoncepcional oral?”. • Dispneia Sensação de falta de ar. É diferente de taquipneia, que consiste na respiração rápida. É importante investigar quando ocorre, posição, início súbito, se ocorre durante à noite e o sono, se sente estrangulação intensa. A posição ortopneica ocorre quando há dificuldade para respirar na posição horizontal, necessitando de 2 ou mais travesseiros para respirar confortavelmente. Na platipneia a dificuldade ocorre na posição sentada e alivia ao decúbito. Trepopneia é a condição na qual os pacientes se sentem mais confortáveis no decúbito lateral.Questionamentos importantes: “há quanto tempo?”, “início súbito?”, “é constante?”, “ocorre ao repouso, esforços, deitado ou sentado?”, “fatores de piora ou melhora”, “qual distância consegue andar sem ter falta de ar?”, “qual distância andava há 6 meses?”, “é acompanhada de chiado, febre, tosse, tosse com sangue, palpitações, dor torácica e rouquidão?”, “fuma? (quantidade e tempo), “teve exposição a asbesto (amianto), jateamento de areia ou criação de pombos?",“contato com tuberculose?” • Sibilos São ruídos de frequência anormalmente alta resultante de via aérea parcialmente obstruída. Em geral aparecem durante expiração, ocrrendo broncoconstrição. Broncoespasmo, edema de mucosa, perda da elasticidade e tortuosidade das vias aéreas, aspiração de corpo estranho ou secreção são causas. Questionamentos importantes: “quando comecou?”, “com que frequência ocorre?”, “o que usa durante a crise?”, “quais fatores precipitantes: alimentos, odores, animais, emoções”, sintomas associados, “os sintomas progrediram?”, “fuma?”, “há histórico de doença cardíaca?” • Cianose A central ocorre com troca gasosa inalterada nos pulmões, reduzindo a oxigenação arterial. Problemas pulmonares primários ou doenças que impedem a passagem do sangue venoso pelos pulmões são causas. Questionamentos importantes: “onde a cianose está presente e há quanto tempo?”, “você tem conhecimento de problema pulmonar, cardíaco ou sanguíneo?”, “o que piora a cianose?”, “há dispneia, tosse e sangramento associados?”, “qual tipo de trabalho já desempenhou?”, “há casos parecidos na família?” • Dor torácica Usualmente relacionada com comprometimento da parede torácica ou pleura parietal. A dor pleurítica é um sintoma comum de inflamação da pleura parietal, descrita como em facada, lancinante, durante inspiração. A dilatação da artéria pulmonar principal pode causas sensação de pressão surda, indistinguível da angina. • Ronco Relacionado a apneia obstrutiva do sono. • Outros: estridor (tipo áspero de respiração ruidosa associada a obstrução de um brônquio principal, ocorre na inspiração), alterações de voz (pode ocorrer inflamação das cordas vocais ou interferência com o nervo laríngeo recorrente), edema de tornozelo (gravitacional) e anasarca (edema generalizado com derrame cavitário). CARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMAS: • Qualidade • Intensidade • Tempo • Fatores de alívio e piora • Sintomas associados • Sazonalidade FISIOPATOLOGIA A DPOC se divide em enfisema e bronquite crônica. Ambos são caracterizados por evolução profressiva lenta, obstrução do fluxo de ar e destruição do parênquima pulmonar. Os pacientes com enfisema são os “sopradores rosados”, representados como magros e fracos por causa da dispneia grave associada a pouca tosse ou produção de expectoração. Já os ”inchados azuis” sofrem de bronquite, são cianóticos, com tosse produtiva, gordos e fortes. Os pacientes asmáticos podem se tornar dispneicos como resultado das demandas físicas ou em condições emocionais como ansiedade. EXAME FÍSICO INSPEÇÃO: • Gerais: fácies, postura, músculos acessórios (levantam a clavícula e o tórax anterior para aumentar volume pulmonar e produzir aumento da pressão intratorácica). • Formato do tórax Normal: relação diâmetro ântero-posterior/lateral = ½ Tórax chato: reduzido diâmetro ântero-posterior. Comumente observado em pessoas muito magras, nas quais as escápulas se sobressaem. Tórax em tonel ou barril: grande diâmetro ântero-posterior, que iguala-se ao transversal. Comum em situações de hiperinsulflação pulmonar devido à obstrução crônica, como no DPOC, enfisema, asma brônquica e bronquiectasias difusas. Tórax instável: parede torácica move-se paradoxalmente para dentro durante inspiração e para fora durante expiração. Ocorre em casos de fratura de costela. Tórax cifoescoliótico: deformidade espinhal resultando anormalidade do diâmetro ântero- posterior e na curvatura lateral da coluna que restringe a expansão torácica e pulmonar. Tórax escoliótico: assimetria em consequência do desvio lateral do segmento torácico da coluna vertical. Tórax cifótico: encurtamento posterior da coluna torácica por defeito de postura ou lesão de vértebra torácica. Tórax em funil, infundibiliforme ou pectus excavatum: depressão do esterno e projeção dos arcos costais mais anteriormente que quando acentuada causa restrição pulmonar. Decorre do repuxamento excessivo das fibras anteriores do diafragma que se prendem ao esterno inderior e apêndice xifoide. Podem ter anormalidades na valva mitral (geralmente prolapso). Tórax cariniforme, peito de pombo ou pectus carinatum: protrusão anterior do esterno. Não compromete respiração. Associado a raquitismo infantil (ossificação prematura das linhas de sutura esternais) e defeito de septo atrial ou ventricular (aumento do VD). Tórax em sino ou piriforme: porção anterior alargada, surge nas grandes hepatoesplenomegalias e ascite volumosa. • Simetria dos ombros e coluna vertebral • LEP • Abaulamentos e retrações • Gânglios hipertrofiados: sinal de Troisier apresentando linfonodomegalia supraclavicular e isolada (gânglio de Virchow) presente nos CAs no tórax e abdome • Ginecomastia • Circulação colateral tipo cava superior ou braquiocefálico: rede venosa desenvolvida no tórax anterior pode inficar tumor de Pancoast ou aneurisma e aorta torácica • Tiragem intercostal Sinais de insuficiência respiratória: tiragem intercostal, cianose, baqueteamente digital e unhas em vidro de relógio, batimento de asa de nariz, uso de musculatura acessória e fácies de angústia respiratória. • Avaliação da frequência e padrão respiratórios Frequência: normal (12-20 irpm), dispneia, ortopneia (dispneia em decúbito dorsal com melhora na posição ereta), taquipneia (respiração rápida, superior a 20 irpm), bradipneia (respiração lenta, inferior a 12 irpm), trepopneia (dispneia em decúbito lateral, pode indicar derrame pleural), platipneia (dispneia em posição ortostática, indicativa de hipovolemia, síndrome hepatopulmonar, mixoma atrial), apneia. Ritmos: ✓ Cheyne Stokes: pausas de apneia seguidas de movimentos respiratórios que se elevam gradativamente e depois reduzem. O defeito está na hiperresponsividade dos quimiorreceptores ao CO2, fazendo com que qualquer acréscimo no segmento promova resposta ventilatória exagerada. Isso leva a uma “correção para mais”, ou seja, eliminaçãi de CO2 maior que o necessário, o que explica a apneia. Presente na IC, tumores cerebrais, intoxicação por morfina de forma patológica e em crianças e idosos de forma fisiológica. ✓ Biot ou atáxica: irregular com pausas de apneia aleatórias. Ocorre em meningite e lesões bulbares. ✓ Kaussmaul: inspirações profundas e ruidosas seguidas de pausas e expirações rápidas e breves. Ocorre em cetoacidose diabética, uremia por insuficiência renal. ✓ Cantani: aumento da amplitude da inspiração e expiração sem apneia. Precede o ritmo de Kussmaul e indica cetoacidose. ✓ Suspiro: respiração normal intermediada por suspiros. Alerta para possibilidade de síndrome de hiperventilação, causa comum de dispneia e vertigem. • Simetria do tórax: relação com volume pulmonar de cada lado. Achados: ✓ Atelectasia: alvéolos colabados, causando retração pulmonar. O hemitórax lesado fica retraído e o mediastino se desvia para lado lesado. ✓ Consolidação de espaços aéreos; ar dos alvéolos é substituído por outros fluidos. O hemitórax é simétrico e o mediastino normal. ✓ Fibrose cicatricial: hemitórax lesado retraído, mediastino vai para lado lesado e há rigidez e redução do volume pulmonar devido a retração fibroatelectásica. ✓ Derrame pleural ou pneumotórax: aumento do volume do espaço pleural. Pulmão se encontra colabado. É mais grave quando há hemitórax abaulado, pressãointrapleural aumentada e mediastino desviado para lado são. ✓ Hérnia diafragmática: conteúdo abdominal invade a cavidade torácica. Observa-se hemitórax abaulado, desvio de mediastino para lado são e aumento da pressão no hemitórax comprometido. ✓ Cifoescoliose: pulmão comprimido, hemitórax lesado diminui de tamanho e mediastino é desviado para lado comprometido. ✓ Enfisema unilateral: hiperinsulflação, hemitórax comprometido abaulado, mediastino desviado para lado são. “Tórax atípico (ombros simétricos, sem acentuação das curvas fisiológicas: escoliose, cifose e lordose). Ausência de abaulamentos, retrações, cicatrizes, circulação colateral e sinais de insuficiência respiratória. Respiração ritmica, predominantemente abdominal (ou torácica ou toracoabdominal), simétrica; relação inspiração/expiração preservada (1:2), a uma frequência de X irpm”. PALPAÇÃO • Aspectos gerais: pontos dolorosos, enfisema cutâneo, edema de parede, massa palpável, contratura da musculatura paravertebral. • Elasticidade: efetuar pressão ânteroposterior ou láterolateral do tórax superior e inferior. A elasticidade é inversamente proporcional à resitência oferecida pela parede torácida. Achados: nas crianças há aumento da elasticidade bilateral em casos de osteomalácia e raquitismo e unilateral em casos de pneumotórax. Há diminuição fisiológica nos idosos e patológica em casos de enfisema e tuberculose crônica (bilateral) e derrame pleural e na presença de massas extensas (unilateral). • Expansividade: verificar mobilidade da parede anterior, ápices, dorso e bases pulmonares. Os ápices são avaliados com o paciente sentado e o examinador por trás, posicionando as mãos sobre os trapézios com os dedos em direção às clavículas e os polegares na parede posterior em direções convergentes, formando prega cutânea (Manobra de Ruault). Assim, solicita-se que o paciente inspire forçadamente e observa-se a movimentação, que deve ser simétrica. O dorso é avaliado do mesmo jeito, no sentido craniocaudal, observando a formação de prega cutânea na expiração e desaparecimento na inspiração. Nas bases pulmonares a técnica é a mesma, denominada Manobra de Lasegue. Achados: diminuição da expansividade no DPOC, derrame pleural e atelectasia. • Frêmito Toracovocal: sensação tátil da voz do paciente através da palma da mão do examinador. Deve solicitar que o paciente cruze os braços na frente e fale “33”, seguindo a barra grega analisando com a borda tenar da mão na vertical e comparando com o lado contralateral. Também pode-se utilizar ponta dos dedos e face ulnar para avaliação, sempre utilizando a mesma mão para comparação do lado contralateral. Aumento do frêmito toracovocal tem como causas condensação pulmonar, tuberculose, pneumonias, hemorragia e neoplasias infiltrativas, enquanto a redução ou abolição indica derrame pleural, pneumotórax e tumores pleurais. • Pesquisa de limte inferior: medir a partir do ângulo inferior da escápula (solicitar o movimento dos braços para visualizar) até o limite inferior do pulmão. Normalmente mede de 10-13 cm. • Gânglios Achados: linfonodo de Irish (axilar esquerdo aumentado, presente no adenocarcinoma gástrico), de Virchow (supraclavicular esquerdo aumentado, presente em neoplasias abdominais). • Sensibilidade: procura de pontos dolorosos “Ausência de pontos dolorosos (apófises espinhosas indolores à digitopressão), enfisema cutâneo, edema de parede, contratura da musculatura paravertebral e massa palpável. Gradil costal íntegro. Elasticidade preservada. Expansividade de boa amplitude e simétrica universalmente. FTV presente universalmente, simétrico e de soa intensidade. Limite inferior do pulmão esquerdo à X cm e do pulmão direito à X cm. PERCUSSÃO Direta: mais realizada nas clavículas na avaliação dos ápices pulmonares Indireta: examinador posiciona o dedo médio na região a ser examinada e percute com dedo da outra mão. A batida deve ser sobre a interfalangiana distal do dedo apoiado e os outros dedos da mão que está sendo percutida não pode encostar no corpo para não abafar o som. Devem ser feitas 2 percussões de cada vez. Ortopercussão de Von Plesch: apoiar ponta do dedo médio na região supraclavicular e flexioná-lo de maniera a formar ângulo de 90 graus com sua falange proximal. Realizar percussão da interfalangiana proximal com mão contralateral. Os sons produzidos são: • Atimpânico: som normal do pulmão, também chamad de claro. • Maciço: reflete ausência de ar e algo denso no local percutido. Patologicamente encontra-se em pneumonias, processos de hepatização do parênquima pulmonar e atelectasias. • Timpânico: reflete presença de ar. Pode estar presente em pneumotórax hipertensivo. • Submaciço: som alcançado na percussão da transição entre pulmão e fígado. Pode ser evidenciado no DPOC. • Hiperressonante: transição entre atimpânico e timpânico. Encontrado no enfisema pulmonar. “Presença de som claro atimpânico simetricamente e universalmente” AUSCULTA Pedir para paciente puxar ar pela boca e soltar. Quando auscultando a base, pedir para respirar mais profundamente. Sons da respiração: • Bronquial: esteto sobre o pescoço; origina na faringe, laringe e traqueia. O fluxo é rápido e turbulento. Caracterizado por inspiração rude, bem audível, seguida de pausa e expiração rude e audível. A inspiração dura o mesmo tempo da expiração. Não é audível normalmente devido a interferência do filtro acústico pelo parênquima. Quando encontrado, pode indicar: consolidação dos espaços aéreos, parênquima destruído por cavitação. Observa-se broncofonia (sons mais intensos na área consolidade) e pectorilóquia afônica (voz cochicada é percebida com nitidez). • Vesicular: seccção transversal é maior nas grandes vias aéreas. O fluxo aéreo desacelera, passando a ser transicional. O som é mais intenso ao nível das ramificações brônquicas durante a inspiração. Na expiração, o som de origem é mais central, ao nível de traqueia. A nível das pequenas vias aéreas, o fluxo é lento, laminar, sem provocar vibrações. Nos alvéolos não há fluxo aéreo e sim difusão dos gases. O murmúrio vesicular é formado por sons de baixa frequência devido ao filtro acústico seletivo do parênquima. Durante a inspiração tem intensidade e duração maiores, é bem audível e suave, enquanto na expiração é curta e pouco audível. Isso ocorre porque a origem é periférica. O MV pode estar: Reduzido em casos de fibrose e DPOC; abolido em casos de derrame pleural, pneumotórax ou em pneumectomizados; aumentado em casos de esforços, em crianças ou pacientes magros. • Broncovesicular: audível nas zonas apicais dos pulmões (supra e infraclaviculares, supra e interescapulares). É mais audível na expiração devido a proximidade com traqueia. O som é intermediário. Os sons respiratórios estão reduzidos quando há: 1. Redução da ventilação em determinada área, como ocorre na obstrução brônquica ou atelectasia obstrutiva; 2. Perda de energia dos sons ao atravessar meios diferentes, como ocorre no derrame pleural, pneumo tórax, espessamento de pleura e de parede torácida; 3. Obstrução em casos avançados com redução do fluxo aéreo e destruição alveolar, como no DPOC; Ruídos Adventícios: Estertores são sons descontínuos, explosivos e de curta duração. Podem ser: - Grossos ou Bolhosos devido a presença de secreções nas grandes vias aéreas. Ocorrem geralmente na inspiração e expiração, podendo desaparecer ou se modificar após tosse. Indicativos de bronquiectasias, bronquite crônica, casos avançados de edema pulmonar e fases resolutivas de pneumonias. - Finos ou Creptantes são audíveis ao final da inspiração, de curta duração, correspondendo ao líquido ou exsudato nos alvéolos. A tosse facilita sua ausculta. Ou seja, para diferenciar durantea ausculta, pede-se para o paciente tossir. Se desaparecer ou modificar o ruído, são estertores grossos ou bolhosos, enquanto se facilitar a ausculta são estertores finos ou creptantes. Sibilos são sons agudos, contínuos e de maior duração, semelhantes a um assobio ou chiado, gerados pela passagem de ar em brônquios e bronquíolos estreitados. Predominam na expiração, mas podem ser encontrados na inspiração. Encontrados em bronquite, asma cardíaca e DPOC. Sibilos expiratórios significam menor grau de obstrução, enquanto sibilos inspiratórios e expiratórios indicam maior. Roncos são sons graves, contínuos e de maior duração, predominantes na inspiração, que sugerem secreção em grandes vias aéreas. Estridores são sibilos devido a obstrução da laringe. Geralmente é inspiratório. Pode indicar estenose ou obstrução da laringe por corpo estranho. Sopros - Tubário é glótico, transmitido por condensação pulmonar, mais elevados na expiração. Assemelha-se ao som produzido ao assoprar um tubo. - Pleural é um sopro tubário de menor intensidade e tonalidade mais aguda, devido á presença de líquido na pleura. - Cavitário é um tubário modificado, com tonalidade baixa, sopro grave e timbre rude, áspero e de maior intensidade na expiração. Ocorre pela interposição de uma cavidade com ar formando caixa de ressonância entre zona pulmonar condensada e caixa torácica. - Anfórico possui timbre metálico, baixa tonalidade e pouca intensidade. É comparável ao assoprar dentro de uma garrafa com pouco líquido. Pode indicar pneumotórax e derrame pleural. • Ausculta da voz normal: pede-se para o paciente falar frase, palavra ou número enquanto ausculta parede torácica. Normalmente não é possível distringuir sílabas da fala do paciente, o que indica que a compreensão é patológica. Achados: broncofonia (sons vocais mais altos e claros que o normal, identificando algumas sílabas; encontradas nas hepatizações pulmonares), pectorilóquia (distinção das sílabas), egofonia (qualidade anasalada do som; encontrada no derrame pleural, em pneumonias, cavernas, hidrotórax; sopro pleural), voz anfórica ou anforofonia (vibrante com sonalidade metálica; encontrada em cavernas e no pneumotóraz; sopro anfórico). • Ausculta da voz baixa (cochichada, susurrada) Achado: pectorilóquia afônica é um sinal precoce de broncofonia, pectorilóquia ou sopro tubário nas condensações pulmonares. “MV presente, simétrico e de boa intensidade universalmente. Ausência de ruídos adventícios (estertores creptantes, bolhosos, roncos, sibilos e estridor). Ausculta da voz pouco compreensível, simétrica e de boa intensidade universalmente”
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