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Guia	Teórico-prático	PMIII	
5	periodo	–	Medicina	
Camila	Macedo	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Módulo	de	Gastroenterologia	
5	periodo	–	Medicina	
Camila	Macedo	
	
	
Manobras	Para	Palpação	do	Fígado		
Com	o	paciente	na	posição	adequada,	pedimos	para	que	ele	respire	profundamente	pela	boca.	Com	a	mão	direita	espalmada	e	
orientada	paralelamente	ao	 rebordo	costal	devemos	 iniciar	a	palpação	na	 fossa	 ilíaca	direita	em	direção	ao	 rebordo	na	 linha	
hemiclavicular.	Procure	aprofundar	sua	mão	na	parede	abdominal	com	a	borda	livre	do	indicador	nos	momentos	de	expiração	
(menor	tensão	abdominal)	e	tentar	sentir	se	a	borda	do	fígado	toca	a	mão	durante	a	inspiração	(momento	em	que	o	fígado	é	
empurrado	para	baixo	pelo	diafragma).	O	movimento	será	repetido	até	que	a	borda	hepática	seja	encontrada,	mesmo	que	seja	
sob	o	rebordo	costal.	Enquanto	isso,	nossa	mão	esquerda	pode	estar	rechaçando	o	fígado	posteriormente.		
Devemos	 avaliar	 a	 borda	 hepática	 (fina),	 presença	 de	 dor,	 consistência	 (normal	 é	 fibroelástica),	 superfície	 e	 forma	 (lisa	 ou	
nodulada)		
Ainda	temos	o	método	em	garra,	que	pode	ser	especialmente	útil	em	pacientes	obesos.		
		
	 	
		
	
Hepatimetria		
Nada	 mais	 é	 do	 que	 uma	 estimativa	 do	 comprimento	 do	 órgão.	 Para	 aferir	 a	 medida	 do	 lobo	 direito,	 tomaremos	 a	 linha	
hemiclavicular	direita	como	referencia.	Para	encontrar	o	limite	superior	do	fígado	iremos	percutir	o	tórax	ao	longo	da	LHD.	Quando	
o	som	do	atimpanismo	pulmonar	for	substituído	pela	macicez/submacicez	hepática	teremos	encontrado	o	limite	superior.	Quanto	
a	margem	inferior	podemos	acha-la	através	da	palpação	(descrita	acima)	ou	através	da	percussão	de	baixo	para	cima,	delimitada	
quando	o	timpanismo	das	alças	abdominais	for	substituída	pela	macicez/submacicez	hepática.		
	 	
Alcoolismo
Falha	congestiva	do	coração	Glicogenose
Hepatite	A
Hepatite	B
Hepatite	C
Carcinoma	Hepatocelular	Intolerância	à	
frutose	hereditária	Mononucleose	infecciosa	Leucemia		
	
	
Causas	de	Hepatomegalia		
Þ Doença	de	Niemann-Pick		
Þ Cirrose	biliar	primária		
Þ Síndrome	de	Reye	Sarcoidose		
Þ Colangite	esclerosante
	
Þ Esteatose	(gordura	no	fígado	resultante	de	problemas	metabólicos,	como	diabetes,	obesidade	e	triglicérides	alto,	 também	
chamada	de	esteato-hepatite	não	alcoólica	ou	EHNA)
	
Þ Metástases		
Þ As	principais	são	(segundo	o	MED):	ICC,	esteatose,	neoplasias	hepáticas,	neoplasias	hematológicas,	amiloidose,	sarcoidose,	
doenças	do	metabolismo	intermediário,	sind.	De	mononucleose,	esquistossomose,	calazar,	malária,	etc.		
	
Causas	de	Dor	nos	Quadrantes		
	
Sinal	de	Murphy		
Qual	a	definição?
Parada	da	inspiração	devido	a	dor	durante	a	compressão	do	ponto	cístico.		
Onde	é	pesquisado?
A	pesquisa	do	sinal	é	feita	no	ponto	Cístico,	que	corresponde	ao	ponto	localizado	na	borda	subcostal	direita,	
na	linha	hemiclavicular.		
Qual	 a	 técnica	 semiológica?
Com	o	paciente	 em	decúbito	dorsal,	 pede-se	 ao	paciente	que	 faça	uma	 respiração	profunda	 ao	
mesmo	tempo	em	que	se	comprime	o	ponto	cístico.	O	paciente	terá	uma	parada	da	inspiração	devido	a	dor.		
Qual	seu	significado?
A	presença	do	sinal	de	Murphy	indica	irritação	da	vesícula	biliar,	e	está	presente	em	processos	inflamatórios,	
especialmente	na	Colecistite	aguda.		
	
	
Sinal	de	Blumberg		
Qual	a	definição?
Dor	ou	piora	da	dor	à	descompressão	súbita	do	ponto	de	McBurney.		
Onde	é	pesquisado??
A	pesquisa	do	sinal	é	feita	no	ponto	de	McBurney,	também	chamado	de	ponto	apendicular.	É	traçado	uma	
linha	que	liga	a	cicatriz	umbilical	com	a	espinha	ilíaca	ântero-superior.	Divide-se	esta	linha	em	3	partes,	sendo	o	ponto	referido	o	
local	que	corresponde	ao	encontro	do	terço	médio	com	o	terço	distal	da	linha.		
Qual	a	técnica	semiológica?
Com	o	paciente	em	decúbito	dorsal,	é	realizada	uma	compressão	no	ponto	de	McBurney,	seguida	de	
uma	descompressão	súbita,	que	será	referida	pelo	paciente	como	dor	ou	piora	da	dor	quando	o	sinal	estiver	presente.		
Qual	seu	significado?
O	sinal	de	Blumberg	é	um	dos	sinais	clássicos	da	Medicina,	e	sua	presença	representa	Inflamação	peritoneal,	
e	é	muito	sugestivo	do	diagnóstico	de	Apendicite,	apesar	de	não	ser	patognomônico	desta	condição.		
Idealmente,	como	foi	descrito	no	artigo	em	que	foi	publicado,	o	sinal	de	Blumberg	só	é	pesquisado	no	ponto	de	Mcburney,	sendo	
que	a	descompressão	dolorosa	em	qualquer	outra	parte	do	abdome	não	é	reconhecida	como	este	sinal.		
Resumo	dos	Sinais	de	Apendicite	Aguda		
Þ Blumberg:
dor	à	descompressão	brusca	no	ponto	de	McBurney,	indicando	irritação	peritoneal.		
Þ Rovsing:	dor	na	fossa	ilíaca	direita	à	compressão	retrógrada	dos	gases	a	partir	da	fossa	ilíaca	esquerda	(tal	manobra	produz	a	
distensão	do	ceco	e	do	apêndice).		
Lapinsky:
dor	à	descompressão	da	fossa	ilíaca	direita	enquanto	o	paciente	eleva	o	membro	inferior	esticado.		
Þ Lenander:	diferencial	das	temperaturas	axilar	e	retal	maior	do	que	um	grau.		
Þ Sinal	do	Psoas:	dor	à	extensão	da	coxa	direita	seguida	de	sua	abdução,	com	o	paciente	deitado	sobre	o	seu	lado	esquerdo.		
Þ Sinal	do	Obturador:	dor	em	região	hipogástrica	ao	realizar	a	rotação	interna	e	passiva	da	coxa	direita	flexionada	com	o	paciente	
em	decúbito	dorsal.		
Þ Sinal	de	Dunphy:	dor	na	fossa	ilíaca	direita	que	piora	com	a	tosse.		
	
				
	
	
	
Sintomas	Clássicos	de	Apendicite		
Þ Febre
	
Þ Náuseas	e	vômitos
	
Þ Anorexia
	
Þ Dor	à	palpação	que	começa	em	mesogastro	e	se	desloca	para	FID		
Þ Diarreia		
	
Etiologia	da	Apendicite		
A	apendicite	aguda	resulta	da	obstrução	da	luz	do	apêndice	provocada	por	-	na	grande	maioria	das	vezes	-	fecalito	ou	hiperplasia	
linfoide	 e,	 mais	 raramente,	 por	 corpo	 estranho,	 parasitas,	 cálculos	 ou	 tumores.	 Também	 pode	 ocorrer	 lesão	 isquêmica	
(exacerbada	pelo	edema	e	exsudato)	e	invasão	bacteriana.		
	
Palpação	do	Baço		
Definimos	esplenomegalia	como	o	aumento	do	baço.	O	baço	normal	situa-se	sob	o	rebordo	costal	esquerdo	e	mede,	no	máximo,	
13	x	7	cm,	pesando	até	250	g.	Na	grande	maioria	dos	pacientes,	o	baço	é	impalpável	ao	exame	físico.		
Porém,	é	bom	ressaltar	que:
	
•Nem	todo	baço	aumentado	é	palpável	-	particularmente	em	pacientes	obesos	...		
•Nem	todo	baço	aumentado	significa	doença.		
O	exame	do	baço	é	constituído	de	duas	etapas:	A	percussão	do	espaço	de	Traube	e	a	palpação	esplênica.		
A	percussão	do	espaço	de	traube	(delimitado	pelo	rebordo	costal,	linha	axilar	anterior	e	6o	espaço	intercostal	esquerdo)	pode	ser	
feita	 com	o	paciente	 em	decúbito	 dorsal	 horizontal	 ou	na	 chamada	posição	de	 Schuster.	 Percutimos	de	 cima	para	 baixo,	 no	
hemitórax	esquerdo,	na	linha	compreendida	entre	a	linha	axilar	anterior	e	a	linha	axilar	posterior.	No	caso	de	esplenomegalia,	o	
som	no	espaço	de	Traube	ficara	maciço.		
O	 que	 seria	 o	 espaço	 de	 Traube?
Esse	 espaço	 corresponde	 ao	 triângulo	 formado	 pela	 •Sexta	 costela	 esquerda,	
superiormente;
•Linha	axilar	média	esquerda,	lateralmente;	•Margem	costal	esquerda,	inferiormente.		
Para	realizar	a	palpação	devemos	instruir	o	paciente	a	respirar	ativamente	pela	boca	e	proceder	de	maneira	semelhante	à	palpação	
do	fígado.	ATENÇÃO:	a	palpação	deve	começar	na	fossa	ilíaca	direita,	pois	o	baço	cresce	no	sentido	da	fossa	ilíaca	contralateral.		
	 	
	
Palpação	do	Baço	pela	Técnica	Bimanual										Palpação	do	baço	na	posição	de	Schuster	com	uma	mão		
																								 	
	
Palpação	do	baço	na	posição	de	Schuster	na	técnica	bimanual		
																																 	
				
Causas	de	Esplenomegalia		
Þ De	grande	monta:	Leucemia	mieloide	crônica,	Linfomas,	Policitemia	vera,	Anemia	hemolítica	autoimune,	anemia	falciforme.		
Þ Esplenomegalia	devido	a	hiperplasia	do	baço:	Anemias	hemolíticas
Hiperplasia	imune		
Þ Resposta	à	infecção
Síndrome	de	mononucleose
SIDA
Endocardite	infecciosa
Malária
Leishmaniose	Visceral	(calazar)		
Þ Hematopoiese	extramedular
o	Esplenomegalia	devido	à	obstrução	do	fluxo	sanguíneo:	a	drenagem	da	veia	esplênica	é	feita	
pelo	sistema	porta,	razão	pela	qual,	nos	casos	de	aumento	da	pressão	nesse	sistema,ocorre	esplenomegalia	congestiva.		
Þ Infiltração	 Esplênica:	 O	 baço	 pode	 ser	 infiltrado	 por	 células	 (malignas	 ou	 benignas)	 ou	 ainda	 pelas	 chamadas	 "doenças	 de	
depósito",	como	a	amiloidose	e	a	doença	de	Gaucher.		
Þ Infiltração	Celular		
Þ Linfomas	
	
Þ Leucemias	
	
Þ Síndromes	 Mieloproliferativas	 Crônicas	 (chamamos	 de	 síndromes	 mieloproliferativas	 as	 neoplasias	 hematológicas	
caracterizadas	pela	proliferação	descontrolada	de	células	da	 linhagem	mieloide,	como	as	hemácias,	plaquetas,	neutrófilos	e	
monócitos).	
	
Þ Policitemia	Vera:	É	uma	neoplasia	dos	precursores	de	hemácias,	que	se	proliferam	sem	estímulo	da	eritropoietina	(EPO)	
	
Þ Trombocitopenia	 Essencial	 (Caracterizada	 principalmente	 por	 trombocitose	 persistente	 com	 plaquetas	 >	 500.000/mm3	 e	
esplenomegalia,	esta	é	a	síndrome	mieloproliferativa	de	melhor	prognóstico.	
	
		
	
Metaplasia	 Mieloide	 Agnogênica	 (MMA,	 obs:	 agnogenica	 =	 idiopatica):	 Nessa	 doença,	 ocorre	 fibrose	 da	 medula	 óssea	 e	 os	
precursores	das	células	sanguíneas	vão	se	instalar	em	outros	órgãos	capazes	de	sediar	a	hematopoiese,	como	o	fígado	e	o	baço	
(metaplasia	mieloide	ou	hematopoiese	extramedular).	Esse	fenômeno	causa	esplenomegalia,	geralmente	de	grande	monta.	
	
Outras	Neoplasias
Neoplasias	Plasmocitarias	
Neoplasias	Não	Hematologicas	
	
Doenças	de	Depósito	
Amiloidose:	A	 amiloidose	é	uma	doença	 caracterizada	pelo	depósito	de	proteína	 amiloide	em	órgãos.	

Doenças	de	Deposito	Lisossômico	
	
	
Manobras	Para	Avaliação	da	Ascite		
Macicez	móvel	 de	 decúbito:	 Com	o	 paciente	 em	decúbito	 dorsal,	
percute-se	ao	longo	de	uma	linha	horizontal	que	passa	pelo	umbigo	
do	paciente.	O	limite	entre	a	zona	timpânica	(alças	intestinais)	e	a	
zona	maciça	 (líquido	 livre	na	cavidade)	é	marcado.	Pede-se	que	o	
paciente	assuma	o	decúbito	lateral	para	o	lado	oposto	da	percussão.	
Se	a	zona	anteriormente	maciça	tornar-se	timpânica,	é	sinal	que	há	
ascite.	Não	entendeu?	Quando	há	líquido	livre	na	cavidade,	as	alças,	
cheias	 de	 ar,	 ficam	 boiando	 na	 superfície.	 Por	 isso,	 no	 decúbito	
dorsal,	a	percussão	da	região	periumbilical	é	timpânica	e	os	flancos	
ficam	 maciços.	 Contudo,	 quando	 trocamos	 o	 decúbito,	 as	 alças	
passam	a	boiar	no	flanco	que	está	para	cima,	enquanto	que	o	líquido	
livre	ocupa	o	resto	do	abdome.	Dessa	maneira,	o	flanco	que	estava	
maciço,	passa	a	emitir	um	som	timpânico.		
	
Sinal	do	Piparote:	Ainda	em	decúbito	dorsal	coloca-se	a	mão	espalmada	de	um	lado	do	abdome	e	procede-	se	um	leve	piparote	
do	lado	oposto.	O	objetivo	é	sentir	a	propagação	do	mesmo	pelo	líquido	ascítico.	Para	evitar	que	o	piparote	progrida	pela	parede	
abdominal,	é	pedido	que	o	outro	examinador	ou	o	próprio	paciente	coloque	a	borda	cubital	da	mão	comprimindo	suavemente	o	
ventre	na	linha	média.	Apesar	de	ser	um	sinal	clássico	da	semiologia,	só	é	positivo	em	grandes	ascites,	sendo	os	outros	métodos	
mais	eficientes.		
Semicírculos	de	Skoda:	É	um	método	para	diferenciar	líquido	livre	na	cavidade	de	líquido	septado.	Com	o	paciente	em	decúbito	
dorsal,	 percute-se	 todo	 o	 abdome	 a	 partir	 de	 linhas	 convergentes	 para	 o	 mesmo	 ponto	 para	 delimitar	 os	 limites	 entre	 o	
timpanismo	e	a	macicez.	Se	a	concavidade	for	voltada	para	cima	estaremos	diante	de	líquido	livre.	No	caso	contrário	trata-se	de	
um	derrame	septado,	cisto	anexial,	bexigoma	ou	aumento	uterino.		
Sinal	da	poça:	na	suspeita	de	pequeno	volume	de	líquido	ascítico,	pede-se	ao	paciente	ficar	na	posição	genupalmar	e	se	inicia	a	
percussão	de	baixo	para	cima	na	região	periumbilical,	havendo	líquido	livre	esta	região	ficará	maciça.	Este	sinal	é	o	que	tem	maior	
sensibilidade	na	presença	de	líquido	ascítico,	sendo	positivo	na	existência	de	apenas	150	mL		
	
	 	
	
	
Causas	de	Ascite		
Þ Cirrose	e	qualquer	doença	que	leve	à	cirrose
	
Þ Coágulos	nas	veias	do	fígado	(trombose	da	veia	porta)		
Þ Câncer	de	cólon
	
Þ Insuficiência	cardíaca	congestiva
	
Þ Pericardite	constritiva
	
Þ Hepatite
	
Þ Infecções	como	tuberculose
	
Þ Câncer	do	fígado
	
Þ Síndrome	nefrótica
	
Þ Câncer	do	ovário,	câncer	endometrial
	
Þ Pancreatite
	
Þ Câncer	de	pâncreas
	
Þ Enteropatia	perdedora	de	proteínas		
Com	relação	à	ascite,	basicamente	têm-se	as	doenças	relacionadas	à	hipertensão	portal,	ao	peritônio,	à	retenção	de	líquidos	ou	
ao	extravasamento	de	líquidos	no	peritônio.	Podem-se	separar	as	principais	causas	de	ascite,	de	acordo	com	sua	classificação,	em	
relacionadas	ou	não	à	hipertensão	portal.	
		
Hiperbilirrubinemia	Direta	e	Indireta		
A)	 Hiperbilirrubinemia	 indireta
-Superprodução	 da	 bilirrubina	 indireta:	 hemólise
-	 Diminuição	 da	 captação:	 medicamentos	
(ex.:rifampicina),	 jejum	prolongado,	 infecções.
-	Diminuição	da	 conjugação:	 síndormes	genéticas	e	 imaturação	do	 sistema	de	
conjugação	(recem	natos)		
B)	Hiperbilirrubinemia	direta
Considere	agora	que	a	bilirrubina	já	passou	pelas	fases	de	captação	e	conjugação	e	se	encontra	em	
sua	forma	solúvel	(bilirrubina	direta).	O	que	poderia	levar	ao	acúmulo	desta	forma	(BD)?	Simples...ou	os	hepatócitos	estão	lesados	
e	não	conseguem	excretar	bilirrubina	para	os	canalículos	biliares	ou	há	alguma	obstrução	que	não	permite	que	a	biIe	chegue	ao	
intestino.	 Percebeu?	Aqui	 vamos	nos	 confrontar,	 na	 verdade,	 com	um	grande	divisor	de	águas:	 será	 síndrome	 colestática	ou	
síndrome	de	lesão	hepatocelular?	
	 	
	
	
Exame	Físico	Para	Icterícia		
Olhos:	O	exame	é	realizado	pedindo	ao	paciente	que	olhe	para	cima	
enquanto	 se	 comprime	 as	 duas	 pálpebras	 inferiores	 com	 os	
polegares,	 expondo	 a	 esclera.	 Nela,	 observaremos	 a	 presença	 ou	
não	de	icterícia		
Para	 um	aprova	 prática...
O	grau	de	 hiperbilirrubinemia	 pode	 ser	
estimado	pelo	exame	físico.	O	primeiro	local	a	aparecer	é	na	esclera	
devido	afinidade	da	bilirrubina	pela	elastina	e	isso	ocorre	quando	a	
bilirrubina	é	de	2,5-3mg/dl.	O	segundo	local	é	abaixo	da	língua	e	só	
depois	é	que	se	deposita	na	pele	(5mg/dl).	A	icterícia	não	é	vista	com	
iluminação	fluorescente.		
	
										 	
	
	
	
	
Ausente	ou	aperistáltico	=	não	se	ausculta	ruídos.	Como	exemplo	temos	o	íleo	metabólico.		
Ausculta	de	Sons	Vasculares
=	procuram-se	por	sopros	aórticos,	renais,	mesentéricos,	ilíacos,	femorais	
e	também	sopros	venosos.
	
Þ Aorta:	se	divide	nas	ilíacas	comuns	na	altura	de	cicatriz	umbilical,	logo	sopros	aórticos	podem	ser	
audíveis	desde	o		
Þ Renais:	no	caso	de	estenose	das	artérias	renais,	sopros	são	audíveis	sobre	estas	artérias.	Emergem	
da	aorta	na	altura	da	região	mediana	entre	o	apêndice	xifoide	e	a	cicatriz	umbilical.	
Þ Femorais:	 aterosclerose	 gera	 sopro	 assimétrico,	 em	geral	 sopro	de	 "Pistol	 Shot"	 da	 insuficiência	
aórtica,	se	transmite	simetricamente.		
	
Causas	de	Obstrução	Intestinal		
Dizemos	que	um	quadro	de	obstrução	intestinal	se	encontra	presente	sempre	que	o	conteúdo	luminal	do	intestino	é	impedido	de	
progredir	 distalmente	 de	 maneira	 habitual.	 Podemos	 dividir	 as	 causas	 principais	 desta	 desordem	 em	 dois	 grandes	 grupos:	
Obstruções	Mecânicas	e	Obstruções	Funcionais.		
		
	 	
	
	
	
	
Ausculta	do	Abdômen		
A	ausculta	deve	ser	sempre	realizada	antes	da	palpação	e	
percussão	 abdominal.	 Essa	 peculiaridade	 é	 de	 extrema	
relevância	nos	casos	de	abdome	agudo,	pois	a	palpação	e	
a	 percussão	 podem	 alterar	 os	 ruídos	 peristálticos.	 Os	
objetivos	desta	manobra	são	avaliar	a	motilidade	intestinal	
(se	normal,	aumentada	ou	ausente)	e	avaliar	a	presença	de	
sopros	arteriais.		
Normal:	 cinco	 a	 34	 ruídos	 do	 borborigmo	 intestinal	
(denotam	 a	 peristalse)	 por	minuto	 ou	 um	borborigmo	 a	
cada	quatro	a	cinco	incursões	respiratórias.		
Aumentado	ou	hiperperistáltico	=	Acima	de	34	ruídos	por	
minuto.	Pode	 estar	presente	nos	 casos	de	 "peristalse	de	
luta",	 quando	 o	 intestino	 tenta	 vencer	 uma	 obstrução	
intestinal	e	também	nos	casos	de	diarreia.		
Hipoperistáltico	 =	 se	 menor	 do	 que	 cinco	 ruídos	 por	
minuto.	 Pode	 ser	 encontrado	 nas	 fases	 tardias	 de	
obstrução	intestinal.		
	
	
	
Sinalde	Cullen,	Grey-Turner	e	Fox		
O	Sinal	de	Cullen	é	um	sinal	médico	que	é	caracterizado	equimoses	azuis-pretas	na	 região	periumbilical	devido	à	hemorragia	
retroperitoneal,	associada	principalmente	à	ruptura	de	gravidez	ectópica,	mas	também	eventualmente	presente	na	pancreatite	
aguda.		
Na	pancreatite	aguda,	este	sinal	leva	24-48	horas	para	aparecer	e	prediz	um	ataque	severo	da	inflamação,	com	taxa	de	mortalidade	
crescendo	de	8-10%	para	40%.	Pode	ser	acompanhado	pelo	Sinal	de	Grey-Turner	(equimoses	nos	flancos).		
O	sinal	de	Grey-Turner	refere	a	equimoses	nos	flancos.	Este	sinal	leva	24-48	horas	para	aparecer	e	prediz	um	ataque	severo	de	
pancreatite	aguda,	com	taxa	de	mortalidade	crescendo	de	8-10%	para	40%.	Pode	ser	acompanhado	pelo	sinal	de	Cullen.	Está	
também	associado	a	pancreatites	necrohemorrágicas.		
Ao	lado	imagem	de	paciente	apresentando	tanto	osinal	de	Cullen	quanto	o	sinal	de	Grey-Fox		
O	sinal	de	Fox	é	a	presença	de	equimose	inguinal,	também	podendo	ocorrer	por	pancreatite	ou	ruptura	de	aneurisma	da	aorta	
abdominal	(AAA)		
	
	 		
	
Circulação	Colateral	no	Abdome		
Portal:
obstrução	ao	fluxo	venoso	proveniente	das	tributárias	da	veia	porta	(veias	esplénica	e	mesentérica	superior),	em	direção	
ao	fígado,	o	que	leva	à	formação	de	vasos	colaterais	(diversos	locais)	e	recanalizaçao	da	veia	umbilical,	culminando	com	um	fluxo	
centrífugo	com	relação	ao	umbigo	(cabeça	de	medusa)		
Cava	Inferior:
causada	por	uma	obstrução	ao	nível	da	veia	cava	inferior	o	que	leva	ao	aumento	do	fluxo	venoso	em	vasos	colaterais	
na	parede	abdominal	em	direção	ascendente.		
Cava	superior:
causada	como	a	da	cava	inferior	por	uma	obstrução	ou	compressão	da	veia	cava	superior	levando	ao	aumento	do	
fluxo	em	vasos	colaterais	com	direção	descendente.		
	
	
	 	
Pneumoperitoneo		
É	a	presença	de	ar	na	cavidade	abdominal,	geralmente	devido	a	perfuração	de	víscera	oca		
Sinais	e	Sintomas		
Þ Dor	abdominal
	
Þ Distensão	abdominal
	
Þ Sinal	de	Jobert	(hipertimpanismo	na	região	hepática)		
Causas		
Þ Ulcera	duodenal	perfurada		
Þ Ulcera	péptica	perfurada
	
Þ Obstrução	intestinal
	
Þ Rompimento	do	divertículo		
Þ Trauma	penetrante		
Þ Enterocolite	necrosante
	
Þ Câncer	intestinal
	
Þ Isquemia	intestinal
	
Þ Complicação	pós	laparotomia		
Þ Complicação	pós	laparoscopia		
Þ Quebra	de	anastomose	cirúrgica
	
Þ Lesão	intestinal	após	endoscopia
	
Þ Peritonite	espontânea	por	bactérias	produtoras	de	gás		
Tratamento		
O	tratamento	pode	ser	realizado	a	base	de	antibioticoterapia	e/ou	laparoscopia.		
	
Pancreatite	Aguda		
Pancreatite	 aguda	é	 a	 inflamação	 repentina	do	pâncreas	 e	que	 geralmente	dura	por	poucos	dias,	 no	entanto	exige	 cuidados	
médicos	e	internamento	na	maior	parte	dos	casos.		
A	pancreatite	ocorre	quando	as	enzimas	digestivas	produzidas	no	pâncreas	são	ativadas	no	interior	do	órgão,	causando	danos.		
Durante	a	digestão	normal,	as	enzimas	pancreáticas	inativadas	se	movem	por	meio	de	ductos	presentes	no	pâncreas	e	viajam	
para	o	intestino	delgado,	onde	são	ativadas	e	ajudam	na	digestão.	Isto	faz	com	que	essas	enzimas	causem	irritação	às	células	do	
pâncreas,	causando	inflamação	e	os	sinais	e	sintomas	associados	à	pancreatite.		
A	pancreatite	aguda	ocorre	quando	essa	inflamação	acontece	de	repente,	e	não	costuma	durar	mais	do	que	alguns	dias.		
Inúmeras	causas	podem	levar	à	pancreatite,	entre	elas:		
Þ Cálculo	biliar
	
Þ Cirurgia	abdominal
	
Þ Complicações	decorrentes	de	fibrose	cística		
Þ Hipercalcemia
	
Þ Hiperparatireoidismo
	
Þ Hipertrigliceridemia
	
Þ Infecções	virais,	como	caxumba	e	pneumonia		
Þ Lesões	no	abdômen
	
Þ Câncer	de	pâncreas
	
Þ Doenças	autoimunes
	
Þ Doença	de	Kawasaki
	
Þ Síndrome	de	Reye		
	
Fatores	de	risco		
Alguns	fatores	são	considerados	de	risco	por	especialistas	para	o	desenvolvimento	de	pancreatite	aguda.	Estes	são:	o	Histórico	
familiar	da	doença		
Þ Tabagismo
	
Þ Alcoolismo
	
Þ Uso	de	alguns	medicamentos.		
	
Sintomas	de	Pancreatite	aguda
	
Os	sinais	de	pancreatite	aguda	costumam	variar	de	pessoa	para	pessoa,	mas	o	sintoma	mais	comum	desta	forma	da	doença	é	a	
dor	progressiva	na	parte	superior	do	abdômen,	que	se	torna	constante	e	piora	com	o	passar	dos	dias.	A	dor	causada	pela	forma	
aguda	da	pancreatite	também	pode:		
Irradiar	para	a	região	das	costas
Piorar	minutos	após	comer	ou	beber,	especialmente	no	caso	de	alimentos	com	altas	quantidades	
de	gordura	Pior	se	deitar	de	costas.		
Outros	sintomas	também	podem	surgir,	a	exemplo	de:		
Þ Náuseas	e	vômito
	
Þ Sensibilidade	e	inchaço	na	região	abdominal
	
Þ Gases		
Þ Fezes	com	cor	de	argila
	
Þ Soluço
	
Þ Indigestão
	
Þ Amarelamento	brando	da	pele	e	erupções		
Þ Icterícia		
	
Pontos	Dolorosos	do	Abdômen	e	Causas	
	
	
	
A	dor	visceral	não	é	bem	localizada,	pois	o	número	de	terminações	nervosas	em	vísceras	é	menor	do	que	em	órgãos	altamente	
sensíveis,	como	a	pele,	e	também	porque	a	inervação	da	maior	parte	das	vísceras	é	multissegmentar.	A	dor	é	geralmente	descrita	
como	 em	 cólica,	 em	 queimadura	 ou	 corrosiva.	 Os	 efeitos	 autonômicos	 secundários,	 como	 transpiração,	 agitação,	 náuseas,	
vômitos,	sudorese	e	palidez,	frequentemente	acompanham	a	dor	visceral.	O	paciente	pode	mudar	insistentemente	de	posição,	
em	um	esforço	para	aliviar	o	desconforto.		
	
Pancreatite	Crônica		
	 	
	
	
Doença	do	Refluxo	Gastroesofágico	(DRGE)		
	
Dispepsia		
	 	
Úlcera	Péptica		
	 	
	
Doenças	Inflamatórias	Intestinais		
Diferenças	entre	a	doença	de	Crohn	e	a	retocolite	ulcerativa	
	 	
	
Cirrose	Hepática		
Todas	 as	 funções	 do	 órgão	 são	 diminuídas	 e,	 assim,	 advêm	 complicações	 como	 perda	 de	 massa	 proteica,	 desnutrição,	
ginecomastia,		
Quadro	Clínico		
A	cirrose	hepática	pode	se	manifestar	por	meio	de	sintomas	inespecíficos,	como	fadiga	crônica,	até	quadros	emergenciais,	como	
as	hemorragias	digestivas.	Tudo	depende	da	etiologia,	da	presença	de	complicações	e	da	gravidade	da	doença.		
Os	sintomas	relacionados	à	perda	da	função	hepatocitária	incluem	perda	de	peso,	cansaço,	déficits	neurológicos	de	concentração	
e	memória,	alterações	do	ciclo	menstrual	e	da	libido.	Ginecomastia,	 icterícia,	ascite,	esplenomegalia,	telangiectasias	e	eritema	
palmar	são	sinais	que	devem	ser	pesquisados,	assim	como	asterixe	hálito	cetônico.		
As	manifestações	clínicas	das	complicações,	como	hipertensão	portal	com	hemorragia	digestiva,	retenção	de	líquidos	com	edema,	
ascite	ou	insuficiência	renal,	ou	a	encefalopatia	hepática	em	suas	formas	mais	graves,	também	podem	abrir	o	quadro	clínico.		
Diagnóstico		
O	diagnóstico	deve	ser	basear-se	nos	3	aspectos	utilizados	para	classificar	a	doença:	aspectos	clínicos,	como	sintomas,	sinais	e	
alterações	laboratoriais;	etiologia	da	doença;	e	padrão	histológico,	determinado	por	exame	anatomopatológico	de	fragmento	de	
biópsia	hepática.		
	
Assim,	 nos	 casos	 avançados,	 em	 que	 as	 complicações	 da	 cirrose	 já	 se	 impõem,	 paralelamente	 ao	 seu	 tratamento	 devemos	
pesquisar	a	etiologia	da	cirrose	e	classificá-la	morfologicamente.		
Hipertensão	Portal		
A	causa	mais	comum	de	HP	no	Brasil	é	a	cirrose	hepática,	seja	ela	causada	por	vírus,	álcool	ou	outras	condições.	Outra	causa	
comum,	sendo	a	mais	comum	em	alguns	estados	do	Nordeste,	é	a	esquistossomose	em	sua	forma	hepatoesplênica.		
Quadro	Clínico		
Þ Circulação	colateral	portossistêmica	=	é	a	alteração	mais	característica	da	HP,	resultante	de	anastomoses	naturais	entre	vasos	
do	sistema	portal	e	da	circulação	sistêmica,	gerando	dilatação	de	veias	do	plexo	hemorroidário,	parede	abdominal	e	junção	
esofagogástrica.	O	surgimento	das	veias	dilatadas	na	parede	abdominal,	próximas	à	cicatriz	umbilical	(“cabeça	de	medusa”),	é	
um	importante	sinal	clínico	de	HP.		
Þ Esplenomegalia	=	normalmente	indolor,	é	visualizada	em	até	80%	dos	pacientes,	sem	correlação	entre	o	grau	da	doença	e	o	
tamanho	do	baço.		
Þ Encefalopatia	hepática	=	 trata-se	de	uma	condição	complexa	encontrada	nos	portadores	de	HP,	caracterizada	por	sinais	e	
sintomas	neuropsiquiátricos,	como	alterações	de	personalidade,	confusão,	coma,	convulsão,	hiperreflexia,	hálitohepático	e	
flapping,	 sendo	 mais	 comum	 em	 cirróticos	 e	 desencadeada	 normalmente	 por	 hemorragias	 digestivas,	 infecções	 agudas,	
distúrbios	hidroeletrolíticos,	ingestão	de	grande	quantidade	de	proteínas,	piora	da	função	hepática	e	pós-derivações	cirúrgicas.		
Þ Ascite
=	a	ascite	na	HP	é	de	 fácil	 identificação	clinicamente,	acompanhada	 frequentemente	de	hemodiluição,	 redução	de	
volume	urinário	e	edema.		
	 	
	
Litíase	Biliar	(colelitíase)		
Colelitíase	é	a	denominação	científica	para	a	presença	de	cálculos	biliares,	independentemente	de	sua	localização.		
Diagnóstico:	USG	(melhor)		
	 	
	
Colangite	/	Tríade	de	Charcot/	Pentade	de	Reynolds		
A	colangite	bacteriana	aguda	é	a	infecção	das	vias	biliares,	comumente	associada	à	coledocolitíase.		
A	simples	presença	de	bactérias	não	causa	colangite,	sendo	obrigatório	o	componente	de	aumento	da	pressão	intraductal.		
O	quadro	clínico	da	colangite	baseia-se	na	tríade	de	Charcot,	que	
compreende	 febre,	 icterícia	 e	 dor	 no	 HCD,	 em	 50	 a	 70%	 dos	
portadores	dessa	afecção.	Quando	o	doente	passa	a	apresentar	
sinais	 de	 confusão	 mental	 e	 hipotensão,	 dá-	 se	 o	 nome	 de	
pêntade	de	Reynolds.	Esse	quadro	denota	colangite	grave	(tóxica	
ou	supurativa)	e	se	associa	a	piores	prognósticos.		
A	febre	alta	e	os	calafrios	associados	à	colangite	são	o	resultado	
de	bacteremia	sistêmica,	causada	pelo	refluxo	colangiovenoso	e	
colangiolinfático,	 daí	 a	 necessidade	 de	 aumento	 da	 pressão	
intraductal	 para	 estabelecer	 a	 colangite.	 Além	 do	 diagnóstico	
clínico,	 devem-se	 considerar	 alterações	 laboratoriais	
características	de	colestase	e	sepse.	A	USG	de	abdome	serve	para	
identificar	fatores	obstrutivos	nas	vias	biliares	e	de	colelitíase.		
Tríade	de	Charcot:		
Þ Febre		
Þ Icterícia
	
Þ Dor	no	hipocôndrio	direito		
Pêntade	de	Reynolds		
Þ Febre		
Þ Icterícia
	
	
Þ Dor	no	hipocôndrio	direito		
Þ Confusão	mental
	
Þ Hipotensão		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Módulo	de	Cardiologia		
5	periodo	–	Medicina	
Camila	Macedo	
	
	
	
	
Ciclo	cardíaco		
	
Fases:	
Þ Contração	isovolumétrica	(valvas	atrioventriculares	e	semilunares	fechadas).	
Þ Ejeção	rápida	(valvas	atrioventriculares	fechadas	e	semilunares	abertas).	
Þ Ejeção	lenta	(valvas	atrioventriculares	fechadas	e	semilunares	abertas).	
Þ B2	(fechamento	das	semilunaes).	
Þ Relaxamento	isovolumétrico	(valvas	atrioventriculares	e	semilunares	fechadas).	
Þ Enchimento	rápido	(valvas	atrioventriculares	abertas	e	semilunares	fechadas).		
Þ Enchimento	lento	(valvas	atrioventriculares	abertas	e	semilunares	fechadas).		
Þ Sístole	atrial	(valvas	atrioventriculares	abertas	e	semilunares	fechadas).		
Þ B1	(fechamento	das	atrioventriculares).		
	
O	 fechamento	 das	 válvulas	 átrio	 ventriculares	 não	 é	 simultâneo,	 a	 MITRAL	 se	 fecha	 antes	 da	 TRICÚSPICE,	 entretanto,	 esta	
diferença	não	é	observada	em	 condições	normais	 na	maioria	 dos	pacientes	durante	 a	 ausculta.	Durante	 a	 inspiração,	 ocorre	
diminuicão	da	pressão	intratorácica	e	aumento	do	retorno	venoso	no	átrio	direito	=	desdobramento	fisiológico	de	B1.		
Þ Desdobramento	patológico	de	B1	=	bloqueio	de	ramo	direito		
	
O	fechamento	das	valvas	semilunares	não	é	simultâneo,	a	AORTICA	fecha	antes	da	PULMONAR	e	existem	situações	onde	podemos	
observar	a	acentuação	dessa	diferença	de	forma	fixa	ou	paradoxal	do	desdobramento	de	B2.		
Þ Desdobramento	fixo	de	B2	=	comunicação	interatrial.	
Þ Desdobramento	paradoxal	de	B2	=	estenose	aórtica	ou	bloqueio	de	ramo	esquerdo.		
	
B3	 é	 um	 ruído	 diastólico	 resultante	 da	 distensão	 da	 parede	 ventricular	 pelo	 sangue	 durante	 o	
enchimento	rápido,	que	gera	um	turbilhonamento	com	o	volume	sistólico	final	originado	por	uma	
insuficiência	ventricular	esquerda	(disfunção	sistólica);	auscultado	no	início	da	diástole	(tum-tra).		
	
B4	é	um	ruído	diastólico	resultante	da	vibração	da	parede	ventricular	pelo	sangue	durante	a	sístole	
atrial,	 auscultado	 no	 final	 da	 diástole.	 Ocorre	 da	 brusca	 desaceleração	 do	 fluxo	 sanguíneo	
proveniente	da	contração	dos	átrios	e	está	relacionado	com	hipertrovia	de	VE	(trum-tá).		
	
Ausculta	cardíaca	
Þ Foco	aórtico:	2°	EIC	direito	na	linha	paraesternal.		
Þ Foco	pulmonar:	2°	EIC	esquerdo	na	linha	paraesternal.		
Þ Foco	aórtico	acessório:	3°	EIC	esquerdo	na	linha	paraesternal.		
Þ Foco	mitral:	5°	EIC	esquerdo	na	linha	hemiclavicular	(ictus	cordis).		
Þ Foco	tricúspide:	base	do	apêndice	xifóide	(4°	EIC),	ligeiramente	para	a	esquerda.		
																																																		
Obs:	Os	clássicos	focos	de	ausculta	não	correspondem	às	localizações	anatômicas	das	valvas.	
		
	
Problemas	valvares:		
1) Estenose	aórtica		
Þ Sopro	sistólico	de	ejeção,	rude,	em	foco	aórtico	(“em	naipe	de	ouros”	ou	“em	diamante”)		
Þ Irradiado	para	vasos	do	pescoço.		
Þ Diminui	com	“handgrip”
	
Þ Pode	haver	clique	de	ejeção	aórtico
	
Þ Pode	haver	B4	(pela	disfunção	diastólica	da	HVE)	
Þ Frêmito	sistólico	(indica	gradiente	VE/Ao	>	50	mmHg)		
Þ Pulso	arterial	“parvus	e	tardus”		
Þ B1	normal
	
Þ Sopro	mesossistólico	(“diamante”	ou	“naipe	de	ouros”)
	
Þ Melhor	audível	no	foco	aórtico
	
Þ Irradiação	para	pescoço
	
Þ Diminui	com	“handgrip”	(com	handgrip	o	gradiente	VE/Ao	pode	cair	de	70	para	50mmHg)		
	
2) Insuficiência	aórtica	
Þ Sopro	diastólico	suave	e	aspirativo,	decrescente,	começando	no	início	da	diástole	junto	à	B2,	sendo	melhor	auscultado	com	o	
diafragma	do	estetoscópio	e	com	o	paciente	sentado	e	fletido	para	frente.		
Þ Aumenta	com	a	monobra	isométrica	(“handgrip”)	
Þ B2	hipofonética	
	
Þ Sopro	holodiastólico	aspirativo	em	“decrescendo”
	
Þ Melhor	audível	no	foco	aórtico	“acessório”,	sentado,	em	apneia	pós-expiratória,	com	a	membrana
	
Þ Aumenta	com	“handgrip”		
Þ Pulso	em	martelo	d’água	ou	célere.	
Þ Sopro	de	Austin-Flint	=	diastólico	de	foco	mitral	devido	a	uma	lesão	grave	de	insuficiência	aórtica.	Além	disso,	a	insuficiência	
aórtica	 em	 si	 vai	 gerar,	 também,	 um	 sopro	 diastólico.	 A	 insuficiência	 aórtica	 promove	 volta	 do	 sangue	 para	 o	 ventrículo	
esquerdo	quando	as	pressões	no	VE	e	aorta	se	igualam	e	ocorre	um	aumento	de	volume	sanguíneo	nessa	câmara.	Quando	a	
mitral	abrir,	ela	não	consegue	 ter	 força	para	vencer	a	pressão	de	sangue	no	VE,	e	 fica	meio	aberta,	não	abre	 totalmente.	
Quando	o	sangue	passar	pela	mitral	semi-aberta	(semelhante	a	uma	estenose	por	estreitamento	da	luz),	vai	gerar	um	sopro.	
O	que	fazer	para	intensificar	o	sopro	da	insuficiência	aórtica?	Aumentar	a	resistência	vascular	periférica	apertando	com	força	
a	mão	da	pessoa	a	sua	frente	ou	a	própria	mão	=	handgrip.	Isso	vai	fazer	com	que	a	pressão	na	aorta	aumente	e	evidencie	o	
sopro	da	insuficiência.		
	
3) Estenose	mitral	
Þ Reflete	Hipertensão	Arterial	Pulmonar	(HAP)		
Þ O	sopro	fica	mais	evidente	na	posição	de	semidecúbito	lateral	esquerdo		
Þ Hiperfonese	de	B1
	
Þ Estalido	de	abertura	da	mitral	(EAM)		
Þ Ruflar	diastólico	com	reforço	pré-sistólico	se	ritmo	sinusal		
Þ Ruflar	sem	reforço	pré-sistólico	se	fibrilação	atrial		
Þ Hiperfonese	de	B2	(se	houver	hipertensão	arterial	pulmonar)		
Þ Ictus	de	VE	pouco	palpável		
Þ Sopro	de	Carey-Coombs	=	sopro	da	estenose	mitral	com	etiologia	reumática	
	
4) Insuficiência	mitral		
Þ Pulso	venoso	é	usualmente	normal
	
Þ Ictus	pode	ser	hipercinético
	
Þ B1	normal	ou	diminuído
	
Þ Pode	haver	B3
	
Þ Sopro	holossistólico	em	foco	mitral	irradiado	para	axila	começando	junto	à	B1.	Aumenta	com	a	manobra	isométrica.		
Þ Sopro	 não	 aumenta	 com	 a	 inspiração	 (manobra	 de	 Rivero-Cavallo).	 Essa	 manobra	 auxilia	 a	 diferenciar	 a	 insuficiência	
tricúspide	da	mitral.	Com	a	respiração	profunda,	vai	haver	aumento	do	retorno	venoso	para	o	coração	direito,	tornando	
possível	 evidenciar	 os	 sopros	 desse	 lado	 do	 coração	 e	 diferencia-los	 de	 sopros	 do	 lado	 esquerdo.	 Na	 dúvida	 entre	
insuficiência	tricúspide	ou	mitral,	ao	realizar	essa	manobra	e	o	sopro	permanecer	=	insuficiência	tricúspide;	se	diminuir	ou	
desparecer	=	insuficiência	mitral.		
Þ Pode	haver	frêmito		
Þ Sopro	circular	de	Miguel-Couto	=	quandoo	sopro	proveniente	da	IM	irradia	em	circunferência	para	o	dorso.	
	
5) Insuficiência	pulmonar:	
Þ Sopro	mais	bem	audível	no	foco	pulmonar	
Þ Manobra	de	Rivero-Carvalho	intensifica	este	sopro.	
Þ Sopro	de	Graham-Steel	=	quando	este	sopro	é	secundário	a	Hipertensão	Pulmonar	e	dilatação	da	artéria	pulmonar.	
	
Ictus	cordis	
Þ É	estudado	pela	inspeção	e	palpação.		
Þ Investiga-se:	localização,	extensão,	intensidade,	mobilidade,	ritmo	e	frequência.		
Þ Localizado	no	5	espaço	intercostal	esquerdo	na	linha	hemiclavicular.		
Þ Pode	mudar	de	posição	por	fatores	patológicos	ou	por	biotipos.		
Þ Em	pacientes	brevilíneos,	o	ictus	desloca-se	uns	2cm	lateralmente	e	para	cima,	no	4	espaço	intercostal.		
Þ Em	pacientes	longilíneos,	o	ictus	construam	ser	1	a	2cm	mais	medialmente	que	o	normal.		
																 																					 	
Obs:	pacientes	com	enfisema	pulmonar	grave	são	mais	difíceis	de	visualizar	ictus	devido	ao	aumento	da	distância	do	coração	ao	
gradil	costal	(pulmão	hipertrofiado).		
Obs:	pacientes	obesos	ou	muito	músculos	tornam	a	visualização	e	palpação	do	ictus	mais	difícil.		
Obs:	posições	que	diminuem	a	distância	do	coração	ao	gradil	costal	são	adotadas	para	a	melhor	visualização	e	palpação	do	ictus.		
Þ Extensão	do	ictus	é	avaliada	com	polpas	digitais	(1	a	2	polpas)	ou	2	a	3cm.		
Þ Um	ictus	aumentado	em	extensão	indica	aumento	cavitário	de	ventrículo	esquerdo	(cardiomegalia).	
	
Pulsos	
Exame	da	Carótida		
Logo	após	sua	saída	do	ventrículo	esquerdo,	a	aorta	dará	origem	a	seus	três	primeiros	ramos:	o	tronco	braquiocefálico,	a	carótida	
comum	esquerda	e	a	artéria	subclávia	esquerda.	A	carótida	comum,	por	sua	vez,	se	divide	em	carótida	interna	e	externa,	irrigando	
regiões	intra	e	extracraniais,	respectivamente.	Seguindo	seu	trajeto	distalmente	a	artéria	subclávia	torna-se	artéria	axilar	e,	em	
seguida,	artéria	braquial.	Esta	se	subdivide	em	artéria	radial	e	ulnar,	seus	ramos	terminais.		
Inspeção		
Massas	 pulsáteis	 no	 pescoço	 podem	 ser	 aneurismas	 ou	 constituir	 alongamentos	 ou	 tortuosidades	 de	 vasos,	 geralmente	
envolvendo	a	artéria	 carótida	 comum	na	base	do	pescoço,	no	 lado	direito,	 em	 indivíduos	hipertensos	de	mais	 idade;	podem	
também	corresponder	a	massas	comprimindo	um	vaso,	como	um	nódulo	linfático	ou	tumor	comprimindo	a	carótida.	Aneurisma	
da	artéria	carótida	mais	comumente	apresenta-se	na	artéria	carótida	comum	como	massa	pulsátil	ao	nível	do	ângulo	da	mandíbula	
ou	abaixo	dele.	Aneurismas	da	artéria	carótida	interna	podem	não	ser	visíveis	externamente,	pois	a	fáscia	que	a	envolve	impede	
a	expansão	nessa	direção.	Massas	pulsáteis	na	fossa	supraclavicular	são	geralmente	devidas	a	aneurismas	da	artéria	subclávia	ou	
do	ramo	tireocervical.		
Palpação:		
A	palpação	dos	pulsos	é,	talvez,	a	parte	mais	importante	do	exame	do	sistema	arterial.	Ao	examinar	o	pulso	arterial,	os	seguintes	
pontos	devem	ser	observados:
	
a)	volume	do	pulso:	pulsação	expansiva	pode	indicar	alteração	aneurismática,	enquanto	pulso	diminuído	pode	indicar	oclusão	
proximal;		
b)	endurecimento	presente	ou	não	da	parede	arterial;	o	endurecimento	pode	ser	devido	à	calcificação	da	parede	da	artéria;
	
c)	volume	do	pulso:	pode	ser	expresso	em	escala	de	0	a	4;	assim:		
0:	ausente;	1:	fraco;	2:	diminuição	moderada;	3:	diminuição	pequena;	4:	amplo.		
A	artéria	carótida	comum	é	sentida	no	triângulo	da	carótida,	bem	à	frente	do	músculo	esternocleidomastóideo,	abaixo	do	ângulo	
da	mandíbula.	
	 							 	
	
Inicialmente	o	examinador	deve	afastar	a	borda	anterior	do	estermocleidomastóideo	na	altura	da	cartilagem	tireóidea	com	as	
polpas	digitais	do	2o,	3o	e	4°	quirodáctilos	ao	mesmo	tempo	que	analisa	suas	propriedades.		
Ausculta		
A	auscultação	de	sopros	deve	ser	realizada	sobre	todas	as	artérias	superficiais,	incluindo	tumorações.	Sopros	na	artéria	carótida	
podem	ser	oriundos	do	tórax,	como	na	estenose	aórtica.	A	presença	de	sopro	carotídeo	pode	ser	devida	à	estenose	do	vaso,	
porém	nem	sempre	significa	a	presença	da	estenose	e	não	permite	concluir	sobre	sua	gravidade.		
	 	
Os	sopros	podem	ser	sistólicos,	sistodiastólicos	(devido	a	estenoses	ou	dilatações)	ou	contínuos	(devido	a	fístulas	arteriovenosas).		
A	 ausculta	 das	 carótidas	 deve	 ser	 feita	 na	 altura	 da	 cartilagem	 tireóide	 na	 borda	 anterior	 do	 músculo	 esternocleido-	
occiptomastoideo,	se	utilizando	o	diafragma	do	estetoscópio.	Se	não	houver	boa	adaptação,	poderá	ser	utilizada	a	campânula	
firmemente	aplicada,	que	transforma	a	pele	esticada	em	um	verdadeiro	diafragma.	A	presença	de	sopro	carotídeo,	apesar	de	
baixa	sensibilidade,	apresenta	boa	especificidade	para	a	presença	de	placas	ateroscleróticas	que	obliterem	a	luz	em	mais	de	50%.	
Deve	ser	diferenciado,	no	entanto,	do	sopro	irradiado	do	precórdio	para	o	pescoço,	sendo	este	mais	audível	no	tórax.		
	
Roteiro	para	Palpação	de	Pulsos		
A	palpação	sistematizada	e	simétrica	das	artérias	possibilita	detectar	diminuição	ou	ausência	de	pulso,	viabilizando	o	diagnóstico	
de	estenose	ou	oclusão.		
A	amplitude	do	pulso	é	graduada	de	+	a	++++	e	pode	variar	de	examinador	para	examinador,	mas	o	importante	é	a	determinação	
da	amplitude	comparativamente	em	pulsos	homólogos	pelo	mesmo	examinador.		
	
Artéria	Braquial		
A	artéria	braquial	é	palpável	em	toda	a	sua	extensão,	sendo	mais	acessível,	contudo,	no	seu	terço	distal.	É	palpada	logo	acima	da	
fossa	antecubital,	medial	ao	tendão	do	bíceps	braquial.	O	examinador	pode	palpá-la	de	duas	formas:	apoiando	o	cotovelo	do	
paciente	sobre	a	palma	de	sua	mão,	palpando	o	pulso	com	o	polegar	ou	com	a	mão	em	garra	(contornando	a	face	posterior	do	
braço	do	paciente),	palpando	a	artéria	com	2o,	3o	e	4o	quirodáctilos.	Vale	ressaltar	que	a	outra	mão	do	examinador	pode	realizar	
flexão	ou	extensão	do	braço	do	paciente,	a	fim	de	facilitar	a	palpação.		
																											 	
Artéria	Ulnar		
Palpada	na	 região	 lateral	 da	 superfície	 flexora	do	punho	 (base	do	1o	quirodáctilo).	 Palpada	pelo	examinador	 com	2o	3o	e	4o	
quirodáctilos.	Pode-se	realizar	a	flexão	da	mão	do	paciente,	o	que	facilitará	a	palpação	da	artéria.		
Palpada	na	região	medial	da	superfície	flexora	do	punho.	O	examinador	deve	"apertar	a	mão"	do	paciente,	ao	passo	que	com	outra,	
em	 garra,	 busca	 pelo	 pulso	 com	2o,	 3o	 e	 4o	 quirodáctilos.	 Por	 ser	mais	 profunda,	 chega	 a	 não	 ser	 palpável	 em	 até	 50%	dos	
indivíduos.	
	 	
Artéria	Femoral		
	
	
	
	
	
	
Pulso	Pedioso	(Artéria	Dorsal	do	Pé)		
Palpada	no	dorso	do	pé,	entre	os	 ligamentos	extensores	do	1"	e	2"	pododáctilos,	cerca	de	5	cm	da	base	do	hálux.	Pode	estar	
ausente	em	1	0%	da	população		
	 	
	
Artéria	Tibial	Posterior		
Com	a	mão	do	examinador	em	garra	é	palpada	imediatamente	atrás	do	maléolo	medial.		
	 	
	
Aorta	Abdominal		
Inicialmente	 o	 examinador	 deve	 afastar	 a	 borda	 anterior	 do	 estermocleidomastóideo	na	
altura	da	cartilagem	tireóidea	com	as	polpas	digitais	do	2o,	3o	e	4o	quirodáctilos	ao	mesmo	
tempo	 que	 analisa	 suas	 propriedades.	 É	 importante	 lembrar	 que	 não	 devemos	 palpá-la	
perto	 do	 ângulo	 da	 mandíbula,	 próximo	 do	 seio	 carotídeo,	 evitando	 a	 realização	 de	
manobravagal.		
Com	 o	 paciente	 em	 decúbito	 dorsal,	 fazendo	 leve	 flexão	 das	 coxas	 para	 promover	
relaxamento	da	musculatura	abdominal.	Existem	duas	maneiras	de	palpá-la:	com	ambas	as	
mãos	em	paralelo,	em	garra,	como	se	contornassem	um	cilindro	ou	com	as	mãos	dirigindo	
a	 linha	 média,	 em	 disposição	 algo	 oblíqua,	 visando	 surpreender	 cada	 uma	 das	 paredes	
laterais	do	vaso.	A	palpação	deve	ser	feita	entre	o	apêndice	xifoide	e	a	cicatriz	umbilical.	Esta	
porção	 da	 aorta	 tem	 diâmetro	 de	 aproximadamente	 2	 cm,	 podendo	 ser	 palpável	 em	
indivíduos	 magros.	 Em	 caso	 de	 aneurismas,	 quanto	 maior	 seu	 diâmetro,	 maior	 a	
sensibilidade	da	palpação	para	sua	detecção.		
	
Avaliação	dos	Pulsos	(tipos)		
Pulso	Arterial		
O	 pulso	 arterial	 é	 avaliado	 através	 de	 palpação	 atenciosa	 de	 alguma	 artéria	 superficial.	 Várias	 artérias	 podem	 ser	 utilizadas:	
carótidas,	 radiais,braquiais,	axilares,	 femorais,	poplíteas,	 tibiais	posteriores,	pediosas	etc.	Entretanto,	para	o	estudo	do	pulso	
arterial	em	si,	geralmente,	utilizamos	as	carótidas	e	as	radiais.	Ao	avaliar	um	pulso	arterial,	devemos	obter	os	seguintes	dados:		
Þ Frequência	cardíaca:
A	frequência	cardíaca	é	o	número	de	batimentos	por	minuto.	Se	o	ritmo	for	regular,	ela	pode	ser	contada	
em	15	segundos,	multiplicando-se	o	resultado	por	4.	
Þ Ritmo:
O	 ritmo	 deve	 ser	 cuidadosamente	 avaliado	 por	 uma	 palpação	 mais	 demorada	 do	 pulso.	 Pode	 ser	 regular,	 em	
bigeminismo,	trigeminismo,	com	extrassístoles	ou	totalmente	irregular.		
Artéria	Poplítea		
Palpada	abaixo	do	ligamento	inguinal,	a	meio	caminho	entre	a	espinha	ilíaca	anterossuperior	e	a	
sínfise	pubiana.	Sua	localização	ocorre	de	maneira	transversal	ao	maior	eixo	do	membro	e	sua	
palpação	de	maneira	paralela		
Palpada	na	região	do	oco	poplíteo.	Sua	palpação	é	algo	mais	complicada,	havendo	duas	formas	
para	sua	realização.	Em	uma	delas,	o	paciente	deve	se	encontrar	em	decúbito	ventral	e	com	uma	
das	mãos	do	examinador	no	tornozelo	do	paciente,	faz-se	flexão	da	perna	para	relaxamento	da	
musculatura.	 Com	 a	 outra,	 busca-se	 pelas	 pulsações.	 Na	 outra,	mais	 comumente	 utilizada,	 o	
paciente	é	posto	em	decúbito	dorsal	com	sua	perna	em	semiflexão.	As	duas	mãos	do	examinador	
estarão	ao	redor	dos	joelhos,	com	os	polegares	sobre	a	patela.	Com	os	demais	dedos,	faz-se	a	
procura	pelo	pulso.		
	
Þ Amplitude:
A	amplitude	é	a	intensidade	mecânica	do	pulso,	e	pode	ser	avaliada	pela	"força"	do	pulso	(quando	este	"empurra"	
o	dedo	do	examinador).	
Þ Contorno:
O	contorno,	na	verdade,	é	a	morfologia	palpatória	do	pulso	(se	ele	sobe	devagar,	se	tem	um	pico,	dois	picos	...	),	
representada,	didaticamente,	por	um	desenho	da	pressão	do	pulso	no	tempo		
Þ Aspecto	palpatório	da	artéria		
	
Alterações		
Pulso	com	Baixa	Amplitude	(	́	́Fino``ou	́	F́iliforme``)		
Associado	 à	hipotensão	 com	pressão	 arterial	 convergente.	 Relacionado	 a	 estados	 de	 baixo	
débito	cardíaco,	como	nos	choques	hipovolêmico,	cardiogênico	e	obstrutivo	ou	a	estenoses	
valvares	 severas,	especialmente	á	estenose	aórtica.	Os	pacientes	com	 insuficiência	cardiaca	
crônica	que	apresentam	pulsos	finos	geralmente	têm	uma	sobrevida	curta.		
	
Pulso	em	Martelo	d'água	(Pulso	de	Corrigan)		
Associado	à	pressão	arterial	divergente.	Geralmente	é	de	grande	amplitude	e	com	ascensão	e	
queda	rápidas.	Característico	da	Insuficiência	Aórtica	Crônica.	O	que	mais	caracteriza	o	pulso	
é	a	subitaneidade	de	sua	queda.	Os	pulsos	das	síndromes	de	alto	débito	cardíaco	(ex.:	sepse,	
hipertireoidismo,	anemia,	fístulas	AV)	cursam	com	pulsos	amplos,	porém,	sem	a	característica	
de	"martelo	d'água".		
	
Pulso"Bisferiens"	ou	Bífido		
Dupla	lesão	aórtica	(estenose	e	insuficiência	aórtica).	
				
Pulso	Dicrótico		
O	seu	"desenho"	tem	dois	picos	sistólicos.	A	causa	mais	comum	é	Insuficiência	Aórtica	Crônica	
associada	ou	não	a	uma	estenose	aórtica	 leve.	Outra	 causa	é	a	 cardiomiopatia	hipertrófica	
obstrutiva.	Este	pulso	ocorre	em	condições	em	que	um	grande	volume	sistólico	é	ejetado	por	
um	ventriculo	com	boa	contratilidade.	Provavelmente	a	segunda	onda	é	um	efeito	de	reflexão	
do	pulso	no	leito	arterial.		
Possui	um	pico	sistólico	e	um	pico	menor	na	diástole.	Este	tipo	de	pulso	em	geral	ocorre	em	
estados	 de	 baixo	 débito	 cardíaco	 (choque	 hipovolêmico,	 cardiogênico,	 obstrutivo),	 em	
indivíduos	 com	 a	 aorta	 de	 elasticidade	 preservada	 (jovens).	 Como	 o	 pulso	 é	 fraco,	 a	
característica	dicrótica	pode	não	ser	percebida	na	palpação.		
	
Pulso"Parvus"e"Tardus"
	
Possui	 ascensão	 lenta	 e	 amplitude	 baixa.	Mais	 facilmente	 detectado	 na	 palpação	 da	 carótida.	 É	
característico	da	estenose	aórtica	moderada	a	severa.		
	
Pulso"Alternans"		
A	amplitude	do	pulso	varia,	alternando	uma	maior	com	uma	menor	amplitude.	Este	pulso	ocorre	na	
insuficiência	cardíaca	em	fase	avançada,	com	baixo	débito	cardíaco.	É	um	sinal	de	mau	prognóstico	
para	esses	pacientes.		
	
Pulso	venoso	
Na	verdade,	o	contorno	do	pulso	venoso	jugular	nada	mais	é	do	que	a	variação	pressórica	intravenosa	que	ocorre	no	ciclo	cardiaco.	
Esta	variação	é	perceptível	pela	inspeção	da	região	cervical,	porém	não	o	é	pela	palpação,	dados	os	baixos	valores	pressóricos	no	
leito	 venoso.	 A	 morfologia	 do	 pulso	 venoso,	 portanto,	 é	 a	 própria	 morfologia	 da	 curva	 de	 pressão	 intra-atrial	 direita.	 Esta	
morfologia	está	representada	na	FIGURA	abaixo.		
	
Como	podemos	 observar,	 a	 curva	 de	 pressão	 intra-atrial	 (e	 o	 pulso	 venoso)	 possui	 três	 ondas	 de	 ascensão	 (A,	 C	 e	 V)	 e	 dois	
descensos	(X	e	Y).		
Þ A	onda	C,	correspondente	ao	fechamento	da	tricúspide,	normalmente	é	imperceptível	aos	nossos	olhos.	Na	inspeção,	portanto,	
o	pulso	venoso	tem	apenas	duas	ascensões	perceptíveis.		
Þ A	onda	A	é	a	maior	ascensão,	ocorrendo	junto	à	contração	atrial	direita,	que	promove	um	súbito	aumento	da	pressão	intra-
atrial,	logo	antes	da	primeira	bulha	cardíaca.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Þ O	descenso	X	vem	depois	da	onda	A-C,	explicado	por	uma	queda	da	pressão	intra-atrial	consequente	à	descida	do	assoalho	
tricúspide	na	ejeção	ventricular	e	relaxamento	atrial.	Essa	queda	de	pressão	estimula	o	enchimento	atrial	pelo	sangue	venoso.		
Þ A	onda	V	é	a	segunda	ascensão,	ocorrendo	durante	o	enchimento	atrial	com	a	valva	tricúspide	fechada,	logo	antes	da	segunda	
bulha	cardíaca.		
Þ O	descenso	Y	vem	depois	da	onda	V,	causado	pela	abertura	da	tricúspide	e	salda	do	sangue	do	átrio	para	o	ventrículo.	A	curva	
de	pressão	do	átrio	esquerdo	(e	veia	pulmonar)	é	idêntica,	porém,	com	os	níveis	pressóricos	maiores.		
É	importante	observar	que	o	enchimento	dos	átrios	ocorre	em	duas	fases	do	ciclo	cardiaco:
	
Þ Sístole,	devido	à	própria	ejeção	ventricular,	que	rebaixa	o	assoalho	atrial	e	faz	cair	a	pressão	intra-atrial;
	
Þ Diástole,	 quando	 se	 abrem	 as	 valvas	 atrioventriculares,	 um	momento	 em	 que	 as	 pressões	 atriais	 e	 ventriculares	 baixam	
simultaneamente,	promovendo	o	enchimento	de	todas	as	câmaras	cardíacas.	A	esta	fase,	denomina-se	diástase.		
	
Manobra	de	Allen		
Tem	por	objetivo	estudar	a	circulação	da	mão	através	da	permeabilidade	da	artéria	ulnar	(importante	antes	de	realizar	punção	da	
artéria	radial	para	coleta	de	sangue)	ou	da	artéria	radial.		
Inicialmente	o	paciente	deve	manter	as	mãos	com	as	palmas	voltadas	para	cima.	Solicite	que	cerre	o	punho	de	uma	das	mãos;	em	
seguida,	comprima	firmemente	tanto	a	artéria	radial	quanto	a	ulnar	entre	seus	dedos	e	o	polegar.	Peça	para	que	abra	a	mão,	
mantendo	em	uma	posição	relaxada.	A	palma	da	mão	fica	pálida.	Libere	a	pressão	sobre	a	artéria	ulnar,	caso	esteja	pérvia,	a	região	
palmar	apresentará	rubor	em	3	a	5	segundos.	O	mesmo	teste	deve	ser	repetido	para	a	artéria	radial.		
	 	
	
1) No	 primeiro	 tempo,	 o	 paciente	 fica	 sentado	 com	 os	membros	 superiores	 estendidos	 à	 sua	 frente,	 mantendo	 as	 regiões	
palmares	voltadas	para	cima.		
2) O	médico	palpa	a	artéria	radial	com	o	polegar,	fixando	os	demais	dedos	no	dorso	do	punho	do	paciente.		
3) Enquanto	comprime	a	artéria	radial,	o	médico	solicita	ao	paciente	fechar	a	mão	com	força,	de	modo	a	esvaziá-la	de	sangue,	o	
que	provoca	palidez	de	sua	mão		
4) Mantendo-se	 a	 artéria	 radial	 comprimida,	 solicita-se	 ao	 paciente	 que	 abra	 a	mão	 sem	 estender	 os	 dedos.	 Em	 condições	
normais,	há	uma	rápida	volta	da	coloração	da	mão	e	dos	dedos.	Havendo	estenose	ou	oclusão	da	artéria	ulnar,	o	retorno	da	
coloração	é	mais	demorado	e	não	é	uniforme,	formando	placas		
5) Para	o	diagnóstico	de	oclusão	da	artéria	radial,	o	médico	usa	a	mesma	manobra;	no	entanto,	no	terceiro	e	quarto	tempos,	a	
artéria	comprimida	é	a	ulnar.		
	
 
	
Trombose	Venosa	Profunda		
Þ É	a	doença	mais	importante	das	veias	periféricas
	
Þ Forte	relação	com	embolia	pulmonar	(principal	complicação)
	
Þ O	tratamento	é	anticoagulação	imediata	e	a	longo	prazo	(idem	embolia	pulmonar)
	
Þ Trombofletite	 superficial	 =	 trombose	 +	 inflamaçãode	 veia	 superficial.	 Se	 permanecer	 superficial	 é	 de	 baixo	 risco,	
provavelmente	 não	 vai	 desenvolver	 embolo	 pulmonar,	 tratamento	 pode	 ser	 feito	 com	 gelo,	 elevação	 das	 pernas	 e	 anti-
inflamatorio.		
	
Exame	Físico		
Manobra	de	Homans:	consiste	na	dorsiflexão	forçada	do	pé	em	paciente	com	suspeita	de	trombose	venosa	profunda	(TVP).	Se	a	
manobra	provocar	dor	intensa	na	panturrilha,	ela	é	positiva,	indicando	possibilidade	de	TVP.		
Manobra	de	Denecke-Payr	:	consiste	na	compressão	com	o	polegar	da	planta	do	pé	contra	o	plano	ósseo.	Se	a	manobra	provocar	
dor	intensa,	ela	é	positiva	e	indica	a	possibilidade	de	trombose	das	veias	profundas	do	pé.		
Manobra	de	Olow:	consiste	na	compressão	da	musculatura	da	panturrilha	contra	o	plano	ósseo.	Se	houver	dor,	a	manobra	é	
positiva,	 levantando	suspeita	de	 trombose	das	veias	da	panturrilha.	Uma	variante	desta	manobra	consiste	na	compressão	da	
musculatura	da	panturrilha	com	a	mão	em	garra.		
Sinal	da	Bandeira:	dor	na	panturilha	à	palpação	ou	mobilização	da	musculatura,	com	empastamento	da	musculatura		
Þ Sinal	de	Pratt	-	veias	pré-tibiais	túrgidas	(ocorre	quando	existe	um	trombo	impedindo	a	drenagem	do	sistema	superficial	para	
o	profundo	-	veias	sentinelas).	
	
Þ Sinal	de	Neuhoff-	empastamento	muscular	da	panturrilha.	
	
Þ Sinal	de	Homans	-	dor	à	dorsiflexao	forçada	do	pé.	
	
Þ Sinal	de	Duque	-	retificação	do	oco	poplíteo	(retificação	do	S	itálico).	
	
Þ Sinal	de	Olow	-	dor	ao	pressionar	os	músculos	da	panturrilha	contra	o	plano	ósseo	
	
Þ Sinal	de	Lowemberg	-	dor	à	compressão	da	panturrilha	pelo	esfigmomanômetro	na	panturrilha	com	pressão	entre	60	e	180	
mmHg;	em	uma	pessoa	sem	trombose	suporte	bem	uma	pressão	de	250	mmllg.	
	
Þ Sinais	de	Ducuing	-	trombose	das	veias	pélvicas	e	ilíacas	internas,	com	edema	pubiano,	edema	de	órgãos	genitais	externos,	
disúria,	retenção	ou	incontinência	de	urina,	meteorismo,	tenesmo	e	dor	à	defecação.	
	
	
O	sinal	mais	sensível	para	TVP	segue	sendo	a	diferença	de	volume	entre	os	membros.	Esta	nem	sempre	é	visível,	sendo,	portanto,	
necessária	a	medida	da	circunferência	do	membro.	
	
	 	
	
Classificação	CEAP		
A	classificação	para	as	doenças	venosas	crônicas	baseadas	na	Clínica,	Etiologia,	Anatomia	e	Patofisiologia	(Classificação	CEAP),	foi	
criada	com	a	intenção	de	facilitar	a	comunicação	entre	os	estudiosos	e	de	formar	uma	linguagem	comum	entre	os	médicos		
C1	C2	C3	C4	C5	C	
		
	
	
		
	
Insuficiência	Arterial	Aguda		
A	 oclusão	 arterial	 aguda	 caracteriza-se	 por	 parada	 súbita	 do	 fluxo	
sanguíneo	para	uma	região	do	corpo	humano.	Pode	ser	causada	por	um	
grupo	 diversificado	 de	 doenças,	 e	 em	 algumas	 situações	 fica	 difícil	
realizar	o	diagnóstico	etiológico.	Ocorre	mais	comumente	em	pacientes	
idosos,	e	a	demora	em	fazer	o	diagnóstico	e	iniciar	o	tratamento	leva	a	
alterações	irreversíveis,	inviabilizando	a	região	afetada.	Como	a	oclusão	
arterial	aguda	ocorre	com	maior	frequência	nos	membros	inferiores,	a	
amputação	do	membro	acarreta,	para	o	paciente,	pior	qualidade	de	vida	
e,	para	a	sociedade,	elevado	custo	adicional.		
As	causas	mais	comuns	são:		
Þ Embolia;		
Þ Trombose;
	
Þ Trauma;	
Þ Dissecção	arterial	aguda.		
		 
	
 
	
O	que	se	espera	ao	realizar	Lasegue	em	um	paciente	com	doença	arterial?		
Importante	lembrar	que	a	manobra	de	Lasegue	não	costuma	ser	usada	no	contexto	de	ambulatório	de	cirurgia	vascular,	já	que	é	
um	exame	geralmente	utilizado	para	avaliar	a	dor	lombar	devido	a	ciatalgia,	porém	,	ao	realiza-lo	em	paciente	com	insuficiência	
arterial	poderemos	observar	queixa	de	dor	muscular,	palidez	no	membro	acometido	(devido	a	maior	dificuldade	para	circulação	
sanguínea	no	membro	acometido)	e	possível	diminuição	da	temperatura.		
																													 	
	
Diferença	Entre	Insuficiência	Venosa	e	Arterial		
Insuficiência	arterial:	claudicação	intermitente,	pulso	reduzido,	pele	pálida	e	fria,	rarefação	de	pelos		
Insuficiência	venosa:	dor	surda,	pulso	normal,	pele	cianótica,	melhora	ao	levantar	a	perna,	espessamento	pele		
	
Claudicação	Intermitente		
O	que	é?		
Quando	se	exercitam,	os	músculos	consomem	mais	oxigênio	que	quando	em	repouso	e	por	isso,	se	houver	alguma	deficiência	da	
irrigação	 vascular	 por	 uma	 obstrução	 arterial,	 por	 exemplo,	 o	 indivíduo	 sentirá	 dor	 ao	 caminhar,	 que	 o	 obrigará	 a	 parar.	 A	
claudicação	 intermitente	 corresponde,	 pois,	 a	 uma	 sensação	 dolorosa	 em	uma	 ou	 em	 ambas	 as	 pernas,	 que	 ocorre	 durante	
exercícios	ou	caminhada,	como	resultado	de	um	déficit	de	suprimento	muscular	de	oxigênio.		
	
Insuficiência	
Cardíaca		
“Estado	fisiológico	no	qual	uma	anormalidade	da	função	cardíaca	é	responsável	pela	falência	do	coração	em	bombear	sangue	a	
uma	taxa	compatível	com	a	demanda	metabólica	tecidual	do	organismo,	ou	que	o	faça	apenas	à	custa	de	elevação	das	pressões	
de	enchimento	das	câmaras	cardíacas.”		
Causas		
Þ DAC		
Þ Miocardiopatias		
Þ HAS		
Outras	causas:	
Þ Valvopatias
	
Þ Cardiopatias	congênitas
	
Þ Estados	hiperdinâmicos	(anemias	e	hipertireoidismo)		
Þ Hipertensão	arterial	pulmonar	primária
	
Þ Embolia	Pulmonar
	
Þ DPOC
	
Þ Arritmias
	
Þ Doenças	pericárdicas	(tamponamento,	pericardite)		
	
Classificações		
Insuficiência	Cardíaca	Esquerda		
Decorrente	de	patologias	que	afetam	inicialmente	o	VE,	exceto	na	estenose	mitral	onde	o	VE	está	íntegro.	o	É	a	mais	comum
o	A	
dispnéia	é	o	principal	sintoma.	
Clinica:	Dispnéia	de	esforço,	dispneia	paroxística	noturna,	ortopneia,	taquipneia,	respiração	em	ritmo	de	Cheyne-Stokes	(mais	
avançado),	tosse/hemoptise,	B3	(galope),	estertores	crepitantes	basais,	edema	pulmonar.	
	
Causas		
Normalmente	 as	 artérias	 que	 conduzem	o	 sangue	 têm	 seu	 interior	 liso	 e	 desobstruído,	mas	 com	o	
envelhecimento,	 podem	 apresentar	 estreitamentos	 e	 obstruções	 devidos	 à	 arteriosclerose.	 A	 causa	
mais	importante	de	claudicação	intermitente	é	a	insuficiência	circulatória	causada	pelo	estreitamento	
das	artérias	que	 irrigam	os	membros	 inferiores	por	placas	de	gordura	ou	ateromas	 (doença	arterial	
obstrutiva	 periférica),	 em	 geral	 devido	 à	 arteriosclerose.	 Ela	 pode	 também	 ser	 indicatória	 de	
arteriosclerose	em	outras	partes	do	corpo,	como	o	coração	e	o	sistema	nervoso	central,	por	exemplo.		
Os	 principais	 fatores	 de	 risco	 para	 a	 aterosclerose	 são:	 hereditariedade,	 sedentarismo,	 estresse,	
diabetes,	dislipidemias,	tabagismo,	colesterol	alto,	pressão	alta	e	obesidade.		
Insuficiência	Cardíaca	Direita		
Decorrente	de	patologias	que	afetam	 inicialmente	o	VD,	exceto	na	estenose	 tricúspide	onde	o	VD	está	 íntegro.	A	causa	mais	
frequente	é	a	evolução	tardia	de	uma	IVE	maltratada.		
Clinica:	edema	de	MMII,	refluxo	hepato-jugular,	ascite,	derrame	pleural,	estase	jugular,	dor	abdominal.		
	 		
	
																												Criterios	de	Framingham	para	ICC																																																									Diagnóstico	Diferencial		
										 	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Módulo	de	Pneumologia	
5	periodo	–	Medicina	
Camila	Macedo	
	
	
	
	
	
	
	
Aparelho	respiratório	
Pontos	anatômicos	importantes:		
		 		 			
		 		 	
	
Exame	de	aparelho	respiratório:		
a) Inspeção	(estática	e	dinâmica).	
b) Palpação.		
c) Elasticidade	e	resistência	do	tórax.		
d) Percussão.		
e) Ausculta.		
	
a)	Inspeção	estátitca:	
a.1)	 Forma:	 tórax	 chato,	 tórax	 em	 tonel	 ou	 barril,	 tórax	 cifótico,	 tórax	 em	 sino	 ou	 piriforme,	 tórax	 cariniforme,	 tórax	
infundibiliforme,	tórax	escoliótico.		
a.2)	Abaulamentos	ou	depressões:	visualizar	a	presença	de	assimetrias	no	tórax.		
	
b)	Inspeção	dinâmica:		
b.1)	 Tipo	 respiratório:	 para	 o	 reconhecimento	 do	 tipo	 respiratório,	 observar	 a	movimentação	 do	 tórax	 e	 do	 abdome,	 com	o	
objetivo	de	reconhecer	em	que	regiões	os	movimentos	são	mais	amplos.	Na	posição	em	pé	ou	sentada	predomina	a	respiração	
torácica	ou	costal,	e	em	decúbito	dorsal,	a	respiração	é	predominantemente	diafragmática,	prevalecendo	a	movimentação	da	
metade	inferiordo	tórax	e	do	andar	superior	do	abdome.	
Padrão	abdominal	ou	inversão	da	movimentação	abdominal:	“fraqueza	da	musculatura	diafragmática”	ou	paralisia	diafragmática.		
Obs:	Paralisia	diagramática:	o	paciente	inspira,	mas	não	é	visível	o	movimento	abdominal	(abdômen	imobilizado).	Lembrar	que	
diafragma	é	inervado	pelo	nervo	frênico	e	nervo	intercostal.	Algum	problema	nesses	nervos	pode	gerar	essa	paralisia.		
	
b.2)	Ritmo	respiratório:	ritmo	de	Cantani,	ritmo	de	Kussmaul,	ritmo	de	Biot,	ritmo	de	Cheyne-Stokes.		
	
Obs:	Durante	a	inspiração	em	condições	normais,	os	espaços	intercostais	deprimem-se	ligeiramente.	Tal	condição	é	mais	visível	
na	parede	lateral	do	tórax	dos	indivíduos	longilíneos	e	resulta	do	aumento	da	pressão	negativa	na	cavidade	pleural.		
Obs:	Retração	inspiratória	exacerbada	dos	espaços	intercostais,	fossa	supraesternal	e	supraclavicular	pode	ser	encontrado	em	
pacientes	com	asma,	DPOC	etc.		
Obs:	 Respiração	 com	 o	 auxílio	 dos	 músculos	 acessórios	 (insuficiência	 respiratória,	 obstrução	 das	 vias	 aéreas)	 -	 trapézios	 e	
esternocleidomastóideo.		
	
c)	Palpação:	
Investigam-se	durante	a	palpação	três	parâmetros:		
Þ Estrutura	da	parede	torácica.
	
Þ Elasticidade	e	resistência	do	tórax.		
Þ Expansibilidade	(ou	mobilidade).
	
Þ Frêmito	toracovocal.	
	
c.1)	Estrutura	da	parede	torácica:		
Þ Pele.
	
Þ Tecido	celular	subcutâneo.
	
Þ Músculos.		
Þ Cartilagens.		
Þ Ossos.		
	
c.2)	Elasticidade	e	resistência	do	tórax:	
Aplicando-se	as	mãos	 sobre	as	paredes	do	 tórax	diametralmente	opostos	e	 fizermos	com	 força	 suficiente,	 certa	 compressão,	
notaremos	a	elasticidade	torácica.	Variável	com	a	idade	(crianças	x	idosos).		
Aumento	da	resistência	e	redução	da	elasticidade:
	
Þ Bilateral:	enfisema,	ossificação	das	cartilagens	costais,	raquitismo,	fibrose	pulmonar	importante.	
Þ Unilateral:	derrames	pleurais	e	grandes	condensações	pulmonares.		
	
c.3)	Expansibilidade	(ou	mobilidade):		
Þ Expansibilidade	dos	ápices.	
Þ Expansibilidade	das	bases.	
			 	Expansibilidade	dos	ápices.		
	
		 	 		
																																										Expansibilidade	das	bases.																									Expansibilidade	do	lobo	médio	e	língula.		
	
O	que	altera	expansibilidade?		
Patologias	que	impeçam	o	pulmão	de	expandir,	como	derrame	pleural,	pneumonia	e	pneumotórax.	
		
Obs:	asma	gera	redução	da	expansibilidade	de	maneira	igual	dos	dois	lados,	nunca	de	um	lado	e	uma	região	só.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Condições que geram redução da 
expansibilidade de forma unilateral: 
• Processo infeccioso. 
• Processo cicatricial. 
• Derrame pleural.
 
• Hepatomegalia. 
• Esplenomegalia. 
• Pneumotórax.
 
• Hidrotórax.
 
• Atelectasia. 
• Traumatismo. 
	
Condições que geram redução da 
expansibilidade de forma bilateral: 
• Processo infeccioso. 
• Processo cicatricial. 
• Gravidez. 
• Ascite. 
• Obesidade grave. 
• Derrame pleural bilateral. 
• Enfisema pulmonar. 
• Colagenoses. 
	
c.4)	Frêmito	toracovocal		
Falar	"33"	promove	uma	vibração	que	se	reflete	ao	longo	de	toda	a	via	aérea,	podendo	ser	sentida	na	mão	do	médico	ao	encostar	
no	tórax	do	paciente.		
Devemos	pedir	que	o	paciente	cruze	os	braços	para	que	as	escápulas	deixem	o	espaço	para	o	exame	mais	largo.		
Fatores	modificadores	do	frêmito	toracovocal:		
Þ Timbre	de	voz	(mulheres).		
Þ Parede	torácica	espessa.		
Þ Hipertrofia	muscular.	
Þ Obesidade.		
Þ Pessoal	com	voz	débil.
	
Þ Doenças	extra	pulmonares.		
			 			 	 	
	
Frêmitos	reduzidos	ou	abolidos	=	obstrução	de	vias	aéreas,	derrame	pleural	(aumenta	o	afastamento	do	pulmão	da	parede	do	
tórax),	espessamento	pleural,	atelectasia	(algum	objeto	que	impeça	a	passagem	de	ar	para	um	determinado	lobo	vai	fazer	com	
que	o	mesmo	colabe	e	o	espaço	entre	a	parede	do	tórax	e	o	pulmão	vai	aumentar).		
	
Frêmito	pode	estar	mais	aumentado	no	ápice	direito	e	na	região	interescapular	direita	=	o	brônquio	direito	é	mais	calibroso	é	
mais	reto	com	a	traqueia,	havendo	uma	maior	corrente	de	ar	pelo	seu	interior.		
	
Frêmitos	aumentados:	
Þ Pneumonia	(preenchimento	alveolar	causa	amplificação	do	som).		
Þ Infarto	pulmonar.		
	
Frêmitos	diminuídos	ou	ausentes	(alguma	anormalidade	que	impeça	a	transmissão	das	ondas	sonoras	originadas	na	laringe):	
Þ Derrame	pleural.		
Þ Hemotórax.		
Þ Atelectasia.		
Þ Tumor	(oclue	a	luz	de	brônquios	e	bronquiolos).		
Þ Pneumotórax.		
Þ Enfisema	pulmonar	(destruição	dos	septos	alveolares	causa	perda	de	área	de	transmissão	do	som).		
	
d)	Percussão:	
Ø Percussão	na	face	anterior	e	laterais	=	sentado	ou	deitado.		
Ø Percussão	na	face	posterior	=	sentado.		
Þ De	cima	para	baixo.		
Þ No	espaço	intercostal.		
Þ Importante	comparar	um	lado	com	o	outro.		
Þ Regiões	laterais.	
Þ Concluindo	na	face	posterior.	
				 		
	
Sons	que	podem	ser	encontrados	na	percussão:	
Þ Hipersonoridade	pulmonar	(aumento	de	ar	nos	alvéolos):	ex:	enfisema.	Diferente	de	som	timpânico.		
Þ Submacicez	e	maciez	(diminuição	de	ar	nos	alvéolos),	ex:	derrames,	espessamento	pleural,	condensação	pulmonar,	 infarto	
pulmonar,	neoplasias		
Þ Som	timpânico	(aprisionamento	de	ar	no	espaço	pleural),	ex:	pneumotórax,	cavidade	intrapulmonar.		
	
e)	Ausculta	
Sons	normais:	
Þ Som	traqueal:	audível	na	projeção	da	traqueia,	no	pescoço	e	região	esternal.	Som	pela	passagem	pela	fenda	glótica	e	pela	
própria	traqueia.		
Þ Respiração	brônquica:	audível	na	projeção	dos	brônquios	principais.		
Þ Respiração	broncovecisular	(estenal	superior,	interescapulovertebral	direita)	
Þ Murmúrio	vesicular:	som	do	ar	que	chega	pelas	bifurcações	no	espaço	da	via	área	distal.		
	
Obs:	Causas	que	podem	gerar	diminuição	ou	ausência	do	murmúrio	vesicular	=	derrames,	pneumotórax,	atelectasias		
		
Sons	anormais:	
• Origem	pleural:	atrito	pleural	(quando	uma	pleura,	parietal	ou	visceral,	roça	na	outra).	Mais	presente	da	inspiração.		
• Contínuos:	roncos,	sibilos	e	estridor.		
Þ Sibilo	 é	 um	 chiado	 causado	por	 redução	 da	 luz	 brônquica	 (gera	 vibração	 das	 paredes)	 que	 representa	 o	 ar	 passando	por	
estruturas	mais	finas.	Sibilo	geral	pode	se	dar	por	asma.	Sibilo	localizado	pode	se	dar	por	tumor	que	invade	o	brônquio	ou	
corpo	estranho.	
Þ Ronco	 é	 a	 vibração	 da	 parede	 brônquica	 na	 presença	 de	 estreitamento	 da	 luz	 (secreção).
	 Presentes	 na	 inspiração	 e	 na	
expiração.
	São	mutáveis	(tosse).		
Þ Estridor	é	um	ruído	basicamente	inspiratório	produzido	pela	obstrução	da	laringe	ou	da	traqueia		
	
• Descontínuos:	estertores	finos	e	grossos.		
Þ Estertor	criptante	ou	fino	é	resultado	do	ar	aumentando	a	área	dos	alvéolos	colabados	(substâncias	no	alvéolo	diminuem	a	
tensão	superficial),	pode	ser	auscultado	no	final	da	inspiração.	Não	se	modificam	com	a	tosse.		
Þ Estertor	bolhoso	ou	grosso	tem	início	na	inspiração	e	toda	a	expiração,	se	altera	com	a	tosse.		
	
Obs:	 Cornagem	=	dificuldade	 inspiratório	por	 redução	do	 calibre	das	 vias	 respiratórias	 superiores	na	altura	da	 laringe	que	 se	
manifesta	por	um	ruído,	que	é	o	estridor.		
	
Sons	vocais:	
• Broncofonia:	som	produzido	pela	voz	e	que	são	ouvidos	na	parede	torácica.	Também	chamado	de	ressonância	vocal.		
Ø Broncofonia	aumentada:	condensação	pulmonar,	infecciosa,	neoplásica.		
Ø Broncofonia	diminuída:	atelectasia,	espessamento	pleural,	derrames.		
• Egofonia:	forma	especial	de	broncofonia.	Som	anasalado,	metálico.	Observada	na	parte	superior	dos	derrames.		
• Pectorilóquia	fônica:	em	condições	normais,	escuta-se	a	voz	do	paciente,	mas	não	se	entende	o	que	ele	diz.	Nesse	caso,	é	
possível	ouvir	com	nitidez	a	voz	falada.	Condensação,	infecção,	neoplasia.		
• Pectorilóquia	afônica:	quando	se	ouve	com	nitidez	a	voz	sussurrada.	Condensação,	infecção,	neoplasia.		
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Módulo	Osteoarticular	
5	periodo	–	Medicina	
Camila	Macedo	
	
	
	
	
	
Semiologia	do	sistema	osteomuscular		
• Anamnese.		
• Exame	físico	das	articulações.		
• Sinais	extra-articulares.		
	
Identificação		
• Crianças	=	febre	reumática.		
• Adultos	=	lúpus	eritematoso	sistêmico	e	artrite	reumatoide.		
• Idade>50	anos	=	gota.		
• Sexo	feminino	=	LES.	
• Sexo	masculino	=	gota.		
• Ocupação	=	tendinite,	bursites,	túnel	do	carpo,	lombalgia.		
• H.	Social	=	descrever	a	ocupação,	colchão.		
• H.	Familiar	=	artrites,	gota.		
• HPP	=	amigdalites	(relacionada	com	febre	reumática),	uso	de	medicamentos	diuréticos.		
• Revisão	de	sistemas	=	sintomas	extra-articulares,	como	febre,	fraqueza,	anorexia,	uretrite,	lesões	descamativas,	asas	de	borboleta.		
	
Características	importantes:	
• Artralgia	=	dor	nas	articulações.		
• Artrite	=	dor	acompanhada	de	sinais	flogísticos	(calor,	rubor,	dor),	súbito/insidioso,	monoartralgia,	poliartralgia,	
cumulativa/migratória.		
• Crepitação	=	som/sensação	das	articulações	durante	o	movimento.		
• Rigidez	matinal	=	30	minutos	a	1	hora	(se	passa	disso,	pode	ser	artrite	reumatoide).		
• Edema	=	característica	das	artrites.		
• Limitação	dos	movimentos	=	comprometimento	articular	pelo	processo	inflamatório.		
• Artralgia	de	causa	extra-articular	=	bursites,	tendinites,	tendossinovites,	miosites	(mialgias).		
• Cervicalgia	=	irradiação	para	MMSS.		
• Lombalgia	=	irradiação	para	MMII,	síndrome	da	cauda	esquina.		
		
Exame	das	articulações		
• Inspeção.		
• Palpação.		
• Teste	do	movimento	ativo,	passivo	e	contra	resistência	(esse	último	é	importante	para	diferenciar	lesão	articular	da	tendinosa).		
• Manobras	e	sinais	específicos.		
	
ü Articulação	temporomandibular.		
ü Ombros,	cotovelos,	punhos	e	mãos.		
ü Quadril,	joelho,	tornozelo	e	pés.		
ü Coluna	vertebral.	
	
A) Articulação	temporomandibular:	
• Inspeção	=	comparar	os	lados,	ver	abaulamento.		
• Palpação	=	na	frente	do	trago,	pedir	para	o	paciente	abrir	a	boca,	dor	a	palpação,	crepitação.		
• Movimento	ativo	=	pedir	para	o	paciente	abrir	e	fechar	a	boca,	protrusão	e	retração,	lateralização.		
	
A) Cintura	escapular	(ombro):		
Articulação	gleno-umeral	+	acrômio-clavicular	+	articulação	esternoclavicular.		
Bursa	é	uma	espécie	de	almofada	feita	de	cartilagem	e	tem	como	objetivo	reduzir	o	atrito	entte	tendões,	ossos	e	músculos.			
• Inspeção	=	procura	de	edemas	ou	flogose	(vermelhidão).		
• Palpação	=	pontos	dolorosos:	
ü Acromial	(bursa).		
ü Processo	coracoide.		
ü Tubérculo	maior	(inserção	do	SIRS	-	confluência	de	tendões	do	manguito	rotator).		
ü Bicipital	(sulco	intertubercular).		
• Amplitude	do	movimento:		
ü Flexão.		
ü Extensão.		
ü Abdução.		
ü Adução.	
ü Rotação	interna	e	externa.		
	
Manguito	rotator	consiste	nos	músculos		supra-espinhal,	infra-espinhal,	subescapular	e	redondo	menor	
• Teste	do	cruzamento	=	adução	na	altura	da	clavícula	(cruza	o	braço	para	o	outro	lado).		
• Teste	de	contra-resistência	=	o	examinador	puxa	o	braço	do	paciente	para	trás	enquanto	que	ele	faz	força	para	frente	(para	avaliar	
tendinite	no	supra-espinhal).			
• Teste	de	coçar	de	Apley	=	ação	semelhante	à	tirar	os	sutiã	ou	coçar	as	costas	por	cima.		
	
C)	Cotovelo:		
Articulação	úmero-ulnar	+	articulação	rádio-ulnar	+	articulação	rádio-umeral.		
• Epicondilite	medial	(golfista).		
• Epicondilite	lateral	(tenista).		
• Sinovite.		
• Bursite	olecraneana.		
	
• Inspeção	=	procura	de	sinais	flogísticos.		
• Palpação	=	palpar	epicôndilos.		
• Amplitude	dos	movimentos	=	flexão	e	extensão,	pronação	e	supinação.		
	
D)	Punho:		
Articulação	radiocárpica	+	articulação	radio-ulnar	distal	
Tunel	do	carpo	=	junto	dos	tendões	que	articulam	as	falanges,	passa	o	nervo	mediano.	Situações	em	que	esse	nervo	seja	comprimido	
vai	 causar	 a	 síndrome	 do	 túnel	 do	 carpo,	 tendo	 como	 principais	 sintomas:	 fraqueza,	 dormência	 na	 palpa	 na	 mão,	 perda	 de	
sensibilidade	e	parestesia.		
Diferenciar	uma	lesão	espinhal	de	uma	lesão	no	nervo	mediano	=	a	síndrome	do	túnel	do	carpo	vai	causar	sintomas	somente	do	
cotovelo	pra	baixo,	enquanto	que	uma	lesão	cervical	causa	comprometimento	de	todo	o	membro	superior.		
• Inspeção	=	procura	do	susto	sinovial	(compressão	óssea	-	retirada	cirúrgica).		
• Palpação	=	edema,	nódulos.		
• Amplitude	=	flexão	e	extensão,	abdução	e	adução.		
	
Teste	para	síndrome	do	túnel	do	carpo:	
• Phalen	=	juntar	o	dorso	das	duas	mãos	para	que	haja	acentuação	dos	sintomas	em	casos	de	comprometimento	do	nervo	mediano.		
• Tinel	=	percussão	do	nervo	mediano,	fazendo	com	que	o	paciente	sinta	desconforto	se	houver	comprometimento	desse	nervo.		
• Abdução	do	polegar	=	examinador	pede	para	o	paciente	levantar	o	polegar	enquanto	que	se	faz	uma	contra-resistência.		
	 			
	
E)	Mão:		
Articulacoes	interfalangianas	distais	+	articulações	interfalangianas	próximas	+	articulações	metacarpofalangicas	
• Inspeção	e	palpação	=	nódulos	de	Heberden	e	nódulos	de	Bouchard,	que	caracterizam	uma	artrite	reumatoide	ou	osteoartrite	de	
fase	avançada.		
• Na	artrite	reumatoide,	o	acometimento	é	das	articulações	interfalangianas	poximais.	Ou	seja,	poupa	as	articulações	distais	(nódulo	
de	Bouchard).	
• Na	osteoartrite,	o	acometimento	é	das	articulações	interfalangianas	distais	(nódulo	de	Heberden).		
	
Tendinite	do	polegar		
Manobras		
• Preensão	manual	=	pedir	para	o	paciente	realizar	movimento	de	pinça	digital.		
Quando	existe	tendinite,	o	paciente	não	consegue	realizar	esse	movimento.		
• Movimento	do	polegar	(teste	de	Finkelstein)	=	o	paciente	"abraça"o	polegar		
			com	os	outros	dedos	e	o	examinador	empurra	mais	ainda	o	polegar,	acentuando		
			o	movimento.	Um	paciente	com	tendinite	sente	muita	dor.		
	
F)	Quadril		
Articulação	coxofemoral.		
• Inspeção	=	observação	da	marcha.		
• Palpação	=	bolsa	trocantérica.		
Manobras:		
• Teste	de	Thomás	=	pedimos	para	o	paciente	abraçar	uma	das	pernas	junto	ao	peito.	Se	a	articulação	estiver	comprometida,	a	outra	
perna	também	dobra	para	contrabalancear	o	esforço.	
• Manobra	de	Patrick-Fabere	=	pedimos	para	o	paciente	fazer	um	4	com	a	perna	e,	ao	mesmo	tempo,	forçamos	a	perna	que	está	
dobrada	para	baixo	contrabalanceado	segurando	o	quadril	do	outro	lado.		
							 	
G)	Joelho:		
Articulação	tíbiofemorais	+	patelofemoral.		
Possui	diversas	bursas	para	evitar	o	impacto	do	tendão	e	da	musculatura	é	que	podem	inflamatória	(bursite).		
• Inspeção	=	observar	marcha,	genu	varum	(joelhos	para	dentro)	,	genu	valgo	(joelhos	para	fora,	arqueado),	bursites.		
• Palpação	=	bursa	pre-patelar,	supra-patelar,	infra-patelar.		
Pesquisa	de	derrame	articular:		
• Sinal	do	abaulamento	=	usado	para	detectar	derrames	pequenos.	Nesse	caso,	comprimimos	a	área	superior	e	lateral,	fazendo	com	
que	seja	possível	sentir	na	parte	medial	o	derrame	a	partir	da	percussão.		
• Sinal	do	balão	=	usado	para	detectar	derrames	medianos,	podendo	se	acumular	embaixo	da	patela.	Nesse	caso,	comprimimos	a	
patela	na	parte	superior	para	concentrar	mais	ainda	o	líquido	nessa	região.	Em	seguida,	ele	aperta	a	patela	na	direção	do	fêmur	
(sinal	da	tecla)	e	sentimos	o	líquido.		
• Rechaço	da	patela	=	usado	para	detectar	derrames	de	grandes	quantidades.	Fazemos	a	compressão	da	patela	contra	o	fêmur.		
Testes	dos	tendões		
• Teste	de	abdução	e	adução	forçada	=	vão	forçar	os	ligamentos	medial	e	lateral.		
• Teste	da	gaveta	anterior	e	posterior	=	vão	forçar	os	ligamentos	cruzados	anterior	e	posterior.		
	
H)	Tornozelo	e	pé		
• Inspeção	=	pé	varo/valgo,	pé	plano/cavo.		
• Palpação	=	nódulos	reumatoides,	tendões,	tendinites,	podagra	(comum	na	gota).		
	
	
I) Coluna	vertebral:	
• Plexo	braquial.		
• Plexo	lombo-sacro.		
• Inspeção	=	cifose,	lordose,	escoliose.		
• Palpação	=	musculatura	paravertebral,	espondilolistese	e	processos	espinhosos	(escoliose,	hérnia,	artrite).		
	
• Teste	de	Laségue	e	Bragard	=	no	Laségue	levantamos	a	perna	do	paciente,	checando	se	ele	sente	dor	na	lombar.	Se	ele	tiver	
comprometimento	por	uma	hérnia	ou	lesão	ciática,	por	exemplo,	ele	vai	interromper	esse	movimento.	No	Bragard,	acentuamos	a	
sensibilidade	do	ciático	promovendo	dorso-flexão	do	pé.		
• Teste	de	Schober	=	marcamos	um	comprimento	da	articulação	sacro-ilíaca	a	10cm	acima	e	pedimos	para	o	paciente	tentar	
encostar	as	mãos	nos	pés.	Normalmente,	esse	movimento	promove	aumento	desse	comprimento	em	4-5cm.	Se	o	paciente	
apresenta	espondilite	anquilosante,	pela	fusãodas	vértebras,	esse	comprimento	não	se	altera.		
	
Manifestações	extra-articulares:		
• Nódulos	subcutâneos	=	presente	em	doenças	reumáticas.		
• Asa	de	borboleta	=	presente	no	LES.		
• Lesão	eritematosa	escamaria	=	psoríase.		
	
Principais	patologias:			
• Osteoartrite.		
• Artrite	reumatoide.		
• LES.		
• Espondilite	anquilosante.		
• Gota.		
• Artrite	reumatoide.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Módulo	de	Neurologia	
5	periodo	–	Medicina	
Camila	Macedo	
	
	
	
	
	
	
• Equilíbrio	estático	
• Equilibro	dinâmico		
• Tonus	muscular	
• Força	muscular	
• Coordenação		
• Reflexos	superficiais	e	profundos		
• Sensibilidade	superficial	e	profunda	
• Nervos	cranianos		
	
1. Síndromes	piramidais		
2. Síndromes	extrapiramidais		
3. Síndrome	proprioceptiva		
4. Síndrome	cerebelar	
5. Síndrome	de	segundo	neurônio		
	
A. Síndrome	cerebelar	-	coordenação		
Ataxia	=	identifica	grau	de	descoordenação		
Testar	coordenação	nos	pacientes	de	forma	básica:	prova	índex-nariz	e	calcanhar-joelho.	Se	suspeitarmos	de	toda	uma	síndrome	
cerebelar,	devemos	fazer	todas	as	outras	manobras.		
	
1)Manobras	básicas:	
Ø Índex-nariz	=	ponta	do	dedo	na	ponta	do	nariz	com	as	duas	mãos	
e	 depois	 com	 os	 olhos	 fechados	 (quando	 fechamos	 os	 olhos	
podemos	 avaliar	 uma	 síndrome	 proprioceptiva).	 Podemos	
sensibilizar	a	prova	acrescentando	o	dedo	no	lobo	da	orelha	antes	
do	nariz	ou	acrescentando	o	ato	de	encostar	a	ponta	do	dedo	no	
dedo	do	examinador.		
Cerebelopatas:	 vão	 apresentar	 tremor	 de	 ação	 e	 intensão,	 decomposição	 do	 movimento	 e	 dismetrais	 (não	 acerta	 o	 alvo).	
Hipermetria	passa	do	nariz	e	hipometria	não	chega	no	nariz.		
	
Ø Calcanhar-joelho	=	paciente	vai	encostar	o	calcanhar	no	joelho	com	
os	 dois	 pés.	 Podemos	 sensibilizar	 o	 teste	 acrescentando	 um	
deslizamento	em	cima	da	tíbia	após	o	joelho.		
Cerebelopata:	 tremor	 de	 ação	 e	 intensão,	 decomposição	 do	
movimento	e	dismetria.		
	
Se	a	lesão	não	for	nos	hemisférios	cerebelares,	for	no	vermis,	os	exames	acima	estarão	normais.	Para	avaliar	o	cerebelopata	de	
porção	central,	observamos:	marcha	ebriosa	ou	do	bêbado,	levantar	sem	apoio	e	sentar	sem	apoio.		
	
Fala	do	cerebelopata	=	voz	explosiva	ou	escandida.	
Escrita	do	cerebelopata	=	tremulante,	macrografia.		
	
2)Manobras	específicas:		
Ø Prova	dos	movimentos	alternados,	podem	ser	várias,	inclusive	diádoco	
sinesia	=	movimentos	alternados	de	pronação	e	supinação.	Se	a	pessoa	
não	 conseguir	 fazer	 nada,	 chamamos	 de	 adiádoco	 sinesia,	 quem	
consegue	chamamos	de	eudiadoco	sinesia,	quem	não	faz	corretamente	
chamamos	de	desdiádoco	sinesia.		
	
Ø Manobra	dos	braços	estendidos	 =	braços	estendidos	à	 frente	e	olhos	
fechados.	 O	 cerebelopata	 nessa	 prova	 vai	 ter	 queda	 com	 abdução	
homolateral	 a	 lesão.	 Nesse	 teste	 também	 podemos	 observar	 a	 força	
muscular	e	tremor	essencial	postural	(tem	característica	familiar).		
Paciente	 com	 tremor	 essencial	 postural	 =	 normografia	 porém	
tremulante.	A	ingestão	de	álcool	facilita	e	diminui	o	tremor.		
	
Atetose	=	movimento	involuntário	dos	dedos	que	parecem	tentáculos	de	um	polvo	ou	um	tocar	de	piano.		
	
	
	
	
	
	
	
	
Ø Prova	 do	 rechaço	 =	 paciente	 coloca	 o	 braço	 em	 forma	de	muque	 (90	 graus).	O	
examinador	puxa	para	 si	 enquanto	que	o	paciente	 faz	 resistência,	 em	seguida	o	
examinador	solta	o	braço	do	paciente.	Pacientes	cerebelopatas	tendem	a	"se	socar"	
pois	não	conseguem	antagonizar	o	movimento.		
Ø Prova	gráfica	=	pedir	para	fazer	um	caracol	e	uma	escada.	
	
B. Síndromes	de	II	neurônio		
Tonus	muscular	=	contração	mantida	do	músculo.		
Obs:	doenças	de	primeiro	neurônio	atrofiam	muito	mais	rápido	que	segundo	neurônio.	
Dependendo	da	história	fazemos	os	testes	mais	básicos	ou	todas	as	provas.		
• Inspeção	=	podemos	ver	atrofia	(podemos	avaliar	a	atrofia	por	meio	de	fita	métrica)	e	miofasciculação	(procurar	no	peitoral,	
deltoide	ou	região	escapular).	Para	exacerbar	essas	miofasculacoes	podemos	acrescentar	frio	ou	repercutindo.		
• Palpação	=	paciente	deitado	e	sempre	comparativa,	por	meio	de	dedilhamento.	Sentimos	flacidez	ou	rigidez,	dependendo	da	
condição.		
	
Ø Manobra	do	rolamento	=	como	um	rolo	de	pizza,	avaliamos	os	membros	superiores	e	inferiores.	Avaliar	resistência	e	amplitude	
do	movimento.	No	hipotonico,	vai	ter	baixa	resistência	e	alta	amplitude.	No	hipertônico,	vai	ter	alta	resistência	e	baixa	amplitude.	
	
Ø Movimentação	passiva	articular	=	uma	mão	na	articulação	e	outra	na	extremidade	do	membro,	fazendo	movimentos	contínuos:	
punhos,	cotovelos,	ombros,	joelhos	e	tornozelos.	Ela	serve	para	diferenciar	a	hipertonia	plasmática	da	hipertonia	elástica.		
Na	hipertonia	plástica,	também	chamada	de	roda	dentada,	o	paciente	vai	apresentar	rigidez	do	início	ao	fim	do	movimento	que	
pode	ser	universal	ou	somente	em	uma	articulação	à	encontramos	na	síndrome	extrapiramidal	(como	no	parkinson)	ou	com	
ipregnação	de	neurolético.		
Na	hipertonia	elástica,	também	chamada	de	hipertonia	em	canivete	o	paciente	vai	apresentar	uma	rigidez	somente	no	início	do	
movimento	e	depois	a	amplitude	é	normal,	podendo	ser	universal	ou	em	determinas	articulações	à	encontramos	na	síndrome	
piramidal	(AVE).	
	
Força	muscular		
Paresia	=	fraqueza		
Plegia	=	não	movimenta	
Hemiparesia	completa	=	face,	braço	e	perna.		
Hemiparesia	incompleta	=	poupou	a	face,	acometeu	somente	braço	e	perna.	
Dimídio	direito	=	lado	direito	
Dimídio	esquerdo	=	lado	esquerdo	
Predomínio	=	mais	comprometido		
Braquial	=	membro	superior		
Crural	=	membro	inferior		
Paraparesia	=	subentendido	que	é	de	membro	inferior		
Tetraparesia	=	subentendido	que	é	de	membros	superiores	e	inferiores		
	
Classificação	de	paresia:		
0	=	plegia	
+	=	contração,	mas	sem	movimento	
++	=	movimento	a	favor	da	gravidade	
+++	=	movimento	contra	a	gravidade,	mas	não	vence	uma	resistência		
++++	=	movimento	contra	a	gravidade,	mas	vence	uma	leve	a	moderada	resistência		
+++++	=	força	normal	
	
Ø Teste	pronador	=	braços	estendidos	à	frente	com	a	palma	da	mão	pra	cima.	Ficar	nessa	posição	de	1	a	2	minutos	de	olhos	
fechados.	Deve-se	observar	com	atenção	a	posição	das	mãos,	já	que	a	tendência	à	pronação	ocorre	na	presença	de	hemiparesias	
leves.		
Ø Rotação	da	cabeça	(fazer	resistência	com	uma	mão)	-	observar	esternocleido	-	avalia	nervo	acessório		
Ø Elevação	de	ombro	(fazer	resistência	pra	baixo)	-	avalia	esternocleido		
Ø Deltoide	(fazer	resistência	pra	baixo	em	relação	à	abdução)	
Ø Bíceps	(fazer	resistência	puxando	para	si)	-	braço	em	forma	de	muque.	
Ø Triceps	(fazer	resistência	empurrando).	
Ø Punho	extensão	(fazer	resistência	pra	baixo)	e	flexão	(fazer	resistência	pra	cima)	
Ø Abdução	e	adução	de	dedos	(usando	2	dedos	entre	cada	par).	
	
Ø Oponência	(tentar	abrir	o	dedão)	
Ø Pinça	(sentar	soltar	a	pinça).		
Ø Preensão	(paciente	envolve	os	dedos	do	examinador,	que	tenta	tirar)	primeiro	simultâneo	com	braço	cruzado	e	depois	um	de	
cada	vez	
Ø Elevação	da	coxa	(resistência	para	baixo	enquanto	que	o	paciente	tenha	que	subir)	
Ø Abdução	e	adução	da	coxa		
Ø Extensão	da	perna	e	flexão	da	perna		
Ø Extensão	do	pé	e	flexão	do	pé	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
As	seguintes	provas	são	complementação	dos	exames	de	força	anteriores:		
Ø Prova	de	Mingazini	(ficar	de	1	a	2	minutos)	à	testamos	o	quadríceps	e	íleo-psoas.	Se	cair	a	perna	é	quadríceps,	se	cair	a	coxa	é	
íleo-psoas.		
Ø Prova	de	Barret	à	testamos	os	músculos	flexores.		
Ø Prova	de	Raimiste	à	é	ideal	para	pacientes	acamados:	O	padrão	de	queda	culmina	em	queda	do	antebraço	sobre	o	tórax.	Queda	
ao	lado	do	corpo	pode	indicar	cansaço	e	não	déficit	de	força.		
Ø Prova	de	queda	de	membros	inferiores	em	abdução	à	o	lado	em	paresia	cai	primeiro	que	o	lado	normal		
	
	
Equilíbrio	estático		
Prova	de	Romberg	=	paciente	descalço	com	pés	unidos	e	posição	anatômica.	1	minuto	com	olhos	abertos	e	1	minuto	com	olhos	
fechados	-	ficar	próximos	ao	paciente	para	proteger.	Para	sensibilizar	a	prova	podemos	pedir	para	o	paciente	colocar	um	pé	na	
frentedo	outro	ou	pedir	para	ele	ficar	em	um	pé	só.		
Conseguimos	diferenciar	uma	síndrome	proprioceptiva	de	uma	síndrome	vestibular.		
• Síndrome	vestibular	=	paciente	cai	mesmo	de	olhos	abertos,	fica	oscilando	para	os	lados	(latência)	e	cai	para	o	lado	da	queixa/da	
lesão.		
• Síndrome	proprioceptiva	=	paciente	cai	com	os	olhos	fechados	para	qualquer	lado	(não	tem	latência).		
• Um	paciente	cerebelopata	não	consegue	fazer	essa	prova	pois	não	é	capaz	de	ficar	na	posição	correta	=	Romberg	não	pesquisado.		
	
Paciente	com	síndrome	proprioceptiva	=	marcha	calcaniante	ou	tanolante		
Paciente	com	síndrome	vestibular	=	marcha	em	estrela	(lateralizada)	
Paciente	com	síndrome	de	II	neurônio	=	marcha	escarvante	(arrastando	a	perna	do	lado	da	lesão)	
Paciente	com	síndrome	cerebelar	=	marcha	ebriosa	(do	bebado,	base	alargada	em	zigue-zague)	
	
Reflexos	profundos		
Segurar	o	martelinho	na	ponta	e	fazer	movimento	de	punho.	É	necessário	existir	simetria	entre	as	pernas	durante	o	reflexo.		
• Lado	maior	do	martelo	=	avaliar	estilo-radial	e	aquileu		
• Lado	menor	do	martelo	=	avaliar	bicipital,	tricipital,	flexores,	patelar	
Reflexo	exaltado	acontece	quando	percutimos	fora	da	área,	mas	tem	resposta	mesmo	assim.	
Reflexo	hiperativo	acontece	quando	percutimos	na	área	e	a	resposta	é	exacerbada.		
	
Classificação	de	reflexo:		
0	=	arreflexia		
+	=	reflexo	hipoativo		
++	=	reflexo	normal	
+++	=	reflexo	hiperativo	
++++	=	reflexo	exaltado	com	clônus	esgotado	ou	transitório	
+++++	=	reflexo	exaltado	com	clônus	permanente		
	
Clônus	é	sinal	de	piramidalismo.		
O	clônus	consiste	em	uma	série	de	contrações	musculares	rítmicas	involuntárias	induzidas	pela	distensão	passiva	súbita	de	um	
grupamento	 muscular	 ou	 de	 um	 tendão,	 acompanhando	 frequentemente	 a	 espasticidade	 e	 a	 hiperreatividade	 de	 reflexos	
profundos,	características	da	síndrome	do	primeiro	neurônio	motor.		
Pesquisamos	nas	mãos	e	nos	pés,	por	falta	de	inibição	cortical.		
Fazemos	dorso-flexão	forcada	e	mantida,	mas	mãos	e	depois	nos	pés.		
• Se	a	mão/pé	do	paciente	ficar	tremendo	o	tempo	inteiro	=	clônus	permanente		
• Se	a	mão/pé	do	paciente	tremer	depois	parar	=	clônus	temporário		
	
Sindrome	do	2	neuronio	=	reflexos	abolidos	ou	diminuídos		
Sindrome	do	1	neuronio	(piramidalismo)	=	aumento	dos	reflexos		
	
Alguns	outros	tipos	de	reflexo	durante	o	patelar:		
Sinrreflexia	=	piramidalismo	
Pendular	=	cerebelopatia	 
		 			 		 		 	
														Bicipital																							Tricipital																														Flexores																											Flexores																											Estilo-radial	
			 			 	
													Patelar																												Aquileu																													Jendrassik		
Jendrassik	é	a	manobra	para	desviar	a	atenção	do	paciente	para	 fazer	o	 reflexo	patelar.	O	paciente	deve	 ficar	na	seguinte	
posição.	
	
Reflexos	superficiais	
1. Reflexo	anal	=	estimulo	ao	redor	do	orificio	anal	acompanhado	de	constrição	do	esfíncter.		
2. Reflexo	cremastério	=	estimulo	na	virilha	(anterior	superior	medial	da	coxa)	de	cima	pra	baixo	-		nos	homens	causa	contração	
e	elevação	da	bolsa	escrotal	e	nas	mulheres	contração	dos	grandes	lábios.		
3. Cutâneo	abdominal	=	epigastro	(T6,	T7,	T8),	mesogatro	(TP,	T10)	e	hipogastro	(T11,	T12).	Fazemos	movimentos	com	uma	
estrutura	romba	de	fora	para	dentro	sempre	comparativo	um	lado	para	o	outro.	Podemos	ter	desvio	da	linha	alba	para	o	
lado	estimulado	com	contração	da	cicatriz	umbilical.		
4. Cutâneo	plantar	=	com	uma	ponta	romba	subimos	do	calcanhar	até	o	dedão.	Podemos	ter	flexão	dos	dedos,	indiferença	ou	
Babinski	(não	existe	babinski	positivo	ou	negativo	em	pacientes	acima	de	2	anos,	se	é	babinski	já	é	positivo).	A	indiferença	
vai	ter	valor	ou	não	dependendo	da	anamnese.	O	normal	é	ter	flexão	dos	dedos.	No	pé	diabético	não	conseguimos	realizar	
esse	 teste	 =	 por	 isso	 devemos	 procurar	 sucedâneos	 babisnki	 (são	 reflexos	 mais	 fracos,	 quando	 negativo	 não	 exclui	 a	
possibilidade	de	piramidalismo).	Babinski	representa	a	presença	do	reflexo	cutaneoplantar	em	extensão	(extensão	do	hálux	e	
abertura	dos	pododáctilos),	traduzindo	hiper-reflexia	tendinosa.	Possui	diversos	sucedâneos	(equivalentes):	os	sinais	de	Gordon,	
Openheim,	Scheifer,	Chaddock,	Austregésilo-Esposel. 
															 	
Sucedâneos	de	Babinski:	
A) Oppenheim	=	estimular	 a	 tíbia	 até	o	pé,	 sempre	 forcando	mais	 a	porção	medial.	 Pode	ocorrer	 extensão	do	hálux	 com	
abertura	dos	outros	dedos.		
B) Gordon	=	compressão	forcada	e	mantida	da	panturrilha.	Podemos	ter	extensão	do	hálux	com	abertura.		
C) Schaefer	=	compressão	forcada	e	mantida	no	tendão	de	Aquiles.	Podemos	ter	extensão	do	hálux	com	abertura.		
D) Chaddock	=	com	uma	ponta	romba	fazemos	um	estimulo	em	volta	do	maleolo	lateral.	Podemos	ter	extensão	do	hálux	com	
abertura.		
E) Austregésilo-Esposel	=	torção	na	porção	superior	anterior	medial	da	coxa.	Podemos	ter	extensão	do	hálux	com	abertura.		
	
Sinal	de	Hoffmann	é	um	sinal	médico	que	indica	a	presença	ou	ausência	de	problemas	no	trato	corticoespinhal.	Ele	é	realizado	
com	o	pinçamento	da	falange	distal	do	dedo	médio,	exercendo	pressão	sobre	a	unha.	Uma	resposta	positiva	é	observada	com	a	
flexão	da	falange	distal	do	polegar.		
O	sinal	de	Hoffmann	é	geralmente	considerado	o	equivalente,	no	membro	superior,	ao	sinal	de	Babinski,	porque,	assim	como	
Babinski,	indica	disfunção	do	neurônio	motor	superior.	Entretanto,	o	mecanismo	difere	consideravelmente	entre	os	dois	reflexos.		
 
	
Revisao:	
Marcha	tanolante	=	sindrome	propcieptica	=	olhando	pro	chão	e	começando	com	calcanhar	
Marcha	escarvante	=	sindrome	II	neuronio	=	arrastada	a	perna	com	a	ponta	do	pé	do	lado	da	lesão	
Marcha	enfestinação	=	parkinson	=	como	se	estivesse	correndo	na	ponta	do	pé	(passos	curtos,	rápidos,	tentando	alcançar	
o	eixo	da	gravidade)	
	
	
Tremor	de	repouso	=	examinar	o	paciente	fazendo	com	que	a	sua	mão	esteja	em	posição	entre	pronação	e	supinação	e	
desviar	sua	atenção	a	partir	de	um	outro	estímulo	(estresse,	como	falar	os	meses	de	trás	pra	frente).		
Tremor	postural	=	paciente	com	braços	estendidos		
	
Parkinsoniana	=	tremor	de	repouso,	hipertonia	plástica,	bradicinesia	ou	acinesia,	instabilidade	postural	(testamos	puxando	
a	pessoa	pra	trás,	os	parkinsonianos	vão	cair	em	bloco	ou	dar	pequenos	paços	para	trás	saindo	o	eixo).		
	
	
Nervos	cranianos	
São	12	pares	de	nervos	cranianos:	
	
	
	
	
	
	
	
Nervo	Olfatório	(I)	
• Nervo	sensitivo	responsável	pelo	olfato		
• Exame:	
o Paciente	deve,	de	olhos	fechados	e	com	uma	das	narinas	tampadas,	aspirar	substâncias	aromáticas	(café,	canela,	tabaco,	
baunilha)	.	
*deve-se	evitar	o	uso	de	substâncias	que	irritem	a	mucosa	nasal	
• Alterações	do	olfato:	
o Hiposmia	=	diminuição	do	olfato	
o Anosmia	=	ausência	de	olfato	
*comum	pós	TCE	
o Cacosmia	=	cheiro	de	putrefação	(tipo	de	crise	epilética)	
• Causas	de	alterações:	
o Rinite	alérgica	
o Trauma	(rompimento	das	fibras	do	nervo)	
o Doença	de	Parkinson	
o Epilepsia	(cacosmia)	
	
Nervo	Óptico	(II)	
• Nervo	sensitivo	responsável	pela	visão		
• Exame:	
o Acuidade	Visual:	
§ Pede	para	o	paciente	ler	tipos	pequenos	de	letras	ou	identificar	objetos	que	estejam	a	certa	distância	dele.	
o Campimetria:	
§ O	campo	visual	é	o	espaço	dentro	do	qual	um	objeto	pode	ser	visto	enquanto	o	olho	é	fixado	em	um	determinado	ponto.	
§ Um	 dos	 olhos	 do	 paciente	 fica	 tampado	 e	 o	 outro	 olho	 permanece	 fixo	 no	médico.	 O	médico	move	 um	 objeto/dedo	
horizontalmente	da	periferia	para	o	 centro	e	depois	 superior	e	 inferiormente	e	pede	para	que	o	paciente	diga	quando	
começa/para	de	visualizar	o	objeto.	
o Fundoscopia:	
§ Analisa	a	cor	da	papila,	bordas	do	disco	papilar	e	os	vasos.	
*feito	mais	pelo	oftalmologista		
• Alterações	da	acuidade	visual:	
o Ambliopia	=	diminuição	da	acuidade	
o Amaurose	=	perda	da	acuidade	visual	de	origem	neurológica	
• Alterações	do	campo	visual:	
o Hemianopsia	=	falha	se	estende	a	metade	do	campo	visual	nos	dois	olhos	(homônima	quando	é	no	campo	temporal	em	um	
lado	e	no	campo	nasal	contralateral	e	heterônimaquando	for	nos	dois	nasais	ou	nos	dois	temporais)	
o Quadrantanopsia	=	perda	da	acuidade	em	um	quarto	do	campo	visual	(horizontal	ou	altitudinal)	
	
1.	olfatório		 7.	facial	
2.	óptico		 8.	vestíbulo-coclear	
3.	oculomotor	 9.	glossofaríngeo	
4.	troclear	 10.	vago	
5.	trigêmeo	 11.	acessório	
6.	abduscente	 12.	hipoglosso	
Nervo	Oculomotor	(III),	Troclear	(IV)	e	Abducente	(VI)	
	
• Nervos	motores	responsáveis	pela	movimentação	ocular	(musculatura	extrínseca)	
• Função:	
o Oculomotor:	
§ Inerva	 os	músculos	 oblíquo	 inferior	 (rotação	 externa	 do	 olho	 em	 abdução	 e	 abaixar	 o	 olho	 em	 adução),	 reto	 superior	
(rotação	interna	do	olho	em	adução	e	elevação	do	olho	na	abdução),	reto	inferior	(rotação	externa	do	olho	em	adução	e	
abaixar	o	olho	na	abdução),	reto	medial	(adução)	e	elevador	da	pálpebra	superior.	
o Troclear:	
§ Inerva	o	músculo	oblíquo	superior	(eleva	o	olho	em	adução	e	rotação	interna	do	olho	em	abdução).	
o Abducente:	
§ Inerva	o	músculo	reto	lateral	(abdução).	
• Exame:	
o Pede	ao	paciente	para	acompanhar	o	dedo	do	médico	que	se	desloca	em	”H”	e	depois	faz	a	convergência	com	o	dedo.	
• Alterações:	
o Oculomotor	=	lesão	leva	à	ptose	e	estrabismo	divergente.	
*pode	ter	midríase	(acontece	se	tiver	uma	lesão	extrínseca	ao	nervo,	como	em	caso	de	aneurisma,	por	exemplo.	Se	for	lesão	
intrínseca,	como	no	caso	de	diabetes,	não	tem)	 		
o Troclear	=	lesão	leva	à	olhar	patético	(em	adução	máxima).	
o Abducente	=	lesão	leva	à	estrabismo	convergente.	
	
Nervo	Trigêmeo	(V)	
• Nervo	 misto	 responsável	 pela	 sensibilidade	 da	 face	 (ramos	 oftálmico,	 maxilar	 e	 mandibular)	 e	 geral	 da	 língua	 e	 pela	
mastigação.	
• Exames:		
o Porção	sensitiva:	usar	instrumentos	(algodão,	pincel)	e	passar	na	face	do	paciente	comparando	os	dois	lados.	
	Obs:	neuralgia	do	trigêmeo	=	dor	excessiva	que	pode	ser	causada	por	herpes	zoster,	por	exemplo.	O	exame	neurológico	está	
normal	na	neuralgia	primária	(compressão	do	nervo)	e	na	secundária	o	exame	neurológico	vai	estar	alterado	(tumor).		
o Porção	motora:	coloca	a	mão	na	cabeça	da	mandíbula	e	pede	ao	paciente	para	abrir	e	fechar	a	boca.	Se	tiver	alteração,	a	
mandíbula	se	desloca	na	direção	da	lesão.	
	
	
Nervo	Facial	(VII)	
• Nervo	misto	responsável	pela	movimentação	dos	músculos	da	face	(mímica)	e	sensibilidade	gustativa	dos	2/3	anteriores	da	
língua		
• Exame:	
o Sensibilidade	gustativa:	divide	a	 língua	em	hemilingua	direita	e	esquerda	e	nos	2/3	anteriores	coloca	os	quatro	sabores	
(salgado,	doce,	azedo	e	amargo).	O	paciente	deve	permanecer	de	olho	fechado	e	entre	um	gosto	e	outro	a	boca	deve	ser	
lavada.	
o Motora:	vai	de	cima	para	baixo	
§ Andar	superior	–	franzir	a	testa,	enrugar	a	testa,	fechar	os	olhos	contra	resistência	
§ Andar	inferior	–	sorrir,	assobiar,	contração	do	platisma	(“imitar	o	Hulk”)	
• Alterações:	
o Ageusia	=	não	sentir	gosto	
o Lagoftalmia	=	não	fechamento	da	rima	palpebral	
o Epífora	=	escoamento	da	lágrima	sobre	a	bochecha		
• Paralisias:	
o Paralisia	facial	periférica	
§ Comprometimento	da	hemiface	contralateral	à	lesao	
§ Inspeção	–	lagoftalmia,	piscar	ausente,	desvio	da	comissura	labial	para	o	lado	são,	apagamento	de	sulco	nasolabial.	
§ Complicações:		
• Úlceras	de	córnea	
• Blefaroespasmo	(contrações	involuntárias	da	pálpebra)		
• Espasmo	hemifacial	
• Sincinesias	ou	“lágrima	de	crocodilo”	(movimentos	de	um	grupo	muscular	da	face	desencadeado	pela	contração	voluntária	
ou	reflexa	de	outros	grupos	musculares)	
*mastigar	e	lacrimejar	ao	mesmo	tempo	
• Contratura	mantida		
Obs:	paciente	com	paralisia	facial	periférica	pode	ter	hiperacusia,	pois	tem	um	ramo	do	facial	que	vai	para	o	tímpano.	
o Paralisia	facial	central	
§ Comprometimento	 do	 andar	 inferior	 da	 face	 (músculos	 superiores	 da	
face	tem	inervação	bilateral	do	córtex			
§ Inspeção	 –	 desvio	 da	 rima	 bucal,	 apagamento	 de	 sulco	 nasolabial,	
ausência	de	contração	do	platisma.	
	
Nervo	Glossofaríngeo	(IX)	e	Vago	(X)		
• Nervo	 glossofaríngeo	 é	 misto	 que	 é	 responsável	 pela	 sensibilidade	
gustativa	 de	 1/3	 posterior	 da	 língua	 e	 	 inervação	 da	 faringe	 (motor	 e	
sensitivo)	
• Nervo	 vago	 também	 é	 um	 nervo	misto	 que	 atua	 em	 conjunto	 com	 o	
glossofaríngeo	e	o	acessório	
• Exame:	
o Sensibilidade	gustativa:	mesma	coisa	do	facial,	mas	no	1/3	posterior.	
o Reflexo	do	vômito	–	em	caso	de	lesão	o	paciente	perde/diminui	esse	tipo	 de	
reflexo.	
o Inspeção:	durante	a	fonação	é	possível	observar	o	“sinal	da	cortina”,	no	qual	o	palato	se	eleva	assimetricamente	durante	a	
fonação	(o	lado	lesionado	não	eleva).		
o Posicionamento	da	úvula	–	a	úvula	se	encontra	desviada	para	o	lado	da	lesão	em	repouso	e,	em	caso	de	fonação,	para	o	
lado	normal		
	
	
	
Nervo	Hipoglosso	(XII)	
	
• Nervo	motor	responsável	pela	motricidade	da	língua.	
• Exame:	
o Inspeção	(língua	dentro	da	boca)	–	observar	se	há	desvios,	atrofia,	miofasciculação	(movimento	involuntário)	
*primeiros	locais	que	procura	miofasciculação	são	peitoral,	deltoide	e	região	escapular	e	podem	ser	exacerbados	com	frio	e	
petelecos	–	característica	de	lesão	de	segundo	neurônio	
o Palpação	–	encontra	flacidez	se	houver	atrofia	ou	hipotonia	
o Movimentação	–	pede	para	movimentar	horizontalmente	e	verticalmente.	
• Alteração:	em	caso	de	lesão	a	língua	desvia	para	o	lado	da	lesão	ao	ser	exteriorizada.	Se	tiver	atrofia	a	língua	assume	aspecto	
geográfico	ou	escrotal.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Somatoscopia	e	outros	exames	
5	periodo	–	Medicina	
Camila	Macedo	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Ectoscopia	=	Visão	do	que	está	por	fora	ou	exame	físico	geral.	O	que	devemos	observar:	
Þ Marcha.	
	
Þ Postura.	
	
Þ Fácies.	
	
Þ Cabeça	e	pescoço.	
	
Þ Pele	e	mucosas.	
	
Þ Linfonodos.	
	
Þ Tórax.	
	
Þ Abdome.	
	
Þ Membros	superiores	e	inferiores.	
	
	
Obs:	a	região	a	ser	observada	deve	estar	desnudada.		
	
1. Marcha:	
• Marcha	helicópode,	ceifante	ou	hemiplégica	=	AVC.
	
• Marcha	anserina	ou	do	pato	=	doenças	musculares	e	gravidez.		
• Marcha	Parkinsoniana	=	doença	de	Parkinson.
	
• Marcha	cerebelar	ou	ebriosa	=	embriaguez	e	lesão	cerebelar.		
• Marcha	tabética	=	neurolues	(sífilis).
	
• Marcha	vestibular	=	lesão	vestibular.		
	
2. Postura:	
Posição	adotada	pelo	paciente	no	leito	ou	fora	dele,	por	comodidade,	hábito	ou	com	o	objetivo	de	conseguir	alívio	para	algum	
padecimento.		
• Atitude	ortopneica	(1)=	asma,	insuficiência	cardíaca,	ascite	etc.		
• Atitude	de	cócoras	(2)	=	cardiopatia	congênita	cianótica.		
• Atitude	genupeitoral	ou	“prece	maometana”	(3)	=	derrame	pericárdico.		
• Atitude	parkinsoniana	=	doença	de	Parkinson.		
(1)															 	(2)		
3. Fácies:	
É	o	conjunto	de	dados	exibidos	na	face	do	paciente	(expressão	do	olhar	+	nariz	+	boca).		
• Fácies	mixedematosa	(1)=	hipotireoidismo.		
• Fácies	hipocráticas	(2)	=	câncer.		
• Fácies	renal	(3)	=	síndrome	nefrótica,	glomerulonefrite.		
• Fácies	leonina	(4)	=	hanseníase.		
• Fácies	adenoideana	(5)	=	hipertrofia	de	adenoide.		
• Fácies	parkinsioniana	(6)	=	doença	e	Parkinson.		
• Fácies	basedowiana	(7)	=	hipertireoidismo.		
• Fácies	acromegálica	(8)	=	hiperfunção	hipofisária.		
• Fáceis	mongoloide	(9)	=	síndrome	de	down		
• Fácies	de	paralisia	facial	periférica.	(10)	
• Fácies	Miastênica	(ou	de	Hutchinson)	(11)	=	miastenia	gravis	e	outras	miopatias.	
• Fácies	de	múmia	(12)	=	esclerodermia.			
			 (3)	
				 (4)	
								
	
			
																																 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
	
	
	
	
	
	
 
 
 
	
(7) Basedowiana: 
ü Olhos salientes e brilhantes. 
ü Rosto magro com expressão 
de vivacidade (aspecto de 
espanto e ansiedade). 
ü Presença do bócio. 
 
 
 
 
 
(8) Acromegálica: 
ü Saliência das arcadas 
supraorbitárias.
 
ü Aumento do tamanho do 
maxilar, nariz, lábios e 
orelhas. 
 
 
 
 
(9) Mongoloide: 
ü Presença de uma prega na 
pele no canto interno dos 
olhos, 
 
 
 
 
 
(10) Paralisia facial periférica: 
ü Assimetria. 
ü Desvio da comissura labial 
para o lado saudável. 
ü Desaparecimento dos 
sulcos faciais no lado 
paralisado. 
 
 
 
(11) Miastênica:ü Ptose palpebral bilateral, 
obrigando o paciente a 
franzir a testa. 
 
 
 
 
 
 
(12) Múmia (esclerodérmica): 
ü Imobilidade facial. 
ü Pele endurecida, com 
repuxamento dos lábios,	
afilamento do nariz e	
imobilização	das 
pálpebras.	 
 
(1) 	Mixidematosa:	
ü Rosto	arredondado.	
ü Nariz	e	lábios	grossos.	
ü Pele	seca	e	espessada.		
ü Sulcos	acentuados.		
ü Supercílios	escassos.		
ü Cabelos	secos	e	sem	brilho.		
	
	
	
	
(2) Hipocrática:	
ü Olhos	fundos,	parados	e	inexpressivos.		
ü Nariz	e	lábios	finos.		
ü Palidez	cutânea.		
ü Cianose	discreta	labial.		
	
	
	
	
	
(3) Renal:	
ü Edema	predominando	ao	redor	dos	
olhos.		
ü Palidez	cutânea.		
	
	
	
(4) Leonina:	
ü Pele	espessa.		
ü Lepromas.		
ü Supercílios	caem.		
ü Nariz	e	lábios	grossos.		
ü Deformidade	de	bochechas	e	mento.		
	
	
	
(5) Adenoideana:	
ü Boca	aberta.		
	
	
	
	
	
	
	
	
(6) Parkinsoniana:	
ü Cabeça	inclinada	para	frente,		imóvel.		
ü Olhar	fixo.		
ü Supercílios	elevados.		
ü Fronte	enrugada.		
	
4. Cabeça	e	pescoço	
4.1.	Aumento	linfonodal:	
• Linfoma	(1).	
• Tuberculose	(2).	
• Paracoccidioidomicose	 (3).	
	
	
4.2.	 Pálpebras:	
• Leve.	
• Moderado.	
• Severo.		
	
	
4.3.	Cavidade	oral.		
	
4.4.	Globo	ocular:	
• Exoftalmia.		
• Enoftalmia.		
	
5. Tórax	
• Tórax	chato	(1)	=	diâmetro	ântero-posterior	reduzido,	escapulas	sobressaem,	longilíneos,	sem	significado	clínico.		
• Tórax	em	tonel	ou	barril	=	aumento	do	diâmetro	ântero-posterior.	Enfisema	pulmonar.		
• Tórax	infundibuliforme	=	pectus	excavatum.	Congênito	ou	adquirido.	Raquitismo.			
• Tórax	cariniforme	=	pectus	carinatum.	Quilha	de	navio,	peito	de	pombo.	Raquitismo.	
• Tórax	em	sino	ou	piriforme	(1)	=	grandes	hepatoesplenomegalias	e	na	ascite	volumosa.		
• Tórax	cifótico	=	lesões	nas	vértebras	torácicas	(osteoporose,	tuberculose,	osteomielite,	neoplasias,	outras.)		
• Tórax	escoliótico	(2)	=	desvio	lateral	da	coluna	torácica.	Mais	comum	=	congênito.		
	
	(1)	 (2)	
	
Abaulamentos	e	depressões		
• Qualquer	região	do	tórax.	
• Indicam	alguma	lesão	que	aumentou	ou	reduziu.		
• Estruturas	da	parede	do	tórax	ou	intratorácicas.		
					 		 	 		
	Aneurisma	atrial	esquerdo														Neoplasia	pulmonar.																																						Lipoma.																																	Neoplasia.		
	
6. Membros	superiores:	
 
 (1) (2) (3) 
 
 
				 		 		
Artrite	reumatoide	em	estado	avançado.										Dedos	em	salsicha.																						Fenômeno	de	Rayaud.		
	
7. Abdômen:		
• Projeção	dos	órgãos.
	
• 	Fatores	modificadores:	
ü Idade.
	
ü Biotipo.
	
ü Estado	nutricional.		
ü Posição	adotada.		
• Abdômen	normal	ou	atípico.	
• Abdômen	globoso	(1)	=	apresenta-se	globalmente	aumentado.	Gravidez,	obesidade,	ascite	volumosa,	hepatoesplenomegalias	volumosas,	
outros.		
• Abdômen	em	avental	(2)	=	encontrado	em	pessoas	muito	obesas.
Consequente	ao	acúmulo	de	gordura	na	parede	abdominal.		
• Abdômen	em	ventre	de	batráquio	(3)	=	encontrado	na	ascite.		
• Abdômen	escavado	(4)	=	parede	abdominal	retraída.
Doenças	consumptivas	(exemplo:	neoplasia).		
• Cicatriz	umbilical	=	plana	ou	protrusão.		
	
	(1)	 (2)	 	(3)	 (4)	
	
Obs:	Turgência	jugular	=	ICC,	doenças	pericárdicas.		
Obs:	Dedos	em	baqueta	de	tambor	(baqueteamento	digital)	=	associado	a	cardiopatias	congênitas	cianóticas,	neoplasias	malignas	
pulmonares.		
Obs:	Sempre	examinar	o	paciente	no	lado	direito	dele.		
	
Baqueteamento	digital.																								 		Turgência	jugular.		
 
Linfonodos	
Na	palpação	dos	gânglios	linfáticos	usamos	as	pontas	dos	dedos	indicador	e	médio,	deslocando	a	pele	sob	os	tecidos	subjacentes	
em	cada	região	fazendo	movimentos	rotatórios	suaves.	Paciente	deve	estar	relaxado,	com	o	pescoço	discretamente	fletido	para	
a	 frente	e,	 se	necessário,	um	pouco	 inclinado	para	o	 lado	examinado	 (de	modo	que	a	musculatura	do	 lado	examinado	esteja	
relaxada).	Em	geral	é	possível	examinar	os	dois	simultaneamente.	No	caso	dos	gânglios	submentonianos,	palpa-se	com	uma	das	
mãos	enquanto	a	outra	segura	a	parte	superior	da	cabeça	do	paciente.	
	
Ordem	sugerida:	
Þ Pré	auriculares	
Þ Auriculares	posteriores	
Þ Occipitais	
Þ Amigdalianos	
Þ Submandibulares	
Þ Submentoniano	
Þ Cervicais	 superficiais	 e	
profundos	
Þ Cervicais	posteriores	
Þ Supraclaviculares	
Þ Infraclaviculares	
	
Como	descrever	um	linfonodo	palpável?	
Þ Localização:	cervical	anterior,	supraclavicular,	inguinal,	etc	...	Não	esqueça	o	lado	(direito	ou	esquerdo).		
Þ Tempo	de	evolução:	podemos	classificar	grosseiramente	a	evolução	em	aguda	(dias),	subaguda	(semanas)	e	crônica	(meses),	
questionando	o	paciente,	caso	o	mesmo	tenha	observado	o	linfonodo.	
Þ Tamanho:	 tente	estimar	o	diâmetro	 linfonodal	em	centímetros.	Os	 linfonodos	com	diâmetro	de	até	1	cm,	mesmo	quando	
palpáveis,	raramente	são	malignos.		
Þ Consistência:	o	linfonodo	pode	ser	descrito	como	mole,	firme,	elástico,	duro	(pétreo	)	...	Os	linfonodos	mais	endurecidos	têm	
maior	chance	de	malignidade.		
Þ Mobilidade:	a	imobilidade	deve-se	à	aderência	do	linfonodo	a	planos	profundos,	sendo	esse	achado	frequentemente	associado	
a	neoplasia	maligna.		
Þ Dor:	a	dor	ou	hipersensibilidade	do	linfonodo	ao	exame	físico	indica	crescimento	rápido,	com	distensão	capsular.	Assim,	as	
causas	infecciosas	e	inflamatórias	são	as	mais	associadas	ao	achado	de	um	linfonodo	doloroso.		
Þ Presença	de	fístula	cutânea:	a	fistulização	cutânea	com	saída	de	material	caseoso	ou	purulento	é	típica	da	adenite	tuberculosa,	
sendo	outro	exemplo	importante	no	nosso	meio	a	paracoccidioidomicose.	
	
Causas	de	Linfadenopatias:	
Þ Linfadenopatia	occipital:	infecção	do	couro	cabeludo	
Þ Linfadenopatia	pré	auricular:	infecção	da	conjuntiva	ou	doença	da	arranhadura	do	gato	
Þ Adenopatia	retroauricular:		é	característica	de	rubéola		
Þ Linfadenopatia	cervical	e	submandibular:	geralmente	se	deve	à	presença	de	infecção	das	vias	aéreas	superiores	ou	cavidade	
oral.	Também	pode	ocorrer	devido	a	uma	síndrome	de	mononucleose,	que	tem	no	vírus	de	Epstein-Barr	o	seu	agente	mais	
comum.	Condições	como	adenite	tuberculosa	e	neoplasias	também	podem	se	apresentar	com	adenopatia	cervical.	Nos	casos	
de	tuberculose	e	neoplasia,	geralmente	a	instalação	é	subaguda	ou	crônica	(ocorre	em	semanas	ou	meses).	
Þ Adenopatia	supraclavicular:	alto	risco	de	malignidade,	particularmente	em	idosos.	Caso	o	linfonodo	acometido	esteja	à	direita,	
devemos	 pensar	 em	neoplasias	 do	mediastino,	 pulmão	 ou	 esôfago.	 A	 linfadenopatia	 supraclavicular	 esquerda	 (conhecida	
como	linfonodo	ou	nódulo	de	Virchow)	sugere	a	presença	de	neoplasia	abdominal	
	
Tireóide	
										 	
	
No	adulto,	situa-se	na	parte	anterior	do	pescoço,	1	a	2cm	acima	do	esterno,	na	frente	dos	primeiros	anéis	da	traqueia	e	das	partes	
laterais	da	laringe.	O	exame	se	inicia	com	a	inspeção.	Normalmente,	a	tireoide	não	é	visível.	O	aumento	da	glândula	pode	ser	de	
até	4-5x	seu	tamanho	sem	que	ela	seja	visível,	quando	a	cabeça	esta	em	posição	normal.		
Na	palpação	anterior,	os	dedos	utilizados	são	os	dois	polegares.	Apoie	os	demais	dedos	sobre	os	ombros	do	paciente,	deixando	
os	dois	polegares	livres	para	palpação	da	glândula.	Mantenha	um	dos	polegares	parado,	sobre	um	dos	lobos,	enquanto	examina	
	
o	outro	lobo	com	o	outro	polegar,	 invertendo	depois.	Faça	movimentos	circulares	suaves,	procurando	sentir	a	consistência	da	
glândula	e	observando	a	presença	de	nódulos.	
	
Solicite	que	o	paciente	degluta	durante	o	exame,	para	movimentar	a	glândula	(e	não	glandular)	para	cima	e	assim	avaliar	melhor	
a	forma	e	os	limites	da	tireóide.	Tal	manobra	também	permite	a	melhor	distinção	entre	a	glândula	e	a	adiposidade	cervical,	que	
não	se	move	à	deglutição.	
Fazem	parte	também	do	exame	físico	a	busca	de	frêmitos,	pela	palpação,	e	a	pesquisa	de	sopros,	através	da	ausculta.	Quando	
presentes,	geralmente	se	associam	a	hiperfunção	glandular	ou	câncer	(devido	a	neovascularização).	
	
Um	bom	exame	físico	da	tireóide	deve	incluir,	em	sua	descrição:	
Þ Tamanho	da	glândula:	normal	até	5	cm	em	cada	lobo	(verticalmente).	O	istmo	mede	até	5	mm	de	largura.	Alguns	indivíduospossuem	um	lobo	piramidal,	triangular,	geralmente	junto	à	borda	medial	do	lobo	esquerdo.	
Þ Consistência:	a	glândula	geralmente	tem	consistência	elástica.	Áreas	endurecidas	devem	ser	descritas	quanto	ao	seu	tamanho	
e	localização.	
Þ Superfície:	a	tireóide	é	lisa,	deixando	de	sê-la	na	presença	de	nódulos.	
Þ Mobilidade:	normalmente	móvel	a	deglutição,	pode	se	fixar	devido	a	neoplasia.	
Þ Descrição	quanto	a	dor:	geralmente	indolor,	podendo	estar	aumentada	e	dolorosa	devido	a	inflamação	aguda	e/ou	subaguda	
Þ Descrição	quanto	à	presença	de	nódulo:	descrever	de	acordo	com	a	consistência	e	sua	localização.	Nódulos	imóveis	à	deglutição	
em	tireóide	móvel	podem	correspondera	linfonodos,	cuidado	para	não	confundir!	
Þ Presença	de	frêmitos	e	sopros:	atenção	para	não	confundir	com	sopros	carotídeos!	
	
Sinal	de	Pemberton		
O	bócio	multinodular	 pode	 causar	 obstrução	 da	 traquéia	 e	 quando	 retroesternal	
também	a	obstrução	da	veia	cava	superior.	O	sinal	de	Pemberton	aparece	quando	
se	eleva	o	braço	do	paciente	acima	da	cabeça.	Esta	manobra	faz	com	que	o	paciente	
fique	dispneico,	com	distensão	das	veias	do	pescoço,	pletora	facial	ou	com	estridor.	
	
12	sintomas	de	hipotireoidismo	
Þ Depressão	
Þ Desaceleração	dos	batimentos	cardíacos	
Þ Intestino	preso	
Þ Menstruação	irregular	
Þ Diminuição	da	memória	
Þ Cansaço	excessivo	
Þ Dores	musculares	
Þ Sonolência	excessiva	
Þ Pele	seca	
Þ Queda	de	cabelo	
Þ Ganho	de	peso	
Þ Aumento	do	colesterol	no	sangue	
	
Na	maioria	das	vezes,	o	hipotireoidismo	é	causado	por	uma	inflamação	denominada	Tireoidite	de	Hashimoto,	uma	disfunção	
auto-imune.	
	
12	Sinais	e	sintomas	de	hipertireoidismo	
Þ Sensação	de	calor	
Þ Aumento	da	transpiração	
Þ Fraqueza	muscular	
Þ Mãos	trêmulas	
Þ Batimentos	cardíacos	acelerados	
Þ Cansaço	/	fadiga	
Þ Perda	de	peso	
Þ Diarreia	ou	evacuações	frequentes	
Þ Irritabilidade	e	ansiedade	
Þ Problemas	dos	olhos,	tais	como	irritação	ou	desconforto	
Þ Irregularidade	menstrual	
Þ Infertilidade	
	
A	 doença	 de	 Graves	 é	 a	 causa	 mais	 comum	 de	 hipertireoidismo.	 Ela	 ocorre	 quando	 o	 sistema	 imunológico	 ataca	 a	
glândula	tireoide,	provocando	seu	aumento	estimulando-a	produzir	excesso	de	hormônios.

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