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Propedêutica- Resumo Sistema digestório

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Propedêutica- Sistema digestório
Introdução:
Fome e apetite são duas sensações diferentes, o apetite é o desejo do alimento, que vai variar conforme a espécie. A fome é a desagradável sensação de vazio no estômago, a necessidade do alimento. A fome, de maneira geral, refere-se ao estômago; o apetite, ao paladar. Para saciar a fome, o que interessa é a quantidade de alimento e não a qualidade; já para o apetite, a qualidade e palatabilidade do alimento são o que interessa. A fome é um fenômeno físico, enquanto o apetite é um fenômeno psíquico.
No momento da avaliação do apetite do animal, deve-se levar em consideração
o tipo de alimento, o modo de preparo, a maneira de administração e a frequência.
O apetite pode ser checado pela anamnese e/ou oferecendo diferentes alimentos ao animal. O apetite normal é denominado normorexia.
		-Aumentado (Polifagia, bulimia...)
Apetite	-Diminuído (Anorexia, inapetência)
-Pervertido (Alotriofagia, Parorexia ou pica- Aberração do apetite, pode ser carencial ou não).
Preensão dos alimentos:
Varia conforme a espécie animal.
-Equinos, ovinos e caprinos: Lábios e dentes incisivos, arrancando o alimento com o movimento brusco de cabeça.
-Bovinos: Língua. 
-Cães e gatos: Dentes
Possíveis alterações na preensão dos alimentos:
-Imobilidade mandibular (Raiva, Tétano- trismo mandibular...)
-Alterações encefálicas (alimento é apreendido, mas fica parado na boca)
-Afecções nos lábios, língua ou cristas palatinas
-Defeitos nas vértebras cervicais (Bico de papagaio- animal com dificuldades de abaixar...)
-Deficiências visuais e olfativas
Mastigação:
Importante para reduzir o tamanho dos alimentos e umedecê-los, para facilitar a deglutição. O grau de trituração varia entre carnívoros e herbívoros. Os carnívoros quase não mastigam os alimentos; nos herbívoros, a articulação temporomandibular possibilita amplos movimentos de lateralidade, o que faz os alimentos sofrerem uma trituração adequada. A velocidade da mastigação também varia de espécie para espécie e dentro de uma mesma, conforme a idade.
Possíveis alterações na mastigação:
-Estomatites;
-Alterações dentárias;
-Lesões na língua;
-Alterações no seio maxilar em equídeos
O animal tem dificuldades de deglutir ou produz mais saliva do que o normal?
Sialorréia: Saliva escorrendo
Ptialismo: Aumento da produção de saliva
Aptialismo: Ausência da produção de saliva
Hipossialia: Pouca produção de saliva
Deglutição:
Fundamentada principalmente pelo 9º par de nervos cranianos, o Glossofaríngeo. Costuma ser dividido em três fases:
1) Tempo bucal: Após mastigação e lubrificação, o alimento, na forma de um bolo, é
colocado sobre o dorso da língua, sendo então propelido para trás, alcançando a parede posterior da faringe.
2) Tempo faríngeo: Ao atravessar a faringe, cujos pilares anteriores se contraem, o alimento é impulsionado em direção ao esôfago.
3) Tempo esofágico: Chegando ao esôfago, o alimento é transportado por movimentos peristálticos que ocorrem desde a faringe até o estômago.
Disfagia: Dificuldade em deglutir. Pode se dar por:
-Paralisia da língua;
-Paralisia da faringe;
-Feridas e tumores na base da língua;
-Obstrução, estenose ou compressão esofagiana (o que pode levar a salivação excessiva)
Odinofagia: Refere-se à dor durante a deglutição (processos inflamatórios da faringe -faringite).
Falsa via: O alimento vai direto para a traqueia e não segue o caminho normal pelo esôfago.
Caminho da digesta em equinos: boca → esôfago → estômago → duodeno → jejuno → íleo → cólon ventral direito → flexura esternal → cólon ventral esquerdo → flexura pélvica → cólon dorsal esquerdo → flexura diafragmática → cólon dorsal direito → cólon transverso → cólon menor →reto → ânus.
Ruminação: Controlada pelo nervo vago, que tem dois ramos e por isso, possui movimentação bifásica. Normalmente a ruminação se inicia por volta de 45 minutos a 1 hora após a ingestão do alimento. Deve-se observar a atitude do animal durante tal ato, que deve ser de calma.
Propedêutica- Sistema digestório
Frequência em minutos:
-Bovinos: 7 a 12 min
-Caprinos: 6 a 12 min
-Ovinos: 7 a 14 min
Duração da ruminação:
-Animais domésticos: 25 a 35 min
-Animais silvestres: 10 a 15 min
Número de mastigações por bolo:Nº de ruminações em 24 h:
De 4 a 24 períodos de 10 a 60 min
-Bovinos e caprinos adultos: 50 a 70
-Bovinos jovens: 60
-Búfalos: 30 a 7
-Ovinos: 50 a 90
Meteorismo ou timpanismo é uma doença metabólica, caracterizada pela distensão do rúmen e retículo em consequência da incapacidade de expulsão de gases gerados por meio de mecanismo fisiológicos normais, o que ocasiona a dificuldade respiratória e circulatória podendo levar à morte por asfixia. Pode ser usado o trocater de Buff para perfuração do rúmen.
Alterações no rúmen:
1-Mecânicas
-Aderências;
-Corpos estranhos;
-Atonia (parada ruminal);
-Meteorismo ou timpanismo 
2-Processos dolorosos ou febris
3-Medo
Classificando alterações no processo de ruminação:
1- Superficial-> Mastigação diminuída em nº, frequência, intensidade...
2- Intermitente-> Quando a ruminação sofre pausas breves.
3- Interrompida-> Animal sem ruminar por pelo menos 24 horas.
Eructação: Fisiológica em ruminantes, patológica em outras espécies.
Acima de 90 eructações por hora em ruminantes é patológico. O número de eructações varia conforme o tipo de alimento ingerido.
Vômito/ emese: É a expulsão espasmódica do conteúdo gastrointestinal. Pode ser de origem central (excitação do centro do vômito) ou periférica (irritação gástrica ou tosse). A tosse evita que o alimento entre na traquéia, expulsando o alimento da luz traqueal.
Características do vômito:
1) Momento em que ocorre
-Após a ingestão do alimento (gastropatias agudas);
-Mais tardio (obstrução intestinal ou pilórica);
-Acesso de tosse (faringite)
2) Frequência
-Simples (uma vez com volume maior)
-Múltipla (várias vezes com volume menor)
3)Quantidade
-Grau de enchimento
-Frequência
4)Odor
-Ácido (carnívoros, suínos e equinos)
-Pouco ácido/ insosso (ruminantes)
-Fétido/ pútrido (hematêmese)
-Fecal (obstrução)
-Amoniacal (uremia)
5) Aspecto e cor
Depende do tipo de alimento consumido.
-Esbranquiçado;
-Sanguinolento (ingestão de sangue, lesão gástrica)
-Verde-amarelado (obstrução após colédoco)
Prognóstico: Em equinos é grave (letal), pois significa que houve rompimento do esfíncter cárdico (peritonite generalizada). Em outras espécies é considerado um mecanismo de defesa.
Evacuação:
Tanto a postura quanto a frequência da evacuação variam. 
Nº de evacuações por dia:
-Bovinos: 12 a 18
-Equinos 8 a 10
-Cães: 2 a 3
Alterações na evacuação:
1) Evacuação difícil
-Dolorosa e prolongada: Peritonite, inflamação das glândulas adanais
-Tenesmo: Enterites, obstrução intestinal, cólicas...
2) Evacuação involuntária
-Lesões sacrais e medulares;
-Estado pré-agônico;
-Medo
3) Evacuação frequente
-Diarréia;
-Disenteria (cólica abdominal, tenesmo, fezes muco-pio-sanguinolentas...).
4) Evacuação retardada
-Retenção total (constipação, oclusão e distopia intestinal)
-Jejum prolongado;
-Paralisia retal;
-Pós-diarréia;
-Tétano (causa paralisia intestinal)
Flatulência:
-Alimentos fermentáveis;
-Enterite;
-Meteorismo (acúmulo de gases que causa distensão abdominal e desconforto)
Exame especial
1) Cavidade bucal
-Inspeção
-Palpação direta e indireta
-Olfação
Alterações principais:
-Aftas;
-Ulcerações;
-Tumores;
-Glossite
2) Faringe
Avaliação da epiglote, palato mole, aritenóides e entrada do esôfago.
-Inspeção
-Palpação
Alterações principais:
--Lesão nas amígdalas;
-Aumento de volume (edemas das mais diferentes causas...)
-Lesões gerais
3)Glândulas salivares
Parótidas na base da orelha e submandibulares junto à mandíbula.
-Palpação (pode ser na mão, no caso das submandibulares, ou caso haja algum aumento de volume, parótidas).
Alterações principais:
-Inflamação(causando sialadenite)
-Rânula (acúmulo de saliva por sialólito)
4)Esôfago: Fica dorsalmente à traqueia e levemente para o lado esquerdo em todas as espécies, sendo facilmente palpável.
-Inspeção
-Palpação (direta: Iniciando a palação da traqueia, deslizando os dedos por cima e então encontra o esôfago/ indireta: Pode ser com o auxílio de uma sonda, assim é possível se fazer a palpação facilmente).
-Radiografias (excelentes no auxílio ao diagnóstico)
Alterações principais: Regurgitação devido a:
-Estenose (diminuição do diâmetro)
-Obstrução (esôfago ocluído)
-Megaesôfago (dilatação do esôfago na região torácica. É frequente em cães de raças grandes e também tem uma relação genética).
5)Abdome
-Inspeção/ alterações comuns:
Aumento do volume circunscrito
-Hérnia (massa circunscrita formada por um órgão (ou parte de órgão) que sai por um orifício, natural ou acidental, da cavidade que o contém);
-Eventração (ferida penetrante no abdome que rasga a musculatura, deixando as vísceras em contato com a pele);
-Tumores
Aumento de volume generalizado
-Ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal, abdome mais ventralmente abaloado)
-Sobrecarga, retenção urinária (causas não relacionadas ao sist. digestório)
-Palpação
Avalia-se a sensibilidade, tensão das vísceras e prenhez (em caso de peritonite, o animal sente muita dor).
-Percussão
Prova do piparote;
Percussão com auscultação
-Auscultação
O som da auscultação intestinal é conhecido como borborismo.
Intestino (ceco)- Em equinos o som é de gotejamento do conteúdo. Coloca-se o estetoscópio na base do flanco do animal, na válvula íleo-cecal e faz-se a auscultação.
Rúmen- O som do rúmen é chamado de bracejo, é um som creptante, da movimentação do conteúdo.
Outros exames do abdome:
-Punção: Também chamada de paracentese, punção de líquido na cavidade (ascite), transudato ou exudato (prova de rivalta para determinar a natureza do líquido);
-Laparotomia e laparoscopia: Abertura da cavidade abdominal;
-RX;
-USG
Exame das vísceras digestivas abdominais:
1)Estômago
-Equinos: Inacessível
-Carnívoros: Inspeção, palpação, percussão (na região ventral, quando aumentada e com gás), gastroscopia (realização de endoscopia para examinar) e radiografia.
-Bovinos
Rúmen
Retículo (6ª-9ª costela)
Omaso (7ª-9ª costela)
Abomaso (7ª-10ª costela)
2)Intestinos
-Equinos
Inspeção- Flanco direito (ceco), palpação, percussão, auscultação (Borborigmos- 10-12 por minuto).
Alterações: Aumento dos borborigmos (enterite), silêncio (obstrução ou atonia).
-Carnívoros
Palpação, percussão, auscultação, radiografia.
Alterações: corpos estranhos, nódulos de Ascaris sp, coprólitos.
-Ruminantes
Palpação externa (pequenos ruminantes), palpação retal (grandes), auscultação.
Alterações: Enterite (aumento da sensibilidade com diarreia).
3)Fígado
-Equídeos
Percussão (nos dois últimos espaços intercostais)
-Carnívoros
Inspeção
Palpação (nota-se aumento do fígado em casos de alterações. A borda do fígado é “cortante”, caso no toque ela esteja arredondada, significa que há aumento).
Percussão (nos últimos espaços intercostais o som é maciço).
-Ruminantes 
Em ruminantes o fígado tem área limitada pelo pulmão, somente uma porção no lado direito pode ter percussão.
4)Pâncreas
Palpação- É possível em carnívoros, em casos de pancreatite há alteração.
Esteatorréia- Diarréia gordurosa que pode ser facilmente percebida.

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