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resumo CIÊNCIA POLÍTICA av1

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CIÊNCIA POLÍTICA – RESUMO AV1
- Política -> atividade típica do exercício da cidadania, busca do bem comum, relação entre os cidadãos e seus governantes.
- Politicagem -> forma de agir (corrompida) que tem por propósito último atender a interesses pessoais ou trocar favores particulares em benefício próprio.
- Poder -> consiste na habilidade de os indivíduos ou grupos fazerem valer os próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante da resistência de outras pessoas. 
- Autoridade -> Quando o poder é empregado legitimamente, ou seja, sob o consentimento daqueles a quem cumpre seguir as prescrições estabelecidas. 
- Autoritarismo -> Exercício de poder sem qualquer legitimidade.
A ciência política e seu objeto de estudo
- A Ciência política é uma área do saber dedicada ao estudo dos fenômenos políticos que possibilitam o funcionamento das comunidades e a convivência entre os seus membros. Ela tem a pretensão de estudar e analisar a Política, as estruturas e os processos de governo, utilizando-se de uma abordagem científica, mais precisamente uma abordagem empírica. Esta “cientificidade” é determinante para separá-la da Filosofia política, que se propõe a uma visão de viés especulativo. 
O Estado
- Estado -> Determinado território próprio e independente onde habita um determinado povo, governado por representantes políticos sob a égide de um sistema de instituições políticas, jurídicas, administrativas, econômicas, policiais etc.
A Origem do Estado
Teoria Naturalista
 Segundo alguns pensadores, viver em sociedade é algo natural e inerente ao ser-humano, está em sua essência, pois temos a necessidade da associação, visando à sobrevivência, o bem-estar e as facilidades da vida em grupo. Independentemente do pensador, em linhas gerais, podemos notar que os argumentos convergem para uma conclusão: a sociedade é um fato natural. É consenso entre os teóricos do Naturalismo que o homem busca a cooperação entre seus iguais com certos objetivos – que podem não ser os mesmos em sua totalidade –, mas que confluem “na consecução dos fins de sua existência”. 
Teoria Contratualista
Pressupõe um estado de relações humanas livre de qualquer ordem social estruturada, chamada de “estado de natureza”, anterior ao surgimento da sociedade civil. No estado de natureza não havia leis ou normas sociais, governos ou obrigações políticas entre governantes e governados. Em um determinado momento os homens sentem a necessidade de criar um acordo, um pacto social (contrato social), através do qual reconhecem uma autoridade (governante) um conjunto de regras e um regime político dando origem assim, a sociedade.
- Para Hobbes: os homens não são altruístas por natureza, mas egoístas buscando sempre os meios mais adequados para a realização de seus fins, desejosos de poder. Para Hobbes, os indivíduos ingressam na vida social somente quando a preservação da vida esta ameaçada e, nesse caso, os homens são levados a estabelecer contratos entre si, o pacto social. Pois a vida só se torna viável dentro de uma sociedade civil. Por natureza os homens não poderiam viver em paz e diante do grau de insegurança em que nos colocou a própria natureza é preciso se defender contra a violência dos demais.
Para Hobbes, a soberania do Estado é absoluta porque é resultado da renúncia de direitos ilimitados do indivíduo em favor do governante. Por isso, nenhum dos sujeitos (participantes do acordo) estará autorizado a censurar qualquer ação do Estado, porque cada um autorizou previamente essa ação, reconhecendo-a como sua.
Assim, o Estado, em Hobbes, tem tripla finalidade: 
a) representar os cidadãos, pois, personificando aqueles que a ele (Estado) livremente delegaram todos os seus direitos e poderes, encontra legitimada a submissão de todos à sua autoridade soberana;
 b) assegurar a ordem, ou seja, garantir a segurança de todos, monopolizando o uso da força estatal; 
c) ser a única fonte da lei, porque a soberania, sendo absoluta, dita o que é justo e o que é injusto.
Por último, não podemos deixar de ressaltar que este dever de obediência a que se refere Hobbes não é eterno ou insuperável. O dever de obediência termina quando uma ameaça pesa sobre a vida ou mesmo sobre a liberdade. A incapacidade do soberano de manter a ordem, a segurança e, consequentemente a vida, geraria o direito de cada um (individualmente) utilizar-se de seus meios privados de defesa aos seus direitos naturais, o que transportaria o indivíduo de volta ao estado de natureza.
- Para Locke: a paz é a regra e a guerra é a exceção que quebra a harmonia da relação homem-natureza e cujos responsáveis são as paixões e o dinheiro. Por isso, podemos afirmar que em Locke o estado de natureza não é um estado de luta, mas um estado de cooperação fundado sob o signo da racionalidade humana. Em estado de natureza os homens possuem direitos inatos à vida, à propriedade e à liberdade, bem como a faculdade de castigar qualquer ofensa.
Então por que seria necessário passar do estado de natureza para um estado civil, se o primeiro (diferentemente da construção pensada em Hobbes) já teria por pressuposto os direitos à liberdade, à vida e à propriedade? O que realmente se almeja com a criação do estado civil (político) por meio de contrato social é, no fundo, obter maior garantia e respeito aos direitos naturais, aperfeiçoando o sistema de sanção aos que os violassem. Nesta linha, este contrato permite que no estado civil se cultive de forma mais eficaz a paz que já reina parcialmente no estado de natureza. 
E se o governo não for capaz, através das leis, de garantir os direitos à vida, à liberdade e à propriedade? Um governo que não esteja habilitado a garantir a vida, a liberdade e a propriedade do povo é ilegítimo, configurando-se, neste caso, a legitimidade da rebelião. Em circunstâncias como esta, a comunidade política como um todo poderia vir a ser dissolvida e uma nova poderia ser formada.
- Para Rousseau: o homem é naturalmente bom, no sentido de não existir perversidade original no coração humano e os primeiros movimentos da natureza serem sempre retos. Esta bondade, então, não seria um valor ético, pois se situa aquém da consciência do bem e do mal. Constitui, portanto, uma moral natural, uma inocência original, que levou a que o homem no estado de natureza conhecesse um estado de felicidade do qual poderia nunca ter saído. De toda forma, o importante é que entendamos que, para Rousseau, o estado de natureza é o reino da liberdade, da espontaneidade, da moralidade (natural) e também da felicidade do homem. Porém, segundo Rousseau, não foi possível manter-se neste estado de felicidade e a formação de grupos sociais acaba por corromper o homem. 
Rousseau distingue uma dupla desigualdade: 
a) a natural ou física, que resulta da diferença de idade, saúde, vigor, habilidades físicas, aptidões intelectuais etc. 
b) a desigualdade moral ou política, que é de instituição humana.
 Se por um lado Rousseau sempre admitiu como inevitável a primeira, entende ele ser a segunda um problema, pois é geradora da exploração do homem pelo homem. Indo mais adiante, a desigualdade moral ou política vincula-se à divisão do trabalho favorecendo reagrupamentos sociais, cuja organização propiciaria um distanciamento cada vez maior da simplicidade originária. A desigualdade moral ou política encontra a sua expressão na propriedade que, segundo Rousseau, seria a apropriação arbitrária daquilo que, pertencendo a todos, não pertence a ninguém. Daí ele afirmar que aquele que, cercando um terreno, por primeiro teve a ideia de dizer “isto é meu”, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Começava aí a mais assustadora desordem, pois os homens tornaram-se avaros, ambiciosos e maus. A sociedade nascente daria lugar ao mais terrível estado de guerra. Mas aos ricos não interessava um quadro de desordem como este, pois eram eles os que mais tinham a perder. Propuseram, então, instituir ordenamentos de justiça e de paz, nascendo, assim, a sociedade e as leis.Rousseau propõe conciliar a liberdade natural do homem e a necessidade de uma ordem política, definindo as condições de uma ordem social justa, nas quais a liberdade e a igualdade sejam salvaguardadas de qualquer forma de opressão, guiando-se por regras comuns imprescindíveis. Isto deverá se dar por intermédio de um pacto, ou como denomina Rousseau, um “contrato social”? Rousseau entende que da renúncia de cada um à sua vontade particular nasce a vontade geral, que é nada mais nada menos do que a vontade do corpo social unido por um interesse comum. É precisamente no exercício desta vontade geral que reside a soberania do povo. 
Elementos Constitutivos do Estado
- Os elementos essenciais de um estado moderno são o povo, o território e a soberania (una e indivisível). Tal Estado Moderno é aquele que, pela primeira vez, mostrou-se dotado de um poder próprio soberano e independente de quaisquer outros poderes, exercido dentro das fronteiras do seu território e sob sua população, já que a ideia de soberania una e indivisível somente surgiu com o fim do feudalismo e com o início do absolutismo monárquico. Somente após a celebração da Paz de Vestfália, de 1648, é que nasce o Estado Moderno, que pouco a pouco vai centralizando o poder nas mãos do monarca (que era antes descentralizado no feudalismo). Com isso vê-se que o Estado Moderno reveste-se, inicialmente, da roupagem absolutista. Isto significa dizer que a primeira versão do Estado Moderno é a configuração do Estado Absoluto. 
Território
O território é componente material da estrutura do Estado, indispensável à sua existência , pois é a base geográfica do poder estatal, a base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana. É nesse sentido que a ideia de território fixa a jurisdição do Estado, aqui compreendida como os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado.
- O conceito de território não precisa ser geograficamente contínuo.
- Jurisdição territorial do Estado -> impenetrabilidade de qualquer outra ordem jurídica (de outros Estados) que não seja a sua própria, sobre toda a base física - contínua ou não -, levando em conta do ponto de vista espacial as três dimensões: terrestre, marítima e aérea. Neste espaço, somente ele pode exercer soberania.
Povo
Entende-se por “povo” o conjunto de indivíduos que em um dado momento se unem para constituir o Estado, estabelecendo, assim, um vínculo jurídico de caráter permanente. É deste vínculo que surge o que denominamos “nacionalidade”, que é um atributo que capacita esses indivíduos a se tornarem cidadãos e, com este status, participarem da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. 
- Quanto mais respeitada a vontade daqueles que constituem o elemento essencial material humano do Estado, maior é o reconhecimento de se estar diante de um Estado Democrático de Direito.
- Todo cidadão é nacional, mas nem todo nacional é cidadão. O “cidadão” só pode ser “nacional” (componente do povo pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade com o Estado) que esteja no pleno gozo dos seus direitos políticos. 
Soberania
Plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por outro lado, a soberania também pode significar, sob uma perspectiva externa, o atributo que possui o Estado Nacional de não ser submetido às vontades estatais estrangeiras, já que situado em posição de igualdade para com elas.
- Somente o Estado é dotado de soberania, pois é ela que o distingue de todas as outras comunidades ou pessoas coletivas de direito interno que, no limite, podem tão somente ser dotadas de autonomia. 
Poder Político
É a possibilidade efetiva que tem o Estado de obrigar os indivíduos a fazer ou não fazer alguma coisa, e seu objetivo deve ser o bem público. 
- Poder Constituinte Originário -> criação da Constituição (nascimento do Estado).
- Poderes constituídos -> exercem o poder político (representam manifestações do poder uno e indivisível do Estado).

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