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DG e Teóricos

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Evolução da DG:
Campo de aplicação, relacionado a uma variedade de problemas e contextos; 
Diferentes abordagens;
Multiplicidade de aspectos e pesquisas.
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... Não é possível criar um mundo melhor sem uma compreensão científica profunda da função da liderança, da cultura e de outros aspectos essenciais da vida grupal.
Kurt Lewin
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Registros evidenciam estudos sobre os processo grupais ao longo do sec. XIX;
Anos 30, surgem os centros de pesquisas voltados especificamente para a investigação dos fenômenos grupais;
Anos 40 – estudos sobre grupos e possibilidades de transformação da realidade social.
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Anos 40 
Anos 40 – estudos sobre grupos e possibilidades de transformação da realidade social;
Movimento de Relações Humanas (EUA) – “grupos de sensibilidade” e “grupos de encontro”. _ Referência: Grupos T de Kurt Lewin;
Laboratório Nacional de Treinamento e Desenvolvimento de Grupo, fundado em 1947 – Centro de Pesquisa de DG. 
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... “ Assim, num grupo destes, o indivíduo acaba por se 
conhecer a si próprio e a cada um dos outros mais 
completamente do que o que lhe é possível nas 
relações habituais ou de trabalho. Toma conhecimento 
profundo dos outros membros e, do seu eu interior, o eu 
que, doutro modo, tende a esconder-se por detrás da 
fachada. A partir daí, relaciona-se melhor com outros, 
não só no grupo, mas também mais tarde, nas 
diferentes situações da vida de todos os dias ”.
Carl Rogers
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Grupos T de Kurt Lewin – 1946, EUA;
Finalidade: Apoiar líderes comunitários (direitos civis);
Grupos com 10 participantes;
Técnicas: role-playing e treinamentos em soluções alternativas;
Resultado: fundação do National Training Laboratories, 1950. Influenciou a DG função de terapia
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“No domínio da dinâmica de grupo, mas que em qualquer outro domínio psicológico, a teoria e a prática estão metodicamente ligadas de uma maneira que, se corretamente conduzida, pode fornecer respostas a problemas teóricos e fortalecer, ao mesmo tempo, essa aproximação racional de nossos problemas sociais práticos que é uma das exigências fundamentais de sua solução’. 
Kurt Lewin, 1936
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Importante na Psicologia Contemporânea;
Contribuiu para o desenvolvimento da Psicologia com a aplicação da Teoria de Campo a todos as áreas da mesma.
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C. Kurt Lewin, psicólogo alemão-americano, nasceu em 9 de setembro de 1892 em Mogilno (Alemanha, na época); morreu em Newtonville, Massachusetts, Estados Unidos, em 12 de fevereiro de 1947.
Na Alemanha, estudou em Freiburg, Munique e Berlim, onde se doutorou em 1914, quando foi para a Primeira Guerra Mundial como oficial do Exército alemão trabalhando no Instituto Psicanalítico de Berlim.
Foi para os Estados Unidos em 1933, onde se refugiou antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois suas teorias eram incompatíveis com o Nazismo. 
Não voltou mais para a Alemanha.
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Kurt Lewin
e a 
 Teoria do Campo
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Principais características
O comportamento é função do campo que existe no momento em que ele ocorre;
A sua análise (do comportamento) começa com a situação como um todo e da qual são diferenciadas as partes componentes;
A pessoa concreta, em uma situação concreta, pode ser representada matematicamente.
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Lewin acentua as forças subjacentes como determinantes do comportamento;
CAMPO - totalidade dos fatos coexistentes, concebidos em termos de mútua interdependência. 
 
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P
 Diferenciação: separação do resto do mundo por meio de um limite contínuo;
 Relação parte-todo: a pessoa como ser distinto e como parte de uma totalidade maior.
Para Lewin: A pessoa representada como uma figura fechada.
Propriedades da pessoa:
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P = Pessoa
M- Meio psicológico
V- Espaço Vital
P + M = V
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P
M 
M
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 Fatos da região exterior podem influenciar o meio psicológico, como os fatos do meio psicológico também podem produzir mudanças no mundo externo;
 O limite entre o espaço vital e o mundo externo está dotado da propriedade de PERMEABILIDADE.
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PRESSUPOSTOS
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A estrutura da pessoa é heterogênea e subdividida em partes separadas, porém interdependentes e intercomunicantes.
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Intrapessoal
Perceptiva
Motora
( P – M )
( I – P )
Não é dividida, pois o sistema motor age como uma unidade.
Divide em células: periféricas P
 centrais C
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Meio homogêneo e não diferenciado é aquele em que todos os fatos influencia igualmente a pessoa;
O meio, entretanto, é subdividido em regiões iguais.
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O ESPAÇO VITAL (pessoa + meio psi)consiste num conjunto de sistemas interconectados;
Cada sub-região do meio contém um fato psicológico.
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As regiões são conectadas quando um fato de uma região está em comunicação com um fato de outra região, ou seja, quando os fatos de uma são acessíveis aos fatos da outra;
 
A acessividade é o correspondente espacial da influência.
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Como representar a extensão da influência ou da acessibilidade entre regiões?
Proximidade
Afastamento
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Energia;
Tensão;
Necessidade;
Valência;
Força ou vetor.
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Energia – a pessoa é sistema complexo de energia. Essa energia se libera quando tenta retomar o equilíbrio depois de um estado de desequilíbrio que é produzido por um aumento de tensão em uma parte do sistema;
Tensão – o estado de uma pessoa; estado de uma região interpessoal em relação a outras regiões, pois a tensão de um sistema pode passar para outros. 
O meio psicológico é o meio pelo qual a pessoa se equilibra.
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Necessidade – aumento da tensão ou a liberação da energia na região intrapessoal são causados pelo aparecimento de uma necessidade a qual a fonte pode ser de condição fisiológica a exemplo da fome, da sede e do sexo
 Valência – é a propriedade conceitual de uma região do meio psicológico. 
Valência positiva – objetivo que reduz a tensão; atraem; 
Valência negativa – objetivo que aumenta a tensão; repelem.
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Força ou Vetor – a locomoção ocorre sempre que uma força de energia suficiente age sobre a pessoa.
 
A força existe no meio psicológico - a tensão – e é uma propriedade do sistema intrapessoal; 
 As forças psicológicas são propriedades do meio e não da pessoa.
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Para a Teoria de Campo de Lewin,
O comportamento é um produto de um de determinantes interdependentes (espaço de vida ou espaço social);
Como características estruturais utiliza os conceitos da topologia e da teoria de conjunto e como características dinâmicas os conceitos de forças psicológicas e sociais;
Conjunto de conceitos por meio dos quase pode-se representar a realidade psicológica.
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LEVY MORENO
PSICODRAMA
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Tem como proposta a recuperação saudável da espontaneidade, da criatividade e da sensibilidade do homem. 
Através da revolução criadora, fazê-lo romper com padrões estereotipados do comportamento, promovendo o seu crescimento a partir da sua relação com o outro.
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JACOB LEVY MORENO
Nasceu em 6 de maio de 1889 em Bucareste na Romênia
Pais judeus e primogênito de 6 filhos
Educação religiosa judaica
Com 5 anos mudou-se para Viena
Sua obra desenvolveu-se no contexto da Revolução Industrial: nova formação sócio-cultural, diferenciação social 
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Surgiu um movimento que pregava a crítica radical da civilização industrial-burguesa, o retorno à religião e à preocupação com a espiritualidade.
Moreno participou de grupos de jovens, fundou a chamada Religião do Encontro que criou a casa do encontro: propuseram-se a construir um sistema filosófico-seinismo, ciência do ser.
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Brincadeira de ser Deus aos 4 anos e ½ de idade: Moreno Deus e os companheiros anjos. Ao tentar voar despencou e fraturou o braço direito. Para ele essa experiência pode ter sidoa sua 1ª- fonte de inspiração para o psicodrama.
Foi a primeira sessão psicodramática que conduziu, sendo ao mesmo tempo diretor e sujeito.
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Crianças nos jardins de Viena
Surgiu em 1921, em Viena (Áustria), 
baseado na experiência de Moreno
com teatro de improvisação:
Grupos de prostitutas
Grupos de refugiados da 1ª Guerra
Grupos de teatro morenianos
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Em 1921 fundou o teatro Vienense da Espontaneidade, experiência que serviu de base para as suas idéias sobre a Psicoterapia de Grupo e o Psicodrama.
Moreno percebeu o valor terapêutico das dramatizações e, a partir daí, o Teatro da Espontaneidade transforma-se no Teatro Terapêutico e este, por sua vez, no Psicodrama.
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1º- de abril de 1921 deu-se o lançamento oficial do Psicodrama no Komodien Haus: Passagem da sua fase religiosa para sua dedicação ao teatro, podendo investigar a espontaneidade no aqui e agora da peça encenada, sem preparação prévia, sem ensaios, sem script decorado.
1922: Funda o Teatro da Espontaneidade.
1923: O caso Bárbara-George da início ao Psicodrama Terapêutico.
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1925: Emigra para os Estados Unidos
1931: Introduz o termo Psicoterapia de Grupo. Dedica-se aos estudos sobre a Sociometria: investigação e mensuração das relações Interpessoais.
1936: Muda-se para Beacon House e constrói o 1º Teatro de Psicodrama.
1974: Morre Moreno com 85 anos.
 “Aqui jaz aquele que abriu as portas da Psiquiatria à alegria”.
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 TEORIA DA 
 ESPONTANEIDADE-CRIATIVIDADE:
 Segundo Moreno o homem nasce com recursos de espontaneidade e criatividade, como fatores que favorecem o adequado desenvolvimento da vida física, psíquica e relacional
O Psicodrama se propõe a resgatar e recuperar o homem psicodramático que existe em cada um de nós, com sua sensibilidade, genialidade e disposição para continuar criando. 
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Socionomia: estudo das leis do desenvolvimento social e das relações sociais.
Sociodinâmica: estuda a estrutura e funcionamento dos grupos sociais, dos grupos isolados e das associações de grupo.
Sociometria: ciência da medida do relacionamento humano. 
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Sociatria: ciência do tratamento dos sistemas sociais utilizando-se de seus 
 três métodos:
Psicodrama (indivíduo)
Psicodrama (grupo)
Psicoterapia de Grupo (alternância de foco)
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Um dos objetivos do Psicodrama, do Sociodrama e da Psicoterapia de Grupo é descobrir, aprimorar e utilizar os meios que facilitem o predomínio de relações télicas sobre relações transferenciais, no sentido moreniano. 
À medida que as distorções diminuem e que a comunicação flui, criam-se condições para a recuperação da criatividade e da espontaneidade.
 A ação dramática permite insights profundos por parte do protagonista e do grupo, a respeito do significado dos papéis assumidos.
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O Psicodrama possui algumas modalidades:
O Psicodrama Bipessoal, é o atendimento do cliente somente pelo terapeuta, onde o processo psicoterapêutico e as dramatizações são feitas, freqüentemente, utilizando-se de almofadas ou blocos de espuma . 
O Psicodrama Individual com Egos Auxiliares.
O Psicodrama Grupal é das modalidades do psicodrama a mais eficiente, pois possibilita ao cliente lidar com sua intimidade frente a um público, numa relação mais próxima das relações da vida real, diminuindo a distância entre o vivenciar terapêutico e o vivenciar real.
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A Espontaneidade é a capacidade de agir de modo "adequado" diante de situações novas, criando uma resposta inédita ou renovadora ou, ainda, transformadora de situações preestabelecidas. É um fator que permite ao potencial criativo atualizar-se e manifestar-se.
Tele é a capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas. O Fator Tele influi decisivamente sobre a comunicação, pois só nos comunicamos a partir daquilo que somos capazes de perceber. É também a percepção interna mútua entre dois indivíduos.
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Empatia Tendência para se sentir o que se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas pela outra pessoa. 
Co-inconsciente são vivências, sentimentos, desejos e até fantasias comuns a duas ou mais pessoas, e que se dão em "estado inconsciente".
Matriz de Identidade, é o lugar do nascimento. Placenta social pois, à maneira da placenta, estabelece a comunicação entre a criança e o sistema social da mãe, incluindo aos poucos os que dela são mais próximos. É o local onde a criança se insere desde o nascimento, relacionando-se com objetos e pessoas dentro de um determinado clima.
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Depois ele agrupou as fases em três:
1.  Fase do Duplo - Fase da indiferenciação e onde a criança precisa sempre de alguém que faça por ela aquilo que não consegue fazer por si própria, necessitando portanto de um ego-auxiliar.
2.  Fase do Espelho - onde existem dois movimentos que se mesclam: o de concentrar a atenção em si mesma esquecendo-se do outro e o de concentrar a atenção no outro ignorando a si mesma. (exemplo disso pode ser o de quando a criança olha a sua própria imagem no espelho e não se identifica como ela mesma, ela só diz: olha o nenê.).
3.  Fase de Inversão - em primeiro lugar, existe a tomada do papel do outro para em seguida haver a inversão concomitante dos papéis.
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Jogo Dramático tem como objetivo é permitir uma aproximação terapêutica do conflito; através do jogo. A cena dramática é aquela que expressa algum conflito; sem conflito não há dramaticidade e a cena é vazia, segundo o teatro. Propicia ao indivíduo expressar livremente as criações do seu mundo interno, realizando-as na forma de representação de um papel, pela produção mental de uma fantasia ou por uma determinada atividade corporal.
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Ênfase nos fenômenos psicológicos que 
ocorrem nos pequenos grupos sociais,
onde cada indivíduo desempenha um 
PAPEL, criando um sistema de 
inter-relações com o outro.
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Médico, professor, marceneiro, vendedor, etc.
Patrão, funcionário, fazendeiro, lavrador, etc.
Líder político, negociador de causas, etc.
Juiz, delegado, advogado, promotor, etc.
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Diretor, Chefe de Departamento, Deputado, etc.
Amigo, inimigo, namorado, companheiro(a), etc.
Pai, mãe, filho, genro, nora, cunhado, sogra, etc.
Padrinho, sacerdote, médico, etc.
São Francisco de Assis.
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Aquecimento inespecífico
Aquecimento específico
Dramatização
Comentários
Processamento
 (feedback e encerramento)
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 TÉCNICAS:
Desdobramento do eu
Inversão de papéis
Solilóquio
O espelho
Auto-apresentação
Interpolação de resistência
Realização simbólica
Sem palavras
Psicodrama com marionetes 
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PICHÓN RIVIÈRE
GRUPOS OPERATIVOS
ECRO
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Possibilita o senso de inclusão, valorização e identificação entre os participantes, sendo que muitos buscam amparo diante dos seus problemas de saúde.
			ZIMERMAN; OSÓRIO, (1997).
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Nasceu em Genebra em 25 de junho de 1907.
Faleceu em 16 de junho de 1977 com 70 anos.
Com 4 anos mudou-se para o Chaco (nordeste da República Argentina); cultura Guarani.
Dois mundos diferentes: Desenvolveu um tipo de pensamento que tende a associar o dissociado, que valoriza o contraste, o enriquecedor do jogo do heterogêneo, do diferente, um pensamento que lhe permite descobrir relações e nexos onde, à primeira vista, essas relações não existem.
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A integração das duas culturas lhe permitiu o desenvolvimento de um pensamento aberto, dialético, não preconceitos, não autoritário ou etnocêntrico, sendo-lhe de grande importância na compreensão do doente mental;
No fim dos anos 30, já formado em psiquiatria e psicanálise, trabalhou como psiquiatra no “hospício de las Mercedes”
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A partir destas vivências desenvolveu um método de trabalho e aprendizagem instrumentado pelo contraste e pela contradição, pela heterogeneidade de contribuições e interpretações do real, o que serviude base à técnica de grupo operativo;
No grupo operativo e através da tarefa, o múltiplo, o heterogêneo, o divergente podem integrar-se numa síntese multiforme que enriquece cada um dos integrantes.
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A partir dos diferentes enfoques, das perspectivas trazidas pelos integrantes em sua heterogeneidade, o objeto de conhecimento vai se enriquecendo;
Sua prática hospitalar lhe permitiu investigar as causas sociais da enfermidade mental, os fenômenos da transculturação, da perda do habitat como desestruturação de vínculos internos, como sério ataque à identidade.
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Propôs uma psicologia que aborde “o homem concreto em suas condições concretas de existência”, entendendo que essas condições concretas cumprem um papel fundamental na configuração e nas vicissitudes do psiquismo;
Transformou-se em um estudioso da estrutura familiar, institucional e da ordem social, num indagador do cotidiano.
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A sua prática hospitalar o leva a reconsiderar os métodos de cura, a criar técnicas grupais que permitam ao paciente assumir um papel de protagonista na aprendizagem da realidade, recuperando suas potencialidades, sua história, sua cultura e identidade;
Segundo ele, a doença mental consiste num transtorno da aprendizagem da realidade. “quanto mais repetitiva é uma conduta, mais doente está o sujeito”.
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Define o sujeito como síntese ativa de suas relações sociais, como sujeito da práxis;
Desenvolveu uma metodologia destinada a trabalhar sobre os obstáculos que emergem na relação do sujeito e o mundo, vínculo pelo qual se dá a aprendizagem (ECRO);
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Sua técnica de grupo operativo alicerça a proposta de aprender a aprender ou aprender a pensar integrando estruturas afetivas, conceituais e de ação, isto é, o sentir, o pensar e o fazer no processo cognitivo;
Para Pichon precisa ser uma técnica grupal porque o grupo é um sistema de relações destinadas a satisfazer as necessidades de seus integrantes.
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Não há vínculo nem grupo sem um fazer, sem uma tarefa, seja explícita ou implícita, consciente ou inconsciente;
Esta tarefa implica num fazer e num refletir criticamente acerca deste fazer e das relações que se vão estabelecendo em função do objetivo proposto.
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Aprender a aprender ou aprender a pensar implica na transformação de um pensamento linear, lógico-formal num pensamento dialético que visualize as contradições no interior dos fenômenos e as múltiplas interconexões do real.
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Esse processo possibilita a passagem dos estágios, sendo:
 da dependência à autonomia;
 da passividade à ação protagonista;
 da rivalidade à cooperação.
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Tal aprendizagem não ocorre sem um custo emocional, para o qual o enquadramento do grupo operativo tenta oferecer um âmbito de continência e de elaboração;
Cada um recupera seu próprio saber e experiência e o saber e a experiência do outro, todos são protagonistas e todos são filhos de sua própria aprendizagem.
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		O saber produzido no grupo circula rompendo com a questão de que alguém supostamente sabe e ensina e outro que supostamente ignora e aprende.
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O grupo é o instrumento de cura;
É o social que vai determinar o homem;
Todo encontro é um reencontro;
Para Pichon nós não somos, nós estamos;
Até o concreto é flexível;
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“Conjunto restrito de pessoas que compartilham tempo e espaço, articulada por sua MÚTUA REPRESENTAÇÃO INTERNA que se propõem de forma explícita e implícita uma TAREFA e que interagem com complexos mecanismos de assunção e depositação de PAPÉIS”.
 Pichon Rivière
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Ferramenta teórica da psicologia social de Pichon Rivière.
Nasce no campo específico da saúde mental, depois se amplia para outros âmbitos.
Fontes do ECRO: 
Psicanálise: Freud e M. Klein (vida intra uterina, relação vincular, o nascimento.
Materialismo Histórico Dialético: Marx ( o sujeito é o sujeito da necessidade)
Existencialismo: tudo é efêmero, nada é eterno.
Psicologia social americana: o surrealismo (movimento estético), Kurt Lewin.
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Esquema Conceitual, Referencial e Operativo, com o qual se opera no campo da psicologia social;
O “E” designa esquema, sendo este entendido como conjunto articulado de conhecimentos.
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Esquema conceitual é um sistema de ideias que alcançam uma vasta generalização;
Trata-se de um conjunto de conhecimentos que proporciona linhas de trabalho e investigação;
Uma investigação psicológica destituída de um sistema conceitual adequado será praticamente ineficiente; 
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Um esquema conceitual, portanto, é um conjunto organizado de conceitos universais que permitem uma abordagem adequada da situação concreta a pesquisar ou resolver; 
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O ECRO é um modelo científico definido como uma simplificação ou abordagem dos fatos naturais estudados, que por sua construção lógica enriquece a compreensão desses fatos;
O modelo é um instrumento que por analogia nos permite a compreensão de certas realidades. Ou seja, o modelo é instrumento de apreensão da realidade.
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GRUPOS
OPERATIVOS
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A Psicologia Social aborda suas relações e o fenômeno do “vincular-se”;
O homem emerge de uma trama de vínculos e relações sociais;
1º vínculo: mãe e filho.
A realidade interna é construída através das relações vinculares;
A doença do sujeito não é só dele, ele é porta voz dos vínculos familiares.
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Vínculo: estrutura dinâmica que engloba tanto o indivíduo como aquele(s) com quem interage e se constitui em uma gestalt em constante processo de evolução;
Vínculo: relação bicorporal e tripessoal:
 Sujeito e Objeto – Mútua inter-relação.
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		Cada um tem uma história para ser o que é: 
horizontalidade (história pessoal do sujeito) e 
verticalidade (o processo atual que acontece no aqui e agora).
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Modalidade com a qual cada sujeito organiza e significa o universo da sua experiência, seu universo de conhecimento;
Construímos a depender de como fomos cobrados;
Vamos construindo um modelo interno de matriz, é uma estrutura em movimento.
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“..é um instrumento de interação, é um modelo organizado de conduta relativo a uma certa posição do indivíduo em uma rede de interação, ligado a expectativas próprias e de outros.
 Pichon Riviere
É através do papel que vamos nos inserir no grupo e estes precisam ser rotativos e complementares.
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O porta voz
O líder
O bode expiatório
O sabotador
O impostor
Outros: 
o organizado; o engraçado, o inteligente, o displicente; o calado; o latifundiário do tempo coletivo.
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Coordenador (coopensor): 
ajuda os membros a pensar integrando o pensamento grupal. 
Assinala as situações manifestas, interpreta a causalidade subjacente e cria, mantém e fomenta a comunicação entre os membros do grupo;
Observador: 
recolhe todo o material com o objetivo de realimentar o coordenador.
Integrantes - participam; atuam.
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Abertura: 
quando se dão os emergentes que devem ser registrados pelo observador e pelo coordenador.
Desenvolvimento: 
momento em que se trabalha o material emergente;
Fechamento: 
o material reaparece modificado. 
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Pré tarefa: se põe em jogo as técnicas defensivas do grupo, as resistências às mudanças, ao “entrar na tarefa”. Observa-se a dissociação entre o agir, o sentir e o pensar.
Tarefa: o objeto do conhecimento se torna penetrável através de uma elaboração da ansiedade provocada pela mudança e da integração do pensar, sentir e agir.
Projeto: surge quando se consegue uma pertença dos membros. É o que aparece emergindo da tarefa e que permite o planejamento para o futuro.
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Filiação
a filiação é uma aproximação não fixa com a tarefa. Tradicionalmente, é a medida em relação à presença no grupo, à pontualidade do seu início, às intervenções etc.;
Pertença
é a realização da tarefa.
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Cooperação
 cooperar com a aprendizagem do grupo;
Pertinênciaé o centrar-se do grupo na tarefa prescrita;
Comunicação
vetor tomado por Pichon como o lugar privilegiado pelo qual se expressam os transtornos e dificuldades do grupo para enfrentar a tarefa.
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Aprendizagem
 a aprendizagem operativa no grupo, através da tarefa, permite novas abordagens ao objeto e o esclarecimento dos fantasmas que impedem sua penetração, permitindo a operação grupal;
Tele
é o grau de empatia positiva ou negativa que se dá entre os membros do grupo. Configura o clima.
Outros: segredo grupal, mistério familiar.
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Todo grupo operativo é terapêutico, mas nem todo grupo terapêutico é operativo.
Todo grupo que tiver uma tarefa a realizar e que puder, através desse trabalho operativo, esclarecer suas dificuldades individuais, romper com os estereótipos e possibilitar a identificação dos obstáculos que impedem o desenvolvimento do indivíduo e que, além disso, o auxilia a encontrar suas próprias condições de resolver ou se enfrentar com seus problemas é terapêutico.
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Um grupo se torna operativo quando preenche as condições preconizadas nos 3 Ms:
 MOTIVAÇÃO para a tarefa.
 MOBILIDADE nos papéis a serem desempenhados.
 disponibilidade para MUDANÇAS que se evidenciam necessárias.
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 		Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não podem ler e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender e aprender novamente.
 Alvin Toffer
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