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RESUMO DIREITO CIVIL III

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RESUMO DIREITO CIVIL III – AV1
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS
Efeitos Contratuais: Em regra, só pode produzir efeito entre as partes, porque o terceiro não manifestou sua vontade.
Exceção: No contrato em favor de terceiros, o terceiro, ou seja, aquele que não manifestou sua vontade irá sentir os efeitos do negócio jurídico.
São eles:
Estipulante: Quer beneficiar um terceiro.
Promitente: Se obriga a beneficiar um terceiro.
Terceiro: O beneficiado.
Em relação a capacidade:
- Não importa a capacidade do terceiro para que o contrato seja válido. Só deve haver a capacidade entre as duas partes, estipulante e promitente.
Natureza jurídica: Natureza Contratual.
OBS: O terceiro pode se recusar a receber um benefício, essa recusa, causa a desobrigação ao promitente. Portanto, não invalida o negócio jurídico, pois ocorre no início da execução do contrato.
OBS: O estipulante pode substituir esse terceiro, desde que, esse contrato não tenha sido firmado pra preencher algum ônus por meio do qual o próprio estipulante já tinha se beneficiado antes.
PROMESSA EM FAVOR DE TERCEIROS
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Ex: Você organiza uma festa e diz que uma banda vai tocar, por conta disso a venda dos ingressos foi bem superior do que imaginava. Se essa banda não vai, você vai ter que reparar perdas e danos, por ter quebrado essa expectativa.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Ex: Se você foi la e disse a banda vai aparecer, ai a banda diz, que vai aparecer, se comprometeu, então ela passou a se obrigar.
Paragrafo único: Tal responsabilidade não existirá, se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo de sua anuência e desde que pelo regime do casamento a indenização de algum modo venha recair sobre seus bens.
Três requisitos:
- Ser cônjuge
- Depender da sua anuência ou do ato praticado
- Houver confusão patrimonial
OBS: Nesse caso não cabe indenização de perdas e danos.
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
Preceitua o Código Civil de 2002 em seu artigo 467 que no momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
O contrato com pessoa a declarar é negócio jurídico por meio do qual um dos contratantes se compromete a indicar, no prazo assinado, com qual pessoa a outra parte se relacionará, exigindo-se a partir daí o cumprimento dos direitos e obrigações decorrentes. Assim, um terceiro ingressará na relação contratual que, por motivos quaisquer, não foi desde a conclusão do negócio identificado perante a outra parte.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Art. 469 . A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Art. 470 . O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
CONTRATO ENTRE PRESENTES E AUSENTES
Contratos entre presentes
Os contratos entre presentes se dá, obviamente, quando não houver ausência entre as partes – Mas é isso mesmo. Quando não houver aquele lapso temporal supracitado, teremos um contrato entre presentes. Em conversas frente a frente, por telefone, em chats em tempo real, e por aí vai. 
Contratos entre ausentes
As partes contratantes são consideradas ausentes, se no momento em que a outra parte toma uma decisão, a primeira não toma conhecimento desta de forma imediata. – Cacete, não tem uma definição menos embolada? – Na verdade tem sim, mas muito chato que sou, não a dei de início. Essa modalidade de contratar funciona da seguinte forma: Se as partes não podem se comunicar de forma instantânea, o contrato é realizado por ausentes. Em e-mails, cartas, telegramas, fax, entre outros meios de comunicação, uma parte não tem contato imediato com a outra. Exemplifiquemos:
João recebe em sua casa, em Salvador, uma carta de uma empresa de São Paulo, oferecendo uma oportunidade de negócio. João analisa a carta, e resolve aderir à proposta. Para isso, ele escreve uma outra carta e envia a resposta para a empresa.
Percebe que há um lapso temporal na comunicação? Há um tempo de espera para se obter a resposta da outra parte. Sempre que isso acontecer, teremos um contrato realizado por ausentes
CONTRATO DE COMPRA E VENDA 
A compra e venda é a modalidade de contrato na qual uma parte se obriga a transferir a outra a propriedade de uma coisa corpórea ou incorpórea, mediante o pagamento de um preço. (Artigo 874 do Código Civil).
Quanto à sua classificação, a compra e venda se classifica como um contrato consensual ou solene, bilateral, comutativo ou aleatório, oneroso, translativo do domínio e de execução instantânea ou diferida no tempo.
É permitido que as partes convencionem a transmissão da coisa a um evento futuro incerto. A transmissão fica sujeita a condição suspensiva ou dependente do pagamento do preço. Esta convenção se dá pela cláusula de reserva de propriedade.
A transmissão da propriedade é realizada pela tradição (se forem bens móveis – artigo 1.227 do Código Civil) ou pelo registro (Se tratar de bens imóveis – artigo 1.245 do Código Civil).
Esta espécie contratual apresenta alguns elementos constitutivos. Tais como o acordo de vontades sobre a coisa (esta, deverá ter existência, ser individualizada e ser disponível) e o preço (que deverá apresentar pecuniariedade).
A compra e venda será válida somente se houver a presença dos requisitos objetivos (o objeto da compra e venda deverá ser lícito, possível física ou juridicamente, determinado ou determinável e economicamente apreciável), subjetivos (existência de duas ou mais pessoas: o vendedor e o comprador e capacidade genérica dos mesmos para os atos da vida civil e capacidade negocial) e formais (regra geral apresenta forma livre, exceto naquelas situações referidas pelo artigo 108 do Código Civil).
(AD MENSURAM E AD CORPUS)
Imagine comprar um imóvel sem especificar sua área ou metragem no Contrato ou então, tente visualizar a aquisição de um imóvel com base em mera referência, mas sem precisar especificamente as dimensões. Seria loucura comprar um imóvel nessas condições? Pois saiba que isso existe e não se trata de prática imobiliária pouco comum no Brasil, motivo pelo qual todo cuidado é pouco no momento da aquisição de um imóvel.
Inicialmente, devemos apresentar o conceito do que é uma venda ad corpus e uma venda ad mensuram.
Venda de imóvel ad corpus significa “por inteiro” ou “na forma em que se apresenta”. Trata-se de denominação empregada em transações imobiliárias para representar a venda na qual o preço é estabelecido sobre a propriedade como um todo, na forma como é apresentada para o comprador, não havendo referência alguma à metragem do imóvel.
Esse tipo de venda e compra de imóvel existe, normalmente, em transações imobiliárias rurais e não permite posterior reparação material ao adquirente (vide art. 500, § 3º do Código Civil), ressalvada a hipótese de se tratar de relação de consumo, conforme abordaremos mais à frente.
Aqui, o tamanho do imóvel não é o que importa, não podendo existir divergência sobre o assunto caso entre as partes contratantes na hipótese de a propriedade vendida conter área de tamanho maior ou menor do que o informado em contrato.
Navenda ad corpus o mais importante é a propriedade em si (objeto) e características que a envolvem, como a localização e outras comodidades.
Já a venda ad mensuram revela a transação imobiliária na qual a determinação do preço é estabelecida com base na exata área do imóvel. Trata-se da venda e compra mais comum no mercado imobiliário, estando presente em imóveis urbanos, especialmente na comercialização de casas, apartamentos e imóveis comerciais, sejam eles usados ou na planta.
Em uma venda ad mensuram na hipótese de existir diferença superior ao limite tolerado pelo Código Civil (art. 500, § 1º), que é de até 5% do previsto em Contrato, o comprador passa a ter o direito a reclamar na justiça do vendedor a complementação da área (o que normalmente é impossível de acontecer) ou o abatimento proporcional do preço pago (ação quanti minoris ou ação estimatória) ou até mesmo pedir judicialmente a rescisãodo negócio por culpa do vendedor.
Nas palavras de José Cretella Junior (in 1.000 perguntas e respostas de direito civil. 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense. 2002. P. 57 (questões 454 / 456) a modalidade de venda ad mensuram é aquela em que toda a área do imóvel é determinada, estabelecendo-se o preço pela área (alqueire, hectare, metro quadrado) e a venda ad corpus é aquela em que o imóvel é comercializado pelas confrontações e divisas, constituindo-se em corpo certo e determinado, porém, sem especificar exatamente sua área e extensão.
Embora na venda e compra de imóveis urbanos os contratos, sejam eles particulares ou através de instrumento público, apresentem exatamente as dimensões do imóvel objeto da comercialização, o comprador deve ficar muito atento, pois, às vezes, o contrato pode fazer apenas referência à metragem, sem, contudo, especificá-la de forma mais detalhada e nesse tipo de situação, uma venda que inicialmente tem os contornos de ser ad mensuram, acaba se tornando uma venda ad corpus em nítido prejuízo financeiro do adquirente.
Ao adquirir um imóvel (rural ou urbano) na modalidade de venda ad corpus é comum encontrar cláusula nos seguintes termos, aproximadamente: “a área do imóvel tem caráter secundário ou como sendo meramente enunciativa ou ainda, não idêntica à área constante do cartório de registro de imóveis.”
Também se observa numa venda ad corpus cláusula no sentido de informar ao adquirente que a medida ou metragem do imóvel é de “mais ou menos” ou ainda, quando o contrato especifica quem são os proprietários de imóveis confinantes ao vendido. Nesses exemplos, tem-se uma clara venda por metragem aproximada e, portanto, uma venda ad corpus sem gerar direito à reclamação futura pelo comprador.
INSTINÇÃO DOS CONTRATOS
Ao falar em extinção do contrato, esta se referindo ao momento que o contrato chega ao fim, ou seja, aos fatores, ao que faz com que o contrato esteja terminado.
Existem algumas maneiras diferentes do contrato civil chegar ao fim, são elas: extinção normal do contrato; extinção por fatos anteriores a celebração do contrato; extinção por fatos posteriores a celebração do contrato; extinção por morte.
O contrato mesmo chegando ao fim, não abandona seus princípios basilares, como por exemplo, o da boa-fé, que continua vivente no contrato mesmo ele chegando ao fim. Art. 422 do Código Civil, caso este princípio seja desrespeitado, mesmo o contrato estando já extinto, surgirá à coação do art. 187, CC, ou seja, quem viola ou abusa do direito, deve responder neste caso, por responsabilidade civil pós-contratual ou post pactum finitum.
EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO
O contrato é extinto de maneira normal, quando foram cumpridas as obrigações expressas nele ou quando foi estipulado um prazo para o contrato chega ao fim. Entretanto, no caso de haver prazos, ele só estará extinto, desde que, estejam cumpridas suas obrigações.
EXTINÇÃO POR FATORES ANTERIORES À CELEBRAÇÃO DO CONTRATO (contemporânea)
Esta forma de ocorrer à extinção ou de levar o contrato ao seu fim. Representa alguns problemas na formação do contrato que esta relacionada com o seu plano de validade ou com a autonomia privada das partes no contrato.
Existem três problemas específicos que fazem com que o contrato chegue a este fim. São eles: invalidade do contrato; cláusula de arrependimento expressa; cláusula resolutiva expressa.
Ao se referir à invalidade do negocio jurídico, trata-se do caso ao qual há um desvio no contrato, desvio que leva a nulidade, ou seja, invalidade absoluta do negocio jurídico, em que ele esta totalmente fora da lei, e também, por meio de uma nulidade relativa ou anulabilidade, em que apenas uma parte do negocio jurídico – o contrato desvia-se da lei. Estas hipóteses de nulidade ou anulabilidade estão nos arts. 166,167,171 do CC.
Já, nos casos de clausula de arrependimento expressa no contrato, ocorre que, por força desta no contrato, as partes de maneira unilateral, ou seja, por meio da vontade de apenas uma das partes, o contrato pode ser extinto, por que há uma incerteza de firmação do negocio jurídico.
Outro problema, que faz com que o contrato chegue ao fim, é por meio da clausula resolutiva expressa no contrato, pois esta representa uma condição, ou seja, um evento futuro e incerto, que pode chegar ou fazer com que o contrato chegue ao seu fim, devido a sua origem constar tal previsão. É obrigatório, haver uma previsão expressa no contrato, por que esta clausula ocorre tanto de maneira expressa como também de maneira tácita, mas a diferença reside no fato de que, estando esta clausula expressa no contrato, ela pode ser acatada ou executada simplesmente por uma das partes, ou seja, é operada de pleno direito, enquanto o modo de ocorrer tacitamente envolve uma decisão judicial, que põem fim ao então contrato. Artigo 474, CC. Em outras palavras, uma depende de manifestação judicial e outra não, a tácita depende, enquanto a expressa não.
EXTINÇÃO DO CONTRATO POR FATOS POSTERIORES À CELEBRAÇÃO DO CONTRATO (superveniente)
O contrato definitivo chega ao fim ou pode chegar ao fim, antes de sua conclusão normal, por fatos que ocorreram durante o período contratual, ou seja, nesses casos, é colocado em jogo à validade do contrato.
Estamos falando da chamada de rescisão contratual. E, sua ação judicial, é chamada ação de rescisão contratual.
A rescisão contratual dá possibilidade ao surgimento de dois fatos que a podem gerar. Ou seja, são subdivisões da rescisão contratual: a resolução contratual (o contrato chega ao fim, por descumprimento das obrigações nele estipuladas); resilição contratual (quando as duas ou uma das partes, quer que o contrato chegue ao fim, e encontra fundamentação em lei, expressamente ou implicitamente, por revelar um direito potestativo.).
Enfim, é provocada a extinção do contrato, por motivo de uma das partes esta em desvantagem ou em desequilíbrio, há um prejuízo para uma delas (as partes). Por isto, ocorre a rescisão contratual.
RESOLUÇÃO CONTRATUAL
A extinção do contrato é provocada em decorrência do descumprimento ou inadimplemento das obrigações estipuladas no contrato. Ela pode ocorrer de 4 (quatro) maneiras diferentes, são elas: inexecução voluntário; inexecução involuntária; onerosidade excessiva; clausula resolutiva tácita.
Inexecução voluntária
Neste caso, a resolução contratual ocorre por fato de uma das partes, o devedor, tornar a obrigação impossível de ser cumprida por fato seu, ou seja, o devedor age com culpa ou dolo no inadimplemento da obrigação.
Dando liberdade para a outra parte, o credor, pedir a resolução do contrato ou optar pela continuação do contrato. Na segunda opção, o devedor continuará no polo da obrigação, em outras palavras, o contrato continua, por que o credor quer que ele seja cumprido, e o devedor, deverá cumprir as obrigações estipuladas no contrato.
Tanto na primeira opção, quanto na segunda, o devedor deverá pagar indenização por perdas e danos, que são decorrentes de seu inadimplemento voluntário.
Inexecução involuntária
Ocorre por meio da impossibilidade das obrigações contratuais seremcumpridas por que surgiu um acontecimento imprevisível (caso fortuito) ou um fato inevitável (caso de força maior).
Ao surgirem estes acontecimentos, o contrato fica em situação de resolução por inexecução involuntária, por que, não é possível às partes cumprirem com o contrato depois de ocorrido eventos que alteraram a origem, ou tornaram o contrato impossível de ser cumprido.
Quando ocorre este tipo de resolução contratual, não é possível uma das partes em proveito ou de má-fé, exigir da outra indenização por perdas e danos. O deve acontecer é que o dinheiro é devolvido e eles voltam ao inicio do contrato. E, caso queiram, em respeito à autonomia privada, podem dar inicio a outro contrato.
Onerosidade excessiva
Na continuação de um contrato ou no decorrer do contrato, é possível ocorrer eventos que são imprevisíveis e extraordinários, que afetam direta ou indiretamente as obrigações no contrato, tornando-as onerosas.
Em outras palavras, o cumprimento das obrigações seguia normalmente, com suas condições, encargos, e etc. Até que ocorreu um fato, que fez com que as obrigações contratuais se tornassem impossíveis de serem cumpridas, por colocarem um dos polos em extrema desvantagem ou desequilíbrio.
Nestes casos, tem que ocorrer a resolução contratual por onerosidade excessiva. Entretanto, existem outro caminho ou possibilidade de a parte que se encontra em desequilíbrio pode procurar, estamos falando da revisão contratual, ou seja, a parte leva ao juiz para que ele extingue o contrato em decorrência dos fatos que o tornaram extremamente onerosos. Enquanto, a parte, ainda tem a possibilidade de pedir ao juiz, que ele revise o contrato, porque, o juiz não pode realizar a revisão contratual de oficio, é necessário que a parte peça isso a ele. Pedindo, o juiz pode rever o contrato, e estabelecer novas condições que colocam as partes envolvidas no contrato em pé de igualdade.
Clausula resolutiva tácita
O contrato chega ao fim através da presença de uma das condições estipulada no contrato, em outras palavras, um evento futuro e incerto gera o inadimplemento contratual, em decorrência de lei.
Sendo assim, é essencial a manifestação judicial, que nada mais é do que a interpelação judicial pondo fim ao contrato. Pois, no contrato não esta presente a clausula resolutiva expressa. É necessária a provocação da justiça, mostrando o fato.
RESILIÇÃO CONTRATUAL
Quando as partes contratuais querem extinguir o contrato ao qual firmaram e dar inicio a um novo contrato, estando eles permitidos por meio de lei, por que tem-se a presença de um direito potestivo. Ela pode ocorrer de 2 (duas) maneiras: resilição bilateral; resilição unilateral.
Resilição bilateral
A resilição bilateral ou distrato é a manifestação de ambas as partes envolvidas no contrato, querendo por fim a ele, de comum acordo, voluntariamente, entretanto, querem dar inicio a um novo contrato, ou seja, pretende-se por fim ao que estão envolvidos e iniciar um novo contrato. Isto é permitido, contudo, é necessário apenas seguir as formalidades do contrato anterior, sob pena de nulidade do negocio jurídico por não obedecer a formalidade essencial para a sua validade.
Resilição unilateral
A lei explicita ou implicitamente quando dá a uma das partes o direito potestativo. Este pode por declaração sua, ou seja, uma única vontade, extinguir a relação contratual.
EXTINÇÃO POR MORTE DE UM DOS CONTRATANTE
O contrato pode chegar ao fim, antes de sua conclusão normal, através da morte de uma das partes, que tinha obrigações intuitu personae ou personalíssimas para serem cumpridas, denominado de cessão contratual. A extinção é concretizada de pleno direito.
EVICÇÃO
Ocorre evicção quando há a perda total ou parcial da coisa em face de outrem, possuidor de direito anterior, em virtude de uma sentença judicial.
A título de exemplo, suponha que um indivíduo aliene uma coisa para outro indivíduo. Agora imagine que apareça um terceiro que afirme ser o proprietário da coisa alienada, requerendo seus direitos e a posse da coisa. Se, após a propositura da ação, o terceiro provar que realmente era o dono e obtiver sentença favorável, o indivíduo que comprou a coisa sofrerá a evicção perderá a coisa em face deste terceiro.
A evicção pode ser total ou parcial. A evicção total se dá pela perda total da coisa; a evicção parcial se dá pela perda de parte da coisa.
O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 447, responsabiliza o alienante a garantir a legitimidade do direito que ele irá transferir. Desta forma, o alienante deverá ser responsabilizado pelos prejuízos causados ao indivíduo que lhe comprou a coisa, ou seja, ele responderá pela evicção.
A evicção se baseia no princípio da garantia. De acordo com este princípio, alienante se obriga não só a entregar ao adquirente a coisa alienada, mas também a garantir-lhe o uso e o gozo.
A evicção pressupõe requisitos como vícios no direito do alienante; perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada; que se trate de contrato oneroso (em regra, não há evicção em contratos gratuitos, salvo doação onerosa); o vício ou defeito deve ser anterior ao contrato; boa-fé do adquirente (desconhecimento da litigiosidade da coisa); perda da posse ou do domínio em função de sentença judicial; e por fim a denunciação da lide.
Quanto à obrigatoriedade da denunciação da lide para exercer o direito de regresso, ocorre uma relativização do artigo 70, inciso I do Código de Processo civil, o qual afirma a obrigatoriedade da denunciação. Existem divergências doutrinárias, umas contra outras a favor da obrigatoriedade de denunciação. Existem jurisprudências de acordo com as duas correntes.
VÍCIO REDIBITÓRIO
É o defeito oculto da coisa recebida que a torna inapropriada ao fim a que se destina ou que lhe diminui o valor. O adquirente poderá rejeitar a coisa ou requerer o abatimento do preço, devendo o alienante restituir-lhe o objeto adquirido com perdas e danos, caso tenha ciência do vício, ou somente o valor recebido, se não tiver conhecimento do defeito. Os prazos para requerer a redibição ou abatimento do preço são de 30 (trinta) dias, se a coisa for móvel, ou um ano, se imóvel.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
É importante destacar que, se não for um contrato comutativo (prestações certas e determinadas, além de onerosas), não há como o indivíduo que recebeu a coisa, não tendo pago nada, reclamar do vício. Um exemplo disso é um contrato de doação pura, pois o donatário não possui nenhuma onerosidade no contrato, não sendo permitido que o mesmo reclame dos vícios redibitórios constantes na coisa recebida.
A ignorância dos vícios pelo alienante, não o exime da responsabilidade, salvo se a mesma foi expressamente excluída de comum acordo entre as partes. Ao analisar o art. 443 do CC, tem-se que, se o alienante conhecido o vício, deverá restituir o que recebeu com perdas e danos, entretanto, se o vício era desconhecido, deverá apenas restituir o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
A responsabilidade do alienante continua a existir, mesmo que a coisa pereça em poder do alienatário, porém é necessária a comprovação de que, no momento da tradição, já houvesse o vício oculto.
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
O prazo para obter a redibição ou abatimento no preço da coisa, é de 30 (trinta) dias se for móvel, e de 1 (um)ano se for imóvel, contado da entrega efetiva. Quando o vício só puder ser conhecido mais tarde, o prazo terá início a partir do momento em que se tiver ciência do vício, sendo nesse caso o prazo máximo de 180 (cento e oitenta dias) para bens móveis e de 1 (um) ano para os imóveis.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Ao perceber o vício redibitório, o adquirente pode ter duas condutas:
1) Propor uma ação redibitória, pleiteando a devolução do valor pago, rescindindo o contrato; ou
2) Aceitar a coisa e pedir o abatimento do preço pago.
O prazo para essas duas condutas, seguem o art. 445 acima citado.
Um exemplo, para deixar claro o que seria o vídeo redibitório, seria a compra de um eletrodoméstico em uma loja, o qual já vem com um defeito oculto, prejudicando seu funcionamento. Desse modo, existem várias condutas a serem tomadas, como dito acima, cabendo ao adquirente escolher qual a melhor no caso concreto.
Na hipótese do art. 444, em caso de perecimento do objeto, é obrigatório ao adquirente propor a ação redibitória, uma vez que, não há como pedir abatimento do preço de um objeto que pereceu e não terá a mínima serventia.
Ao analisar o art. 446 do CC, vê-se que há a possibilidade de dilatar o prazo para o abatimento do preço ou a proposição da ação redibitória. Um exemplo prático dessa conduta é, quando o prazo de garantia de automóveis é estendido para dois anos. Entretanto, mesmo com tal possibilidade, deve o adquirente denunciar o defeito ao alienante nos 30 (trinta) dias seguintes ao seu descobrimento.
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
Por fim, vale destacar que, em coisas vendidas conjuntamente, não cabem as condutas de abatimento de preço ou ação redibitória em todos os objetos, apenas naquele que apresenta o vício.
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.

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