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Universidade Federal do Maranhão – CCSST Engenharia de Alimentos – 2017.1 Física Experimental II – Turma 01 24 de maio de 2017 Cristian da Silva Neres Física Experimental II – Turma 1 Orientadora: Ellen Karolyne Prof. Dr. Pedro de Freitas Facanha Filho EXPERIMENTO: CAPACIDADE TÉRMICA DO CALORÍMETRO Imperatriz – MA 2017 Universidade Federal do Maranhão – CCSST Cristian da Silva Neres Capacidade Térmica do Calorímetro e determinação do calor específico do alumínio Sétima aula prática de Física Experimental II – Turma 1 Relatório da sétima aula prática de Física Experimental II, com o tema capacidade térmica do Calorímetro e determinação do calor específico do alumínio, aula ministrada pela aluna do mestrado Ellen Karolyne sobre orientação do Prof. Dr. Pedro de Freitas Facanha Filho. Imperatriz – MA 2017 1. Introdução Os termos “temperatura” e “calor” costumam a ser usados como sinônimos na linguagem cotidiana. Na física, contudo, esses dois termos têm significados bastante diferentes (YOUNG, FREEDMAN, 2008). A definição, na física, de calor é uma forma de energia, sendo a energia térmica do movimento entre partículas atômicas e temperatura é uma das sete grandezas, onde a mesma caracteriza o estado térmico, atual, de um corpo ou sistema. Já em relação ao calor específico e capacidade térmica as suas definições físicas respectivamente são: a quantidade de calor necessária para variar de um grau a temperatura de uma unidade de massa de uma substância, relação que um corpo apresenta entre a quantidade de calo trocada (cedida ou recebida) e a correspondente variação de temperatura (HALLIDAY, RESNICK, 2009). A troca de calor entre corpos ou sistemas depende de suas características específicas. Em particular sua massa e sua composição química. Em virtude dessa afirmação se faz necessário definir duas grandezas: a capacidade térmica e o calor específico. Como propriedades de um corpo e de um composto químico, respectivamente, essas grandezas indicam como estes recebem ou perdem calor. Dessa forma a troca de calor entre corpos ou sistemas depende de suas próprias propriedades, tratando de sua massa e composição química. Sua unidade de medida Assim a capacidade térmica de um corpo indica a quantidade de calor necessária para variar sua temperatura em 1ºC (HALLIDAY, RESNICK, 2009). A capacidade térmica é definida como: C = Q ΔT Onde: Q é a quantidade de calor recebido ou cedido por um corpo, ΔT é a variação da temperatura. O valor de C geralmente não é constante, variando de acordo com a faixa de temperaturas que está sendo submetido o corpo. No sistema internacional de medidas a unidade da capacidade térmica é Joule por Kelvin (J/K) (HALLIDAY, RESNICK, 2009). Quanto ao calor específico que é a quantidade de calor necessária para elevar em 1ºC a temperatura de uma unidade de massa desse material. Sabe-se que a capacidade térmica dos corpos que são constituídos de um único material, é proporcional à massa do corpo, onde, a constante de proporcionalidade c é uma característica do material, isto é para cada material temos um valor de c. Onde é denominado o calor específico do material (HALLIDAY, RESNICK, 2009). O calor específico é definido como: c = Q m ∗ ΔT Onde: Q é a quantidade de calor recebido ou cedido por um corpo, ΔT é a variação da temperatura e m é a massa do corpo ou sistema. No sistema internacional de medidas a unidade do calor específico é Joule por Kelvin vezes kg (J/K*kg) (HALLIDAY, RESNICK, 2009). Neste relatório será determinado experimentalmente o calor específico do alumínio. 2. Objetivo: Determinar o calor específico do alumínio e a capacidade térmica do calorímetro. 3. Material e Métodos 3.1 Materiais Utilizados: Proveta de 150 mL, calorímetro de capacidade 230 mL, termômetro – 10 °C a 110 °C, béquer de 250 mL, fogareiro elétrico, corpo de prova(alumínio), tela de amianto 10x10cm, tripé para o fogareiro elétrico, balança analítica. 3.2 Procedimento Experimental: capacidade térmica do calorímetro 1. Foi medido, na proveta, 50 mL de água retirada diretamente da torneira; 2. Transferiu-se os 50 mL de água para o calorímetro, logo em seguida agitou-se o mesmo tendo o objetivo de que a água atinja o equilíbrio térmico, por fim, com o termômetro, foi medida a temperatura que estava de 26,5 °C; 3. Mediu-se na proveta 80 mL de água retirada diretamente da torneira; 4. Foi transferido os 80 mL de água para um béquer de 100 mL. O béquer foi posto sobre um fogareiro elétrico com o intuito de aquecer a água até 60 °C, porém a temperatura real foi 61 °C. Posteriormente, essa água foi transferida rapidamente para o calorímetro e em seguida foi medida a temperatura do calorímetro com o termômetro, observou-se o comportamento da temperatura, por fim, o calorímetro foi agitado visando uma maior facilidade para que a água entre em equilíbrio térmico. Após cinco minutos, tempo de estabilização da temperatura da água, a temperatura medida que é a mesma temperatura de equilíbrio térmico, estava em 51 °C. Calor específico do Alumínio A. Foi pesado na balança analítica a massa do corpo de prova, com uma massa de 29,9805 g; B. Na proveta, mediu-se 150 mL de água retirada diretamente da torneira, logo em seguida transferiu-se essa quantidade de água para um béquer de 250 mL para pô-lo sobre um fogareiro elétrico até que a água entre em ebulição; C. Novamente foi medido, na proveta, 100 mL de água retirada diretamente da torneira; D. A água medida no item C foi transferida para um calorímetro e imediatamente agitada suavemente durante trinta segundos; E. Com o termômetro, foi medida a temperatura do calorímetro (calorímetro com água), a temperatura foi de 28°C; F. Colocou-se o corpo de prova na água em ebulição; G. Aguardou-se alguns minutos e mediu-se a temperatura do corpo. Temperatura de 94°C; H. Foi transferido o corpo de prova para o calorímetro rapidamente e em seguida agitou-se o mesmo. I. Durante o processo foi observada a temperatura indicada no termômetro, aguardou-se a temperatura estabilizar. J. A temperatura de equilíbrio térmico foi de 32 °C. 4. Resultado e Discussão: Capacidade térmica do calorímetro A partir do experimento, têm-se os seguintes cálculos: M1(g) M2(g) T1(°C) T2(°C) TE(°C) C(cal/g*°C) 50 80 26,5 61 51 - 17,35 Tabela 1: Valores obtidos no experimento Lembrando que como a densidade da é 1g/cm3 é permitido a relação matemática 1 mL = 1g, logo: 50 mL = 50 g 80 mL = 80 g Equações: Onde: Q: Quantidade de calor m: massa c: capacidade térmica Θ: temperatura I. Qrecebida(água fria) + Qrecebida(calorímetro) + Qcedida(água quente) = 0 II. Q = m * c*( T2 – T1) III. C = m * c Relacionando a equação I e equação II têm-se: m1 * cágua*( TE - T1) + c*( TE - T1) + m2 * cágua*( T2 – TE) = 0 onde: m1: massa de água fria m2: massa de água quente TE: temperatura do equilíbrio térmico T1: temperatura inicial da água fria e do calorímetro T2: temperatura inicial da água quente m1 * cágua*( TE - T1) + C*( TE - T1) + m2 * cágua*( T2 – TE) = 0 C = [ m2 ∗ cágua∗( T2 – TE)− m1 ∗ cágua∗( TE − T1)]( TE − T1) C = [80g ∗ (61°C – 51°C)+ 50𝑔∗ (51°C – 26,5°C)] (51°C – 26,5°C) C = 800g°C−1225g°C 24,5°C C = −425g°C 24,5°C C = - 17,35 cal/g°C Como o calorímetro estava completamente vedado o processo foi adiabático uma vez que não a troca de calor do sistema com a vizinhança. Calor específico do Alumínio Equações: Onde: Q: Quantidade de calor m: massa c: capacidade térmica Θ: temperatura IV. Qrecebida(água fria) + Qrecebida(calorímetro) + Qcedida(água quente) = 0 V. Q = m * c*( T2 – T1) VI. C = m * c Relacionando a equação I e equação II têm-se: Qrecebida(água) + Qrecebida(calorímetro) + Qcedida(corpo de prova) = 0 m2 * cágua*( TE – T2) + C*( TE - T2) + m1 * cx*( T2 – TE) = 0 100g * 1 cal/g°C *( 32°C – 28°C) + (- 17,35 cal/g°C) *( 32 °C – 28°C) + 29,9805 g * cx*( 94 °C – 32 °C) = 0 400 cal – 69,4 cal/g + 1858,79 g°C * cx = 0 cx = - 0,17 cal/g°C cx = 0,17 cal/g°C Material Calor específico tabelado (cal/g°C) Calor específico calculado (cal/g°C) Alumínio 0,22 0,17 Tabela 2 calor específico tabelado e calculado do alumínio Um termo comum as duas experiências foi bastante citado, o equilíbrio térmico. Do princípio da Lei Zero da Termodinâmica, ocorre quando é colocado dois ou mais corpos com temperaturas diferentes em contato de forma que o calor é a energia que será transferida do corpo com a temperatura mais alta para o corpo com a temperatura mais baixa, o contrario também é válido pode ser citado como exemplo quando é adicionado cubos de gelo em uma bebida qualquer observa-se que a bebida passa a ficar bem gelada em termos físico houve a transferência de calor do mais frio para o mais quente. 5. Conclusão: Em virtude do experimento proposto, após a completa realização do experimento, determinou-se o calor específico do alumínio que foi de 0,17 cal/g°C como esse valor já foi determinado e é de 0,22 cal/g°C, logo o desvio padrão do que foi valor obtido prática experimental com o valor que já contem na literatura é de 0,0353. 6. Referências: 1. HALLIDAY, D; RESNICK, R,“Fundamentos de Física”. Vol. 2. 9 ed. Editora LTC, 9ª ed. 190. p. 2009. 2. YOUNG, H. D; FREEDMAN, R. A., “Física II Termodinâmica e Ondas”. 12ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 184 - 185. p. 2008. 7. Apêndice Apêndice 1 – Exercícios Qual a natureza da substância utilizada no experimento ? Metal. Por que o corpo de prova foi aquecido indiretamente ? Por causa das trocar de calores, de acordo com a lei zero da termodinâmica, corpos de diferentes temperaturas em contato, as suas diferente temperaturas tendem a ir para um estado de equilíbrio térmico. Por que é necessário aguardar alguns minutos, após a ebulição da água para utilizar de prova ? Para otimizar o processo de troca de calor entre a água e o corpo de prova. Por que o calorímetro deve ser agitado após a introdução do corpo de prova? Se faz necessário para que os corpos entrem em equilíbrio térmico. Qual o valor obtido para o calor específico ? 0,17 cal/g°C Comparar o valor calculado do calor específico com o valor tabelado. Material Calor específico tabelado (cal/g°C) Calor específico calculado (cal/g°C) Alumínio 0,22 0,17 O calor específico depende da substância ? Sim, o calor específico depende somente da substância, não da quantidade de massa, pois ele é definido com a quantidade de calor necessária para elevar uma unidade de massa de um grau Celsius (ou Kelvin, ou Fahrenheit). O calor específico depende da massa da substância ? Não, o calor específico depende da natureza do material. A capacidade térmica é que depende da massa. Qual a vantagem de se utilizar corpos de prova relativamente grandes ? Na verdade é desvantajosa a utilização de corpos relativamente grandes nos experimentos, pois a proporção não seria adequada pela dificuldade de se trabalhar com os mesmos, entretanto, o valor calculado se assemelhou ao valor tabelado de calor específico.
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