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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DO RECIFE CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO MANUAL PARA A REALIZAÇÃO DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Coordenadora do Curso de Nutrição Gabriela Luciana Santos Bastos Teixeira Coordenadora de Estágios do Curso de Nutrição Camila Chiara Pereira de Oliveira Professor (a) da Disciplina de Estágio Supervisionado Ísis Lucília Borges – Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica Recife, Julho de 2015. Revisão 2017 MANUAL DO ESTÁGIO DE NUTRIÇÃO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA No estágio de Nutrição Clínica deverá compor a atuação em serviço, as atividades de atenção dietética ambulatorial individualizada, as diversas especialidades clínicas. Vivência da rotina de um Nutricionista Clínico, com ênfase na dietoterapia, avaliando os pacientes e estudando cada caso e favorecendo a integração do estudante com os pacientes, com os nutricionistas clínicos e com a equipe multiprofissional. Ao final o estagiário deverá entregar conforme prazo estabelecido em cronograma vigente no estágio atual um relatório final segundo roteiro sugerido nesse manual. Roteiro para o relatório em Nutrição Clínica Introdução (Máximo de ½ página) Através de uma revisão bibliográfica, o aluno deverá descrever, objetivamente, as atividades do nutricionista na área clínica e justificar a importância dessa atuação, finalizando com o objetivo do estágio. Descrição do Local de Estágio (Máximo de ½ página) Descrever o local onde está sendo desenvolvido o estágio supervisionado: Instituição, endereço, nome do supervisor de campo, horário e período do estágio, carga horária total (teórica e prática) etc.. Caracterização do Local de Estágio (Máximo de 1página) Nível de complexidade médica, especialidades médicas, nº de leitos, nº de funcionários (em especial, nº de nutricionistas), nº de pacientes/nutricionista (comparar com as recomendações da assistência)etc.. Atividades de Estágio em Nutrição Clínica (Máximo de 2 páginas) De acordo com as atribuições do nutricionista, descrever de forma crítica as atividades relativas à Assistência Nutricional (revisar na literatura as atividades da Assistência Nutricional) prestada aos pacientes hospitalizados e/ou pacientes do ambulatório. Caso Clínico (Mínimo de 5 páginas por caso clínico) OBS.: Durante toda a Assistência Nutricional prestada ao paciente, é imprescindível uma interpretação crítica. Identificação do paciente Nome em iniciais, sexo, idade, profissão, estado civil, naturalidade e procedência. História clínica Envolve dados sobre o histórico médico do paciente. As principais informações a serem obtidas são: Queixa Principal (QP) (motivo pelo qual o paciente procurou o atendimento); História da Doença Atual (HDA) (época e início da doença, modo de evolução e tratamentos efetuados, sintomas e queixas atuais); História Patológica Pregressa (HPP) (breve relato das patologias anteriores); Histórico Familiar (patologias e causa de morte de pais, irmãos, tios etc.); Histórico social (condições de habitação, tipo de trabalho, tabagismo, alcoolismo etc.) e Diagnóstico(s) Clínico(s). História alimentar e nutricional A avaliação do consumo alimentar, tanto qualitativo quanto quantitativo, também envolve o entendimento da relação da alimentação com a doença e suas manifestações clínicas e com o estado nutricional do paciente. A História alimentar é parte da anamnese nutricional e se refere à avaliação do período anterior à internação atual do paciente, que nos fornece informações importantes e fundamentais para programar a intervenção nutricional. As questões que fazem parte do protocolo para esta avaliação são: 1. Sintomas relacionados à alimentação e sintomas do TGI: Náuseas, vômitos, desconforto GI, plenitude gástrica ou empachamento relacionados ou não ao consumo de alimentos específicos ou à patologia em questão. Restrições alimentares secundárias a sintomas GI. 2. Uso de medicamentos ou suplementação de vitaminas e minerais, e suas respectivas interações droga-nutriente, tempo de uso e quantidade. 3. Hábito intestinal: frequência e características das fezes. Uso de laxantes. 4. Hábito urinário: diurese de 24h, coloração e odor da urina. 5. Ingestão hídrica 6. Histórico da evolução do peso: alterações pregressas e recentes. Verificar ganho ou perda de peso delimitando o tempo em que ocorreram estas mudanças. Causas das modificações no peso. Associação da presença de doenças ou alteração no consumo alimentar com o ganho/perda de peso. 7. Apetite: alterações no apetite associadas às mudanças no peso corporal. Tipo de alteração ocorrida (aumento/redução ou mudança qualitativa). 8. Atividades que envolvam gasto de energia: prática de atividade física (tempo que pratica, tipo, duração e frequência). Atividades profissionais que envolvam gasto de energia (tipo, duração e frequência) 9. Avaliação do consumo alimentar: informações sobre o consumo alimentar habitual prévio à internação. Investigar tipo de alimento consumido, quantidade em medidas caseiras, horário, local e com quem faz as refeições. Frequência de consumo de alimentos. Informações adicionais: quem faz as compras, periodicidade das compras, lista de compras, quem prepara as refeições. Exame físico-nutricional (semiologia nutricional completa) Avaliar e interpretar os sinais sintomas clínicos de deficiências ou excessos nutricionais. Avaliação antropométrica PCT, PCB, PCSE e PCSI; CB, CC, cálculos de IMC, CMB e adequações de CMB e PCT; percentual de gordura pelo somatório de dobras, comparação com os valores de referência; identificação dos problemas. PARÂMETRO Data Data Data Interpretação PESO ATUAL (kg) PESO HABITUAL (kg) PESO IDEAL (kg) ALTURA(m) IMC (kg/m2) CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (cm) CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL(cm) RC/Q CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (cm) CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (cm) PREGA CUTÂNEA TRICIPTAL (mm) PREGA CUTÂNEA BICIPTAL (mm) PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR(mm) PREGA CUTÂNEA SUPRAILÍACA(mm) % DE GORDURA Exames laboratoriais EXAMES BIOQUÍMICOS VALOR DE REFERÊNCIA Data Data Data Interpretação Hemoglobina Hematócrito Leucócitos Uréia Creatinina TGO (AST) TGP (ALT) Glicose Colesterol total Colesterol HDL Colesterol LDL Colesterol VLDL Triglicerídeos Proteína total Albumina PCR Outros OBS.: Interpretar, resumidamente, os dados bioquímicos obtidos do paciente. Diagnóstico clinico- nutricional Realizar diagnóstico nutricional, segundo dados clínicos, antropométricos, bioquímicos e dietéticos observados. Descrever um pouco da fisiopatologia da doença de base correlacionando com os dados encontrados no paciente. Prescrição dietética A prescrição dietética deve ser elaborada com base nas diretrizes estabelecidas no diagnóstico nutricional e patologia, e devem constar informações sobre: I. Via e método de administração(citar referência utilizada). II. Características da dieta III. Recomendações do Valor Energético Total (VET) (citar referência utilizada). IV. Recomendação de macronutrientes, e de micronutrientes específicos(citar referência utilizada). V. Consistência VI. Fracionamento VII. Cardápio qualitativo e quantitativo VIII. Adequação de macronutrientes e micronutrientesespecíficos. Evolução clínico-nutricional Relatar brevemente a evolução nutricional associada à evolução clinica, desde a admissão ao término do rodízio. Orientação de alta hospitalar OBS: caso paciente não tenha alta hospitalar, elaborar orientação "fictícia" baseada na prescrição dietética atual do paciente. CONCLUSÃO Fazer uma avaliação sobre o estágio ANÁLISE AUTO REFLEXIVA a) O que fiz? b) Que dúvidas eu tive? c) O que foi bom no estágio? d) O que precisa ser melhorado no estágio? e) De que forma minha postura/atitudes facilitaram ou dificultaram meu estágio? f) O que deixei de fazer? ANEXO Anexar atividades extras desenvolvidas no estágio: planfletos informativos, casos clínicos desenvolvidos, etc. Reunião Clínica Final Ao final do período do estágio os alunos deverão participar de reunião clínica, onde cada aluno levará o caso clínico desenvolvido durante o estágio para discussão com os demais alunos e professor da disciplina. Dessa forma, serão discutidas formas de avaliação, diagnóstico e conduta nutricional adequada para cada caso, bem como a experiência vivida por cada aluno em seu local de estágio, podendo assim, os demais alunos entenderam a realidade dos cuidados nutricionais em cada hospital ou serviço.
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