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Periodontia II

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2014 
Helinaldo Corrêa da Conceição 
Estudante de Odontologia 
26/08/2014 
Periodontia II Parte A 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 1 
Sumário 
A 
Plano de tratamento, 2 
Fatores Sistêmicos relacionados à Doença Periodontal, 12 
Oclusão e Periodontia, 20 
Interrelação entre Periodontia e Endodontia, 23 
Exercícios concurso, 29 
B 
Princípios da Cirurgia Periodontal 
Cirurgia a Retalho 
Interrelação Periodontia, Dentística e Prótese. 
Cirurgias de aumento de coroa 
Cirurgias plásticas periodontais 
Regeneração Periodontal 
Interrelação Periodontia e Implantodontia 
Tratamento cirúrgico das bifurcações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 2 
PARTE A 
(Aula I) Plano de tratamento 
Plano de tratamento global 
• Periodontia 
• Cirurgia 
• Endodontia 
• Dentistica 
• Prótese 
Objetivos: 
1. Eliminação dos fatores etiológicos (Biofilme, excesso de restauração, má higiene) 
2. Fechamento biológico das bolsas periodontais (doença) 
3. Redução da mobilidade dentária (muita perda de suporte) 
4. Retorno dos aspectos de saúde gengival 
5. Cessar a perda de inserção conjuntiva 
6. Cessar perda óssea 
7. Regeneração periodontal 
8. Oclusão estável não traumatizante 
Terapia inicial 
• Instrução de higiene oral 
• Remoção de dentes comprometidos 
• Fechamento de cavidades 
• Raspagem supragengival do arco superior 
• Raspagem supragengival do arco inferior 
• Motivação do paciente 
• Raspagem e alisamento radicular 
• Controle do biofilme bacteriano 
• Eliminação dos fatores irritantes 
• Remoção de caries 
Mobilidade grau I=> 1 mm vestíbulo lingual (mobilidade horizontal) 
Mobilidade grau II => até 2 mm vestíbulo lingual (mobilidade horizontal) 
Mobilidade grau III => acima de 2 mm vestíbulo lingual e intrusão (mobilidade horizontal e 
vertical) 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE FURCA 
F1=> Perda de até 1/3 horizontal 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 3 
F2=> Perda de até 2/3 horizontal 
F3=> Perda de até 3/3 horizontal 
Observe: A sonda ideal para avaliar lesões de furca é a sonda de Nabers. 
Raspagem e Alisamento Radicular 
Foice 00 = interproximais de dentes anteriores, apenas supra. 
Curetas 5/6 = só para região anterior todas as faces 
Curetas 7/8 = só para vestibular ou lingual de dentes posteriores 
Curetas 11/12 = só para a face mesial de dentes posteriores 
Curetas 13/14 = só para a face distal de dentes posteriores 
Obs. Profundidade de sondagem acima de 5mm o dente será radiografado para analisarmos a 
extensão da lesão óssea. 
No plano de tratamento devemos avaliar: dente girovertido, dente fraturado, dente com desgaste, 
mordida cruzada, assimetria facial. 
• Fator etiológico que esta causando a doença 
• Reavaliar o paciente depois de 15 dias 
• Índice de placa 
• Sondar os sítios que sangravam 
Material que todo aluno deve ter 
• Carbono (o dente possui sobrecarga e mobilidade) 
• Brocas de acabamentos de resina (ultra fina) para remover excesso de restauração. 
Observação: A fase de reavaliação consiste em nova sondagem e novo exame de todos os achados 
pertinentes que previamente indicaram doença. 
Observe: O paciente que tem periodontite de moderada a grave com certeza precisará de 
reabilitação. 
IP= Índice de placa=> Tem a finalidade de avaliar se o paciente possui um bom controle de 
higienização ou não. 
IP = 
�ú����	��		
���	���	
�
�
	�	���
�ú����	��		
���	���
�	(�����	��)
 
Observe: Na sondagem do 1º sextante começamos pela distal dos 18 ou 17. Já nos de 21 a 28 
sempre pela mesial. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 4 
IS = 
�ú����	��		
���	�
���
����	�	���
�ú����	��		
���	���
�	(�����	��)
 
Índice de placa 
• De 15 % a 25 % o paciente é considerado um bom higienizador 
Índice de Sangramento 
• Até 20 % também é considerado um bom higienizador 
Observe: Em casos de drenagem e secreção purulenta a doença está em fase de agudização, 
neste caso, além da raspagem gengival devemos receitar medicação. 
Quando sondar será feito: 
• Índice de sangramento 
• Profundidade de sondagem 
• Recessão gengival (Lindhe, 2011) e Resseção gengival (Carranza, 2007) 
• Excesso de tecido 
Vestíbulo Mesial Vestíbulo Medial Vestíbulo distal 
Línguo Mesial Línguo Medial Línguo distal 
A normalidade na profundidade de sondagem vai até 3mm. 
Importante: Quando medimos e a medida der um número quebrado na sondagem, por 
exemplo, 2,5; 3,5; 4,5 etc. Arredondamos sempre para o maior. Fazemos isto justamente pelo 
tipo de sonda, examinador e tipo de tecido. 
A sondagem em tecido normal causa uma pequena isquemia, em um tecido com inflamação a sonda 
vai muito mais fácil. 
É importante observarmos a margem gengival e a forma da papila (triangular), porque a crista óssea 
tem a forma piramidal. 
Recessão gengival (RC)=> É a margem gengival deslocada para apical, então, medimos da 
junção cemento esmalte até a borda da margem gengival sem ocorrer penetração da sonda. 
Profundidade de sondagem (PS)=> É da margem gengival até onde penetrar a sonda. 
Nível de Inserção Clínica (NIC)=> Em um paciente normal que não teve perda óssea o NIC é 
na junção cemento esmalte. (PS=NIC), já quando há perda óssea ou excesso de tecido gengival 
o NIC= PS+RC. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 5 
Pseudobolsa = Sulco Profundo=> Este tipo de bolsa é formada pelo aumento gengival sem 
destruição dos tecidos periodontais de suporte. O sulco está aprofundo por causa do aumento 
em volume da gengiva. (Carranza, 2012) 
A média do sulco gengival é de 0,5 mm a 1 mm. 
A Junção cemento esmalte dos incisivos centrais e dos caninos não é no centro do dente, ela é mais 
distalizada. Nos laterais é no centro do dente. 
Gengivite=> Caracterizada pela presença de 25% ou mais de sítios com sangramento à sondagem e 
nenhum sítio com perda de inserção clinica (NIC) > 2 mm. 
EVOLUÇÃO E DURAÇÃO 
A gengivite pode ter inicio súbito e curta duração, podendo ser dolorosa. Pode ter, também, uma 
apresentação mais branda. 
A gengivite recorrente reaparece após ser eliminada pelo tratamento ou desaparecer 
espontaneamente. 
A gengivite crônica tem início lento e longa duração. É indolor, a menos que complicada por 
exacerbações agudas ou subagudas, e é o tipo observado com maior frequência. A gengivite crônica 
é uma doença flutuante, na qual a inflamação persiste ou se resolve e áreas normais se tornam 
inflamadas. 
DESCRIÇÃO 
A gengivite localizada é confinada à gengiva de um único dente ou grupo de dentes, enquanto a 
gengivite generalizada envolve toda a boca. 
A gengivite marginal envolve a margem gengival e pode incluir uma porção da gengiva inserida 
contígua. A gengivite papilar atinge as papilas interdentárias e frequentemente se estendem para a 
porção adjacente da margem gengival. As papilas são envolvidas com mais constâncias do que a 
margem gengival e, em geral, são os primeiros locais acometidos. Já a gengivite difusa afeta a 
margem gengival, a gengiva inserida e as papilas interdentárias. A doença gengival em casos 
individuais é descrita pela combinação desses termos, da seguinte maneira: 
1) A gengivite marginal localizada é confinada a uma ou mais áreas da gengiva marginal. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 6 
2) A gengivite difusa localizada se estende a partir da margem da prega mucobucal, em uma área 
limitada. 
3) A gengivite papilar localizada é confinada a um ou mais espaços interdentárias, em uma área 
limitada. 
Periodontite=> Sangramento a sondagem, indivíduos com baixas médias de porcentagem de 
sangramento a sondagem (< 10 % das superfícies) podem ser considerados pacientes de baixo risco 
para a recorrência de doença periodontal, enquanto paciente com média de porcentagem de 
sangramento a sondagem (> 25%) devem ser de altorisco. 
PERIODONTITE CRÔNICA 
É a forma mais prevalente de periodontite, ela é considerada, geralmente, uma doença de 
progressão lenta. Embora a periodontite crônica seja observada com maior frequência em 
adultos, ela pode ocorrer em crianças e adolescentes em resposta ao acumulo crônico de 
biofilme dental. (Carranza, 2012) 
Considera-se que a periodontite crônica inicia-se como uma gengivite induzida por biofilme 
dental, uma condição reversível que, sem tratamento, pode progredir para periodontite 
crônica. As lesões da periodontite crônica incluem: perda de inserção e perda óssea, e são 
consideradas como irreversíveis. (Lindhe, 2010) 
Periodontite Localizada: A periodontite é considerada localizada quando menos de 30% dos locais 
avaliados na boca apresentam perda de inserção e perda óssea. (Carranza, 2012) 
Periodontite Generalizada: A periodontite é considerada generalizada quando mais de 30% dos 
locais avaliados na boca apresentam perda de inserção e perda óssea. (Carranza, 2012) 
OBSERVE: Neste caso devemos avaliar a perda óssea nos dentes. 
Severidade da Doença 
A severidade de destruição do periodonto, que acontece como resultado da periodontite crônica, 
geralmente é considerada um papel do tempo. Com o aumento da idade, as perdas ósseas e de 
inserção tornam-se mais prevalentes e mais severas devido a um acúmulo de destruição. (Carranza, 
2007) A severidade da doença pode ser descrita como leve, moderada e severa. Estes termos podem 
ser usados para descrever a severidade da doença de toda a boca, uma parte da boca, como um 
quadrante ou sextante, ou o estado da doença de apenas um dente. (Carranza, 2007) 
Nível de Inserção Clínica (NIC) 
Periodontite Leve: 1 a 2 mm de perda do NIC 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 7 
Periodontite Moderada: 3 a 4 mm de perda do NIC 
Periodontite Grave: acima de ou igual a 5 mm de perda do NIC (Lindhe, 2011) 
Observe: Cada dente tem 6 sítios para serem avaliado, devemos observar no dente perda óssea e 
não apenas o NIC em si. 
Tratamento 
Motivação do paciente 
Raspagem + enxaguante bucal 
Observação: Digluconato de clorexidina 0,12% 15 ml durante 1 minuto 2 vezes ao dia (12/12 
horas); 30 minutos após a escovação dos dentes. 
Periodontite Agressiva 
Compreende um grupo de formas de periodontite de progressão rápida, raras e 
frequentemente graves, muitas vezes caracterizadas pela idade precoce da manifestação 
clínica e uma tendência distinta dos casos a se desenvolver em uma mesma família. (Lindhe, 
2010) 
No simpósio de classificação de 1999, a periodontite agressiva foi caracterizada pelos seguintes 
aspectos mais comuns (Lang et al, 1999) 
• História médica não significativa 
• Rápida perda de inserção e destruição óssea 
• Agregação familiar dos casos. 
Periodontite agressiva Localizada: quanto atinge o primeiro molar e incisivo e mais dois dentes 
permanentes que não estes 
Periodontite agressiva Generalizada: quando atinge o primeiro molar e incisivos e mais de dois 
dentes 
Tratamento 
Raspagem periodontal + Amoxilina 500 mg e Metronidazol 400 mg 3 vezes ao dia durante 7 
dias. 
Retração do tecido marginal => O deslocamento da margem gengival apical à junção cemento 
esmalte, com exposição da superfície radicular, é uma característica comum em população com 
altos padrões de higiene oral, bem como em populações de higiene oral precária. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 8 
Índices Periodontais 
• Índice de Placa (Avalia a condição de higiene dos pacientes) 
• Índice de gengivite 
• Índice de doença periodontal 
Parâmetros Periodontais 
• Inflamação Gengival 
• Profundidade de sondagem 
• Nível clínico de inserção 
• Nível da crista óssea alveolar 
Para que haja sucesso no tratamento periodontal, tenho que preencher a anamnese, para poder dar o 
correto diagnóstico desse paciente e assim realizar o plano de tratamento. Portanto, é preciso coletar 
os dados, e a partir disso vou analisar a situação clínica do paciente, situação do periodonto, 
situação sistêmica do paciente. Vou analisar tudo, sintetizar e fazer o plano de tratamento. 
Nesse plano de tratamento, eu vou ter que conversar com o paciente, detalhar esse plano para o 
paciente e fazê-lo entender o plano. Vou explicar para ele todas as indicações, vantagens e 
desvantagens, prognóstico do dente para que o paciente venha a consentir ou não com o tratamento 
e assim dar início a ele. 
Eu tenho que diagnosticar esse paciente, tenho que explicar a situação periodontal para ele, o que 
aconteceu, porque ele está nessa situação. O paciente também vai dar uma resposta no sentido de 
informar se já teve alguma doença periodontal, se já realizou algum tratamento, bem como qual o 
tipo de tratamento que ele está fazendo. 
O tratamento odontológico não pode ser visto de uma forma individual, mas como uma questão 
integrada. Não se pode sugerir algo para o paciente e ter uma boa resposta biológica, se nos vemos 
diante de um fator iatrogênico, como por exemplo, uma restauração que está invadindo o espaço 
biológico, com subcontorno que vai sempre causar um problema no periodonto. Por mais que o 
paciente seja um bom higienizador, que possua um periodonto espesso, ele vai ter uma reação de 
inflamação nessa área. 
Diagnóstico - tenho que saber qual é o fator que está levando esse acúmulo de biofilme, se está 
gerando uma inflamação e também se já evoluiu para uma bolsa periodontal; se esta questão esta 
associada a outro fator local, como trauma, uma sobrecarga naquele dente, uma direção de força 
errada que está ajudando as sequelas ao periodonto junto com a inflamação. Tenho que saber o 
porquê desse acumulo de biofilme, se há uma deficiência de mineralização desse paciente, ou se ele 
possui algum fator retentivo para esse biofilme e eliminá-lo. Tenho que associar a condição local 
com a sistêmica. 
Classificar o paciente, analisar se ele é suscetível para alguma doença, pois dentro da odontologia 
nós teremos pacientes que são susceptíveis à cárie, a doença periodontal, e aquele que tem 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 9 
tendência aos dois. Haverá casos de paciente que não faz uma correta higienização, vai ter uma 
dieta extremamente calórica, que não vão ter nem cárie, nem doença periodontal. Portanto, é preciso 
identificar o perfil do paciente. 
Tenho que ver a questão da virulência da bactéria. Todos nós temos bactérias periodonto-
patogênicas e nós vamos desenvolver ou não a doença dependendo de algumas situações: 
� Meio (higienização); 
� Emocional (estresse, depressão); 
Tenho que observar se há desgaste no dente, se há hipersensibilidade (qual é a causa dela, se ele já 
perdeu o suporte periodontal e está tendo exposição de raiz), se ele tem mobilidade (se ela está ou 
não relacionada à doença periodontal), se tem sensibilidade à percussão (se está com processo 
agudo ou não causado por uma bolsa periodontal ou se está relacionada a problemas pulpares), 
como estão os contatos prematuros (vai ter alterações no periodonto, é uma forma de perda óssea, 
pois haverá uma sobrecarga naquele dente), se o desalinhamento dentário é causado por doença 
periodontal ou se é genético, ele tem um arco curto para dentes grandes e a oclusão, se a doença 
periodontal realizou alterações patológicas que causou a modificação da oclusão do paciente. 
O diagnóstico precoce, de preferência, é fundamental para o sucesso do tratamento do paciente. Por 
que devemos raspar os dentes do paciente? Para desorganizar o biofilme, se não vai perpetuar a 
doença. Temos que identificar a condição sistêmica do paciente, a condição periodontal e o que 
seria ideal era só fazer medidas preventivas para isso, o que não é a realidade. 
Conjunto de fatores que precisa ser visto: 
� Extensão da doença; 
� Tipo da doença; 
� O que causa a doença; 
� Se há alguma fator ambiental que está alterando essa doença;� Quais são os hábitos desses pacientes; 
� Oclusão (dentes remanescentes, situação destes) 
� Idade (parâmetro, resposta biológica ao tratamento) 
Colaboração do paciente. 
Tenho que ver mobilidade, altura do osso remanescente, pois paciente que tem periodonto reduzido 
entra no prognóstico considerado duvidoso, então, temos que passar isso para o paciente e exigir 
dele a manutenção. Se você esta de frente a uma situação se tem dentes adjacentes ou não (se eu 
tenho um dente com doença periodontal que está do lado de uma área edêntula, esse dente vai 
receber uma carga a mais, o que já é um fator agravante). Dentes com envolvimento de furca 
significa que o periodonto está comprometido e também entram na classificação de prognóstico 
duvidoso; a relação com a bolsa periodontal, se eu vou conseguir inativa-la ou controla-la, mudando 
o perfil de manutenção do paciente, pois quando ele mantém bolsa periodontal, mesmo reduzida, 
ele é um paciente que fica em controle. Quando elimino bolsa através de técnica cirúrgica, eu curo o 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 10 
paciente, porém essa cura é temporária, pois a doença periodontal é recidivante. Logo, se o paciente 
não muda hábitos, ou se ele tem um componente sistêmico que pode alterar a extensão ou evolução 
da doença, eu tenho que controlar se não recidiva. 
Finalidade do tratamento- eliminação de uma infecção, dar condições para o periodonto 
responder e para o paciente poder executar bem o controle do biofilme. Cálculo é fator 
retentivo da doença, é preciso elimina-lo. Ele é a calcificação do Biofilme dentário e sempre onde 
há cálculo, vai ocorrer a retenção de alimentos, favorecer a agregação bacteriana e sempre vai haver 
uma placa na superfície do dente em atividade. 
Tenho que resolver ou diminuir a gengivite, e também eu tenho que saber se essa gengivite é só 
causada pelo biofilme ou se o paciente possui uma alteração hormonal, se toma medicação, se está 
estressado. 
Redução de profundidade de bolsa: tenho que ver se vai ser só com o tratamento não cirúrgico ou se 
já tenho que passar para o tratamento cirúrgico, a questão de eliminar furca através de cirurgia ou 
extração dentaria. Se esse paciente tem dor, tenho que ver o quadro de agudização da doença, logo 
eu tenho que intervir para esse paciente ficar com ausência de dor. 
Dentro do tratamento periodontal, no qual tenho uma doença que é sequelante, o meu paciente e a 
gente quer no sucesso do tratamento duas coisas- função e estética. 
Plano de tratamento – segue uma sequência lógica de procedimentos, eu avaliarei sistemicamente, 
e se ele tem algum problema, pois tenho que encaminhá-lo para o médico. Chega um paciente 
diabético no consultório, devo logo perguntá-lo se realiza tratamento, se ele o faz de uma maneira 
rotineira e a partir disso eu irei também saber se ele está falando a verdade ou mentindo. 
Depois que eu fizer essa fase inicial que é o tratamento não cirúrgico periodontal, vou observar a 
necessidade, vou retificar a necessidade ou não do paciente para a outra fase, que é a fase corretiva, 
que geralmente eu tenho a associação do tratamento periodontal cirúrgica com as outras 
especialidades da odontologia. Depois vem a fase mais difícil de manter o paciente, que é o 
tratamento de suporte periodontal ou a terapia de manutenção, a qual você vai pegar cada um dos 
seus pacientes, de acordo com o perfil do paciente, de acordo com as condições dele e vai elaborar o 
plano de terapia de suporte daquele paciente. 
Portanto, eu irei avaliar essa condição sistêmica, vou identificar fatores de risco que estão levando 
essa situação e tomar as devidas providências para eu poder executar o plano de tratamento nesse 
paciente. 
Relacionado a cálculo, tenho o objetivo de eliminar e prevenir ao mesmo tempo, então eu irei 
motivá-lo, vou identificar as condições de escovação dele, vou informá-lo porque que ele tem que 
escovar os dentes. Depois disso você vai identificar se ele tem cálculos e vai raspar esse paciente, 
sub ou supragengivalmente, condicionar o meio para que haja recuperação do periodonto e que o 
paciente possa ter controle desse biofilme, pois a partir do momento em que você interveio para que 
ele não tenha mais acumulo de biofilme e formação de cálculo, ele tem que higienizar bem. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 11 
Se além do cálculo estiverem presentes fatores irritantes, eles terão que ser removidos, por isso, foi 
pedido para termos sempre um kit de acabamento de resina na aula de periodontia, pois quando nós 
identificamos esses fatores irritantes que estão ligados a uma restauração que estão com supra ou 
subcontorno, nós damos um jeito na hora, não como na dentística, apenas para dar uma condição 
para o periodonto responder nós podermos raspar algumas vezes também. Também iremos 
descontaminar, remover a cárie, colocar uma restauração provisória, um curativo para poder 
condicionar esse meio. 
Quando se fala de condicionar o meio, significa eliminar infecção, eliminar agentes infecciosos, 
então têm bactérias no periodonto, e nas bactérias da carie, logo, para iniciar o tratamento desse 
paciente em relação às outras disciplinas também. Então temos a sequência lógica, que é o plano 
global, temos que ver as necessidades do paciente e eliminando por etapas os focos de infecção, por 
isso, a perio é básica. 
Pequenos movimentos ortodônticos também se fazem, pois às vezes é necessário fazer uma 
contenção nesse paciente, para ter condições de raspar e após o condicionamento em que eu dei 
condições do periodonto responder, vou viabilizar se aquele dente vai ficar ou não. 
Se o dente está com mobilidade, tenho que ter um carbono para ver se há algum contato prematuro, 
que às vezes, pode vir a causar dor. As exodontias nos dentes que já estão condenados já são 
realizadas. Depois disso, irei reavaliar o paciente, que aqui na clínica da graduação nós fazemos 
quinzenalmente, para poder liberar o paciente para outra disciplina. Em nível de consultório, é feito 
mensal ou quinzenal. 
A fase corretiva é depois que eu fiz toda essa parte básica, aí depois que eu reavaliar o paciente, aí é 
algo que eu já tinha mais ou menos em mente quando eu fiz o plano de tratamento, eu vou só me 
certificar. Então, aqueles dentes que estão precisando fazer movimentação ortodôntica, tem 
mobilidade, você só vai poder ter condição de ver se esses dentes vão ter condição de permanecer 
depois que você remover os cálculos. Ai sim vai ter momentos em que aquele dente que no primeiro 
momento você não extraiu, ele vai estar agora na extração como um dos tratamentos, porque você 
viu que ele não se recuperou, não vai ter a capacidade de exercer função. Em seguida, você vai ver 
os dentes que precisam ir para a ortodontia, precisa ser restaurado através da dentística, um 
tratamento reabilitador, o que vai precisar de endodontia, o que vai precisar de implante. 
Depois você vai para a fase que é a mais complicada que tem é a de manutenção do paciente, que 
possui a finalidade de garantir tudo àquilo que você fez, porque no tratamento é necessário ter o 
controle do paciente, ter a manutenção. Então, você vai reavaliar esse paciente, ver se tem áreas em 
que houve uma reinfecção, uma reincidência da doença. Se você deixou o paciente com bolsas 
residuais, essas áreas são aquelas que você já sabe que vai ter uma reinfecção, provavelmente. 
Então, aquele paciente com bolsas residuais tem que ser extremamente disciplinado e consciente da 
parte dele, se não você terá problemas. 
Através das radiografias você irá fazer uma comparação, pegar as radiografias iniciais, a radiografia 
que você fez logo após o tratamento e quando ele voltou para ver se ele teve ganho de osso, se ele 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 12 
manteve estável aquele sítio já tratado ou se aquele sítio recidivou, porque você vai ter que mudar 
aquele plano de tratamento.Se o paciente chegou e não tem mais nada, você vai fazer índice de placa, ver aqueles sítios que 
eram mais, dentro do periograma dele, tinha mais perda de inserção, vai resondar, vai ver se ele tem 
necessidade de raspagem. Se tiver necessidade de intervenção cirúrgica, você vai checar de novo 
todo o paciente, reavaliar índice placa, de sangramento, profundidade de sondagem, nível de 
inserção, que isso é garantia de sucesso periodontal ou não, vai checar a oclusão, pois esta não é 
estática, o jeito que nós mordemos hoje não será o mesmo daqui a um ano, vai ter provavelmente 
algumas alterações. Tenho que ver também questão de parafunção do paciente, quando ele veio, ele 
não apertava, e hoje ele aperta. Você vai checar os dados da anamnese desse paciente, ou melhor, 
avaliar aqueles dentes que já tinham o periodonto reduzido, para ver se eles permanecem numa boa 
relação de estabilidade, ou se tem mobilidade, áreas de lesão de furca tem que ser reavaliadas 
constantemente. Ou seja, aquelas áreas mais críticas a gente também faz uma reavaliação 
radiográfica. Se for um paciente de uma periodontite moderada ou grave, a gente solicita outra vez 
uma periapical boca inteira, pois talvez aquele sítio que não tinha nada, pode estar começando um 
processo de doença e a partir disso vou programar a manutenção que é individualizada para cada 
paciente, sob aspectos sistêmicos, comportamentais e locais. 
No ponto de vista da professora, sucesso de tratamento é quando depois que se faz tudo naquele 
paciente e eles são remarcados para a manutenção, ele vai, ou seja, o paciente que é colaborador e 
entendeu o tratamento. 
A doença periodontal é uma doença sítio-específica, então meu prognóstico também precisa ser por 
áreas, e eu vou anotar isso no periograma. Então, eu tenho que passar tudo para o paciente, se eu 
tenho um sítio que tinha boa inserção, que não tinha bolsa ou estava com uma bolsa rasa a qual eu 
eliminei, aquela que tinha só uma gengivite, é um dente que vai ter um prognóstico bom. Aquele 
sítio que tinha uma periodontite, que já foi operado, que ficaram com bolsas reduzidas, mas 
residuais, dentes que tem lesão de furca, são dentes que tem o prognostico duvidoso, eu tenho que 
observar depois na manutenção. Vale a pena tratar um dente desse? Hoje em dia, prognostico 
duvidoso, dentro de uma resposta biológica que a gente já sabe, geralmente é exodontia. Você tem 
que observar o papel daquele dente em relação ao sistema estomatognático, se aquele dente é 
hígido, se tem só uma restauração, então, de repente aquele dente que tem um prognostico duvidoso 
pode ser mantido e ficar só sob manutenção. Aquele dente de prognostico duvidoso, que vai 
precisar de uma reabilitação, eu tenho que pensar se vale a pena manter, pois eu vou estar pondo em 
risco toda uma reabilitação do paciente. Então, o prognóstico de um dente é todo de acordo com a 
condição dele num sítio em relação aos dentes adjacentes e o papel daquele dente na boca. 
Então, fase corretiva, você vai avaliar seu paciente de novo e onde houver permanência de bolsas, 
você vai sugerir cirurgias, para eliminá-las ou reduzi-las, essas são as finalidades das cirurgias 
periodontais além da estética. Pacientes com periodontite, as cirurgias são com finalidade de 
eliminação ou redução de bolsa periodontal, ou seja, eliminar a doença ou deixar em condições de o 
paciente controlar sob a nossa supervisão, e aí você cria a TPS (terapia periodontal de suporte) 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 13 
independente para cada paciente, de acordo com a necessidade. Então, preciso sempre ter uma 
tríade e passá-la para o paciente: diagnóstico + plano de tratamento + prognóstico. 
(Aula II) Fatores Sistêmicos relacionados à Doença Periodontal 
Muitas desordens sistêmicas são implicadas como indicadores ou fatores de risco para condições 
periodontais adversas. Pesquisas básicas e clínicas nas últimas décadas revelaram um melhor 
entendimento da complexidade e patogênese das doenças periodontais. Existe claramente uma 
causa bacteriana essencial, e há bactérias especificas (patógenos periodontais) associada com a 
doença periodontal destrutiva. (Carranza, 2007). 
Doença periodontal: 
� Multifatorial 
� Biofilme (determinante) 
� Fatores de risco 
� Resposta do hospedeiro 
 
Figura 1- Mostrando a inflamação (gengivite) e perda da crista óssea (periodontite) 
(Lindhe, 2011) 
Fator Determinante 
• Biofilme Dental 
• Papel específico da Microbiota 
Fatores Predisponentes ou co-fator 
• Trauma Oclusal 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 14 
• Iatrogenia (o que mais causa doença periodontal pela restauração mal adaptadas, sem ponto 
de contato). 
• Fatores Genéticos (às vezes existe paciente que a mãe já tem certa informação e observa 
isso nos filhos e encaminha logo para fazer um tratamento com o especialista para evitar que 
o paciente desenvolva a doença). 
Fatores Moduladores / Modificadores ou sistêmicos 
• Diabetes Mellitus e Tabagismo (são fatores de risco sistêmicos comprovado 
cientificamente) 
• Alterações Hormonais 
• Estresse Emocional (pode alterar a secreção de produtos de defesa do hospedeiro. Um 
exemplo seria a diminuição da produção de imunoglobulina-A (IgA). Este é o anticorpo 
predominante na saliva e pode ser considerado o agente antibacteriano mais importante em 
um quadro de saúde (McCleland et al.1985). A sua diminuição provoca destruição tecidual 
ativada por produtos bacterianos, provavelmente, mediada por meio de citocinas liberadas 
por células do sistema imune ativadas, entre outras, levando a um desequilíbrio na relação 
parasita–hospedeiro. 
• Pacientes Soropositivos (precisa de vários trabalhos científicos para comprovar) 
Nem todo fator sistêmico é um fator de risco 
Transição de gengivite para periodontite: saber identificar a diferença entre os dois, para saber 
entender o que é um paciente saudável, paciente com gengivite ou um paciente com periodontite, 
que a periodontite envolve perda de osso, mas principalmente perda de inserção. A base do epitélio 
juncional é inserida em um paciente saudável na JCE, só que às vezes pode ocorrer uma refração. 
Então, o que ocorre na doença periodontal- pela presença do biofilme que é o fator determinante? 
Ocorre uma migração do epitélio juncional e formação de bolsa periodontal, aí se inicia o processo 
que, na gengivite só esta localizado no periodonto de proteção, ele migra porque ocorre a liberação 
de várias enzimas pelo processo inflamatório e ocorre destruição óssea e destruição do ligamento 
periodontal. O macrófago migra para o sulco gengival e ele é extremamente importante para a 
defesa local, porque constantemente nosso organismo esta sendo atacado por bactérias, todos devem 
ter Porphyromonas gengivalis, mas o quê que difere é o fator sistêmico, as pessoas diabéticas vão 
ter uma alteração quantitativa e qualitativa dessas células os macrófagos. 
Modelo de patogênese da doença periodontal (os fatores que influenciam a doença periodontal) 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 15 
 
Figura 2 – DP (doença periodontal) 
Desafio microbiano, desafio sistêmico e ambiental (desafio ambiental esta relacionado ao fumo 
porque ele muda o ambiente, a microbiota bucal), desafio genético. Todos esses fatores vão 
influenciar na resposta inflamatória, os Leucócitos Polimorfonucleares PMN (neutrófilos) têm 
função reduzida e defeitos na quimiotaxia, na quantidade e na qualidade, os anticorpos, as citocinas, 
ou seja, são substâncias que durante a resposta inflamatória o organismo libera só que dependendo 
da quantidade dessas substâncias elas irão ser prejudiciais ao organismo. A resposta inflamatória 
exacerbada pode desenvolver a doença periodontal porque ela vai destruir tecido conjuntivo que é o 
ligamento periodontal e osso alveolar. 
Diabetes Mellitus (DM): 
Patologia complexa, incapacidade metabólicada glicose. 
Tipo 1 – É uma doença causada por destruição autoimune, mediada por células, das células ᵝ do 
pâncreas produtoras de insulina. O diabetes tipo 1 acomete 5 a 10% dos casos de diabetes e mais 
frequentemente ocorre em crianças e adolescentes. Este tipo de diabetes resulta da falta da produção 
de insulina e é muito instável e difícil de controlar. (Carranza, 2012). 
Tipo 2 – É causado por resistência periférica à ação da insulina, prejudicando a secreção de insulina 
e aumentando a produção de glicose no fígado. As células ᵝ produtoras de insulina no pâncreas não 
são destruídas por uma reação autoimune mediada por células. O diabetes tipo 2 é a forma mais 
comum do diabetes, acometendo 90 a 95% de todos os casos. Esta forma da doença mais 
frequentemente tem inicio em idade adulta. Esta normalmente ocorre em indivíduos obesos e pode 
frequentemente ser controlada por dieta e/ou agentes hipoglicemiantes bucais. (Carranza, 2012). 
Sintomas clínicos: poliúria, polifagia, hiperglicemia, polidipsia. 
Complicações: retinopatia, nefropatia, doenças vasculares, neuropatia, deficiência em cicatrização 
de feridas e doença periodontal. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 16 
Sintomas e sinais clínicos bucais: diminuição do fluxo salivar, queimação na boca ou língua, 
candidíase, hálito cetônico. 
Sintomas e sinais periodontais: evidencias conclusivas da associação entre doença periodontal e 
diabetes, perda de inserção mais acentuada. O diabetes tipo 1 tem mais susceptibilidade a ter doença 
periodontal porque tem a diabetes desde a infância, por isso, está mais exposto a doença por muito 
mais tempo. 
Controle do diabetes e progressão da doença periodontal: 
Existe uma relação bidirecional da diabetes com a doença periodontal. 
 
Figura 3 (Lindhe, 2005) 
Abcessos periodontais múltiplos 
Controle metabólico deficiente da diabetes o diabético não utiliza glicose, vai utilizar como 
primeira fonte de energia os ácidos graxos, então, com isso ele vai ter um resíduo metabólico no 
organismo. Lembrando-se da histologia da gengiva: o epitélio basal, estratificado e córneo, embaixo 
tem a membrana basal e o tecido conjuntivo, a membrana basal do diabetes é mais espessa do 
que um paciente normal, mesmo ele sendo controlado, por causa desse controle metabólico 
deficiente. Há um acumulo de ácidos graxos na membrana basal então isso faz com que a 
vascularização do diabético, ou seja, os vasos são mais calibrosos, o fluxo sanguíneo demora de 
uma maneira mais lenta e isso faz com que os nutrientes não cheguem, por isso, o diabético corre o 
risco de amputar o pé, tem abcessos múltiplos periodontais por causa do espessamento da 
membrana basal. Então, o controle metabólico deficiente vai levar a complicações para o diabético 
e também a progressão da doença periodontal. Só que se o paciente tem a doença periodontal e ele 
não trata essa infecção vai aumentar, irá ser um fator contemplador do controle metabólico, ou seja, 
já existem estudos que comprovam que a nossa raspagem tem uma ação hipoglicemiante, ele 
diminui a bacteremia. O paciente que tem doença periodontal tem bactérias circulando pelo sangue, 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 17 
já é comprovado que as bactérias que estão dentro da bolsa, há o risco dessa bactéria de cair na 
corrente sanguínea e aí elas fazem a bacteremia, elas ficam circulando. Então quando você remove 
o agente etiológico você vai diminuir a infecção que vai ajudar a controlar o diabetes é uma reação 
que se chama de bidirecional 
Relação bidirecional: a resistência à insulina desenvolve uma resposta à infecção bacteriana 
crônica. 
 A DP não tratada exacerba o controle metabólico do diabético, ou seja, o paciente pode esta 
fazendo a dieta, pode esta tomando o hipoglicemiante, a insulina, mas se ele tem a DP (lógico que 
não é todo paciente diabético que vai ter obrigatoriamente a DP) moderada a grave, essa DP não 
tratada vai exacerbar o controle do diabetes, ele pode não conseguir baixar a glicemia, fica alta 
porque tem um processo infeccioso silencioso na boca, essas bactérias estão na corrente sanguínea e 
estão exacerbando o controle metabólico.(controle metabólico = controle da glicemia) 
Microbiota (patógenos putativos são aquele que ainda não se tem comprovação total no meio 
cientifico que eles causam DP) 
• Diabetes tipo 1- Capnocytophaga ( 24%) 
• Diabetes tipo 2 – Prevotella intermedius (mais relacionada com a gengivite), 
prorphyromonas gengivalis (relação com a periodontite é comprovado) 
Função neutrofílica diminuída 
Diminuição da síntese de colágeno: colagenase => o colágeno tem a capacidade de renovar e na 
diabetes ocorre a quebra desse equilíbrio 
Citocinas IL-1B e prostaglandinas E2 (PG2) aumentadas no liquido gengival que vão destruir mais 
o tecido gengival. 
Hiperglicemia crônica- produtos finais da glicação avançada (AGE) mais macrófagos e monócitos 
= excessiva liberação de Citocinas. São os produtos finais da glicação aumentada, ou seja, os 
resíduos metabólicos que são liberados na corrente sanguínea, aí ele se junta com os macrófagos (no 
tecido) e monócitos (no sangue), e essa junção desses resíduos no sangue com essas células 
aumentam a liberação de citocinas, por isso, ocorre mais destruição periodontal no diabético. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 18 
 
Figura 4 
Puberdade, gravidez e menopausa: 
A gengiva é um tecido alvo para os hormônios esteroidais (receptores). 
Estrogênio: efeito estimulador sobre o metabolismo do colágeno reduz as peroxidases salivares 
(enzimas que fazem a defesa do organismo). Ocorre, no caso da gravidez, uma diminuição do 
estrogênio e aumento da progesterona. Por isso que a grávida tem uma propensão maior a cárie se 
ela não tiver uma boa higienização por causa da redução das peroxidases 
Progesterona: aumenta a permeabilidade vascular. Muitas vezes a paciente não está grávida, tem 
uma higienização mais ou menos, não usa fio dental, não tem sangramento, quando ela engravida 
aquele biofilme que ela conseguia antes viver harmonicamente o organismo agora passa a ver então 
aquele biofilme como uma coisa mais estranha que o normal, justamente pelo aumento da 
progesterona e diminuição do estrogênio. 
Gravidez: progesterona+ estrogênios alterados 
-Aumento da permeabilidade vascular. 
-Aumento do exsudato. 
-Aumento da síntese de prostaglandinas. 
-Alteração do sistema imune 
-Diminuição de células T e quimiotaxia dos neutrófilos 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 19 
Granuloma gravídico- não é nada grave, é somente ação do hormônio sobre o tecido (o tecido 
estava sofrendo uma agressão aí veio o fator sistêmico e agravou a situação), e ação da higiene. 
Tratamento: raspagem e alisamento radicular já resolvem isso, muitas vezes ocorre à remissão 
desse quadro clinico. Orientar a higiene da paciente, fazer consultas com frequência de raspagem e 
quando ela ganha o bebê esse granuloma vai desaparecer. Se incomodar muito para a paciente ou 
sangrar pode fazer a excisão, mas depende muito da orientação médica. 
 
Figura 5 – granuloma gravídico (Lindhe, 2011) 
Menopausa: possui uma gengivite diferente, a gengiva fica rosa-pálida e descama toda (Gengivite 
descamativa) diminuição do estrogênio. 
Osteoporose - curso da doença periodontal. Às vezes paciente tem osteoporose, mas não tem na 
mandíbula e maxila. 
Estresse emocional: cortisol (hormônios produzidos todos os dias pela suprarrenal) 
As pessoas estão sujeitas a estar com o cortisol acima do normal, isso associado com a higiene oral 
ruim a pessoa pode desenvolver a doença periodontal com mais facilidade, porque o cortisol vai 
afetar a quimiotaxia dos neutrófilos. 
Quimiotaxia dos neutrófilos- afetada pela ação do cortisol 
Tabagismo (fator de risco): 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 20 
Pindborg (1947) revelou que fumantes tem maiscalculo do que não fumantes, e isso foi confirmado 
por vários outros estudos como os de Ainamo (1971) e Sheiham (1971), que também descobriram 
que depósitos de placa foram maiores em fumantes. 
Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) – ocorre principalmente necrose das papilas. Único caso 
de doença periodontal que se encontrou bactéria dentro do tecido periodontal, nos outros os 
patógenos só fazem estragos a distancia. 
Sondagem mais profunda e muitas bolsas profundas 
Maior perda de inserção (migração do epitélio juncional em direção apical), mais retração gengival. 
Maior perda de osso alveolar 
Maior perda dentária 
Menos gengivite e sangramento à sondagem- o tabaco contrai a microcirculação 
Mais dentes com envolvimento de furca 
Fumantes: prevalência maior dos patógenos periodontais, porque ocorre uma diminuição da 
resistência do organismo. 
Porphyromonas gingivalis, Aggregatibacter actinomycetemcomitans. 
Efeito profundo sobre o sistema imune e inflamatório 
PMNs (neutrófilos) – migração no sulco gengival, passagem do tecido conjuntivo e epitélio 
juncional. 
Aspecto da gengiva: rosa muito pálido quase esbranquiçado 
Paciente soro positivo: mais relacionados também a PUN ou GUN. Hoje em dia é muito raro a 
GUN e PUN, então se a gente atender pacientes com esses problemas vamos encaminhar para fazer 
um teste de HIV, porque já existem estudos comprovando a relação dessas doenças com o HIV. 
Resistência imune alterado- supressão das células T. 
Produção de anticorpos alterados 
Infecções oportunistas como candidíase, sarcoma de kaposi. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 21 
Má higiene oral 
Tratamento dos pacientes de modo geral: raspagem supragengival e subgengival 
Controle do biofilme (ensinar paciente a higienizar) 
Excisão do granuloma (se necessário) 
Cirurgias periodontais em casos mais severos porque nem sempre com a raspagem vai ser 
conseguida a eliminação de todos os cálculos. 
Manutenção do paciente: paciente gestante que já iniciou o tratamento da gengivite tem que pedir 
para ela voltar para ser avaliada, pode ser a cada mês. 
Conclusão: fatores sistêmicos ou moduladores podem influenciar diretamente na progressão e 
evolução da doença periodontal. A diminuição dos fatores determinantes (calculo e biofilme) eles 
são indispensáveis para a devolução da saúde bucal. No caso do diabetes há relação bidirecional, 
um influencia o outro. A prevenção, no caso das gestantes, e o seu tratamento é imprescindível para 
evitar exacerbação do quadro clínico periodontal e complicações durante o pré-natal. 
 (Aula III) Oclusão e Periodontia 
Doença Periodontal 
Objetivos 
� Definir trauma de oclusão e suas classificações. 
� Abordar o trauma de oclusão e sua associação com a doença periodontal. 
� Abordar o tratamento periodontal em pacientes apresentando oclusão traumática. 
A doença periodontal tem o fator determinante que é o Biofilme (O termo Biofilme descreve uma 
comunidade microbiana relativamente indefinida associada à superfície do dente ou a qualquer 
outro material duro não descamativo) (Lindhe, 2005), e os fatores predisponentes ou co-fator que 
são: o trauma oclusal, também tem os fatores iatrogênicos e os genéticos. 
O trauma oclusal é um fator predisponente para a doença periodontal e também um cofator, para 
que a doença periodontal aconteça ela precisa de biofilme, de uma microbiota especifica isso faz 
parte da cadeia etiológica. 
Definição – são alterações patológicas ou mudanças adaptativas, que ocorre no periodonto em 
consequência da força oclusal excessiva. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 22 
O trauma oclusal é classificado em lesão primária que compromete o periodonto na altura 
normal. (trauma oclusal primário). Exemplo: Não há perda óssea, de ligamento, ou seja, 
periodonto normal. 
Lesão secundária que compromete o periodonto na altura reduzida (trauma oclusal 
secundário). 
Glickman (1965, 1967) fez um trabalho de biópsia, analisando a oclusão onde foi observado: 
• Zona de irritação (periodonto de proteção) 
• Zona de co – destruição (periodonto de sustentação) 
 
Figura 6 
Os estudos comprovam que quando o paciente sofre doença periodontal e trauma oclusal ao mesmo 
tempo, o trauma oclusal faz com que a perda óssea incida na direção da seta preta, ou seja, o 
paciente terá defeito ósseo angular. O trauma de oclusão não afeta a gengiva. Portanto, o paciente 
não desenvolverá bolsa periodontal. Quem desenvolve bolsa periodontal é Biofilme, mas o paciente 
que já tem bolsa periodontal pode fazer mudar o curso da doença e ter mais mobilidade. Porém 
paciente sem trauma teria um periodonto de altura normal, já o paciente com trauma teria um 
periodonto com altura reduzida. 
O trauma oclusal não causa a doença periodontal, não causa a migração do epitélio juncional, 
porém a periodontite é a migração do epitélio juncional, e inicio de uma perda de ligamento, perda 
de cemento e de tecido ósseo, a doença periodontal sempre vai iniciar no sulco gengival, e sempre 
vai vir originada de uma gengivite, mas às vezes a gengivite é muito rápida não da nem tempo para 
o paciente perceber que esta com alguma coisa, e essa área de co - destruição que é o ligamento de 
sustentação. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 23 
Quando o paciente estiver na presença de biofilme e doença periodontal e trauma de oclusão, a 
lesão óssea se da de forma obliqua ou angular, e também por perda de ligamento periodontal, com 
isso, o paciente apresentava logo mobilidade dental e radiograficamente era demostrada pelo 
espessamento do ligamento periodontal. 
Vocês virão pacientes com bastante osso, paciente com pouca profundidade de sondagem, mas com 
mobilidade esse paciente pode está sofrendo trauma de oclusão, por isso é importante observar na 
radiografia a espessura do ligamento Periodontal que quer dizer que aquele dente está com trauma. 
Então foi observado que o trauma não causa doença periodontal, o que causa a doença periodontal é 
a presença do biofilme. 
Trauma ortodôntico – se você pode fazer movimentação ortodôntica é graças ao periodonto, o 
trauma do tipo ortodôntico tem que ser leve, não pode ser um trauma muito forte porque você pode 
levar ao rompimento do ligamento Periodontal e vir a ter uma necrose do dente, tudo isso tem que 
levar em consideração, 
O trauma oclusal não pode induzir a alterações patológicas no tecido conjuntivo supra alveolar, e 
nem agravar uma lesão gengival associada ao biofilme, não pode levar a migração do epitélio 
juncional e nem a formação de bolsa periodontal. 
Características clínica do trauma oclusal 
 Recessões que estão associadas a duas coisas, trauma oclusal e trauma de escovação, facetas de 
desgaste, a gente também encontra na oclusal. 
Lesão de abfração é quando o trauma oclusal é tão grande que vai fazendo microfraturas e forma 
tipo uma classe v, um degrau. 
Fatores associados ao trauma de oclusão 
• Bruxismo cêntrico (é quando a pessoa só aperta em uma determinada hora do sono) 
• Bruxismo excêntrico (acomete o paciente durante o dia e durante a noite) 
Isso leva a ter recessões, a ter mobilidade dentaria, o trauma pode ser uma coisa temporária, porque 
as vezes o dente esta com uma mobilidade considerável e não é o caso de extração, então tem que 
avaliar profundidade de sondagem, na radiografia o espessamento do lig. Periodontal, 
Características radiográficas 
• Aumento da espessura do ligamento periodontal 
• Defeitos ósseos angulares/oblíquos (bolsa infra-óssea) 
Obs: Radiografia pela técnica do paralelismo e com posicionador. 
Terapia associada – é a fusão das disciplinas que vocês estão tendo, 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 24 
• Terapia inicial – que é a raspagem 
• Diagnostico – você que tipo de doença periodontal, que grau esta essa doença, quantos sítios 
tem essa doençaperiodontal, 
• Terapia cirúrgica quando necessário 
• Terapia de manutenção – que são as visitas que o paciente tem que fazer depois que vc 
termina a etapa toda. Ela pode variar muito de paciente para paciente, 
Trauma oclusal 
• Ajuste oclusal, 
• Placas Miorrelaxantes – nos casos de paciente que apertam os dentes dormindo 
• Tratamento Ortodôntico 
• Reabilitação Oral – às vezes o dente esta com trauma porque perdeu dente e estruiu o outro 
dente, 
As vezes a gente ver muita recessão em pré-molar, porque as vezes a lateralidade da interferência 
em um dente só, a protrusiva também, pacientes com a mordida aberta ele não libera os molares 
durante a mastigação, e só incide a força oclusal só dos molares, podendo ter recessões, furca 
aparecendo podendo levar acumulo de biofilme e aí ter as duas coisas associadas. 
O tratamento ortodôntico tem suas limitações, e depois do tratamento o paciente tem que fazer 
preenchimento de resina nos dentes, uso de plaquinhas. 
E também pode levar a exposição de quase todos os dentes pela escovação traumática. 
O que acontece com o trauma de oclusão que é a força coincidindo de maneira errada, vai acontecer 
microfraturas imperceptível no dente, e também microfraturas na tabua óssea. 
A placa miorrelaxante vai proteger os dentes, o paciente vai continuar rangendo os dentes, ela vai 
proteger de uma certa forma. 
Conclusão 
� O trauma oclusal não pode induzir à destruição periodontal. 
� Resulta em uma reabsorção óssea alveolar com mobilidade transitória ou permanente. 
� A terapia associada é fundamental para o sucesso do tratamento. 
� A mobilidade dentária deve ser sempre avaliada se há uma inter-relação da oclusão e 
periodontia. 
Então você tem que observar a quantidade de osso, porque as vezes tem mobilidade porque perdeu 
muito osso, se vocês encontrarem mobilidade com 50% de osso e um espessamento do ligamento 
periodontal, comprovadamente esse dente esta em trauma. 
 (Aula IV) Inter-relação entre Periodontia e Endodontia 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 25 
 Relações entre doenças periodontais e pulpares 
Dor de origem endodôntica 
Dor espontânea aguda 
Se intensifica quando a inflamação se espalha para o ligamento periodontal para estrutura óssea. 
Dor de origem periodontal 
 Dor crônica 
Suave ou moderada 
Surto agudo (abscesso periodontal) – dor pode ser severa 
Diagnóstico 
1 Dor; 2 inchaço – edema; 3 sondagem periodontal; 4 mobilidade; 5 percussão; 6 testes pulpares, 7 
térmicos e elétricos; 8 radiografia. 
Edema endodôntico 
Geralmente ocorre no fundo de saco e se espalho pelos planos faciais. 
 
Figura 5 (Peterson, 2009) 
Abscesso em fase aguda com ponto de drenagem extra bucal 
Edema periodontal 
A nível gengival 
Raramente se espalha acima da linha mucogengival 
Sem observar inchaço facial 
Sondagem – Cone de Guta Percha 
Ápice do dente – fístula de origem endodôntica 
Metade da raiz, furca ou outra porção do dente. 
Canal lateral – origem periodontal 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 26 
Sondagem – sonda periodontal 
Mobilidade 
Dente isolado=> geralmente endodôntico. 
Mobilidade generalizada – provavelmente periodontal 
Testes 
Percussão Lateral – processos inflamatórios no periodonto lateral – pouco eficiente 
Percussão vertical - Processo inflamatório periodontal apical – É o mais eficiente 
Diferença de abscesso periodontal e periapical (periodontal há mais sensibilidade a horizontal, por 
conta de sua localização) 
Vertical – processos inflamatórios apicais 
Percussão vertical positiva 
Sugestiva de: 
Lesão nos tecidos periapicais 
Fase final da pulpite irreversível 
 
Palpação 
Pouco eficiente 
Exame explorador apenas 
Verificar calos ósseos 
Frio 
Polpa normal ou pulpite reversível – dor aguda e reversível assim que se remove o estímulo 
Polpa necrótica ou com pulpite irreversível – ausência de sintomatologia ou dor demorada 
 Endo-ice 
Calor 
Dentes vitais respondem ao calor 
Dentes necrosados também podem reagir 
Radiografia 
Problemas periodontais e endodônticos podem ser semelhantes entre si 
Testes pulpares e de sondagem periodontais devem ser usados em conjunto com a radiografia. 
Não faz diagnóstico. É um exame complementar, feito depois de algum tipo de teste, deve-se ter 
opinião pré-formada e ele complementa. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 27 
Existem casos que a radiografia apresenta característica de um único tipo de lesão (por exemplo, 
abscesso crônico – lesão enorme no ápice dental, sendo óbvio que o paciente tem uma lesão 
periapical). 
Não evidencia alterações pulpares 
Formação de fístula 
Fístula é a via natural que permite que o exsudato inflamatório escape mostrando a presença do 
problema apical crônico ou periodontite lateral. 
Fistulação do ligamento periodontal 
Fistulação extra óssea. 
Canais colaterais 
 
Classificação 
1 – Lesão endodôntica primária 
É aquela que se manifesta na polpa necrótica com periodontite apical óssea e drenagem por fístula 
Ponto de drenagem intra- bucal – abscesso odontogênico 
Diagnóstico 
Teste de vitalidade pulpar (endo – ice) 
Sondagem do sulco gengival 
Elétrico 
Tratamento 
Terapia convencional ou conservadora do canal radicular 
Múltiplas consultas 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 28 
Reavaliação e instrumentação do canal radicular 
Obturação 
2 – Lesão endodôntica primária com envolvimento periodontal secundário 
 
Figura7 (Caminhos da polpa, 2012) 
Testes 
Vitalidade pulpar negativo 
Sem resposta para testes elétricos, térmicos ou de cavidades. 
Sondagem da fístula 
Tratamento 
Endodontia boa e conservadora 
Terapia periodontal 
Alisamento radicular não deve ser realizado antes do tratamento endodôntico 
3 – Lesão periodontal primária 
Periodontal – outros dentes bordas mais larga na margem gengival. 
Estende-se até o ápice da raiz 
Dor mínima e inexistente 
São feitos sondagens periodontais 
Testes pulpares elétricos e térmicos mais ou menos 
Tratamento 
Terapia periodontal 
4 – Lesão periodontal primária com envolvimento endodôntico secundário 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 29 
 
Figura 8 (Caminhos da polpa, 2012) 
Envolvimento periodontal chegando ao ápice do dente = infecção pulpar = forte dor 
Sondagem positiva, teste de vitalidade às vezes confusa. 
Polpa necrótica sem resposta de testes de vitalidade 
Tratamento 
Terapia conservadora do canal radicular 
Terapia periodontal 
Prognóstico 
Depende da terapia 
Diagnóstico endodôntico é obtido apenas em ambiente fechado e protegido. 
5 – Lesões combinadas verdadeiras 
 
Figura 9 (Caminhos da polpa, 2012) 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 30 
Pulpar � Lesão � Periodontal 
Abscesso 
Os abscessos odontogênicos abrangem um grande grupo de infecções agudas que se originam do 
dente e/ou do periodonto. Tais abscessos estão associados a uma gama de sintomas, incluindo uma 
infecção purulenta localizada no tecido periodontal, que causa dor e tumefação. (Lindhe, 2010) 
Classificação 
Uma classificação proposta por Meng (1999) inclui: 
1. Abscesso gengival=> Em sítios sadios, causado por impactação de corpo estranho. 
2. Abscesso Periodontal (agudo ou crônico)=> Relacionado a bolsa periodontal. 
3. Abscesso Pericoronário=> Em dentes não completamente erupcionados 
Exercícios concurso 
1) O que é espaço biológico? Descreva 
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2) Diferencie sulco gengival clinico e sulco gengival histológico. 
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________________________________________ 
3) Descreva a técnica de retalho de Widman modificado. 
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4) O que ocorre quando há invasão do espaço biológico? 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 31 
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5) A classificação de Miller (1985) para recessão gengival é de acordo com o tipo de defeito. 
Quais dessas classes de classificação tem melhor previsibilidade de recobrimento radicular? 
Justifique. 
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6) A previsibilidade das técnicas de cirurgia plástica estão relacionadas a que fatores? 
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7) Quais as indicações da cirurgia plástica periodontal? 
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8) Enumere quatro indicações da cirurgia de aumento de coroa clínica. 
� Cáries subgengivais 
� Elementos dentários com invasão do espaço periodontal 
� Fraturas 
� Perfurações subgengivais 
� Reabsorção radicular 
� Dentes curtos devido à erupção parcial da coroa anatômica 
� Exigência protética, ortodôntica, estética, endodôntica 
9) Quais os critérios para a escolha de uma membrana para a cirurgia de RTG? 
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Helinaldo Corrêa da Conceição 32 
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10) Quais os procedimentos cirúrgicos para aumento de coroa clínica? 
� Gengivectomia => é uma cirurgia que trabalha em áreas em que já há uma perda óssea e que essa 
perda óssea será supra (supra óssea) e deve haver uma média de bolsas da mesma medida, porque 
não se mexe em estrutura óssea, apenas remove-se a reação de granulação e recompõe-se 
novamente esse tecido; e, removido o tecido de granulação, o tecido irá se reposicionar de uma 
maneira mais apical. 
� Gengivoplastia => É indicada quando há uma estrutura óssea normal, havendo apenas excesso de 
tecido mole. 
11) (Apucarana, 2014) Mulher, 31 anos de idade, ao exame clínico, apresentou extensa cárie e 
bolsa periodontal de 10 mm na distal do dente 25. Respondeu negativamente ao teste de 
vitalidade, porém relata dor nesse dente. No exame radiográfico, verificou-se perda óssea da 
crista ao ápice e do ápice à crista. Com relação ao diagnóstico e ao tratamento desse caso 
clínico, assinale a alternativa correta. 
a) Lesão endodôntica e periodontal combinadas, sendo indicado o tratamento periodontal primeiro 
e, na sequência, o tratamento endodôntico. 
b) Lesão endodôntica e periodontal combinadas, sendo indicado o tratamento endodôntico primeiro; 
observar o resultado dessa terapia e instituir a terapia periodontal depois. 
c) Lesão endodôntica, sendo indicado tratamento endodôntico. 
d) Lesão periodontal, sendo indicado tratamento periodontal. 
e) Lesão periodontal, sendo indicado tratamento periodontal e endodôntico. 
12) (Apucarana, 2014) Quanto ao periodonto de sustentação, assinale a alternativa correta. 
a) O grupo de fibras principais do ligamento periodontal denominado oblíquo previne a extrusão do 
dente e oferece resistência aos movimentos laterais do elemento dental. 
b) O periodonto de sustentação é composto pela gengiva, cemento radicular, ligamento periodontal 
e osso alveolar. 
c) O cemento é um tecido mesenquimal calcificado e vascularizado que forma a camada mais 
externa da raiz anatômica. 
d) O cemento radicular desempenha diferentes funções: insere as fibras do ligamento periodontal na 
raiz e contribui para o processo de reparo após danos à superfície radicular. 
e) O cemento celular é o primeiro a ser formado e recobre o terço cervical, ou aproximadamente 
metade da raiz. As fibras de Sharpey constituem a maior parte desse cemento. 
 
13) (Apucarana, 2014) Paciente, sexo feminino, 40 anos, compareceu ao pronto-socorro 
odontológico com febre, mau hálito e linfadenopatia. Ao exame clínico, observou-se necrose e 
ulceração da porção coronal da papila interdental e da margem gengival, com uma gengiva 
marginal de coloração vermelho-brilhante, dolorosa, que sangrava facilmente. Ao exame 
radiográfico, foram observadas profundas crateras ósseas interproximais. 
Em relação ao diagnóstico desse caso clínico, assinale a alternativa correta. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 33 
a) Gengivite ulcerativa necrosante. 
b) Granulomatose de Wegener. 
c) Línquen plano. 
d) Penfigoide bolhoso. 
e) Peridontite ulcerativa necrosante. 
 
14) (Apucarana, 2014) Paciente, sexo masculino, 65 anos de idade, apresentou no exame 
clínico periodontal margem gengival do dente 33 localizada apicalmente à junção 
amelocementária, com profundidade de sondagem de 4 mm e perda de inserção de 7 mm. 
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a medida da recessão desse caso clínico. 
a) 02 mm 
b) 03 mm 
c) 07 mm 
d) 08 mm 
e) 12 mm 
15) (Apucarana, 2014) Os procedimentos cirúrgicos de aumento de coroa são executados para 
fornecer uma forma de retenção a fim de permitir um preparo dentário apropriado, 
procedimentos de moldagem e posicionamento das margens restauradoras e para ajustar os 
níveis gengivais visando à estética. É importante que a cirurgia de aumento de coroa seja feita 
de maneira que o espaço biológico seja preservado. Sobre esse tema, assinale a alternativa 
correta. 
a) A redução do tecido mole, isoladamente, é indicada se houver quantidade de gengiva inserida 
adequada e com mais de 3 mm de tecido coronal à crista óssea. 
b) Em casos de cárie ou fratura dentária, para assegurar o posicionamento da margem em uma 
estrutura dentária sadia e uma forma de retenção, a cirurgia deve fornecer pelo menos 1 mm de 
extensão apical da cárie ou fratura até a crista óssea. 
c) O aumento cirúrgico de coroa está indicado quando a cárie ou fratura profunda requeira uma 
remoção excessiva de osso. 
d) O espaço biológico é definido como dimensãobiológica do epitélio juncional e das fibras do 
ligamento periodontal. 
e) Uma quantidade de gengiva inserida inadequada e com menos de 3 mm de tecido mole entre o 
osso e a 
margem gengival requer um procedimento a retalho sem um recontorno ósseo. 
16) (Apucarana, 2014) Alguns parâmetros são importantes para o exame de pacientes com 
doenças periodontais. 
Em relação a esses parâmetros, assinale a alternativa correta. 
a) A recessão gengival é a distância da margem gengival até a base da bolsa periodontal. 
b) A profundidade biológica da bolsa é a distância entre a margem gengival e a extremidade apical 
do epitélio juncional. 
c) Quando a margem gengival está localizada apicalmente à junção amelocementária, a perda de 
inserção é maior que a profundidade da bolsa e, por essa razão, a distância entre a junção 
amelocementária e a margem gengival deve ser somada à profundidade da bolsa. 
d) O aumento na mobilidade dentária pode ser classificado, de acordo com Miller (1950), em grau 
1, quando ocorre aumento visível da mobilidade da coroa excedendo 1 mm na direção horizontal. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 34 
e) O tamanho da gengiva inserida frequentemente corresponde ao tamanho da gengiva 
queratinizada. 
17) (Apucarana, 2014) Durante os estágios de cicatrização da bolsa periodontal, a área é 
invadida por células de quatro origens diferentes: epitélio oral, tecido conjuntivo gengival, 
osso e ligamento periodontal. O resultado final da cicatrização da bolsa periodontal depende 
da sequência de eventos durante os estágios de reparo. Sobre a cicatrização da bolsa 
periodontal, considere as afirmativas a seguir. 
I. Se as células ósseas chegarem primeiro, a formação de cemento pode ocorrer. 
II. Se as células do tecido conjuntivo gengival forem as primeiras a povoar a área, o resultado 
será fibras paralelas à superfície do dente e remodelamento do osso alveolar sem inserção ao 
cemento. 
III. Se o epitélio proliferar ao longo da superfície radicular da raiz antes de outros tecidos 
alcançarem a área, o resultado será um epitélio juncional longo. 
IV. Quando somente as células do tecido do ligamento periodontal proliferarem 
coronalmente, há nova formação de cemento e de ligamento periodontal. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
18) (Apucarana, 2014) O aumento do tamanho da gengiva é uma característica comum das 
doenças gengivais. A terminologia atualmente aceita para essa situação clínica é aumento 
gengival ou crescimento gengival. Em relação ao aumento gengival, atribua V (verdadeiro) ou 
F (falso) às afirmativas a seguir. 
( ) A gengivite e o aumento gengival são frequentemente observados em respiradores bucais. 
( ) Na gestação, o aumento gengival pode ocorrer devido a mudanças hormonais que induzem 
maior reposta inflamatória à placa dentária, porém o aumento gengival pode ser prevenido 
pela remoção de cálculo e placa e pela instituição de higiene oral ostensiva. 
( ) O abscesso gengival é um aumento inflamatório agudo causado por bactérias 
transportadas para o interior dos tecidos, quando uma substância estranha é incrustada 
forçosamente na gengiva com 
envolvimento dos tecidos periodontais de suporte. 
( ) O aumento gengival medicamentoso é uma consequência bem conhecida da administração 
de alguns antibióticos. 
( ) O aumento gengival tumoral, denominado tumor gravídico, não é uma neoplasia. É uma 
resposta inflamatória à placa bacteriana, sendo modificado pela condição da paciente. 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
a) V, V, F, F, V. 
b) V, F, V, V, F. 
c) V, F, F, V, F. 
d) F, V, F, F, V. 
e) F, F, V, V, V. 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 35 
19) (Apucarana, 2014) O abscesso periodontal é um acúmulo de pus intimamente localizado 
na parede gengival da bolsa periodontal. Com relação a esse tema, atribua V (verdadeiro) ou 
F (falso) às afirmativas a seguir. 
( ) Em alguns pacientes, a ocorrência do abscesso periodontal pode estar associada a elevação 
da temperatura corporal, mal-estar e linfadenopatia regional. 
( ) O diagnóstico do abscesso periodontal é determinado pela queixa principal do paciente. 
( ) O exame radiográfico revela tecido ósseo interdental normal e sem perda óssea. 
( ) O sintoma mais evidente do abscesso periodontal é a presença de uma elevação ovoide ao 
longo da parte lateral da raiz. 
( ) Os sinais clínicos geralmente incluem dor, fragilidade da gengiva, tumefação e 
sensibilidade à percussão do dente afetado. 
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. 
a) V, V, F, F, F. 
b) V, F, V, V, F. 
c) V, F, F, V, V. 
d) F, V, V, F, V. 
e) F, F, V, V, F. 
 
20) ( Anápolis- 2011) São alguns dos principais sintomas do diabete: 
a) polidipsia e poliúria. 
b) ganho de peso e gastrite. 
c) extremidades azuladas e diminuição doapetite. 
d) aumento do volume labial e da língua. 
e) aumento do fluxo salivar e do tártaro bucal. 
21) ( Anápolis- 2011) O periodonto compreende os seguintes tecidos: 
 
a) gengiva, ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar. 
b) gengiva inserida, ligamento periodontal, mucosa alveolar e osso alveolar. 
c) gengiva livre, ligamento periodontal, mucosa alveolar e cemento radicular. 
d) gengiva, restos epiteliais de malassez, mucosa alveolar e dentina radicular. 
e) papila dentária, folículo dentário e epitélio dentário. 
 
22) ( Anápolis- 2011) O epitélio oral é um tecido do tipo: 
 
a) cuboide e não ceratinizado. 
b) pavimentoso, estratificado e ceratinizado. 
c) pavimentoso, cuboide e ceratinizado. 
d) estriado, pavimentoso e não ceratinizado. 
e) liso e cuboide. 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 36 
23) (Caipimes – 2014) Em relação às lesões endo-perio verdadeiras, o prognóstico mais 
desfavorável ocorre quando: 
 
a) o dente está necrosado. 
b) houver imagem radiográfica de lesão apical. 
c) a lesão destruiu o periodonto de proteção. 
d) houver um canal lateral. 
24) (Caipimes – 2014) O periodonto é formado pelos seguintes componentes: 
 
a) processo alveolar, fibra ligamentar e osso alveolar. 
b) esmalte, dentina e cemento. 
c) ligamento periodontal, osso alveolar, gengiva e periósteo. 
d) ligamento periodontal, dentina, osso alveolar e gengiva. 
25) (Ceará - 2014) Pessoas portadoras do HIV podem apresentar condições bucais definidas 
como preditores da progressão para AIDS. Essas condições são 
(a) a leucoplasia pilosa oral e a candidose bucal. 
(b) o sarcoma de kaposi e o eritema linear. 
(c) o sarcoma de kaposi e a perda óssea horizontal. 
(d) a hipossalivação e a leucoplasia pilosa oral. 
(e) o herpes zoster e a candidose bucal. 
26) (Ceará - 2014) Um abscesso periapical crônico pode ser confundido com uma periodontite 
apical assintomática. São características de um abscesso periapical crônico EXCETO: 
(a) ausência de resposta aos testes de vitalidade pulpar. 
(b) radiolucidez apical. 
(c) sensibilidade à mastigação sempre presente. 
(d) relato de sensibilidade diferente à percussão. 
(e) drenagem intermitente através de uma fístula associada. 
 
 
GABARITO: 1- DC ; 2- DC ; 3- DC ;4- DC ;5- DC ;6- DC ;7- DC ;8- DC ;9- DC ; 10- DC ; 11-B; 
12-D; 13-E; 14-B; 15-A; 16-C; 17-E; 18-A; 19-C; 20- A; 21-A; 22-B; 23- C; 24-C; 25-A, 26 –C. 
 
Obs. DC= Questões Discursivas 
 
 
 
 
 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 37 
PARTE B 
 
(Aula V) Princípios da Cirurgia Periodontal 
O tratamento cirúrgico é uma continuação do que está sendo feito na clinica, tratamento básico 
porque não adianta ter uma boa cirurgia se o paciente não foi orientado, se ele não modificou 
hábitos, se ele nãocolabora. Então, como é que você vai trabalhar em um paciente, preservando o 
periodonto, criando condições para restaurações, uso de prótese, ortodontia ou outra coisa se ele não 
escova? Se ele não mantem o periodonto numa condição saudável? A gente viu que o periodonto é 
fundamental para manter o dente, é ele o responsável por isso! 
Então, quando se vai para a cirurgia, depois que o paciente passa pelo tratamento não cirúrgico, eu 
vou reavaliar esse paciente, quando eu reavalio tenho que ver se paciente não está conseguindo 
higienizar, continua tendo inflamação se tem excesso de tecido ou aquela restauração está 
prejudicando e ele não tá conseguindo eliminar o biofilme, o quê que eu tenho que fazer? Na 
reavaliação eu tenho que ver a deficiência do paciente, a condição que está esse periodonto, para 
quê? Para eu levar uma das indicações da cirurgia para eu criar acesso para melhorar a raspagem, 
para eu restabelecer aquela anatomia normal para o paciente ter condição de controlar esse biofilme, 
e regenerar a inserção periodontal como um todo para que eu possa dar condições de manter uma 
área saudável. 
Então quando eu vou fazer isso? Quando é feito tudo do tratamento básico- que você orientou, fez 
raspagem, que você deu condições para o paciente se restabelecer pra ele ter condição de higienizar, 
aquelas restaurações que estão com sobre contorno vocês vão aliviar aquela restauração pra poder 
fazer a raspagem e pro periodonto se restabelecer e depois é feito a restauração! Como é que eu vou 
fazer um provisório (isso acontece muito) As pessoas quando vão fazer o provisório ela já mudou 
muito, e têm muito que mudar, elas acham que é feito o provisório de qualquer jeito, porque se eu 
fizer o provisório muito bonitinho o paciente não volta, se ele não voltar o problema é dele! Mas o 
provisório tem que ser o reflexo pro paciente e pra você de como vai ficar a restauração de 
porcelana porque você tem que fazer uma boa adaptação pra dar condição de ele higienizar, se não 
isso aqui vai acumular resto de alimento, e o que vai acontecer se você dá uma prótese sem 
condição de higienizar? Vai inflamar o tecido gengival o tempo todo e criar uma inflamação crônica 
e vai ocorrer reabsorção óssea e com carie subgengival. Então tem que deixar condição pro paciente 
higienizar e tem que ser bem adaptado pra não irritar o tecido e o tecido ficar soldado aqui. Além do 
provisório você vai ver o tamanho do dente, se aquele formato do dente tá bom, se aquela cor tá 
boa, paciente também já vai começando ver a parte que interessa a estética, primeiro que você tem 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 38 
que informar! Às vezes o paciente chega e diz: “ahh porque que tá um espaço maior? Porque eu não 
quero ter esse espaço!” Resposta: o espaço precisa ficar pra você ter condição de higienizar! Porque 
uma das queixas principais de pacientes que usam PF é justamente essa: “- ahh, mas depois que 
passei a usar prótese eu comecei a ter mal hálito, a minha gengiva começou a inflamar”. Aí você 
pega aqui ou um passa fio ou escova interdental e você não consegue passar porque não ficou 
espaço pra isso! Gente é logico que vai inflamar, porque vai ter acúmulo de alimento ali! Vai ser 
horrível, vai dar mal hálito? Vai. Vai dar mal hálito, DP e vai dar cárie. 
Então você precisa restabelecer e se não tá legal a escovação e hora de chegar e falar pro paciente, 
porque o responsável da placa sub é dele! Se não qualquer tratamento que você fizer não vai dar 
certo gente! Não é porque a periodontia é chata, é porque acumula placa ali, vai informar aquela 
bactéria, vai dar cárie, DP e aí ele vai chegar pra você e vai dizer que a culpa é sua! Por isso quando 
for pegar na literatura, tudo e qualquer mandamento vão tá lá: PACIENTE NÃO COLABORADOR 
CONTRA-INDICAÇAO PRA QUALQUER COISA! 
Finalidade: contribuir para a preservação do periodonto a longo prazo, facilitando a remoção 
e o controle do biofilme bacteriano. 
Objetivo: 
� Criar acesso para a raspagem e alisamento radicular 
� Estabelecer uma nova morfologia gengival 
� Regeneração da inserção periodontal 
Plano de tratamento: após terapia associada à causa- 
� Informação ao paciente- dieta, orientação de higiene oral 
� Raspagem e alisamento radicular 
� Remoção de fatores de retenção do biofilme 
Objetivos do tratamento não cirúrgico: (é justamente eliminar biofilme, placa sub e 
supragengival, diminuir ou eliminar Bolsa periodontal, ou seja, eliminar bolsa de bactérias, e 
consequentemente remover as partes retentivas pra dar condição pro periodonto se regenerar) 
quantos de vocês já viram na clinica que só de raspar e ainda nem totalizado a raspagem, que de 
uma semana pra outra já tem diferença de tecido? De um paciente de certo colega da classe 
(RENAM) a prof mandou tirar o máximo de supra porque não tinha nem condição de fazer a 
sondagem, então no retorno o tecido estava totalmente diferente! Então se vê que o periodonto tem 
alta capacidade de regenerar-se, é um dos tecidos de nosso corpo que tem essa grande capacidade, 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 39 
talvez seja o que mais tenha mas eu tenho que remover o fator etiológico porque se não remover 
não vai ter jeito. 
� Remover depósitos supra e subgengival 
� Bolsas patológicas (sangramento à sondagem periodontal) 
� Ausência: aberrações da morfologia gengival 
� Partes retentivas do biofilme 
Dificuldade: acesso para o controle do biofilme, debridamento adequado da bolsa 
periodontal. 
Indicações para a cirurgia: então quando eu vou intervir? Então vocês vão ver o perfil do 
paciente aqui. Paciente melhorou a escovação? Não! Vou continuar raspando e se não escovar ela 
não vai ficar legal. E como você deve falar o português- de uma maneira simples e direta: isso que 
você tem aqui é bactéria, isso que você tem aqui é como se fosse um lixinho, é bactéria é resto de 
alimento, esse lixinho que tá aqui não vai ficar só aí, ele vai para o organismo e vai dá problema no 
coração, no pulmão. Eu to mentindo? Não tô, a base da DP não vai ficar só na cavidade bucal. E o 
paciente diz isso: ahh não quero nada disso, ah não vou, não quero tratar!! Então tchau e você reza 
pro paciente não te aparecer mais na tua frente. Porque quanto mais você oferece de tratamento pro 
paciente, e pacientes que precisam de bom controle de biofilme mais dor de cabeça você vai ter! 
Então quando eu indico a cirurgia, houve esse acesso pela própria sequela da DP com a 
profundidade de bolsa, ou tem excesso de tecido gengival, o paciente ficou com sulco profundo e 
não tá tendo uma boa higienização é a hora de eu reposicionar tecido pra criar uma nova morfologia 
dentogengival que ele perdeu aquela original dele (que ele nasceu). Eu tentar devolver aquela 
anatomia pros tecidos se adaptarem e diminuir bolsa, diminuir sulco e ele favorecer o controle do 
biofilme pra ele evitar doença, por quê? Raspou e paciente não melhorou significa que continua a 
doença lá e aí eu tenho que intervir! Paciente ficou com DP, perdeu osso horizontal, tem sulco 
profundo, não tem problema se o paciente manter uma boa higienização ali, agora se ele não 
conseguir manter é hora de você intervir cirurgicamente pra criar uma nova condição 
anatomogengival pra restabelecer isso. Tem bolsa, será que eu vou eliminar essa bolsa manual? 
Melhor. Quanto mais eu eliminar bolsa, dependendo da perda que ele tem, melhor, eu elimino o 
nicho de bactérias. Permanência de bolsa significa grande chance de recidiva da doença se o 
paciente não for um paciente que mude seus hábitos. 
� Acesso para raspagem e alisamento radicular 
� Estabelecimento para uma morfologia adequado para o controle do biofilme 
 
Helinaldo Corrêa da Conceição 40 
� Redução da PS 
� Correções de aberrações gengivais 
� Alterações da margem gengival 
� Facilitar a terapia restauradora 
Escolha da técnica cirúrgica: tipos de

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