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Comunicação dos atos

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COMUNICAÇÃO DOS ATOS
CITAÇÃO, INTIMAÇÃO E NOTIFICAÇÃO
1 - CITAÇÕES: 
 
A matéria esta prevista nos artigos 351 a 369 do CPP.
CONCEITO: 
Em decorrência do princípio da ampla defesa, assegurado pela Constituição Federal, é imprescindível que seja o acusado cientificado da existência do processo e de todo o seu desenvolvimento. 
“Ninguém pode ser processado ou condenado sem que tenha ciência da acusação que se lhe faz, das alegações da parte acusadora, das provas produzidas e das decisões exaradas nos autos.”
Essa ciência é feita através da citação, em que se cientifica o acusado da imputação.
Através das intimações e notificações é que se comunicam os atos passados e futuros, ou seja, realizados e a serem realizados.
 - A citação é o chamado a juízo para que o acusado se defenda na ação.
“É o ato processual com que se dá conhecimento ao réu da acusação contra ele intentada a fim de que possa defender-se e vir integrar a relação processual.” José Frederico Marques
A citação é feita ao denunciado ou querelado sobre o ingresso da ação penal e, portanto, não existe no inquérito policial. Somente o “acusado” pôr ser o único sujeito passivo da pretensão punitiva, pode ser citado. Portanto, o destinatário da citação sempre será o denunciado ou o querelado.	
O principal efeito da citação, segundo a doutrina é a formação da relação jurídica processual – querelante ou representante do Ministério Público, postula através da queixa crime ou denuncia a pretensão de punir, o Juiz, após avaliar as condições da ação e os pressupostos processuais, estando tudo correto, determina a citação do acusado, este, recebendo e após recibar a cópia do mandado citatório que traz, anexado a cópia da queixa ou denúncia, integra ao processo e mesmo com a sua ausência, o juiz nomeia defensor público e o processo seguirá a revelia do acusado, o seu curso natural até a sentença (teoria da relação jurídica de Oskar Von Büllow).
Compõe-se a citação de dois elementos básicos: 
 
cientificação do inteiro teor da acusação (é anexado cópia da denúncia);
chamamento do acusado para vir apresentar a sua defesa. 
A citação que apenas chamar o réu sem inteirar-lhe previamente do conteúdo da denúncia ou queixa, será irremediavelmente nula, pôr ofensa ao princípio constitucional da ampla defesa.
FORMAS DE CITAÇÃO:
I – CITAÇÃO POR MANDADO – REAL (art. 351 do CPP)
É a citação pessoal, realiza-se por determinação do Juiz e é cumprida pelo Oficial de Justiça, colhendo o ciente do acusado ao mesmo tempo que lhe dá ciência do conteúdo da acusação.
QUANDO QUE NÃO É CABÍVEL?
- citação ao procurador (exceção, ao curador do inimputável quando a situação é conhecida – maior portador de deficiência mental);
- citação por meio eletrônico (art. 6º - Lei nº 11.419/06).
	QUANDO O RÉU NÃO SE ENCONTRA NA COMARCA?
	- Fica sujeito a competência de outro magistrado.
	a) Estando em comarca e estado do nosso País, a citação será realizada por meio de Carta Precatória.
	Procedimento: 
O Juiz do Processo (deprecante) depreca, encaminha ao Juiz da Comarca onde atualmente encontra-se o acusado ou querelado (deprecado), para que realize determinadas diligências, como: citação, intimação, podendo ainda, por meio desse expediente, colher a oitiva de testemunhas, declarações da vítima, interrogatório do acusado e até mesmo acareação a distância, busca e apreensão de objeto e coisas e etc.
	b) Fora do País, a citação se fará por meio de Carta Rogatória.
	Procedimento: 
	A carta rogatória deverá ser encaminhada ao Ministério da Justiça, a seguir, ao Ministério das Relações Exteriores e a Sede Diplomática ou ao Estado Estrangeiro.
	O QUE É CARTA DE ORDEM:
	A citação também poderá ser realizada por determinação do Tribunal para o Juiz da Primeira Instância cumprir. Ocorre nos processos da competência originária dos Tribunais. A carta de ordem é realizada em primeira instância, pelo magistrado do local da residência do acusado, que goza da prerrogativa de foro (Ex. prefeitos).
	O Tribunal, através da carta de ordem, manda ao juiz da primeira instância, comarca em que reside o acusado, para a realização da citação e se necessário, diligências e outras providências.
	ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELA REFORMA DO CPP – LEIS NÚMEROS 11.689 e 11.719/08:
	Antes da reforma, a citação pessoal (real), cumpria a função de comunicar o acusado ou querelado de que contra ele existia uma formal acusação promovida pela Justiça Pública ou pelo querelante. Consignava no mandado citatório o local, o dia e A hora em que deveria comparecer com ou sem advogado para prestar o seu interrogatório.
	Com a reforma, a mesma citação, informa ao acusado de que deverá no prazo de (10) dez dias, apresentar a sua defesa escrita (defesa prévia – verdadeira contestação, onde têm a oportunidade de esclarecer os fatos, combater os termos da acusação, argüir preliminares de exceções, nulidades e apresentar o rol de testemunhas) Artigos 396 a 406 do CPP.
	
	Nesse sentido, a citação, quando realizada por carta precatória, antes da reforma, o juízo deprecado, por meio do oficial de justiça, citava o acusado, promovia o interrogatório, dava ciência de que em três dias deveria apresentar no juízo deprecante a defesa prévia (Está defesa prévia na verdade era uma peça que servia apenas para argüir preliminares de exceções e eventuais nulidades e o único momento de arrolar as testemunhas de defesa. Não tinha a função de contestar, combater, pois o processo estava apenas começando e a defesa não tinha nesse momento interesse em mostrar a inclinação de sua tese).
	
	Hoje, o juízo deprecado, apenas promove a citação, devendo o acusado, apresentar a defesa escrita, no prazo de (10) dez dias, no juízo deprecante, local do crime.
	CARTA PRECATÓRIA – EXCEÇÃO A REGRA:
	Ocorre por força do Princípio da economia processual, nas comarcas contíguas (resolução 93/95 do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Lei Estadual nº 3.396/82 – Art. 23).
	A jurisdição de cada Vara é extensiva ao território da outra do mesmo grupo para a prática de atos e diligências processuais cíveis, criminais, infância e juventude e execução fiscal.
	Exemplo: Oficial de Justiça de São Bernardo do Campo poderá citar o acusado morador do bairro Ipiranga/Sp.
	
	CARTA PRECATÓRIA – O QUE DEVE CONTER:
indicação dos juízes – deprecante e deprecado;
lugar onde cada um se situa;
finalidade da citação – deverá ser juntado ao mandado citatório as cópias da denúncia ou queixa-crime, devendo constar o prazo para apresentar na comarca deprecante – local do crime, a defesa prévia, por escrito, no prazo de (10) dez dias;
dia, hora e lugar onde o réu deve comparecer (quando se tratar de intimação para audiência de instrução e julgamento).
PROCEDIMENTO DO JUIZ DEPRECADO:
- Ao receber carta precatória deverá despachar: “Cumpra-se”;
- Após a realização do ato processual feito pelo Oficial de Justiça, lançada a certidão deste, retorna a precatória por despacho do Juiz deprecado, à origem, sem maiores formalidades (art. 355 do CPP). É preciso entender que a Carta Precatória é um pedido que o Juiz do Processo faz ao Juiz da Comarca onde se encontra o acusado, e não como na Carta de Ordem, uma determinação.
CARTA PRECATÓRIA ITINERANTE:
Previsto no artigo 355 § 1º do CPP, o Juízo deprecado, após a juntada da certidão do Oficial com a informação de que o acusado, na verdade está residindo na Comarca “Y”, remete-se para lá e comunica-se o Juízo deprecante desse fato. A comarca “Y”, após cumprir o que foi requerido, devolve diretamente para o Juízo deprecante – local do crime, não sendo necessário realizar-se o caminho inverso.
CARTA PRECATÓRIA QUANDO O RÉU SE ESCONDE:
- Quando o acusado, no Juízo deprecado se oculta para não ser citado, o Oficial de Justiça deve certificartal situação.
- Não deve o Juízo deprecado, conforme reza de forma imprópria no artigo 355 § 2º do CPP, a devolução da Carta Precatória. Não se deve também, por força dessa situação, realizar a citação ficta (por edital).
- Deverá o Juiz deprecado, atender os fins do artigo 362 do CPP, ou seja, realizar a citação por hora certa (nova modalidade de citação, inserida pelas alterações do CPP).
- Segundo Guilherme de Souza Nucci, os Juízes devem interpretar melhor os artigos 355 § 2º e o artigo 362, ambos do CPP.
QUANDO HOUVER URGÊNCIA NO CUMPRIMENTO DA CARTA PRECATÓRIA:
Poderá ser enviada por meio de Fax.
MANDADO DE CITAÇÃO – CONTEÚDO E FORMALIDADES:
Requisitos intrínsecos do mandado – art. 352 do CPP.
o nome do juiz;
o nome do querelante (queixa-crime);
o nome do acusado, se necessário, os sinais identificadores;
a sua residência;
finalidade da citação (resumo da acusação), mesmo assim, deverá estar anexado ao mandado citatório a cópia da denúncia ou queixa;
o prazo (10 dias) e a forma de apresentação da defesa prévia (por escrito);
assinatura do juiz e do escrivão.
Requisitos extrínsecos – art. 357 do CPP.
o oficial deve fazer a leitura do mandado ao citando (acusado);
entrega da contra fé, constando o dia, a hora da diligência;
certidão do oficial sobre o resultado (se foi citado ou se recusou).
QUANDO PODERÁ SER FEITA A CITAÇÃO? EXISTE RESTRIÇÃO?
A citação criminal é sempre urgente, por esta razão, o Código de Processo Penal não previu qualquer obstáculo. Exceção, as garantias constitucionais. O oficial de Justiça goza de fé pública, especialmente naquilo que certifica.
Nada impede o Oficial de Justiça, procurar o denunciado em seu local de trabalho; ou no período da noite, desde que este seja o único horário em que possa ser encontrado, nos finais de semana. As restrições previstas no CPC, não estão consignadas no CPP.
CITAÇÃO DO MILITAR
Nos termos do artigo 358 do CPP, procura-se preservar a hierarquia.
Para evitar que o Oficial de Justiça ingresse no quartel a procura do denunciado, o juiz encaminha por ofício, ao superior do militar denunciado, que deverá fazer a entrega da “citação”, cujas informações necessárias deverão estar transcritas no ofício. 
Deverá o militar superior, oficiar o juiz e informar se o militar denunciado (subalterno) foi citado, se foi transferido de quartel e de cidade, neste caso, o juiz deverá encaminhar Carta Precatória para a realização da citação do militar denunciado.
CITAÇÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO
	Antes da reforma: 
Em razão da ausência do funcionário público da repartição, para prestar o seu interrogatório em juízo, por medida de cautela, para não prejudicar o bom andamento do serviço público, o legislador consignou a necessidade de se expedir, concomitantemente a citação do acusado, ofício requisitório ao superior hierárquico na repartição pública, para que ciente da ausência do funcionário naquele dia e horário providenciasse um substituto.
Após a reforma:
A cautela deixou de existir, não mais existe o interrogatório nesse primeiro momento, portanto, não existe a necessidade da ausência do funcionário, poderá, no horário de folga, procurar um defensor para providenciar a defesa escrita.
No entanto, a cautela deverá existir, quando intimado para o interrogatório o que deverá ocorrer na parte final do procedimento.
Estando o funcionário público em outra comarca, a citação deverá ser realizada por meio de carta precatória.
CITAÇÃO DO PRESO
A citação far-se-a por mandado, pessoalmente, devendo receber da mesma forma, a cópia da denúncia.
II – CITAÇÃO POR EDITAL (FICTO) E POR HORA CERTA:
EDITAL – artigo 361 do CPP.
É a citação denominada ficta, não realizada pessoalmente, mas por meio de publicação em jornal de grande circulação – na imprensa oficial, presume-se que tomou conhecimento.
Cópia do edital deve ser afixado no átrio do prédio do Fórum da Comarca.
O prazo fixado no edital será de 15 dias para que o acusado compareça e apresenta a sua defesa escrita.
QUANDO DEVE SER UTILIZADA A CITAÇÃO POR EDITAL?
	Quando o acusado não é localizado pelo Oficial de Justiça, devendo esta situação estar certificado nos autos.
Lugar certo – País, Estado, Município.
Lugar sabido – Bairro, rua e número da residência ou apartamento.
ESGOTAMENTO DAS DILIGÊNCIAS
Antes de proceder o edital (citação ficta), todas as possibilidades devem ser esgotadas.
endereços citados no inquérito policial;
local de trabalho ou que já tenha trabalhado – informações;
diligências na casa da família, parentes e amigos.
Na verdade, o Oficial de Justiça, procura no endereço constante nos autos, não sendo encontrado porque mudou-se, este fato deve ser certificado no mandado citatório. As diligências referidas acima são requisitadas a Polícia Judiciária.
Incabível edital quando o réu encontra-se preso no mesmo Estado, em comarca diversa. 
Súmula 351 do STF: “é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição.”
CONSEQÜENCIAS DO NÃO COMPARECIMENTO DO DENUNCIADO?
Paralisação do processo até que seja encontrado.
CITAÇÃO POR HORA CERTA:
Ocorre quando o réu se oculta para fugir à citação, artigo 362 do CPP (arts. 227 a 229 do CPC).
Procedimento:
a) Quando por (3) três vezes o Oficial de Justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, INTIMAR a qualquer pessoa da família, ou sua falta a qualquer vizinho, que no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar (horário fixado na intimação).
b) No dia imediato e horário fixado deve o oficial comparecer para realizar a citação.
RÉU NÃO PRESENTE:
1) O Oficial deverá certificar, após saber dos motivos da ausência e deverá deixar a cópia (contra fé) com a família ou vizinho;
2) O Escrivão enviará ao réu, carta, telegrama, dando-lhe de tudo ciência;
3) Seja como for, ainda será necessário a citação ficta (por edital), nos termos do artigo 363 § 1º do CPP.
CONTEÚDO DO EDITAL
Nome do Juiz;
Nome do réu ou sinais identificadores (características) profissão e residência;
O Juízo, dia, hora e o lugar em que o réu deverá comparecer ou o prazo de (10) dez dias para apresentar a defesa escrita.
CONTAGEM DO PRAZO
Data da publicação ou a data da fixação do edital publicado no átrio;
Basta a menção no edital do dispositivo da lei penal, não precisa do resumo da denúncia ou queixa ou mesmo dos fatos.
SUSPENSÃO DO PROCESSO E DA PRESCRIÇÃO
Ocorre, quando o réu for procurado pelo Oficial de Justiça e não é encontrado. Após haver certificado a não localização do denunciado, o juiz determina a citação ficta (edital) e mesmo assim, embora tentado de todas as formas, não é localizado e por força do edital, também não comparece.
QUAL A SOLUÇÃO?
Nos precisos termos do artigo 366 do CPP:
suspensão do processo;
suspensão da prescrição.
REQUISITOS;
citação por edital;
não apresentação da defesa prévia;
não contratação de advogado;
ausência do réu.
PROCEDIMENTOS A SEREM TOMADOS:
suspensão do processo;
suspensão da prescrição;
diligências imprescindíveis;
possibilidade de decretar a prisão preventiva do denunciado.
ARTIGO 366 DO CPP E A REVELIA
Antes da alteração do artigo 366, provida pela Lei nº 9.271/96, não havia a suspensão do processo, este prosseguia a revelia do autor, possibilitando o erro judiciário uma vez que era julgado e condenado sem saber os motivos.
Exemplo: João que havia perdido os documentos, estes utilizados pelo criminoso, fazendo-se passar por João, era condenado sem saber porque.
SOBRE A PRESCRIÇÃO
Suspender a prescrição não significa tornar o crime imprescritível (como os crimesde racismo, terrorismo, ações de grupos armados, civis ou militares).
A prescrição fica suspensa pelo prazo máximo em abstrato previsto para o delito, depois começa a correr normalmente.
Exemplo:
- furto simples............. pena máxima de (4) quatro anos.
- a prescrição em abstrato dar-se-á em (8) oito anos.
Nesse sentido, o processo ficará parado por (8) oito anos sem correr a prescrição, após, retoma o seu curso, finalizando com outros (8) oito anos, devendo assim, o juiz, ao final de 16 anos deverá julgar a extinção de punibilidade do réu.
No exemplo citado, serão oito anos para suspensão e mais oito anos para a prescrição.
PROVAS URGENTES
Refere-se as provas perecíveis consideradas imprescindíveis:
prova pericial;
prova testemunhal (colher o depoimento de pessoas que presenciaram o crime e irão se mudar para país distante; ou por ser criança e o tempo certamente fará apagar detalhes; ou por estar a testemunha em idade avançada; ou por estar muito doente), são depoimentos que poderão se perder.
Antonio Magalhães Gomes Filho esclarece que a coleta dessas provas, não deve ser rotina, mas sim exceção, deve ser importante e necessário.
REQUISITOS:
requerimento do Ministério Público ou mesmo de ofício do Juiz;
deverá estar presente o representante do Ministério Público e advogado nomeado (princípio do contraditório e ampla defesa).
PRISÃO PREVENTIVA
Para alguns a medida é desnecessária e agressiva, para outros, imprescindível para que o denunciado ou querelado, possa ser localizado, uma vez que o seu nome no sistema da segurança pública como procurado, a possibilidade de ser encontrado é maior.
SUSPENSÃO DO PROCESSO EXISTE EXCEÇÃO NO CPP?
Sim, para os crimes de lavagem de dinheiro, nos termos do art. 2º, § 2º da Lei nº 9.613/98, não ocorre a suspensão prevista no artigo 366, a não localização dos autores, dará ensejo a revelia do réu.
Parte da doutrina entende ser a previsão inconstitucional.
RECURSOS:
O deferimento da medida (suspensão do processo – art. 366 do CPP), de forma irregular, ou não adoção quando deveria ocorrer, Guilherme Nucci, entende que o recurso cabível é a Correção Parcial.
	REVELIA:
	Ocorrendo efetivamente a citação e o denunciado ou querelado não comparece, para apresentar a sua devesa escrita no prazo marcado, não justifica, ou muda de endereço e não comunica, o procedimento criminal prosseguirá o seu curso, devendo o juiz nomear defensor público ou nomear defensor.
2 - INTIMAÇÃO:
	
	CONCEITO:
	É o ato processual pelo qual se dá ciência à parte da prática de algum outro ato processual já realizado ou a realizar-se, importando ou não na obrigação de fazer ou não fazer alguma coisa.
	INTIMAÇÃO OU NOTIFICAÇÃO:
	A doutrina reconhece que a citação é específica para o chamamento do denunciado.
	- Intima-se para que tome conhecimento de algo realizado;
	- notifica-se para que tome conhecimento de que deve realizar algo.
	O Código de Processo Penal, ora utiliza notificar ora intimar, portanto, não valoriza a diferença. Guilherme de Souza Nucci, da vê diferença entre a intimação e a notificação.
	
PROCEDIMENTO:
- Quem determina a intimação ou notificação é o Juiz;
- Quem realiza ou executa é o Oficial de Justiça;
- Não existe intimação ficta (por edital).
REGRA:
São intimados via diário oficial.
Exige-se apenas que conste na publicação o nome do acusado sob pena de nulidade.
COMARCAS PEQUENAS
A intimação poderá ser realizada de forma pessoal, via correio, balcão do cartório, quando o advogado comparece ou mesmo por telefone ou até mesmo por e-mail.
Diário da Justiça eletrônico – via internet (Estado de São Paulo)
Exemplo:
- a publicação no diário eletrônico ocorre no dia 10;
- considera-se de conhecimento da parte no dia 11;
- o prazo começa a correr no dia 12 ou no primeiro dia útil seguinte.

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