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RESUMO CITAÇÃO PROCESSO PENAL

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PROCESSO PENAL I I 
CONCEITO 
“É o ato oficial pelo qual, ao início da ação, dá-se ciência ao 
acusado de que, contra ele, se movimenta esta ação, 
chamando-o a vir a juízo, para se ver processar e fazer a sua 
defesa. Compõe-se a citação de dois elementos básicos: a 
cientificação do inteiro teor da acusação e o chamamento do 
acusado para vir apresentar sua defesa.” (FERNANDO CAPEZ) 
– dupla finalidade. 
CPP: 
Art. 351. A c itação inicial far-se-á por mandado, quando o réu 
estiver no terr itório sujeito à jur isdição do juiz que a houver 
ordenado. 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição 
do juiz processante, será citado mediante precatória. 
 
ATENÇÃO: 
 
RÉU NO TERRITÓRIO DO JUIZ: CITAÇÃO POR MANDADO 
RÉU FORA DO TERRITÓRIO DO JUIZ: CITAÇÃO POR 
PRECATÓRIA (Carta Precatória) 
 
Resumo (tema: citação): A citação tem finalidade dúplice: a) dar 
conhecimento ao agente da ação penal movida contra si, e b) 
tomar conhecimento do teor da acusação (obs: Denúncia não 
pode ser inepta). 
Réu residente na mesma Comarca do Juiz: citação por 
mandado, via oficial de justiça; Réu residente em Comarca 
diversa do Juiz: citação via precatória. 
 
1 . O QUE DEVE CONTER O MANDADO DE CITAÇÃO? 
 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa (ação 
penal privada); 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais 
característicos; - não saber o nome do réu não impede a 
citação. 
IV - a residência do réu, se for conhecida; (não é da vítima!!!) 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá 
comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: (isto é, como 
ela deve acontecer): 
 
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da 
contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; - cópia 
da inicial acusatória (denúncia). 
 
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e 
sua aceitação ou recusa. 
 
2 . O QUE DEVE CONTER A CARTA PRECATÓRIA? 
 
Art. 354. A precatória indicará: 
I - o juiz deprecado (o juiz que recebe a carta precatória) e o 
juiz deprecante (o juiz que envia a carta precatória) 
II - a sede da jurisdição de um e de outro; 
III - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações; 
IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá 
comparecer. 
 
OBS: Note que na citação por precatória o CPP não fala em 
indicar o nome do querelante na ação penal privada! 
 
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, 
independentemente de traslado (tirar cópia), depois de lançado 
o cumpra-se e de feita a citação por mandado do juiz 
deprecado. 
 
Então o Juízo deprecante expede a carta precatória solicitando 
a citação de FULANO. O Juízo deprecado recebe a carta e: 1) 
determina que seja cumprida (“cumpra-se”); e 2) expede o 
mandado de citação – SIM, o Juiz DEPRECADO é quem 
expede o mandado de c itação. Cita o sujeito e devolve a 
precatória ao juiz deprecante. 
 
Resumo: a precatória, no Processo Penal, será devolvida 
independentemente de traslado, após o CUMPRA-SE e a 
CITAÇÃO POR MANDADO feita pelo Juiz DEPRECADO. 
 
Art. 355 (...) 
 
§ 1º Verificado que o réu se encontra em território sujeito à 
jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os 
autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para 
fazer-se a citação. 
Resumo: o Juiz deprecado não devolve para o Juiz deprecante 
a carta precatória, se o agente não reside mais em seu 
território (Comarca), mas determina o encaminhamento ao 
Juízo competente. 
Art. 355 (...) 
 
§ 2º Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para 
não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida, para 
o fim previsto no art. 362. 
 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, 
o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação 
com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da 
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
 
Então, a c itação com hora certa é prevista expressamente no 
CPP no caso em que o réu se oculta (esconde-se) para não 
ser c itado. O Oficial de Justiça deve certificar nos autos que o 
réu está se escondendo, após 2 v isitas. 
 
Vejamos o que está disposto no Código de Processo Civil: 
 
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver 
procurado o 
citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, 
deverá, havendo suspeita de ocultação, intimará qualquer 
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer v izinho de que, no 
dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que 
des ignar. 
 
Lembrete: Se o réu se OCULTA, cabe citação por hora certa 
no Processo Penal. Para isto, NÃO É NECESSÁRIO autorização 
prévia do Juiz. Basta que o Oficial de Justiça intime alguém da 
família ou vizinho, dizendo que retornará no 1º dia útil seguinte. 
Atenção: 2 visitas! (antigamente eram 3, pode cair em prova). 
 
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, 
independentemente de novo despacho, comparecerá ao 
domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência. 
 
§ 1º Se o c itando não estiver presente, o oficial de justiça 
procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita 
a c itação, ainda que o c itando se tenha ocultado em outra 
comarca, seção ou subseção judiciárias . 
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a 
pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja 
ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o 
vizinho se recusar a receber o mandado. 
 
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará 
contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme 
o caso, declarando-lhe o nome. 
 
Art. 254. Feita a c itação com hora certa, o escrivão ou chefe 
de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no 
prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado 
aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, 
dando-lhe de tudo ciência. – são 10 dias corridos. 
 
RECAPITULANDO: 
 
Citação: 
 
Atenção: Juízo deprecante (é quem envia a carta precatória) 
e Juízo deprecado (é quem recebe a carta precatória, para 
dar-lhe cumprimento). 
 
Mandado, se na mesma jurisdição do Juiz (Comarca) 
Precatória em se em outra Comarca (o Juiz DEPRECADO é 
quem expede o cumpra-se + mandado de citação). Se o réu 
mudou para outra Comarca, o Juiz DEPRECADO envia para 
este novo lugar e o Juiz de lá procederá com a citação (desde 
que haja tempo hábil). A isto denomina-se: PRECATÓRIA 
IT INERANTE. 
 
Conceito de PRECATÓRIA ITINERANTE: ocorre quando o Juízo 
deprecado toma conhecimento que o acusado não reside mais 
em sua Comarca. Neste caso, encaminha ao Juízo competente, 
para que dê prosseguimento à citação (ou seja, ele NÃO 
devolve a precatória ao Juízo DEPRECANTE). 
 
Caso o réu se OCULTE, é possível a citação por hora certa 
(ATENÇÃO, em caso de não se encontrar o réu a citação será 
por edital) 
 
ATENÇÃO: se o réu se OCULTA, a citação será por hora 
certa, MAS se o réu NÃO FOR ENCONTRADO, a citação será 
por EDITAL. 
 
STF (Tema 613 – Tese com Repercussão Geral) 
1 . É constitucional a citação por hora certa, prevista no art. 362, 
do Código de Processo Penal. 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando 
realizada a c itação do acusado. 
 
§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação 
por edital. – réu está em lugar incerto e não sabido. Só cita por 
edital quando não se encontra o réu. 
 
§ 4º Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer 
tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e 
seguintes deste Código. (ou seja, segue-se com o processo!) 
 
Art. 365. O edital de citação indicará: 
I - o nome do juiz que a determinar; 
I I - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais 
característicos,bem como sua res idência e profissão, se 
constarem do processo; 
I I I - o fim para que é feita a citação; 
IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá 
comparecer; 
V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital 
na imprensa, se houver, ou da sua afixação. 
 
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde 
funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde houver, 
devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito 
e a publ icação provada por exemplar do jornal ou certidão do 
escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da 
publ icação. 
 
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será c itado por edital, 
com o prazo de 15 (quinze) dias 
 
(Este é o “prazo de dilação” - é o prazo entre a publicação do 
edital e a data em que se considera o réu citado). O prazo para 
a apresentação da defesa começa a fluir após o encerramento 
deste prazo. 
 
ATENÇÃO: o próximo artigo é importante 
 
Art. 366. Se o acusado, c itado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso 
do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção 
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, 
decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
 
Logo, se o réu CITADO POR EDITAL (porque não foi localizado 
– “encontra-se em local incerto e não sabido”): 
 
1 ) NÃO comparece no processo E NÃO constitui advogado 
 
2) o processo será SUSPENSO e o prazo prescricional também 
será SUSPENSO. 
 
Resumo: 
 
Citação por hora certa: Quando o réu se oculta (está se 
escondendo). Caso ele não compareça ou não apresente a 
defesa no prazo indicado, o Juiz irá nomear advogado dativo 
(Defensoria Pública) 
Citação por edital: Quando NÃO SE ENCONTRA O RÉU (local 
incerto e não sabido). Neste caso, SE O RÉU E ADVOGADO 
NÃO COMPARECEM EM JUÍZO, o processo e o prazo 
prescricional serão SUSPENSOS!!! 
 
Qual o prazo de suspensão do processo? 
 
R: Posição majoritária STJ - Súmula 415 
 
Súmula 4 15 - O período de suspensão do prazo prescricional 
é regulado pelo máximo da pena cominada. (pena em abstrato 
- ver tabela do art. 109 do CP) 
 
Qual o prazo de suspensão do processo? 
 
STF: Prazo indeterminado ou pena máxima em abstrato? 
(Repercussão Geral) 
 
Resumo: Qual o prazo de suspensão do prazo prescricional? 
(em caso de citação por edital) - STJ entende que é pela pena 
máxima em abstrato - Súmula 415; Já o STF não se pronunciou 
ainda em definitivo (se entende igual ao STJ ou se a prescrição 
seria por prazo indeterminado). 
 
Observação: 
CP Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição 
quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte 
e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) 
anos. 
 
Produção antecipada de provas (art. 366 CPP): 
 
Súmula 455 STJ: 
A dec isão que determina a produção antecipada de provas 
com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente 
fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso 
do tempo. 
 
MAS STJ: autorizou Policial e Testemunha 
dona de Bar com alto fluxo de c lientes e vítima portadora de 
doença neurológica. Não autorizou a produção antecipada de 
provas em razão de mera possibilidade de mudança de 
endereço de vítimas e testemunhas. 
 
Resumo (Produção antecipada de provas - art. 366 do CPP): A 
regra é a Súmula 455 do STJ, que diz ser insuficiente o mero 
decurso de tempo como justificativa para tal produção 
antecipada. MAS, o STJ tem decisões autorizando o 
depoimento antecipado de policial, por conta do alto número 
de ocorrência (facilitar memória dos fatos); e de dona de 
estabelecimento comercial com problemas de saúde que 
causavam perda de memória. 
Mas não autorizou a produção antecipada de provas com base 
na possibilidade de mudança de endereço de testemunhas e 
vítima 
 
PRISÃO PREVENTIVA (OS REQUISITOS DEVEM ESTAR 
PRESENTES. NÃO É AUTOMÁTICA!) 
 
Cuidado: pois é possível que o réu permaneça foragido, mas 
constitua advogado para a sua defesa: justamente para que não 
haja a suspensão da prescrição) 
 
ATENÇÃO: Aos crimes de lavagem de capitais NÃO se aplica 
esta regra! – sujeito está ocultando origem ilícita de seu 
patrimônio. 
 
Lei n. 9.613/98 – Crime de “Lavagem de Capitais” 
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta 
Lei: (...) 
§ 2o No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica 
o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro 
de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que 
não comparecer nem constituir advogado ser citado por edital, 
prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de 
defensor dativo. 
 
CITAÇÃO DO RÉU PRESO (será pessoal e por mandado) 
 
CPP- Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado 
 
 
Súmula 351 – STF: É nula a citação por edital de réu preso na 
mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua 
jur isdição. – porque é obrigação do juiz saber que o réu está 
preso no mesmo estado, mas se for estado diverso do qual o 
juiz exerce jurisdição o juiz deve mostrar o mínimo de iniciativa 
para citar o réu. 
 
MAS se houver c itação por edital de réu preso em outro 
Estado (unidade da federação diversa daquela na qual o juiz 
exerce a jurisdição), então o STF entende que esta citação foi 
vál ida. 
 
Resumo (citação réu preso): como regra é pessoal e por 
mandado (Súmula 351 do STF) a citação por edital de réu preso 
no mesmo Estado onde o Juiz exerce jurisdição, é NULA. MAS, 
o STF tem entendido como válida a citação de réu preso em 
outro Estado, desde que o Juiz demonstre ter tomado iniciativa 
para a localização do réu, mas não logrou êxito. 
 
(Excepciona-se a regra geral de que a c itação deve ser 
pessoal) 
 
Súmula 366 – STF: Não é nula a citação por edital que indica 
o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou 
queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia. 
 
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS - CPP, art. 
570: 
A fal ta ou a nulidade da c itação, da intimação ou notificação 
estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de 
o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim 
de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o 
adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade 
poderá prejudicar direito da parte. – citação nula, mas mesmo 
assim o réu tomou conhecimento e se apresentou no processo 
o juiz poderá suspender o ato. 
 
A citação inválida é nula! (Nulidade absoluta – Também 
chamada de citação CIRCUNDUTA) 
 
"o ato pelo qual se julga nula ou de nenhuma eficácia a citação 
é chamado de 'c ircundução'; quando anulada diz-se que há 
'c itação circunduta'"(Fernando Capez) 
 
Citação por meio de Carta Rogatória: 
 
É a citação realizada quando o acusado estiver fora do país . 
MAS: 1) tem que estar em lugar sabido; 2) a parte que a 
requerer deve arcar com os custos do envio - art. 222-A CPP; 
3) a jurisprudência exige que seja demonstrado que é 
imprescindível (isto para testemunhas) 
 
OBS: Se o acusado está fora do Brasil mas em lugar INCERTO, 
será citado por ED ITAL (STJ) 
A rogatória é cumprida por meios diplomáticos (Itamaraty): Juiz 
manda para o Ministério da Justiça, que envia para MRE, que 
enviará à embaixada estrangeira para prosseguimento até a 
Justiça daquele país. 
 
Citação de embaixadores e cônsules: Não pode! (Imunidade 
diplomática) 
Citação de funcionário da embaixada/consulado (sem 
imunidade): será por meio de carta rogatória (sem suspensão 
do processo) 
 
Resumo (citação quando o acusado reside fora da "jurisdição" 
do Magistrado): 1) Se em outra Comarca, será por CARTA 
PRECATÓRIA; 2) Se em outro PAÍS; será por CARTA 
ROGATÓRIA. 
A citação por CARTA ROGATÓRIA somente ocorre caso seja 
conhecido o local de residência do acusado no exterior. Se o 
acusado estiver no exterior, MAS EM LUGAR INCERTO E NÃO 
SABIDO, a citação será por EDITAL 
 
CPP: Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar 
sabido, será citado mediante carta rogatória,suspendendo-se o 
curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. (Local 
fora do Brasil, é um acusado “qualquer” - Suspende a 
prescrição). Como citação em processo penal é pessoal, não 
pode ser substituída por “chamada de vídeo”, sendo a carta 
rogatória a regra. 
 
Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações 
estrangeiras serão efetuadas mediante carta rogatória. (ex. 
consulados localizados no Brasil e o acusado é funcionário do 
consulado, sem imunidade - não suspende a prescrição 
 
Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se 
demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a 
parte requerente com os custos de envio. 
 
Resumo (citação por carta rogatória): Se para outro país, 
HAVERÁ SUSPENSÃO DO PROCESSO E DO PRAZO 
PRESCRICIONAL (por tempo razoável); Se a citação for de 
funcionário de Consulado/Embaixada, será por carta rogatória 
mas NÃO suspende a prescrição. 
 
Citação por meio de Carta de Ordem: 
 
É a citação realizada no processo dos crimes de competência 
originária (o processo tramita no Tribunal - ex. Prefeitos 
Municipais). O Desembargador determina - emite carta de 
ordem - para que Juiz de primeira instância proceda com a 
citação do acusado. 
 
Logo, a citação pode ocorrer por: 1) Mandado; 2) Carta 
precatória; 3) Carta rogatória; 5) Carta de ordem; 6) Edital 
 
Citação do mil itar : A citação ocorre por meio do superior 
hierárquico (se for em outra Comarca, deve-se expedir ofício 
ao respectivo Comando Militar), que fará a comunicação ao 
acusado. Chama-se isto de REQUISIÇÃO – a citação do militar 
não é pessoal 
 
CPP Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do 
chefe do respectivo serviço. 
 
OBS: Notem que o Oficial de Justiça não comunica diretamente 
o interessado. O Juiz encaminha ofício ao superior militar. 
 
Citação do servidor público: A citação ocorre diretamente pelo 
Oficial de Justiça, que COMUNICA O CHEFE DA REPARTIÇÃO. 
 
CPP - Art. 359. O dia designado para funcionário público 
comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a 
ele como ao chefe de sua repartição. 
 
Resumo: citação do militar (requisição), o oficial de justiça não 
entrega diretamente ao acusado, mas o Juiz encaminha ofício 
ao chefe militar superior ao acusado. Citação do servidor 
público: é feita diretamente ao acusado, apenas comunicando o 
seu chefe de repartição. 
 
CONTINUANDO – PROCESSO PENAL 
 
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, 
citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de 
comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança 
de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. 
 
ISTO GERA REVELIA! 
 
O processo seguirá e o réu será considerado REVEL, não 
sendo mais intimado acerca de decisões ou para comparecer 
em Juízo (ex. para uma audiência). Este é um exemplo de 
REVELIA no processo penal, muito embora não se aplica o 
efeito de revelia relacionado à presunção de veracidade dos 
fatos narrados pelo autor (pois o MP ainda necessitará provar 
as acusações) 
 
Resumo: no processo penal é possível a decretação da revelia 
do acusado; no entanto, não haverá os efeitos da revelia. Ou 
seja, não haverá presunção de veracidade da acusação 
apresentada pelo Ministério Público 
ESTA REGRA DO ART. 367 DO CPP SE APLICA TANTO AO 
RÉU CITADO PESSOALMENTE COMO ÀQUELE CITADO POR 
HORA CERTA. MAS NÃO SE APLICA AO RÉU CITADO POR 
EDITAL, POIS NESTE CASO, O PROCESSO SERÁ SUSPENSO. 
 
Mas cuidado: Ainda que o réu deixar de comparecer SEM 
JUSTA causa ou mudar de sua residência e NÃO informar sua 
localização ao Juízo, ELE SERÁ intimado pessoalmente em 
caso de SENTENÇA CONDENATÓRIA ou SENTENÇA 
ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA (quando se impõe MEDIDA DE 
SEGURANÇA) 
 
CARTA ROGATÓRIA 
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, 
será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso 
do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
OBS: 
Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações 
estrangeiras (é uma missão diplomática, ex. Consulado) serão 
efetuadas mediante carta rogatória . 
CITAÇÃO (serve para dar conhecimento do processo e 
chamar para apresentar a defesa) 
INTIMAÇÃO (serve para comunicar as partes de atos já 
realizados no processo) 
NOTIFICAÇÃO (comunica algo que ainda irá acontecer)

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