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Resumo Teoria Keynesiana

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Universidade Federal Fluminense - UFF
Ciências Econômicas
Leonardo Freitas Sales
 Keynes começa se trabalho na teoria geral fazendo uma crítica ao modelo clássico. Para ele, o equilibrio pressuposto na teoria clássica era um caso particular da teoria geral.
Modelo Clássico
 Para os economistas clássicos, a teria do emprego era algo simples baseado em dois pressupostos. São eles:
O Salário é igual ao produto marginal do trabalho
“Isso quer dizer que o salário de uma pessoa empregada é igual ao valor que se perderia se o emprego fosse reduzido de uma unidade (após a dedução de quaisquer outros custos que essa redução evitaria), com a restrição de que a igualdade pode ser afetada, de acordo com certos princípios, pela imperfeição da concorrência e dos mercados.” (Keynes, 1970, pg. 25).
A utilidade do salário, quando se emprega determinado volume de trabalho, é igual à desutilidade marginal desse mesmo volume de emprego.
“Isto significa que o salário real de uma pessoa empregada é exatamente suficiente (na opinião das próprias pessoas empregadas) para ocasionar o volume de mão-de-obra efetivamente ocupado, com a restrição de que a igualdade para cada unidade individual de trabalho pode ser alterada por combinações entre as unidades disponíveis para empregar-se, análogas às imperfeições da concorrência que qualificam o primeiro postulado. O que se entende por desutilidade é qualquer motivo que induza um homem ou grupo de homens a recusar trabalho, em vez de aceitar um salário que para eles representa uma utilidade inferior a certo limite mínimo.” (Keynes, 1970, pg. 25).
 Esse pressuposto mostram que, segundo a teoria clássica, a economia funcionaria sempre em um estado de pleno emprego, podendo haver apenas o desemprego “friccional”(decorrentes de desajustes temporários) e o desemprego voluntário (quando a desutilidade do trabalho é maior que a utilidade do salário).
 Para os clássicos, existem quatro meios para aumentar o emprego: Melhoria da organização ou da previsão, afim de, diminuir o desemprego “friccional”; Reduzir a desutilidade marginal de modo que diminua o desemprego “voluntário”; Aumentar a produtividade Marginal; Aumentar o preço dos bens de consumo básicos.
Críticas ao modelo clássico
 Keynes analisa a situação dos trabalhadores na crise de 1930, e questiona a validade da teoria clássica, na qual não admitia o desemprego involuntário.
“Ademais, o argumento de que o desemprego que caracteriza um período de depressão se deva à recusa da mão-de-obra em aceitar uma diminuição dos salários nominais não está claramente respaldado pelos fatos. Não é muito plausível afirmar que o desemprego nos Estados Unidos em 1932 tenha resultado de uma obstinada resistência do trabalhador em aceitar uma diminuição dos salários nominais, ou de uma insistência obstinada de conseguir um salário real superior ao que permitia a produtividade do sistema econômico.” (Keynes, 1970, pg. 27, 28).
A principal crítica de Keynes é em cima do pressuposto clássico de que os trabalhadores podem decidir os níveis de salário real e emprego, pois existe uma rigidez devido aos contratos. Para ele, não há abandono do emprego quando o salário real cai em virtude de um aumento dos preços.
Modelo Keynesiano
Devido aos problemas enfrentados pela teoria clássica, Keynes constrói a teoria da demanda efetiva.
Segundo Keynes, o nível de emprego é definido pelas expectativas dos empresários. Caso a demanda esperada(D) for superior à oferta esperada (Z), haverá um aumento do emprego (N) e caso seja inferior haverá uma contração do emprego (N).
“Assim, o volume de emprego é determinado pelo ponto de interseção da função da demanda agregada e da função da oferta agregada, pois é neste ponto que as expectativas de lucro dos empresários serão maximizadas.” (Keynes, 1970, pg. 38).
Keynes resume sua teoria em oito proposições, são elas: 
 A renda depende do volume de emprego N; (2) O consumo depende do montante da renda agregada e, portanto, do volume de emprego N; (3) A quantidade de emprego (N) contratado pelos empresários depende da soma entre consumo e do investimento, D(N) = I + C(N); (4) D1 + D2 = D = ƒÓ (N), onde ƒÓ e a função da oferta agregada, D1 e uma função de N, a qual pode escrever ƒÔ (N), que depende da propensão a consumir, deduz-se que ƒÓ (N). PMgC(N) = D2; (5) O nível de emprego de equilíbrio depende da função da oferta agregada, ƒÓ, da propensão a consumir, PMgC e do investimento, D2. (6) O salário real é determinado pelo volume de (N) nas indústrias de bens de consumo dos assalariados; (7) Apenas quando N for inferior ao seu valor máximo, pode haver um equilíbrio estável. (8) Quando há um aumento no emprego, D1 também aumenta, porem, não tanto quanto D, visto que, quando a renda sobe, o consumo também sobe, embora em proporção menor. 
Conclusão
Keynes cria sua teoria fazendo uma crítica interna ao modelo clássico, sua principal crítica era a existência do pleno emprego defendida pelos economistas clássicos. Segundo Keynes, o pleno emprego poderia acontecer, porem, era um caso particular. O nível de emprego, para Keynes, é definido pelas expectativas dos empresários.
Referência Bibliográfica:
KEYNES, J.M. A teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro. São Paulo, Atlas S.A, [1936] 2009.

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