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Teoria Macro I

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Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA)
Curso: Ciências Econômicas Disciplina: Teoria Macroeconômica I Professora: Andréia Polizeli Sambatti
3ª Lista de Exercícios (Atividade 3)
1) Verdadeiro/Falso (Justifique no caso das afirmativas incorretas)
a) (V) Um dos pontos básicos da política econômica recomendada por Keynes para a recuperação da depressão dos anos 1930 consistiu na realização de investimentos suplementares pelo Estado, como meio de expansão do nível global de emprego.
b) (V) Segundo Keynes, os postulados da teoria clássica são válidos apenas como um caso especial de equilíbrio.
c) (V) Para Keynes, a demanda agregada efetiva pode estar abaixo do ponto de pleno emprego.
d) (F) A propensão média a consumir é definida pela razão C/Y.
-É FALSO POIS PMeC: C/Y
e) (F) A inclinação da função poupança keynesiana é igual a propensão média a poupar.
-É FALSO POIS A INCLINAÇÃO FUNÇÃO POUPANÇA É A PROPRENSÃO MARGINAL A POUPAR
f) (V) Na relação consumo-renda keynesiana, C = a + cY, o termo do intercepto a é o valor do consumo quando a renda é igual a zero.
g) (V) Segundo a função consumo keynesiana, os gastos em consumo dependem diretamente do comportamento da renda corrente.
h) (F) Pode-se afirmar que a soma da propensão marginal a consumir e da propensão marginal a poupar é menor do que 1.
-É FALSO, POIS A SOMA DE PMgC +PMgS: 1
i) (F) Segundo a “lei psicológica fundamental de Keynes”, uma elevação de uma unidade monetária na renda aumentaria o consumo em exatamente uma unidade monetária.
-É FALSO PORQUE NA LEI PSICOLOGICA FUNDAMENTAL, QUANDO TEM UMA ELEVAÇÃO DE UMA UNIDADE NA RENDA O CONSUMO AUMENTA MAIS É MENOS DE UMA UNIDADE.
j) (V) A propensão marginal a consumir é uma relação cujo valor se situa entre 0 e 1.
k) (V) Se a renda é igual a 375 bilhões de unidades monetárias e a propensão média a consumir é 0,8 então, nessa economia, a poupança será de 75 bilhões de unidades monetárias.
l) ( F ) Se a função consumo de um indivíduo é dada por C = 50 + 0,8Y, então o nível de renda no ponto das poupanças nulas, em que o consumo é exatamente igual a renda, será de 200.
-É FALSO, POIS Y:250 (Y=C+S -> Y:50+0,8Y -> Y-0,8Y:50 ->Y:50/0,2 ->Y:250)
m) (F) Supondo que a função poupança seja dada por S = -100 + 0,2Y, a função consumo deve ser C = 100 – 0,8Y.
-É FALSO, POIS C:100+0,8Y.
n) (F) Quando o consumo supera a renda a propensão média a consumir é maior que 1, a poupança é positiva e a propensão média a poupar é menor do que zero.
-É FALSO, POIS NESSE CASO NÃO EXISTE POUPANÇA.
o) (F) É impossível para os indivíduos realizarem despoupança em um determinado período de tempo.
-É FALSO, POIS QUANDO O CONSUMO SUPERA A RENDA NÃO EXISTE POUPANÇA.
2) Complete os quadros a seguir, que expressam as relações fundamentais entre a Renda (Y), o Consumo agregado (C) e a Poupança agregada (S) de uma economia:
	Renda (Y)
	Consumo (C)
	Renda Marginal (Y)
	Consumo Marginal (C)
	Propensão Marginal a Consumir
(C/Y)
	Propensão Média a Consumir
(C/Y)
	0
	100
	100
	-
	-
	-
	100
	195
	100
	95
	0,95
	1,95
	200
	280
	100
	85
	0,85
	1,40
	300
	355
	100
	75
	0,75
	1,18
	400
	420
	100
	65
	0,65
	1,05
	500
	475
	100
	55
	0,55
	0,95
	600
	520
	100
	45
	0,45
	0,87
	700
	555
	100
	35
	0,35
	0,79
	800
	580
	100
	25
	0,25
	0,72
	900
	595
	100
	15
	0,15
	0,66
	1.000
	600
	100
	5
	0,05
	0,60
	Renda (Y)
	Poupança (S)
	Renda Marginal (Y)
	Poupança Marginal (S)
	Propensão Marginal a Poupar
(S/Y)
	Propensão Média a Poupar (S/Y)
	0
	-100
	100
	-
	-
	-
	100
	-95
	100
	5
	0,05
	-0,95
	200
	-80
	100
	15
	0,15
	-0,40
	300
	-55
	100
	25
	0,25
	-0,18
	400
	-20
	100
	35
	0,35
	-0,05
	500
	25
	100
	45
	0,45
	0,05
	600
	80
	100
	55
	0,55
	0,13
	700
	145
	100
	65
	0,65
	0,21
	800
	220
	100
	75
	0,75
	0,27
	900
	305
	100
	85
	0,85
	0,34
	1.000
	400
	100
	95
	0,95
	0,40
3) Complete as informações que se pede:
i) Dada a função consumo C = 10 + 0,8Y
a) quando Y = 50, C = 10+0,8.50: 50
b) a PMgC =c:0,8;
c) quando Y = 100, a PMeC = C: (10+0,8*100)/100: 0,9
d) o nível de renda no ponto das poupanças nulas =; Y:C+S -> Y:10+0,8Y+0 -> Y-0,8Y: 10+0 -> Y: 10/0,2: 50
e) quando Y = 40, a S = S: -10-0,2Y(função poupnça), S: 10-0,2*40: 2
f) quando Y = 20, a PMeC = C: (10+0,8*20)/20: 1,3
g) quando a PMeC = 1, Y =50
ii) Dada a função consumo C = 25 + 0,75Y
a) a equação da função poupança é -25 +0,25Y;
b) a PMgS =0,25;
c) a PMgC =0,75;
d) quando Y = 100, a PMeS =(-25+0,25*100)/100: 0
e) quando Y = 100, a PMeC =C: (25+0,75*100)/100: 1 ;
f) O nível de renda no ponto das poupanças nulas =Y: C+S -> Y:25+0,75Y+0 -> Y-0,75Y:25 ->Y:25/0,25 -> Y: 100
iii) Dada a função poupança S = -20 + 0,2Y
a) a equação da função consumo é 20+0,8Y;
b) a PMgC=0,8;
c) quando Y = 100, C =100;
d) quando Y = 50, a S =-10;
e) quando Y = 150, a PMeC = (20+0,8*150)/150: 0,93
f) o nível de renda no ponto das poupanças nulas = Y: C+S -> Y:20+0,8Y+0 -> Y-0,8Y: 20 -> Y:20/0,2: 100 ;
g) Quando Y = 300, a PMeC = (20+0,8*300)/300: 0,87 e a PMeS =	;(-20+0,2*300)/300: 0,13
h) Quando a PMeC = 1, Y =100
4) Faça a leitura e descreva, na forma de um resumo, as ideias principais contidas nos seguintes capítulos da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda de John Maynard Keynes: Capítulo 2 – Os Postulados da Economia Clássica (itens I, II, III e IV) e o Capítulo 3 – O Princípio da Demanda Efetiva (itens I e II). Observação: Essa questão foi encaminhada antecipadamente na aula 13, no dia 07/07/2021.
Cap. 2, Item I: A teoria clássica do emprego baseou-se em dois postulados fundamentais;
1. O salário igual o produto marginal do trabalho.
Significa que o salário de uma pessoa empregada é igual ao valor que se perderia se o emprego fosse reduzido de uma unidade, com a restrição de que a igualdade pode ser afetada, de acordo com certos princípios, pela imperfeição da concorrência e dos mercados.
2. A utilidade do salário, quando se emprega determinado volume de trabalho, é igual à desutilidade marginal desse mesmo volume de emprego.
Propõe que o salário real de uma pessoa empregada é exatamente suficiente para ocasionar o volume de mão-de-obra efetivamente ocupado, com a restrição de que a igualdade para cada unidade individual de trabalho pode ser alterada por combinações entre as unidades disponíveis para empregar-se, análogas às imperfeições da concorrência que qualificam o primeiro postulado. Sendo entendido como desutilidade qualquer motivo que induza um homem ou grupo de homens a recusar trabalho, em vez de aceitar um salário que para eles representa uma utilidade inferior a certo limite mínimo. Esse postulado é compatível com o desemprego “friccional”, pois uma interpretação realista do mesmo permite, conciliar certas imperfeições de ajustamento que impedem um estado continuo de pleno emprego. Além do desemprego “friccional”, tem também o desemprego “voluntário”, que é em razão da recusa ou incapacidade de determinada unidade de mão-de-obra em aceitar uma remuneração equivalente à sua produtividade marginal. 
Desse modo, sujeito a estas restrições, o volume dos recursos empregado acha-se, em conformidade com a teoria clássica, convenientemente determinado pelos dois postulados. O primeiro dá-nos a curva de demanda por emprego e o segundo, a curva de oferta; o volume do emprego é fixado pelo ponto em que a utilidade do produto marginal iguala a desutilidade do emprego marginal.
Com consequência disso, haveria apenas quatro meios possíveis de aumentar o emprego:
1. A melhoria da organização ou da previsão, de maneira que diminuía o desemprego “friccional”.
2. Redução da desutilidade marginal do trabalho expressa pelo salário real, para o qual ainda existe mão-de-obra disponível, de modo que diminua o desemprego “voluntario”.
3. O aumento da produtividade marginal física do trabalho nas industrias produtoras de bens de “consumo de assalariados”.
4. Aumento em relação aos preços dos bens de consumo de não assalariados comparativamente aos das outras categorias de bens, juntamente com o deslocamento das despesasdos indivíduos não assalariados dos bens salariais para os de outras categorias.
Item II. Na escola clássica é considerado que conforme existe a procura por mão-de-obra, existe também a quantidade de trabalho oferecida ao nível do salário nominal, então ela concilia este fenômeno com seu segundo postulado, argumentando que, se a procura de mão-de-obra ao salário nominal vigente se acha satisfeita antes de estarem empregadas todas as pessoas desejosas de trabalhar em troca dele, isso se deve a um acordo declarado ou tácito entre os operários de não trabalharem por menos, e que, se todos eles admitissem uma redução do salários nominais, maior seria o volume de emprego. Sendo este o caso, tal desemprego, embora aparentemente involuntário, não seria estritamente falando, devendo incluir-se na categoria do desemprego “voluntario”, em virtude dos efeitos dos contratos coletivos de trabalho.
Suponhamos, que a mão de obra não esteja disposta a trabalhar por um salário nominal menor e que uma redução desse nível conduza, através de greves ou por qualquer outro meio, a uma saída do mercado de trabalho de uma parte da mão de obra atualmente empregada. A partir disso, é possível deduzir que o nível presente dos salários reais equivale exatamente à desutilidade marginal do trabalho¿ Não necessariamente, pois uma redução do salário nominal em vigor leve à saída de certa quantidade de mão de obra, isso não quer dizer que uma redução do salário nominal medido em termos de bens de consumos de assalariados produza o mesmo efeito, caso resulte de uma alta de preços desses bens. A escola clássica presumiu, tacitamente, que esse fato não traria uma mudança significativa de sua teoria. Se bem que o trabalhador resista, normalmente, a uma redução do seu salário nominal, não costuma abandonar o trabalho ao se verificar uma alta de preços dos bens de consumo salariais. Costuma-se às vezes, dizer que seria ilógico, por parte do trabalhador, resistir à diminuição dos salários nominais e não resistir à dos salários reais.
Ademais, o argumento de que o desemprego caracteriza um período de depressão se dava à recusa da mão de obra em aceitar uma diminuição dos salários nominais não está claramente respaldado pelos fatos. Amplas são as variações por que passa o volume de emprego sem que haja mudança aparente nos salários reais mínimos exigidos pelo trabalhador ou em sua produtividade. O trabalhador não se mostra mis intransigente no período de depressão que no de expansão, antes pelo contrário.
Se efetivamente, for exato que o salário real vigente esteja um pouco abaixo do qual em nenhuma circunstância se contraria com mais mão de obra do que a atualmente empregada, nenhum outro desemprego involuntário existiria além do “friccional”. No entanto, seria absurdo imaginar que seja sempre assim, pois uma quantidade de mão de obra superior à atualmente empregada encontra-se, normalmente, disponível ao salário nominal vigente, mesmo quando se verifica uma alta no preço dos bens de consumo de assalariados e, consequentemente, decresce o salário real. Sendo isso verdadeiro, os bens de consumo de assalariados equivalentes ao salário nominal vigente não representam a verdadeira medida da desutilidade marginal do trabalho e o segundo postulado de ter validez.
O segundo postulado decorre da ideia de que os salários reais dependem das negociações salarias entre trabalhadores e empresários. Admite-se, por certo, que essas negociações se realizam, efetivamente, em termos monetários, e também que os salários reais considerados aceitáveis pelos trabalhadores não, de certo modo, independentes do nível de salário nominal correspondente. Não obstante, é a este salário nominal assim fixado que se recorre par determinar o salário real. A partir disso, a teoria clássica considera ser sempre possível à mão de obra reduzir seu salário real, aceitando uma diminuição do seu salário nominal. O postulado de que o salário real tende a igualar-se à desutilidade marginal do trabalho presume, claramente, que a própria mão de obra esteja em condições de fixar o seu salário real, embora o mesmo não aconteça com o volume de emprego oferecido em troca.
Ora, a hipótese de que o nível geral dos salários reais depende das negociações entre os empregadores e os trabalhadores não é, obviamente válida. Na verdade, é de se admirar que poucos esforços têm sido feitos no sentido de comprovar ou de refutar esta hipótese, pois está longe de ser consistente com o conteúdo geral da teoria clássica, que nos ensinou que os preços são determinados pelo custo marginal expresso em termos nominais e que os salários nominais governam, em grande parte, o custo marginal. Assim sendo, se houvesse variações nos salários nominais, seria de esperar que a escola clássica sustentasse que os preços variassem em proporção quase igual, de tal modo que o salário real e o nível de desemprego permanecessem praticamente os mesmos e, como consequência, quaisquer ganhos ou perdas, por menores que sejam, para a mão de obra, ocorrem à custa ou em proveito de outros elementos do custo marginal que permaneceu inalterado.
Em resumo, levantam-se duas objeções contra o segundo postulado da teoria clássica. A primeira refere-se ao comportamento efetivo do trabalhador. Uma redução dos salários reais, devida a uma alta de preços, não acompanhada da elevação dos salários nominais, não determina, por via de regra, uma diminuição da oferta de mão de obra disponível à base do salário corrente, abaixo do volume de emprego anterior à alta dos preços. Supor ao contrário seria admitir que as pessoas no momento desempregadas, embora desejosas de trabalhar ao salário corrente, deixariam de oferecer os seus serviços no caso de uma pequena elevação do custo de vida. 
Contudo, a outra objeção, de fundamental importância, decorre de nossa contestação da hipótese de que o nível geral dos salários reais seja diretamente determinado pelo caráter das negociações sobre salários. Ao supor que as negociações sobre salários determinam o salário real, a escola clássica descambou para uma hipótese arbitraria, pois os trabalhadores, em conjunto, não dispõem de nenhum meio de fazer coincidir o equivalente do nível geral salários nominais expresso em bens de consumo com a desutilidade marginal do volume de emprego existente.
Item III. Uma vez que a mobilidade do trabalho é imperfeita e os salários não tendem a estabelecer uma exata igualdade de vantagens liquidas para as diferentes ocupações, qualquer individuo ou grupo de indivíduos que consista numa redução dos seus salários nominais em relação a outros sofre uma redução relativa do salário real, o que é suficiente para justificar a sua resistência. Por outro lado, seria impraticável opor-se a qualquer redução dos salários reais que resultasse de alteração no poder aquisitivo do dinheiro e que afetasse igualmente a todos os trabalhadores, com efeito, não há, em geral, resistência a este modo de reduzir os salários nominais, a não ser que isto venha tingir níveis excessivos.
Em outras palavras, a competição em torno dos salários nominais influi, primordialmente, sobre a distribuição do salário real agregado entre os diferentes grupos de trabalhadores, e não sobre o montante médio por unidade de emprego, o qual depende de outra série de fatores. A consequência da união de um grupo de trabalhadores é a proteção de seu salário real relativo. O nível geral dos salários reais depende de outras forças do sistema econômico.
Item IV. É claro que por desemprego “involuntário” não queremos significar a mera existência de uma capacidade de trabalho parcialmente utilizada. Nem devemos considerar desemprego “involuntário” o abandono do trabalho por um grupo de trabalhadores que preferisse não trabalhar abaixo de certa remuneração real. Além disso, convém excluir da nossa definição de desemprego “involuntário” o desemprego “friccional”. Esta definição será, portanto, a seguinte: Existem desempregados involuntários quando, no caso de uma ligeira elevação dos preços dos bens de consumo de assalariadosrelativamente aos salários nominais, tanto a oferta agregada de mão de obra disposta a trabalhar pelo salário nominal corrente quanto a procura agregada da mesma ao dito salário são maiores que o volume de emprego existente. 
Resulta dessa definição que a igualdade entre o salário real e a desutilidade marginal do emprego, presumida pelo segundo postulado, corresponde, quando interpretada de maneira realista, à ausência de desemprego involuntário. Descreveremos este estado de coisas denominando-o pleno emprego, englobando tanto o desemprego “friccional” quanto o “voluntário” dentro do conceito de pleno emprego, em uma única definição. O desemprego aparente deve, consequentemente, ser o resultado de uma perda temporária de trabalho do tipo de “transição entre empregos”, de caráter intermitente da procura de recursos altamente especializados, ou de uma politica dos sindicatos no sentido de impedir o emprego de mão de obra não sindicalizada.
Cap. 3, Item I. Em determinada situação técnica, de recursos e de custos, o emprego de certo volume de mão de obra impõe ao empresário duas espécies de gastos: a primeira são os montantes que ele paga aos fatores de produção pro seus serviços habituais, e que denominaremos custo de fatores do emprego, a segunda são os montantes que paga a outros empresários pelo que lhes compra, juntamente com o sacrifício que faz utilizando o seu equipamento em vez de o deixar ocioso, ao que chamaremos custo de uso do emprego em questão. A diferença entre o valor da produção resultante e a soma do custo de fatores e do custo de uso é o lucro, ou, como passaremos a chamar-lhe, a renda do empresário. O custo de fatores vem a ser, naturalmente, a renda dos fatores de produção considerada do ponto de vista do empresário, de modo que o custo de fatores e o lucro formam, o que definiremos como renda total resultante do emprego oferecido pelo empresário, o lucro do empresário é a quantia que ele procura elevar ao máximo quando está decidindo qual o volume de emprego que deve oferecer. Assim é conveniente chamar a renda agregada (isto é, custo de fatores mais lucro) resultante de certo volume de emprego de produto deste nível de emprego. Por outro lado, o preço da oferta agregada da produção resultante de determinado volume de emprego é o produto esperado, que é exatamente suficiente para que os empresários considerem vantajoso oferecer o emprego em questão. 
Seja Z o preço de oferta agregada da produção resultante do emprego de N homens e seja a relação entre Z e N, que chamaremos função da oferta agregada, representada por Z== φ (N). Da mesma forma, seja D o produto que os empresários esperam receber do emprego de N homens, sendo a relação entre D e N, a que chamaremos função da demanda agregada, representada por D: f(N).
Dessa maneira, se para determinado valor de N o produto esperado for maior que o preço da oferta agregada, isto é, se D for superior a Z, haverá um incentivo que leva os empresários a aumentar o emprego acima de N e, se for necessário, a elevar os custos disputando os fatores de produção, entre si, até chegar o valor de N para o qual Z é igual a D, dessa forma, o volume de emprego é determinado pelo ponto que intersecta a função da demanda agregada com a função da oferta agregada, pois, nesse ponto que as expectativas de lucros dos empresários serão maximizadas. Chamaremos demanda efetiva o valor de D no ponto de interseção da função da demanda agregada com o da oferta agregada.
Item II. Neste resumo, passaremos a supor que o salário nominal e os outros elementos de custo permaneçam constantes por unidade de trabalho agregada.
Quando o emprego aumenta, aumenta, também, a renda real agregada. A psicologia da comunidade é tal que, quando a renda real agregada aumenta, o consumo de agregado também aumenta, porém não tanto quanto a renda, em consequência, os empresários sofreriam uma perda se o aumento total do emprego se destinasse a satisfazer a maior demanda para consumo imediato. Dessa maneira, para justificar qualquer volume de emprego, deve existir um volume de investimento suficiente para absorver o excesso da produção total sobre o que a comunidade deseja consumir quando o emprego se acha em determinado nível, a não ser que haja este volume de investimento, as receitas dos empresários serão menores que as necessárias para induzi-los a oferecer tal volume de emprego.
O montante de investimento corrente dependerá, por sua vez, do que chamaremos de incentivo para investir, o qual, como se verificará, depende da relação entre a escala de eficiência marginal do capital e o complexo das taxas de juros que incidem sobre os empréstimos de prazos e riscos diversos. Assim sendo dada a propensão a consumir e a taxa do novo investimento, haverá apenas um nível de emprego compatível com o equilíbrio, visto que qualquer outro levaria a uma desigualdade entre o preço da oferta agregada da produção em conjunto e o preço da demanda agregada, este nível não pode ser maior que o pleno emprego. A demanda efetiva associada ao pleno emprego é um caso especial que só se verifica quando a propensão a consumir e o incentivo para investir se encontram associados entre si numa determinada forma. 
Esta teoria pode ser resumida nas seguintes proposições:
1. Sob certas condições técnicas, de recursos e de custos, a renda depende do volume de emprego N.
2. A relação entre a renda de uma comunidade e o que se pode esperar que ela gaste em consumo, designado por D1, dependerá das características psicológicas da comunidade, a que chamaremos de sua propensão a consumir. Isso quer dizer que o consumo depende do montante da renda agregada e, portanto, do volume de emprego N, exceto quando houver alguma mudança na propensão a consumir.
3. A quantidade de mão de obra N que os empresários resolverem empregar depender da soma (D) de duas quantidades, a saber: D1, o montante que se espera seja gasto pela comunidade em consumo, e D2, o montante que se espera seja aplicado em novos investimentos. D é o que já chamamos antes de demanda efetiva.
4. Desde que D1 + D2: D: = φ (N), onde = φ é a função da oferta agregada, D1 é uma função de N, a qual podemos escrever χ (N), que depende da propensão a consumir, deduz-se que φ (N) – χ (N)=D2.
5. Consequentemente, o nível de emprego de equilíbrio depende (i) da função da oferta agregada, φ, (ii) da propensão a consumir, χ, e (iii) do montante do investimento, D2. Esta é a essência da teoria geral do emprego.
6. A cada volume de N corresponde certa produtividade marginal da mão de obra nas industrias de bens de consumo dos assalariados, e é isto que determina o salário real.
7. Na teoria clássica, segundo a qual D= φ (N) para todos os valores de N, o nível de emprego está em equilíbrio neutro sempre que N seja inferior ao seu valor máximo, de modo que se possa esperar que as forças da concorrência entre os empresários o elevem até nesse valor máximo. Apenas neste ponto, segundo a teoria clássica, pode haver um equilíbrio estável.
8. Quando o emprego aumenta, D1 também aumenta, porém não tanto quando D, visto que, quando nossa renda sobe, nosso consumo também sobe. Disso decorre que, quanto maior for o nível de emprego, maior será a diferença entre o preço da oferta agregada (Z) da produção correspondente e a soma (D1) que os empresários esperam recuperar com os gastos dos consumidores. Consequentemente, quando a propensão a consumir não varia, o emprego não pode aumentar, a não ser que isso aconteça ao mesmo tempo que D2 cresça, de moda que preencha a crescente lacuna entre Z e D1. Diante disso, o sistema econômico pode encontrar um equilíbrio estável com N em um nível inferior ao pleno emprego, isto é, no nível dado pela interseção da função da procura agregada e da função da oferta agregada.
Não é, portanto, a desutilidade marginal do trabalho, expressa em termos de salários reais, que determina o volume de emprego, exceto no caso em que a oferta de mão de obra disponível a certo salário real fixe um nível máximo de emprego. A propensão a consumir e o nível donovo investimento é que determinam, conjuntamente, o nível de emprego, e é este que, certamente, determina o nível de salários reais. Se a propensão a consumir e o montante de novos investimentos resultam em uma insuficiência da demanda efetiva, o nível real do emprego se reduzirá até ficar abaixo da oferta de mão de obra potencialmente disponível ao salário real em vigor, e o salário real de equilíbrio será superior à desutilidade marginal de emprego de equilíbrio.
5) Responda as seguintes questões:
a) Explique como as origens da revolução keynesiana associam-se ao problema do desemprego.
R: A teoria de Keynes se desenvolveu com a depressão de 1930, de acordo com a teoria, o nível alto de desemprego se dava devido a insuficiência de demanda agregada. Então essa teoria forneceu a base das políticas econômicas de combate ao desemprego. Dessa forma, Keynes apoiou medidas de politica fiscal para estimular a demanda, principalmente os gastos do governo com obras públicas. Em síntese, a teoria Keynesiana defendeu o uso das politicas monetárias e fiscal par regular o nível da demanda agregada. 
b) Qual postulado clássico foi rejeitado por Keynes? Explique.
R: Keynes rejeita o segundo postulado da escola clássica, que afirma que para toda oferta de mão de obra existirá equivalentemente demanda de trabalho. Keynes levanta duas objeções sobre o postulado, sendo a primeira referente ao comportamento efetivo do trabalho, aonde uma redução dos salários reais, devida a uma alta de preços, não acompanharia da elevação dos salários nominais, não determina por via de regra, uma diminuição da oferta de mão de obra disponível à base do salário corrente.
Contudo, a outra objeção, de fundamental importância, decorre de nossa contestação da hipótese de que o nível geral dos salários reais seja diretamente determinado pelo caráter das negociações sobre salários. Ao supor que as negociações sobre salários determinam o salário real, a escola clássica descambou para uma hipótese arbitraria, pois os trabalhadores, em conjunto, não dispõem de nenhum meio de fazer coincidir o equivalente do nível geral salários nominais expresso em bens de consumo com a desutilidade marginal do volume de emprego existente.
c) Descreva sobre o princípio da demanda efetiva.
R: A demanda efetiva é o ponto aonde a oferta agregada é exatamente igual à demanda agregada, sendo a demanda agregada a renda que o empresário esperar receber por ofertar determinado volume de emprego. Já a oferta agregada é a renda necessária para o empresário oferecer determinado quantidade de trabalho. Sendo assim, o empresário escolhe o seu nível de produção de acordo com a quantidade que ele esperava vender.
Preposição da teoria geral: 
· Renda depende do volume de emprego;
· Consumo depende da propensão a consumir e da renda;
· N depende das expectativas de consumo D1 e montante que se espera de ser aplicada em novos investimentos D2.
d) Explique a seguinte afirmação: “A insuficiência de demanda agregada é capaz de paralisar o aumento do emprego antes dele alcançar o nível de pleno emprego”.
R: Isso acontece, devido ao fato de quando existe uma diminuição da produção também haverá uma queda no emprego, e assim demandando menos consumo, com investimentos menores. Dessa forma quanto maior for a demanda agregada, maior será o nível de produção/renda.

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