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MÓDULO 6

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MÓDULO 6
DO MANDATO
I – Conceito:
O mandato é o contrato pelo qual alguém – mandatário – recebe de outrem – mandante – poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. (art. 653 do CC).
A idéia da “representação” é o que distingue este contrato dos demais, em especial, o de locação de serviços. Neste último, o locador atua para o locatário, ao passo que no mandato, o mandatário age em nome, no lugar e pelo mandante.
Da idéia de representação decorrem quatro conseqüências:
a) os atos do mandatário vinculam o mandante, se dentro dos poderes constantes da procuração, ainda que contravenham suas instruções;
b) se o mandatário obrar em seu próprio nome, não vincula o mandante;
c) os atos praticados além dos poderes conferidos no mandato não vinculam o mandante, se por ele não forem ratificados;
d) os atos do mandatário, praticados após a extinção do mandato, são incapazes de vincular o mandante.
Alguns atos não admitem representação, como, por exemplo, o testamento, o exercício de cargo público e a prestação de serviço militar.
O casamento admite procuração.
Casos há de representação sem que haja mandato, como na hipótese do representante legal (pai, tutor ou curador) ou judicial (inventariante, depositário judicial).
II – Natureza Jurídica:
a) unilateral: (admite-se que, às vezes, seja bilateral)
b) gratuito: (admite-se que, às vezes, seja oneroso) – O art. 658 do CC, presume gratuito o mandato quando não se estipulou retribuição, exceto se o objeto do mandato for daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão.
O mandato confiado ao advogado deve ser presumido oneroso.
c) consensual: se aperfeiçoa pelo mero consentimento das partes)
d) intuito personae: (ter carácterísticas personalíssimas)
e) não solene: embora determine a lei ser a procuração o instrumento de mandato (art. 653 do CC), admite ela tanto o mandato tácito, como o verbal (art. 656 do CC).
Exceção: art. 657 do CC – atos que a lei exige certa solenidade.
e) depende da aceitação, a qual pode ser presumida, que se dá com o início das atividades (art. 659 do CC).
III – A Procuração e o Substabelecimento:
A procuração é o instrumento do mandato (art. 653, in fine do CC).
Pode ser outorgada tanto por instrumento público como particular.
Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular (art. 655 do CC).
O substabelecimento é o ato pelo qual o mandatário transfere, ao substabelecido, os poderes que lhe forem conferidos pelo mandante. Pode ser efetuado reservando-se ao procurador os mesmos poderes para si, ou sem reserva.
Questão relevante é a da fixação da responsabilidade por atos praticados pelo substabelecido e de que resultam prejuízos para o mandante. O legislador figura três hipóteses diferentes:
a) procurador tem poderes para substabelecer: não responde ele pelos danos causados, a não ser que o mandante prove que a escolha recaiu em pessoa notoriamente incapaz, ou notoriamente insolvente (art. 667, parágrafo 2o., do CC).
b) procurador substabelece a despeito de não haver sido autorizado para tanto: sua responsabilidade aumenta, pois responde pelos prejuízos que o mandante experimentar em virtude do comportamento negligente do substabelecido (art. 667 do CC).
c) a despeito de proibição, o procurador substabelece: Nessa hipótese, por ser mais grave, o mandatário responderá pelos atos de seu substituto, não só pelos derivados da culpa ou dolo, como também pelos verificados em razão de caso fortuito e força maior, salvo se provar que o dano teria ocorrido ainda que não houvesse substabelecimento (art. 667, parágrafo 1o. do CC).
Obs: Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os atos praticados pelo substabelecido não obrigam o mandante, salvo ratificação expressa, que retroagirá à data do ato (art. 667, parágrafo 3o. do CC).
Se omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o procurador será responsável se o substabelecido proceder culposamente (art. 667, parágrafo 4o. do CC).
IV – Poderes conferidos no mandato:
Mandato ad negocia ou extrajudicial (autorização para a prática de atos extrajudiciais da vida civil).
Mandato ad judicia ou judicial autorização para a prática de atos judiciais).
V – Obrigações do Mandatário
a) agir em nome do mandante, com o necessário zelo e diligência;
b) transferir ao mandante as vantagens que em seu lugar auferir (art. 668 do CC):
conseqüências:
b.1) pelas somas que deveria entregar ao mandante mas empregou em proveito próprio, pagará o mandatário juros desde o momento em que abusou (art. 670 do CC);
b.2) se o mandatário comprar em nome próprio, algo que deveria comprar para o mandante, terá a obrigação da entrega da coisa (art. 671 do CC)
c) prestar, a final, contas de sua gestão (art. 668 do CC). Não é possível compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos que tenha granjeado ao seu constituinte (art. 669 do CC)
d) concluir os negócios já iniciados no caso da hipótese do artigo 674 do CC.
e) direito de retenção pelo que despendeu no exercício do encargo: art. 681 do CC.
VI) Dois ou mais mandatários:
Observar da regra do art. 672 do CC que diz que qualquer dos mandatários poderá exercer os poderes outorgados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem especificadamente designados para atos diferentes, ou subordinados a atos sucessivos.
VII – Obrigações do Mandante
a) honrar as obrigações assumidas pelo mandatário, dentro dos poderes conferidos no mandato (art. 675 do CC). Sobre essa passagem, observar, também, atentamente, a regra excepcional do art. 679 do CC que fala nas perdas e danos em razão da inobservância das instruções por parte do mandatário.
b) pagar o mandatário, quando oneroso o contrato (art. 676 do CC);
c) reembolsar as despesas efetuadas pelo mandatário, ainda que o negócio não surta os efeitos esperados (art. 676 do CC);
d) indenizar o mandatário dos prejuízos experimentados na execução do mandato (art. 678 do CC).
Seguro
No contrato de seguro, uma pessoa – segurador – se compromete, mediante o pagamento de parcelas periódicas – prêmio –, a indenizar uma outra – segurado – de prejuízos ou danos futuros – sinistro.
O instrumento do contrato de seguro é a apólice ou o bilhete do se¬guro, que deverá conter, segundo a lei: os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário.
Como alerta Maria Helena Diniz, existem três espécies de apólice e bilhete de seguro no tocante à sua titularidade:
a) nominativos, que men¬cionam o nome do segurador, do segurado e de seu representante, se for o caso, ou de terceiro beneficiário;
b) à ordem, quando forem transmissíveis por endosso em preto; ou
c) ao portador, quando transmissíveis por simples tradição, espécie inadmissível nos seguros de vida ou de pessoas, casos em que é relevante a identidade do beneficiário.
Trata-se de contrato aleatório, posto que a obrigação da seguradora de indenizar se concretizará apenas com o acontecimento de um evento futuro e incerto, que é a ocorrência do sinistro.
É claro que os riscos pelo qual se obriga a segu¬radora serão previamente estabelecidos na apólice, podendo estar rela¬cionado com pessoas ou coisas.
Ademais, salientamos que para que a seguradora esteja efetivamente vinculada ao cumprimento da sua obrigação, qual seja a de pagar a indenização em caso de ocorrência de sinistro, deve o segurado cumprir a sua parte do contrato, pagando, no tempo, forma e modo devidos, o valor do prêmio. Nesse sentido, caso ocorra o sinistro, estando o segurado em mora, não haverá o pagamento da indenização.
Estando o contrato com regular cumprimento dado pelas partes, ocorrendo o sinistro, deverá a seguradora apresentar o pagamento da indenização em dinheiro, salvo disposição expressa em contrário de reposição da coisa.
Veja-se, nessa passagem, o art. 776, do Código Civil sobre o pagamento da indenização; e, uma vez pagoo devido ao segurado, a seguradora terá direito de regresso em face do causador do dano, segundo a Súmula 188, do Supremo Tribunal Federal: “O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo que efetivamente pagou, até ao limite previsto no contrato de seguro”
Importante destacar outras figuras do contrato de seguro, como leciona Silvio Luís Ferreira da Rocha: “Como espécies de seguros, mas com finalidades diversas, temos o resseguro e o co-seguro. Ambos visam a repartir os riscos. Com o resseguro o segurador transfere para outros seguradores parte dos riscos que ele assumiu, mediante a celebração de outro contrato de seguro ou mediante a cessão do contrato de seguro. Já no co-seguro, o segurador propõe ao segurado que escolha, para a cobertura global do risco, diversos seguradores, de modo que cada um deles assume uma parte do risco. A diferença entre um e outro está que, no primeiro, o segurado é alheio ao contrato, pois a operação de resseguro diz respeito com exclusividade ao segurador e ressegurados, enquanto no segundo, o co-seguro, o segurado é parte, pois concordou em escolher vários seguradores”.
Por fim, o seguro mútuo (mutual corporations) é aquele que se constitui “de um grupo de pessoas que se dispõem a proteger determinado prejuízo, a fim de que sua repercussão se atenue pela dispersão dos valores vertidos em favor da coletividade restrita. Forma-se uma entidade de auxílio mútuo para a qual contribuem todos os integrantes em benefício dos sócios atingidos pelo infortúnio”.

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