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PUC-Rio Disciplina: O Humano e o Fenômeno Religioso Professor: Marco Antônio Bonelli Alunas: Anna F. Valente, Giovana Saraiva, Giulia Brito, Daniela Lipka e M. Eduarda Benjó Após a leitura da reportagem da Revista Veja "Como curar um Jihadista" de Nathalia Watkins, é possível perceber que o principal problema retratado na mesma é a frequente saída de jovens da Europa, principalmente da França, para lutar entre grupos terroristas na Síria e no Iraque. Essa questão é muito grande e envolve diversas pessoas e instituições, como a família desses jovens, líderes religiosos e os governos dos países europeus, juntos procurando uma solução para tentar reduzir e/ou extinguir o número de jovens que saem da Europa para ir lutar nas chamadas “jihads”. Inspirado no canal Britânico Channel, a França criou o centro de atendimento telefônico “Pare com o Jihadismo”, sendo mais de 60% das ligações realizadas por mães que percebem um comportamento de crescente radicalismo religioso por parte de seus filhos e começam a se preocupar. Um em cada seis telefonemas é considerado como se tratando de um potencial jihadista que, uma vez identificado, as autoridades podem prendê-lo, confiscar o passaporte ou em casos que apresentam maior perigo, encaminhar esse jovem ao setor de serviço social. Nesse setor é feito um processo de desradicalização, que consiste em sessões de psicoterapia dos jovens junto a seus parentes. O imã Dahou Meskine conversa com os jovens para lhes apresentar uma versão mais moderada da religião islâmica. No entanto, ele é apenas um dos muçulmanos empenhados nesse objetivo, apresentar o Corão de uma forma menos agressiva e radical, fazendo com que os jovens desistam da ideia de sair do país com destino às guerras religiosas. Apesar dessas tentativas, as mesmas podem produzir efeitos colaterais. Uma suposta solução que foi criada é o imediato encaminhamento dos jihadistas franceses que voltaram ao país para a detenção. Na prisão, não existe um programa de reintegração social, fazendo com que muitos dos detentos continuam com seus pensamentos e atos radicais. A falta de apoio e aceitação do governo faz com que a situação continue a mesma. Dentro da população carcerária estão os detentos jihadistas que acabam influenciando outros jovens muçulmanos detidos por outros crimes, e os primeiros acabam incentivando os segundos com sua ideologia. A questão principal é “desrradicalizar”, assim é necessário que outros muçulmanos mais moderados intervenham na situação, porém são poucos que se ingressam nesse trabalho com os detentos. São apenas 182 para uma população carcerária de 30.000 muçulmanos. Na reportagem, a religião é abordada em sua forma mais extrema. Tal extremismo pode ser associado à diversos atos de violência e ódio, que volta e meia acabam tornando-se manchete nos jornais ao redor do globo. Isto ocorre porque, em diversas situações, aqueles que praticam o terrorismo acreditam que o ato em questão é uma maneira de praticar a fé; o referido ódio e violência, em conjunto, seriam um meio aderido por estes de exercer suas crenças. Todavia, a religião, como dito na matéria, apesar de ser apontada como uma das culpadas e responsáveis por atos terroristas, não concorda nem está de acordo com tais; esta perpetua-se em busca de reabilitar os indivíduos que foram doutrinados a pensar e agir desse modo exacerbadamente intenso e tão prejudicial à todas as sociedades que compõem o planeta. De acordo com o que observamos nas questões retratadas acima, é possível concluir que o terrorismo é tanto um problema religioso quanto social. Se originando a partir de uma vertente radical da religião e atraindo simpatizantes dessa visão dentro da própria e chegando ao ponto de afetar a vida de pessoas fora desse círculo através de atentados ou atos radicais em nome dessa crença. Embora essa questão seja algo tratado recentemente, o sociólogo Durkheim já proferia ideias as quais podem explicar essa situação. O sociólogo acreditava que a religião era capaz de unir as pessoas perante uma causa e promover a harmonia em um grupo pois várias pessoas se reuniam para discutir e defender a mesma crença. O que pode ser associado com o fato de seguidores dessas vertentes radicais se reunirem para expor seus ideais ao mundo mesmo que de forma prejudicial. Embora a ideia de harmonia social proposta por Durkheim por meio da religião fosse gerar uma sociedade coesa e não prejudicial, sua visão sobre a mesma serve para mostrar como esse problema se dá com tanta ênfase. E, utilizando esse mesmo meio que proveem força a eles, seremos capazes de combater esse problema de forma eficiente e justa. De acordo com o que observamos nas questões retratadas acima, é possível concluir que o terrorismo é tanto um problema religioso quanto social. Se originando a partir de uma vertente radical da religião e atraindo simpatizantes dessa visão dentro da própria e chegando ao ponto de afetar a vida de pessoas fora desse círculo através de atentados ou atos radicais em nome dessa crença. Embora essa questão seja algo tratado recentemente, o sociólogo Durkheim já proferia ideias as quais podem explicar essa situação. O sociólogo acreditava que a religião era capaz de unir as pessoas perante uma causa e promover a harmonia em um grupo pois várias pessoas se reuniam para discutir e defender a mesma crença. O que pode ser associado com o fato de seguidores dessas vertentes radicais se reunirem para expor seus ideais ao mundo mesmo que de forma prejudicial. Embora a ideia de harmonia social proposta por Durkheim por meio da religião fosse gerar uma sociedade coesa e não prejudicial, sua visão sobre a mesma serve para mostrar como esse problema se dá com tanta ênfase. E, utilizando esse mesmo meio que proveem força a eles, seremos capazes de combater esse problema de forma eficiente e justa.
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