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AULA 03 CAPACIDADE DE CARGA Victor S. Terra Fundações Profundas 1° Semestre/ 2017 CAPACIDADE DE CARGA A capacidade de carga de uma fundação é a sua carga máxima, acima da qual as deformações não mais se estabilizam. Esta carga limite é conhecida como carga última ou carga máxima. Carga de projeto: é definida como a carga última (Pu) dividida por um fator de segurança (FS): Em termos gerais, o FS sugerido pela Norma (NBR 6122/2010) é: FS = 3,0 (fundações rasas); e FS = 2,0 (fundações profundas). { proj Pu P FS CAPACIDADE DE CARGA Métodos de determinação da capacidade de carga Métodos Teóricos calcula Pu por meio das propriedades de resistência do solo. Métodos Empíricos calcula Pu a partir de um banco de dados nacional, ou até mesmo regional, se possível. Métodos Práticos determina o valor de Pu por meio de provas de cargas. CAPACIDADE DE CARGA Métodos Teóricos Determinação da carga última por meio das propriedades de resistência do solo; Coesão e ângulo de atrito: são obtidos por meio dos ensaios de cisalhamento direto e triaxial. Peso específico: obtido por meio do ensaio de determinação da massa específica. MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO CURTO (z = 3,0 m) Teoria de Terzaghi (1943) A tensão última é encontrada por meio da seguinte equação: Onde: qu = tensão última ou máxima (kPa); c = coesão do solo (kPa); γ = peso específico do solo sob a fundação (kN/m³); B = diâmetro do tubulão (m); Nc, Nq, Nγ = fatores de capacidade de carga (função do ângulo de atrito do solo); Sc, Sq, Sγ = fatores de correção da forma. 12u c qc qq c N S S Sq N B N Teoria de Terzaghi (1943) MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO CURTO (z = 3,0 m) Teoria de Terzaghi (1943) Fator de forma: 12u c qc qq c N S S Sq N B N Terzaghi Sc 1,3 Sq 1,0 Sγ 0,8 – base quadrada ou retangular 0,6 – base circular MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO CURTO (z = 3,0 m) Teoria de Terzaghi (1943) Logo, para tubulões: Exemplo 01: Dimensionar a base de um tubulão com 3,0 metros de profundidade para suportar uma carga de 300 tf. Dados: 1,3 0,3u c qq c N q N B N MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO CURTO (z = 3,0 m) 12 28 18 / ³n c kPa kN m Exemplo 01: Dimensionar a base de um tubulão com 3,0 metros de profundidade para suportar uma carga de 300 tf. MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO CURTO (z = 3,0 m) 2 2 2 3000 3 11459,16 4 4 proju u P FSP q D BA B 300 3000tf kN 2 2 3 11459,16 1454,86 84,78 11459,16 1454,86 84,78 2,70 uq B B B B B m MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) * * * * * 1,3 2 : , s u s k q c Nc q Nq onde Nc Nq k Teoria de Meyerhof Para maiores profundidades, o modelo de ruptura da fundação se altera de “generalizada” para “localizada”; A tensão última de compressão na ponta é calculada como: Outros fatores de capacidade de carga; Coeficiente médio de empuxo ao longo do fuste. MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) ,c Teoria de Meyerhof * * 2 3 2 3 c c tg tg * * c c tg tg { { MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) Teoria de Meyerhof MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) Teoria de Meyerhof Obs.: Para solos transportados o valor de ks pode ser estimado a partir de : Areias e siltes Argilas Obs.: Para solos residuais, o valor de pode variar bastante, inclusive ultrapassando o valor de “1”. 0 0 1 sin( ) 0,95 sin( ) s s k K k K 0K Nesse caso, pode-se obter o valor de K0 pode ser obtido por meio do ensaio pressiométrico, ou no mínimo, com o Dilatômetro de Marchetti (DMT). MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) Exemplo 02: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3000 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 10,0 metros de profundidade. MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) Exemplo 02: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3000 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 10,0 metros de profundidade. * * * 2 2 15 10 3 3 2 30 21,05 3 c c kPa tg tg Resolução Usar sempre os valores do solo no qual a fundação se apoia! * * * * 21,05 60 21,05 22 Nc Nq MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) Exemplo 02: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3000 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 10,0 metros de profundidade. 6 16 4 17 164q kPa Resolução Cálculo de ks: 1 sin(28 ) 0,531sk 0,95 sin(30 ) 0,45sk 6 0,531 4 0,45 0,51 10 sk Camada 1 Camada 2 Média ponderada MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) Exemplo 02: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3000 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 10,0 metros de profundidade. Resolução * * *1,3 2 0,51 1,3 10 60 164 22 2 1700,04 s u u u k q c Nc q Nq q q kPa MÉTODO TEÓRICO – TUBULÃO LONGO (z > 3,0 m) Exemplo 02: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3000 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 10,0 metros de profundidade. Resolução 2 1700,04 850 2 3000 3,53 ² 850 4 4 4 2,12 2,20 3,53 u proj proj proj q q kPa FS P B A m q B m m A MÉTODO EMPÍRICO Calculado da mesma forma que para sapatas: Onde: tensão admissível do solo, em kPa; Número de golpes SPT; k = Fator de correção que varia com o tipo de solo. 100SPTadm N k adm SPTN K Solo 3 Pedregulhos 4 Areias 5 Siltes e Argilas MÉTODO EMPÍRICO Exemplo 03: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3600 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 5 metros de profundidade no perfil abaixo: Prof. (m) Nspt Solo 0-1 XXX Argila arenosa 1-2 7 Argila arenosa 2-3 9 Argila arenosa 3-4 15 Argila arenosa 4-5 19 Argila arenosa 5-6 20 Argila arenosa 6-7 25 Argila siltosa MÉTODO EMPÍRICO 100 20 100 400 5 SPT adm adm N k kPa Exemplo 03: Dimensionar a base de um tubulão para suportar uma carga de 3600 kN. Considere que o tubulão esteja apoiado a 5 metros de profundidade no perfil abaixo: Prof. (m) Nspt Solo 0-1 XXX Argila arenosa 1-2 7 Argila arenosa 2-3 9 Argila arenosa 3-4 15 Argila arenosa 4-5 19 Argila arenosa 5-6 20 Argila arenosa 6-7 25 Argila siltosa 3600 9 ² 400 proj proj adm adm P P A m A 2 4 9 3,39 3,40 4 B A B m CÁLCULO DA GEOMETRIA DE UM TUBULÃO Dimensionamento da geometria: Diâmetro da Base (B); Calculado conforme apresentado nos slides anteriores. Diâmetro do fuste ( ); Altura da Base (Hb). f CÁLCULO DA GEOMETRIA DE UM TUBULÃO Dimensionamento do diâmetro do fuste ( ) Deve ser tal que obedeça às três condições abaixo: Diâmetro mínimo estabelecido pela NBR 6122/2010: 60 cm; Deve caber o pilar; Deve suportar estruturalmente a carga do pilar. f CÁLCULO DA GEOMETRIA DE UM TUBULÃO Dimensionamento do diâmetro do fuste ( ) Diâmetro mínimo para caber o pilar: f 6f Diagonal cm CÁLCULO DA GEOMETRIA DE UM TUBULÃO Dimensionamento do diâmetro do fuste ( ) Diâmetro mínimo para caber o pilar: Onde: = área do fuste (m²);= Coef. De majoração das cargas, igual a 1,4; = fator para prevenir contra a flambagem, igual a 1,1; = fck do concreto, em kPa; = coef. De minoração da resistência do concreto, igual a 1,6. f 0,85 proj f f c P A fck f f c A fck CÁLCULO DA GEOMETRIA DE UM TUBULÃO Dimensionamento da altura da base (Hb): A altura da base não deve ultrapassar 2,0 metros: Onde: rod = altura do rodapé, em metros; tan 60 2 fB Hb rod Caso Hb > 2,0 m, deve-se aumentar o diâmetro do fuste até que a altura da base fique abaixo de 2,0 metros. CÁLCULO DA GEOMETRIA DE UM TUBULÃO Exemplo 04: Para os dados dos exemplos 01, 02 e 03, calcule o diâmetro do fuste e a altura da base. Considerar: fck = 20 MPa; rod = 20 cm.
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