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ETICA E MEIO AMBIENTE

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FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCATIVA CRISTÃ DE ARIQUEMES – FAECA
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA – IESUR
FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAR
ÉTICA E MEIO AMBIENTE:
A Ética e as ações humanas.
Anna Maria De Araújo Ciufa
Bruno Henrique Silva Do Nascimento
Emily Dafiny Simões Ramos
Hellen Gomes Rosa
Leliane Alves De Aguilar
Thais Tavares Gonçalves
Thiago Garcia
ARIQUEMES - RO
2017
Anna Maria De Araújo Ciufa
Bruno Henrique Silva Do Nascimento
Emily Dafiny Simões Ramos
Hellen Gomes Rosa
Leliane Alves De Aguilar
Thais Tavares Gonçalves
Thiago Garcia
ÉTICA E MEIO AMBIENTE:
A Ética e as ações humanas
Trabalho avaliativo apresentado como requisito avaliativo na matéria de Ética do 2º Período de Direito nas Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr.
Docente: Rafael Malmann.
ARIQUEMES
2017
INTRODUÇÃO
Ética Ambiental é uma conduta de comportamento do ser humano com a natureza, cuja base está na conscientização ambiental e no compromisso de preserva-la, estuda as atitudes do ser humano em relação à natureza, tendo em vista a conservação da vida na terra.
A ética e a sustentabilidade se relacionam, com o intuito de preservar as futuras gerações, para que nosso comportamento de hoje não possa causar consequências no futuro. A prioridade no momento é o desenvolvimento sustentável, sendo essencial uma mudança de comportamento de imediato em relação de como tratar os recursos naturais. 
A ação do homem, resulta danos a água, o solo, o ar, e a perda da biodiversidade. A população já sofre uma queda significativa na qualidade de vida, pelos danos causados a natureza e que num futuro refletirá diretamente na falta de suprimentos de alimentos, na manutenção da saúde, a desastres ambientais (que já estamos sofrendo) redução e restrição ao uso de energia, diminuição da oferta e distribuição irregular de água potável, aumento de doenças e epidemias, instabilidade social e econômica. A ética ambiental precisa imediatamente ser inserida em todos os setores, todos precisam de conhecimento e informações, para que reflitam e coloquem em prática este novo paradigma.
Até metade do século XIX, a população mantinha certa harmonia com o meio ambiente. Com o surgimento da era industrial e das grandes aglomerações urbanas, houve aumento nos danos ao meio ambiente o que resultou em extinção de espécies de animais, morte de rios e o desaparecimento de áreas verdes entre outros prejuízos a natureza.
ETICA E MEIO AMBIENTE
A ética do meio ambiente começa pelo reconhecimento do valor da natureza para a preservação da espécie humana: da importância da fauna, da flora, da variedade das espécies animais, da vida selvagem, do ar puro e da água limpa para a vida dos seres humanos. Trata-se do reconhecimento de uma qualidade que a natureza objetivamente possui: a de possibilitar e garantir a nossa sobrevivência física e o nosso desenvolvimento social.
Com o crescimento populacional e econômico, o meio ambiente vem sofrendo grandes quantidades de subprodutos ou resíduos em forma de matéria ou energia, com isso interferindo no ciclo vital dos animais e principalmente do homem.
A Sociedade contemporânea, não tem mais como aceitar que o mero crescimento econômico sirva de justificativa e sustentação para a devastação, degradação e destruição do Meio Ambiente, como se fez até a modernidade. Imprescindível e urgente acordar para uma nova consciência ética frente à fragilidade do mundo natural, com suas complexas questões ambientais, objetivando o surgimento de uma Sociedade mais equitativa, pacífica e harmoniosa, e a própria preservação da vida humana no planeta. 
Essas atitudes (desmatamento, poluição, entre outros) vem ocorrendo durante anos mais só agora podemos perceber as grandes consequências, que estão ocorrendo no mundo.
 ÁGUA
Todos precisam de água, por isso não se tem o direito de utilizar toda água que quiser. A água tem sofrido muito com os descartes incorretos de lixo e substancias. Nas duas últimas décadas várias conferências internacionais importantes postularam a necessidade de que se adote um compromisso ético com respeito ao suprimento das necessidades básicas de água da humanidade: Mar del Plata, em 1977; a Conferência sobre a Água e o Meio Ambiente, em Dublin; a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, em 1992; a avaliação dos recursos de água doce do mundo, de 1997, patrocinada pelas Nações Unidas; e outras mais. Cada vez mais são encontrados vínculos, em todo o mundo, entre a política de água e a ética. Por exemplo: a nova Constituição da África do Sul, que associa diretamente a disponibilidade de água à dignidade humana, quando afirma que a falta de garantia do acesso à agua e aos serviços sanitários tem um impacto significativo no direito à dignidade e no direito à vida.
Todos precisam ter consciência de que a água é essencial para a vida e que sem ela não somos e nem temos nada, ter ética de e preservar esse nosso bem tão essencial para a sobrevivência. 
Os debates sobre a administração dos recursos hídricos refletem debates mais amplos sobre a ética social, relacionando-se com o que muitos consideram princípios éticos universais por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, das Nações Unidas, de 1948, e a proclamação da Conferência das Nações Unidas sobre a Água, de 1977, segundo a qual todos os povos têm direito ao livre acesso à água potável em quantidades e de qualidade iguais às das suas necessidades básicas.
Esses princípios podem ser aplicados diretamente ao tema da água, e são assim resumidos:
O princípio da dignidade humana, pois não há vida sem água, e àqueles a quem se nega a água nega-se a vida;
O princípio da participação, pois todos os indivíduos, especialmente os pobres, precisam estar envolvidos no planejamento e na administração da água; e na promoção desse processo se reconhece o papel do gênero e da pobreza;
O princípio da solidariedade, pois a água confronta os seres humanos com a interdependência a montante e a jusante, e as propostas correntes de uma administração integrada dos recursos hidráulicos podem ser vistas como uma consequência direta dessa consciência;
O princípio da igualdade humana, entendido como a concessão a todas as pessoas do que lhes é devido, e que descreve perfeitamente os desafios atuais da administração das bacias fluviais;
O princípio do bem comum, pois, segundo a definição aceita por quase todos, a água é um bem comum, e se não for administrada adequadamente a dignidade e o potencial humanos ficam reduzidos para todos, e são negados a alguns;
O princípio da economia, que ensina o respeito pela criação e o uso prudente, e não uma reverência extremada pela natureza; com efeito, boa parte da administração hídrica diz respeito ao encontro de um equilíbrio ético entre o uso, a mudança e a preservação da nossa terra e dos recursos hidráulicos.
SOLO
Os seres vivos são dependentes dos benefícios gerados pelo solo, o solo é um recurso natural essencial para a manutenção da vida. A espécie humana sempre dependeu do solo para a sobrevivência, o qual sendo conservado propicia grandes benefícios à vida. A variedade da alimentação humana advém da imensa área de solos cultivados e atividades agropecuárias. Portanto, a preservação é necessária e indispensável. Por isso é necessário ser ético em preservar o solo.
O solo tem sofrido grandes interferências promovidas pelo manejo incorreto, essas interferências reduzem sua qualidade e a produtividade, resultando na destruição da estrutura do solo. A ação do homem inicia o processo de degradação (desmatamentos, queimadas, poluição, etc.) e o intemperismo de forma natural amplia os impactos.
Quando o solo não recebe nutriente e tratamento adequado, ele pode perder suas propriedades naturais e se tornar infértil. O descarte incorreto de materiais e a má utilização do solo prejudicam o mesmo. As consequências de ações prejudiciais são sentidas não só na saúdedas plantas, mas também na saúde dos animais e dos seres humanos. Para mudar essa realidade é importante tomar tais medidas: 1- Conservação da vegetação nativa; 2- Reflorestamento; 3- Rotação de cultura; 4- Combate à erosão; 5- Atenção com o lixo.
AR
O ar é completamente indispensável para a sobrevivência de todos, sem ar não se respira, sem respirar não se sobrevive. Portanto é necessário que todos se conscientizem e sejam éticos o suficiente a ponto de preservar o ar, que é tão essencial para a sobrevivência de tudo e de todos.
A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico. O ar poluído penetra nos pulmões, ocasionando o aparecimento de várias doenças, em especial do aparelho respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar.
A diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial de Saúde (OMS), na Suíça, Maria Neira, a partir do tema, apresentou dados alarmantes: 25% da população mundial morre, por ano, em decorrência da destruição do meio ambiente. Desses, 6,5 milhões de pessoas morrem vítimas da poluição do ar. Além disso, a contaminação atmosférica é um dos fatores que influenciam no aumento de doenças como acidente vascular cerebral, infarto no miocárdio e o câncer.
É importante que sejam revistas as atitudes individuais e cobrar dos representantes e superiores atitudes referentes à qualidade do ar. O uso de filtros em chaminés de indústrias, investimento no transporte coletivo e em ciclovias (a fim de reduzir o número de automóveis nas cidades), criar sistemas de carona entre os colegas, evitar queimadas, reduzir ou não fazer o consumo de carne (o esterco, a fermentação gástrica e intestinal dos ruminantes e o desmatamento para criar pastos são extremamente impactantes), reutilização de materiais, uso de energias menos ou não poluentes e não adquirir produtos que contém CFC’s (estes têm capacidade de destruir a camada de ozônio) são algumas medidas que podem ser adotadas.
PERDA DE BIODIVERSIDADE
Biodiversidade refere-se tanto ao número de diferentes categorias biológicas quanto à abundância dessas categorias. Ela inclui a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência. “Os recursos naturais são os produtos da Terra que permitem a existência da vida e a satisfação das necessidades humanas”. (Rigolin-Sá, 2003, p.21).
	Biodiversidade em extinção no Brasil:
	Plantas:
	Animais:
	Andiroba
	Mico-leão-dourado
	Arnica
	Muriqui-do-norte
	Pau-Brasil
	Onça-pintada
	Xaxim
	Saíra militar
	Palmito-juçara
	Sapo folha
	Jequitibá
	Soldadinho do Araripe
	Araucária
	Tamanduá bandeira
	Castanheira
	Tartaruga de couro
	Mongo
	Tartaruga oliva
	Entre outros...
É necessário que se preserve a natureza para que a biodiversidade continue sendo este diversificado conjunto de elementos naturais, para que consigamos continuar a encontrar uma inúmera quantidade de seres vivos, das mais variadas espécies, classes, filos, famílias, etc. e diferentes ecossistemas nos quais habitam e formam a nossa vasta biodiversidade. Cada planta e animal tem seu papel, por isso todos são importantes para empenhar suas funções, que por mais que tentemos substituir, nunca será igual. Deve se ter ética e preservar, pois se não preservar, terá consequências.
Dentre as possíveis maneiras de se evitar, ou ao menos reduzir, as implicações do uso em excesso da biodiversidade, tem-se a educação, um meio pelo qual se podem desenvolver habilidades nas pessoas para que não destruam a biodiversidade que nos cerca. É preciso uma conscientização rigorosa para que se possa ter respeito pelas espécies que são de todos nós, considerando que os seres humanos também fazem parte de uma espécie, ou seja, que fizemos parte da natureza e que podemos vir a sofrer com a falta da diversidade de espécies. A ação em conjunto de indivíduos e governo pode tornar-se uma maneira de proteger a biodiversidade e com isso a extinção das espécies, tendo em vista a educação ambiental.
Porém “A conservação da biodiversidade não pode se limitar à conservação de algumas espécies ou meios de interesse patrimonial” Lévêque (1999). Para se conservar a diversidade de espécies é preciso que os seres humanos a preservem, considerando que somos partes integrantes da biodiversidade.
PARADIGMAS DA ETICA AMBIENTAL: ANTROPOCÊNTRICO E ECOCÊNTRICO
De maneira geral, a visão antropocêntrica considera que a natureza merece considerações morais apenas na medida em que a maneira como ela é tratada afeta a humanidade, ou seja, ela termina por ser vista como uma propriedade pra uso e benefício humanos.
A visão ecocêntrica considera que a natureza tem valor intrínseco, que vai além daquele associado ao seu uso pelos humanos. Esse paradigma defende o valor não instrumental dos ecossistemas e da ecosfera, cujo equilíbrio pode obrigar a limitar determinadas atividades humanas. 
O NOVO PARADIGMA
O novo paradigma ético está fundamentado no valor universal que é a vida.
Respeitar a vida é um agir conforme a nova ética. Reconhecer a subjetividade da natureza, algo antes atribuído somente aos humanos, esse é o primeiro passo para a interiozação de uma ética o que pode ser chamada de ética ambiental. 
Afastar a ideia de que somos o "centro da criação" é igualmente importante, pois nós torna um igual participando do todo. Nesse sentido não somos mais nem menos que outros seres existentes e, portanto, nosso direito á vida é, deve ser, partilhado aos demais. Torna-se um desejo de querer servir á vida. 
   Um novo paradigma de produção sustentável requerem transformações concominantes das ordens econômica, política e cultural, bem como das consciências e comportamentos dos seres humanos. Nesse sentido, a educação ambiental apresenta-se como um instrumento indispensável na compreensão da natureza complexa do meio ambiente e na interpretação da interdependência dos diversos elementos que conformam a realidade.
IMPLICAÇÕES
Esses paradigmas vão determinar como os indivíduos ou grupos de indivíduos enxergam o mundo, seus planos e suas possíveis soluções, em um determinado contexto. Como os indivíduos constroem suas visões de mundo simplesmente vivendo, crescendo e sendo educados em um meio sociocultural particular, frequentemente não consideram que os paradigmas moldam sua compreensão sobre os problemas da sociedade e que podem existir formas de pensamento alternativas. Eles, são geralmente, inconscientes de como a visão de mundo afeta seus valores, crenças, atitudes e posicionamentos morais.
   Os paradigmas ambientais, que moldam o relacionamento entre os homens e seu ambiente natural, vão refletir no que os indivíduos acreditam ser certo e bom nessa relação, que são duas noções básicas que determinam e são determinadas pelas perspectivas morais dos indivíduos.
   Os pressupostos dos paradigmas assumidos pelos indivíduos vão ter influência não somente sobre o que consideram certo ou bom, mas também em seus valores, crenças, atitudes e comportamentos. A maneira como os indivíduos lidam com a natureza está intimamente relacionado à maneira como ele percebe seu relacionamento com o planeta.
DIREITOS DOS ANIMAIS NÃO HUMANOS
O Código Civil brasileiro leciona em seu primeiro artigo que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. O que leva a aferi que existe um requisito essencial para a atribuição de direitos a um determinado sujeito: este deve ser uma pessoa.
Quando refere-se aos animais a legislação pátria define os animais silvestres como bem de uso comum do povo, ou seja, um bem difuso indivisível e indisponível; já os domésticos são considerados peloCódigo Civil como semoventes passíveis de direitos reais.
O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Considera que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer. Esta compreensão quebra com a lei mais universal: a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes. (BOFF, 2000, p.29)
Ao contrário de tudo isso, Tom Regan afirma que direitos dos humanos e animais sejam fundamentados: remarque-se que não se trata de direitos positivos, e sim de direitos morais. Ele traz duas categorias de direitos que acaba por produzir um círculo: se os direitos humanos podem ser fundamentados (através do postulado do valor inerente), não se justifica a exclusão dos animais (preconceito especista); por outro lado, apenas se os critérios adotados para a atribuição de direitos aos animais forem aceitos (sensibilidade e consciência de si) é que se podem legitimar os direitos humanos (evitando critérios excludentes como linguagem e racionalidade ou capacidade de reivindicar direitos).
A visão de Tom Regan vem do “argumento dos casos não-paradigmáticos”: Seres humanos com retardo mental têm status moral, embora sejam deficientes em racionalidade. Na mesma situação se encontram crianças que a desenvolveram plenamente sua autonomia ou idosos senis. s. “Não-paradigmático” refere-se, pois, àqueles que não têm o que é paradigmático no ser humano –a posse de algum atributo, como racionalidade, por exemplo. Assim, certos animais têm certos direitos porque humanos não-paradigmáticos têm tais direitos
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS
Nesse contexto, em 15 de Outubro de 1978, em Paris, ativistas levaram a UNESCO, em causa pela defesa dos direitos animais, a Declaração Universal dos Direitos Animais, que nada mais é do que uma proposta para diploma legal internacional que visa criar parâmetros jurídicos para os países membros da Organização das Nações Unidas, sobre os direitos animais, constando o seguinte: 
Preâmbulo: Considerando que todo o animal possui direitos; Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza; Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo; Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros; Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante; Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais, proclama-se o seguinte:
Artigo 1º: Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
Artigo 2º: 1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.
Artigo 3º: 1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis.
2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia. 
Artigo 4º: 1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito 
de se reproduzir.
2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito. 
Artigo 5º: 1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito. 
Artigo 6º: 1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.
Artigo 7º: Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso. 
Artigo 8º: A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência medica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas. 
Artigo 9º: Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor. 
Artigo 10º: Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2. As exibições de animais e espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Artigo 11º: Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida. 
Artigo 12º: 1. Todo o ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, crime contra a espécie.
2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio. 
Artigo13º: 1. O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditadas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal. 
Portanto, essa declaração não impõe penas ou sanções, mas ela mostra o que certo e errado fazer no âmbito moral.
ANIMAIS USADOS PARA DIVERTIMENTO
As vidas dos animais de circos, zoológicos, parques, touradas, vaquejadas, rodeios, e outros espetáculos semelhantes ocasionam, na maioria dos casos, a falta de liberdade destes. Esses animais são mantidos presos em celas, gaiolas, currais, para que possam, mais tarde, serem usados para divertimento e atração ao público, nas quais muitos são torturados regularmente para que atuem.
A pesca esportiva e a caça fazem com que bilhões de animais, todo ano, sejam sufocados ou morram de outras maneiras dolorosas. As vítimas são privadas de suas vidas e frequentemente são obrigadas a sofrer de forma significativa, algumas vezes, por horas ou até dias nos casos dos animais que fogem e por fim morrem com fome, desidratados e feridos.
ANIMAIS USADOS PARA VESTUÁRIO
Uma das razões pelas quais os animais não humanos são frequentemente vítimas de sofrimento, privação e morte, é a produção de materiais para vestuário. Consequentemente, o uso de vestuário de origem animal significa um dano para muitos animais que são indivíduos com capacidade de sofrer e desfrutar.
O couro é muitas vezes proveniente de animais que também são explorados para a alimentação, contribuindo assim para a exploração destes. Os bovinos e outros animais desta espécie são usados, além do consumo de carne, para a retirada do couro com finalidades de confeccionar roupas, calçados, bolsas, acessórios, entre outros, fazendo assim aumentar o abate destes animais. Sofrem durante a maior parte de suas vidas até serem mortos para esses fins.
Animais de pele confinados em fazendas vivem em gaiolas minúsculas no meio dos seus próprios excrementos até serem mortos antes de completarem um ano de idade. Devido a esta situação, estes animais sofrem de um terrível estresse, chegando mesmo a exibir comportamentos estereotipados e canibalescos.
Além dos que são mortos em fazendas, milhões de animais agonizam em armadilhas, às vezes durante dias. O seu sofrimento prolonga-se até morrerem de fome, sede, ferimentos, mortos por outros animais quando conseguem escapar, ou mortos por caçadores.
Contrariamente ao que muitas pessoas pensam a produção de lã não é benéfica ou mesmo indiferente para asovelhas. É parte da exploração de que são vítimas e que implica muitos danos e, por fim, sua morte em matadouros.
Algumas aves, tais como os gansos, sofrem significativamente enquanto as suas penas são arrancadas. Este doloroso procedimento é feito enquanto as aves estão plenamente conscientes. Por fim, quando deixam de ser rentáveis, são mortas.
Apesar do aumento da evidência científica de que os pequenos animais invertebrados tais como os bichos-da-seda, podem sentir dor, estes são fervidos em grandes números para a produção de seda.
ANIMAIS USADOS PARA TESTES E COMO TRABALHADORES, FERRAMENTAS
Animais são usados como trabalhadores em muitos lugares por todo o mundo. Estes animais muitas vezes têm vidas cheias de sofrimento e dificuldades, e são mortos quando deixam de ser úteis. Eles estão sendo usados como recursos e são investimentos dos quais espera-se obter lucro ou outra utilidade. Os animais muitas vezes não são cuidados mais do que o necessário por trabalharem tanto. Seus donos podem manter eles, livres de doenças e permitir que descansem para que continuem a ser produtivos, ou podem achar mais lucrativo fazer que eles trabalhem até a morte e depois sejam substituídos. Em alguns aspectos, sua situação é semelhante à de escravos humanos: são forçados a trabalhar, frequentemente várias horas por dia. O valor que produzem é tomado por humanos, que só precisam fornecer alimento e abrigo aos animais. Quando não podem mais trabalhar de maneira que sua existência seja lucrativa, os animais são mortos. 
Em outros casos os animais são usados como trabalhadores e como ferramenta. Uma forma em que são usados como ferramentas é na experimentação animal. São usados como ferramentas por forças armadas, como quando são usados para carregar bombas para as linhas inimigas e existem diversas maneiras em que animais não humanos são usados para trabalho. Em muitos casos são usados para transporte ou para tração, há também animais como cães policiais que realizam trabalhos arriscados.
Os animais não humanos são utilizados em laboratórios para inúmeros propósitos. Exemplos de experimentação em animais incluem testes de produtos e o uso de animais como modelos de pesquisas e como ferramentas educacionais. Dentro de cada uma dessas categorias também pode haver muitos objetivos diferentes pelos quais eles são utilizados. Por exemplo, alguns são utilizados como ferramentas para pesquisas biomédicas ou militares; alguns para testar cosméticos e produtos de limpeza domésticos; e alguns são utilizados em aulas de dissecação para ensinar a adolescentes a anatomia das rãs ,animais não humanos têm sido usados como ferramentas militares ao longo de toda a história e um grande número de animais foram mortos em guerras e até em tempos de paz eles são usados e mortos para fins como o desenvolvimento de novas armas e para treinar soldados.
O número de animais utilizados em experiências é certamente menor que o número daqueles usados em outras áreas como a pecuária ou a indústria pesqueira, mas estima-se que este número possa estar bem acima de 100 milhões de animais utilizados todos os anos, o que é um número importante.
Por serem considerados de modo muito diferente de humanos, mesmo quando se trata de seus interesses mais vitais, eles são usados como ferramentas de laboratório. É interessante notar que a maioria das pessoas nunca pensaria em usar humanos para pesquisas.
As formas como esses animais podem ser prejudicados em procedimentos experimentais são diversos. De qualquer forma, em quase todos os casos essas formas são significativas e na maioria deles, terminam com a morte dos animais.
Há uma diferença importante atualmente entre a consideração dada para os indivíduos capazes de serem utilizados e aqueles que realmente são utilizados em experiências, dependendo de se eles são animais humanos ou não humanos. Poucas pessoas hoje perdoariam experiências em seres humanos e de fato este tipo de pesquisa está fortemente restringido por lei, quando não é completamente proibido. Quando experiências em humanos são permitidas, é sempre no contexto com consentimento dos indivíduos envolvidos, por quaisquer benefícios pessoais que sirvam como incentivo para eles. Este não é o caso para animais não humanos.
Isso não é devido a alguma crença de que experiências em humanos possam não trazer conhecimentos importantes na verdade, parece que esta prática mostraria conhecimentos muito mais úteis e relevantes do que qualquer experiências em animais não humanos jamais poderiam mostrar. Em vez disso, a razão para esses dois padrões é que os animais não humanos normalmente não são moralmente levados em conta, porque os fortes argumentos contra o espécismo não são considerados.
Portanto os animais são submetidos à experimentos para fins ambientalistas, testes de cosméticos e produtos de uso doméstico, pesquisas militares, pesquisas de laboratórios, experiências biomédicas experiências com novos materiais, entre outras.
ANIMAIS DOMESTICOS
Muitos animais são criados e comprados porque as pessoas gostam de passar parte do seu tempo livre com eles. Eles são vendidos como “animais de estimação”. Isto é diferente de adotar animais abandonados, onde a razão para o resgate é o bem-estar dos próprios animais. As pessoas que vivem com animais adotados são pessoas que os resgataram de situações onde o animal pode estar sofrendo, sem lar, cuidados e etc. Essas pessoas geralmente cuidam dos animais e compartilham suas vidas com eles pelo bem dos próprios animais. Isso é diferente de adquirir o animal por um interesse do dono em ter esse animal, que é o que acontece quando os animais são criados e vendidos como “companheiros” o que não impede do animal ser tratado com amor e cuidado.
Muitas pessoas não veem isso como uma forma de usar animais, já que têm uma relação de proximidade com eles. No entanto, o caso é: existem muitos animais abandonados no mundo todo e outros que vivem em condições terríveis.
Além disso, o uso de animais não humanos para entretenimento ou de animais de estimação muitas vezes significa que as fêmeas dessas espécies são usadas como máquinas de reprodução, e que são separadas dos seus filhos, que são vendidos como mercadorias. Por outro lado, ao adotarmos animais não estamos apoiando isso financeiramente, mas lutando contra as terríveis consequências que este sistema de "exploração" tem para os animais.
A adoção de animais pode ser ótima para eles. Porém devemos notar que isso é diferente de comprar algum animal, o que é uma atitude nobre. Esses pequenos animais sofrem e são mortos em grandes números para que possam ser mantidos em nossas casas. Muitos deles morrem quando são capturados e aqueles que sobrevivem precisam suportar condições impróprias e estresse em aquários e gaiolas.
Industria de pets
Não é de hoje que os pets ganham todo o carinho e atenção de seus donos, contudo com o passar do tempo os donos dos bichanos se vem cada dia mais atarefados e sem tempo para dar toda a assistência e o cuidado necessário para os animais de estimação, a partir daí surge a indústria de cuidados animais que se divide tanto quanto a criação de locais especializados para dar os cuidados ao animais como banhos, tosar e etc., quanto a criação de brinquedos e roupas que sejam criados especificamente para os pets.
Atualmente vemos petshops por todos os lugares, seja em uma capital ou uma cidade de interior, isso se deve ao fato deste negócio vir crescendo a cada dia mais, quanto maior for a variedade de produtos e serviços oferecidos dentro dos petshops maiores são as chances que este negócio se torne mais lucrativo. Isso ocorre porque os donos costumam dar preferência para locais que já ofereçam todos os serviços que eles precisam em um só lugar, sem ter que perder tempo indo em vários lugares diferentes.
ANIMAIS USADOS PARA ALIMENTAÇÃO
Infere-se das normas indicadas que a intolerância do legislador brasileiro com a crueldade aos animais é de longa data. Não obstante, um olhar para a realidade se concluiráque a legislação protetiva favorece apenas algumas espécies, notadamente os animais silvestres ou aqueles considerados de estima, como cães e gatos. Com efeito, é bastante incomum a mobilização da sociedade ou do aparato oficial em favor dos animais destinados a produzir alimentos para a humanidade.
Nesse sentido, com pertinência, observam Broom e Molento: O público geralmente sensibiliza-se por relatos de dor ou imagens perturbadoras e bizarras de animais com as quais as pessoas identificam-se prontamente. O cão ou cavalo ferido ou desnutrido causa uma resposta maior de uma pessoa leiga que um rato, ovelha ou galinha com problema similar. (...) A natureza da utilização humana de um animal ou de sua interação com ele não tem efeito algum sobre a extensão da capacidade do animal de sofrer ou ser afetado, adversamente de qualquer outra forma. Existe uma tendência ilógica das pessoas apresentarem maior preocupação com animais de estimação que com animais mantidos em altas lotações ou largamente isolados do público. Ao se imaginar um coelho apresentando um certo grau de ferimento ou doença, deve-se lembrar que seu bem-estar é pobre na mesma medida, seja ele um animal de companhia, de laboratório, de produção ou silvestre. (BROOM; MOLENTO, 1989).
Ao assim dispor, o Código Civil contribui para a manutenção do sentimento comum de que animais de produção integram o conteúdo positivo de propriedade privada, com seus elementos de uso, gozo e disposição, o que, em tese, daria ao seu tutor o direito de explorá-lo como melhor lhe pareça. No entanto, é preciso reconhecer que os animais possuem características singulares que os colocam em posição mais próxima dos humanos que dos demais elementos planetários, afinal, são seres sensíveis e inteligentes, conscientes de si e do mundo que com a humanidade compartilham. Nesse sentido, Darwin já observara que a diferença entre os homens e os demais animais seria de grau, não de natureza (DARWIN, 2002).
Situações em que os animais são submetidos
Embora animais aquáticos muitas vezes sejam desprezados, mais animais são mortos pela pesca que por qualquer outro uso por humanos. Esses animais, bilhões todos os anos, sofrem terrivelmente de diferentes maneiras quando são pescados e mortos.
Após a pesca, a aquicultura representa o segundo maior número de vítimas da exploração por humanos. Na aquicultura, os animais enfrentam condições terríveis antes de serem mortos de forma dolorosa. Sua situação não é nem um pouco melhor que a dos animais em fazendas industriais terrestres.
As vidas dos frangos e das galinhas são curtas e cheias de sofrimento. A grande maioria é criada por sua carne ou ovos e vive amontoada em pequenos espaços. Eles apenas veem a luz do sol quando são levados para um matadouro. Durante suas vidas, vivem sob luz artificial, que resulta numa exploração mais lucrativa economicamente, mas altera seus ciclos biológicos. Essa exploração gera enorme estresse, que leva a comportamentos como arrancar as penas uns dos outros e canibalismo. Com o objetivo de minimizar o dano feito por tais comportamento, é normal que os bicos dos frangos sejam parcialmente amputados, uma operação dolorosa geralmente executada com uma lâmina, ou usando outros métodos como corte por radiação infravermelho.
Muitas pessoas pensam que, embora matar animais para comer sua carne os prejudique, usá-los para a produção de leite não os prejudica. Contudo, isso não está correto. Vacas são forçadas a dar à luz para produzirem leite, e seus bezerros são tirados delas e enviados a abatedouros. As vacas também são mortas ainda jovens quando sua produção diminui. Bezerros muitas vezes são mortos quando são apenas filhotes para serem comidos como carne tenra, ou criados por alguns meses para a produção de “vitela” ou carne bovina.
Na maioria das fazendas, os porcos vivem em condições imundas com muito pouco espaço. Porcas usadas para reprodução são trancadas em celas onde não conseguem se mover, e seus filhotes são mutilados de diferentes maneiras e mortos com apenas alguns meses de idade.
Ovelhas e cabras também são criadas e mortas. São usadas para vários fins, incluindo sua lã e também a produção de leite e carne. Também são mortas ainda jovens, algumas quando são apenas filhotes.
Até mesmo entre aqueles preocupados com a defesa dos animais, não é incomum desconhecer a condição dos animais na aquicultura, apesar dos danos significativos que os animais podem sofrer nesses locais. Uma causa importante dos danos que podem ocorrer são as diversas doenças que podem afetá-los, algumas das quais são agonizantes e letais. Além disso, as doenças muitas vezes são transmitidas para outras animais que vivem na natureza, prejudicando-os também. Os antibióticos que os animais recebem também podem ser prejudiciais a eles devido a efeitos colaterais, e também podem afetar negativamente outros animais na natureza.
A situação dos animais não humanos que vivem em fazendas terrestres os torna muito suscetíveis a uma série de doenças. Além disso, as condições em que eles vivem ajudam na propagação desses doenças ao ponto de se tornarem enormes epidemias. Visto que a densidade mínima de hospedeiros para as doenças se desenvolverem é largamente excedida, tais condições superlotadas facilitam a proliferação dessas doenças nas populações desses animais.
Uma característica da exploração de animais que simboliza seu status de escravos é a sua marcação. Mas o dano que a marcação causa aos animais é mais que simbólico, já que lhes causa dor e às vezes leva a infecções.
Os danos que os animais sofrem quando são enviados para serem mortos começa antes de chegarem nos abatedouros, durante seu transporte. São confinados em espaços extremamente desconfortáveis onde sofrem devido a condições meteorológicas, cansaço, sede e fome, entre outros motivos.
Abatedouros são como câmaras de tortura para animais. Nelas, os animais podem ser apunhalados ou cortados com facas, fervidos ou enfolados enquanto estão plenamente conscientes. Eles enfrentam medo e uma terrível ansiedade. Tudo isso além do fato óbvio de serem privados de suas vidas.
Um número enorme de abelhas sofre de diversas formas devido à sua exploração por humanos para produzir mel e outros produtos. Todas as evidências disponíveis indicam que elas, assim como todos os invertebrados que têm sistema nervoso centralizado, têm sim a capacidade de experimentar sofrimento e prazer.
O DESAFIO
A problemática ecológica dá-se no campo da política e da cidadania; teoricamente remete a uma questão de paradigma filosófico e cultural, que retoma a discussão da ética. Tudo isso passa, culturalmente, pelo processo denominado educação ambiental, que perpassa todos os setores da sociedade e, no nível político e econômico, deverá corresponder à prática de um eco desenvolvimento.
E este é o desafio: contribuir para a formação do cidadão com o sentido da vida, respeitando sua individualidade, o mistério de sua vida, seus desejos de afirmação, de realização e de responsabilidade consigo mesmo, com os outros e com o mundo.
E, nesse sentido, gestos e exemplos de bondade, compreensão e amor em relações transparentes, democráticas e participativas resultam numa consciência ecológica preocupada com a defesa do meio ambiente e com a solidariedade aos excluídos, em oposição à visão fragmentada da realidade consequente do paradigma racionalista cartesiano, em que o espírito é separado da matéria, a superestrutura da infraestrutura, o mundo objetivo do mundo subjetivo, o conhecimento científico do senso comum.
Vários autores vêm discutindo, analisando e propondo soluções pautadas numa nova perspectiva ética, visando à proteção do ambiente, e fazendo propostas de mudanças paradigmáticas na relação do homem com a natureza. Nesse sentido, a Ética Ambiental de Nalini constituiu-se numa referência para aqueles que pretendem iniciar-se no estudo do Direito Ambiental e também serve como eficaz instrumento de conscientização. Ao longo da obra, o autor apresenta uma série de situações notoriamentehodiernas e sem precedentes, que enfaticamente traduzem o patamar de destruição em que se encontra a natureza, daí a preocupação frente à crise ecológica que vivemos. Todavia, diz ele, o que constatamos em diversas situações como no desmatamento, na poluição, em todos os ní- 36 BOFF, 2006, p. 5. 37 Ibidem. Maria de Fátima Schumacher Wolkmer & Nicole da Silva Paulitsch 227 Veredas do Direito, Belo Horizonte, v.8, n.16, p.211-233, Julho/Dezembro de 2011; veis, no desaparecimento da biodiversidade, no esgotamento das reservas de água doce no planeta bem como no efeito estufa e nas montanhas de lixo produzidas diariamente é a persistente impunidade. Assim, ciente da complexidade da questão ambiental, situada entre dois polos, que vai da ignorância total à ambição irrefreável, perpassando os diversos estágios de descaso para com a natureza, entende o autor que somente através da adoção de uma postura eticamente comprometida com a questão ambiental é que se poderão refrear os danos provocados ao meio ambiente. 
Nessa ótica, sugere que a Ética Ambiental advém de uma profunda reflexão, visando a despertar, na consciência sensível, uma preocupação maior com a proteção ambiental. A Ética Ambiental, afirma Nalini, pode ser definida como a aplicação da ética social a questões de comportamento em relação ao ambiente. Aliás, para ele, a crise não é do ambiente, mas sim uma crise dos valores humanos, da ética em todas as dimensões, que traz à tona novos pensamentos, novos conflitos, novas possibilidades, novas soluções e novos comportamentos diante do planeta38. Portanto, o primeiro desafio para nova Ética
Ambiental é, segundo o autor, a necessidade de uma adequada educação ambiental, a qual desempenha função fundamental no processo de conhecimento, nas modificações dos valores e das condutas pró-ambientalistas e, principalmente, no moroso processo de conscientização social, ao capacitar para uma consciência dos atos praticados. Nesse aspecto, o próprio autor reconhece, na nota à terceira edição, que “a esperança é que as crianças e jovens sejam o freio à insensatez e sirvam de consciência para seus avós”. Compartilha mesmo entendimento Boff, que destaca a importância da alfabetização ecológica e da revisão dos hábitos de consumo, culminando na ética do cuidado. Ainda neste prisma, Junges afirma que a alfabetização ecológica significa uma mudança do paradigma cultural que regeu as relações entre os seres humanos e a natureza nos últimos quinhentos anos. Esse câmbio cultural só é possível pela conversão moral das atitudes de consumo e convivência vigentes. Isso mostra que a questão de fundo do problema ecológico é Ética. 38 NALINI, 2010, p. XXVII. 39 Ibidem, p. VII. 40 Boff, 2004. ÉTICA AMBIENTAL E CRISE ECOLÓGICA: reflexões necessárias em busca da sustentabilidade 228 Veredas do Direito, Belo Horizonte, v.8, n.16, p.211-233, Julho/Dezembro de 2011.
A alfabetização ecológica necessita de um novo ethos cultural, inspirado numa Ética Ambiental consistente. Observa ainda Nalini que a educação ambiental deve estar pautada no princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, uma vez que o efetivo conhecimento das facetas do ambiente predisporá o ser humano a exercer de forma correta e adequada a tutela desse patrimônio recebido e usufruído sem qualquer ônus. O segundo passo proposto por Nalini, visando à Ética Ambiental, refere-se à necessária participação em movimentos ecológicos. Isso porque a mera simpatia à causa ou a preocupação desacompanhada de atitudes práticas não tem sido capazes de inibir a ação destrutiva da natureza. O terceiro desafio para o qual aponta Nalini refere-se à vivência e à disseminação da Ética Ambiental. Nesse contexto, a cadeia causal estabelecida com a finalidade de proteção aos recursos naturais, que conduz ao estudo e, assim, à participação, é nutrida pela consciência ética. 
A ética, portanto, constitui-se no ponto inicial e final de toda a problemática ambiental. Sem dúvida, a mudança no paradigma social, econômico e ético se faz imprescindível, sob pena de se afetar a sobrevivência humana na Terra. Há que se efetivar uma profunda alteração sobre os tradicionais processos de produção e trabalho na economia hodierna, preterindo-os em favor do uso de tecnologias e equipamentos mais apropriados, e que se mostrem capazes de conter, reverter e conservar mais os recursos naturais, além de beneficiar também de alguma forma a espécie humana. Nessa seara, o compromisso de uma nova ética de conservação e gestão dos já combalidos recursos naturais postos à disposição da humanidade deve primar de igual sorte pelo direito das gerações futuras a possuírem um meio ambiente equilibrado. Para tanto, a ética dos problemas ambientais precisa ser assimétrica, assumindo a causa em favor das partes fracas ou ainda inexistentes, como é o caso das gerações futuras. 
Outro autor que propõe uma fundamentação ética para alcançarmos a sustentabilidade é Leonardo Boff, a partir de quatro princípios: princípio da afetividade: relacionado com as bases do ser humano, pois hoje a crise da ética é crise de sensibilidade e de afeto, se não suscitarmos a capa- 41 JUNGES, 2004, p.109. Maria de Fátima Schumacher Wolkmer & Nicole da Silva Paulitsch 229 Veredas do Direito, Belo Horizonte, v.8, n.16, p.211-233, Julho/Dezembro de 2011 cidade de sentir, de nos indignar, de nos sensibilizar com o outro, nenhuma ética é possível. Princípio do cuidado/compaixão: o cuidado é o condicionador prévio a tudo o que possa acontecer ao ser humano, é capacidade de respeitar o outro como outro, cuidar do outro, cuidar da Terra como Gaia, cuidado com a vida, cuidar do ser humano a partir dos que mais estão ameaçados. Princípio da cooperação: cooperação para uma ética sustentável constitui a lógica objetiva do processo evolucionário e da vida. Devemos ser cooperativos e solidários conscientemente e como projeto de vida, assim garantiremos um futuro compromisso para a Humanidade. Princípio da responsabilidade: ser responsável é darmo-nos conta das consequências de nossos atos, é agir de forma tão responsável que as consequências de nossa ação não sejam destrutivas para a vida e seu futuro. 
À humanidade, cumpre buscar imediata e radicalmente uma mudança em seus paradigmas, sob pena de ver ameaçada a continuidade da vida humana. Diante das advertências anunciadas e experimentadas pelo homem hoje, apenas uma compartilhada vivência ética ambiental se apresenta como resposta à indagação sobre como se deve viver na Terra. Todavia, é emergencial o desenvolvimento de uma Ética Ambiental, pois “os princípios éticos mudam lentamente, e o tempo que temos para desenvolver uma nova ética ambiental é curto”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os problemas socioambientais enfrentados pela humanidade são frutos de um uso inadequado dos recursos naturais do planeta. O fato de o homem ainda não ter a consciência de que ele é parte do meio ambiente nos distancia cada vez mais de uma solução para a crise ambiental. É necessário que haja mudanças no modo de pensar das pessoas e essa mudança deve ser o foco do trabalho da educação ambiental. 
Nenhum indivíduo é passível de mudança se não houver um fator externo que o motive. Desta forma cabe ao educador trabalhar assuntos que façam parte da realidade dos alunos. A compreensão de um problema ambiental significativo proporciona ao aluno a formação de opiniões que podem espertar o desejo de agir em prol de soluções para a situação vivenciada. É dessa formação de opinião e do desejo de atuar e, dessa forma, concretizar ações a favor de uma causa coletiva que o indivíduo passa a exercer sua cidadania. 
Quanto à abordagem dos temas que envolvam a educação ambiental deve ter como ponto de partida os problemas de menor dimensão, de forma que os alunos compreendam uma dinâmica ambiental menos complexa e a partir dela adquiram conhecimentos suficientes para a compreensão de temas mais complexos e de estrutura global. Por isso é importante que o educador ambiental inicie o processo educacionala partir de problemas regionais. Infelizmente, os modelos de educação ambiental ainda estão muito distantes de solucionar a problemática da falta de consciência ambiental da população. 
A falta de capacitação dos profissionais da educação e as políticas públicas educacionais, que ainda não têm um programa que orientem a prática de educação ambiental nas escolas, são as principais barreiras encontradas na implementação da educação ambiental. Os professores, desqualificados profissionalmente, muitas vezes se apropriam de termos inadequados na conceituação da temática ambiental. Essa apropriação torna o processo educacional insuficiente para a formação do cidadão. 
Além disso, percebe-se o despreparo das escolas em desenvolver uma abordagem interdisciplinar é observado na falta de sincronia e cooperação entre os professores das diversas disciplinas. Este é um fator crítico no processo de educação ambiental, uma vez que sua eficiência depende de uma abordagem interdisciplinar. Além disso, a falta da motivação devido aos baixos salários e condições de trabalho, muitas vezes precárias, é um fato que persiste dentro das escolas e que contribui para a piora do ensino não só ambiental, mas em todas as modalidades.
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