CODIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973

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CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973
INTRODUÇÃO
O Código de Processo Civil de 1973 (também conhecido como Código Buzaid, pois Alfredo Buzaid foi um dos principais elaboradores do CPC/1973) foi publicado em 11 de janeiro de 1973 e teve vigor até dia 18 de março de 2016 pela Lei Federal nº 5.869/1973.
FORMULAÇÃO
O Código de Processo Civil de 1939 tinha inúmeros defeitos, havia sido alterado por várias leis, tornando a legislação uma “colcha de retalhos”, e além disso o código não se adequava a sociedade brasileira, precisava que seus institutos fossem aperfeiçoados pois, desde seu surgimento, o código teve várias divergências e críticas. Por isso foi necessária a elaboração de um novo código. 
Alfredo Buzaid, que era professor da Faculdade de Direito de São Paulo, ministro de Justiça que depois se tornaria ministro do Supremo Tribunal Federal, foi incumbido pelo governo Federal de elaborar um novo projeto de Código de Processo Civil. 
Esse novo projeto foi instituído em 11 de Janeiro de 1973 e entrou em vigor em 1º de Janeiro de 1974 e tinha os objetivos de sanar os defeitos e lacunas existentes na matéria. Foi aprovado e promulgado pela Lei 5.869/73 após ter sido revisto por José Frederico Marques, Luís Machado Guimarães e Luís Antônio de Andrade e submetido ao Congresso Nacional, surgindo assim o novo Código de Processo Civil que esteve em vigor até 18 de março de 2016, quando entrou em vigor o Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015).
OS CINCO LIVROS
O Código de Processo Civil de 1973 possui 1.220 artigos, divididos em cinco livros: 
Do processo de conhecimento (regulamenta a competência dos órgãos do Poder Judiciário).
Do processo de execução (disciplina a competência em matéria executiva).
Do processo cautelar (disciplina todo processo cautelar).
Dos procedimentos especiais (estão os procedimentos de jurisdição contenciosa e de jurisdição voluntária).
Das disposições finais e transitórias (estão as disposições finais e transitórias).
MODALIDADES
Existem três clássicas modalidades do processo realizadas em juízo:
O de conhecimento (sempre que a sentença civil contenha o reconhecimento de alguma obrigação a ser cumprida pelo vencido, a efetivação dessa obrigação far-se-á em continuação ao mesmo processo – sem se instaurar).
O de execução (quando a sentença não impunha obrigação alguma a ser cumprida e que não contenha a condenação de qualquer das partes a reembolsar despesas ou honorários de sucumbência).
O cautelar (quando não for de conhecimento nem de execução, é de cautela).
MODIFICAÇÕES
Desde que o CPC/1973 se tornou vigente, ele sofreu várias alterações, sempre tentando simplificar os atos e agilizar os serviços jurisdicionais. Algumas delas são:
Lei 7.347/85 (Ação Civil Pública).
Lei 8.078/90 (Código de defesa do Consumidor).
Lei 8.952/94 (Tutela antecipada/tutela específica das obrigações de fazer e não fazer).
Lei 9.079/95 (Processo monitório).
Lei 9.307/96 (Lei da arbitragem).
FIM DE VIGOR
O Código de Processo Civil de 1973 já estava se tornando antiquado para a sociedade atual, por isso, em 1º de junho de 2010 foi aprovado o anteprojeto do Novo Código de Processo Civil elaborado e aprovado pela comissão de juristas. Esse novo código tinha o objetivo de modernizar e assegurar maior agilidade e coerência nos procedimentos e nos julgamentos dos processos civis.
“O Código vigente, de 1973, operou satisfatoriamente durante duas décadas. A partir dos anos noventa, entretanto, sucessivas reformas, a grande maioria delas lideradas pelos Ministros Athos Gusmão Carneiro e Sálvio de Figueiredo Teixeira, introduziram no Código revogado significativas alterações, com o objetivo de adaptar as normas processuais a mudanças na sociedade e ao funcionamento das instituições” (COMISSÃO; 2010, Pg 12).
CONCLUSÕES
O Código de Processo Civil de 1973 foi redigido com o intuito de melhorar os defeitos contidos no CPC/1939 e para se ajustar a sociedade brasileira que vigorava na época. Apesar de todo o progresso, sofreu algumas alterações, sempre procurando melhorias e simplificações.
No entanto, o CPC/1973 já estava se tornando ultrapassado para a sociedade em que estavam vivendo, então em 2010 foi aprovado o anteprojeto e em 2015 o CPC/2015 foi aprovado e após o período de Vacatio Legis, entrou em vigor em março de 2016, pelo decreto Lei de nº 13.105/2015, que é o que está em vigor até hoje.
REFRÊNCIAS
GRINOVER et al, Ada Pellegrini, Teoria Geral do Processo, 19ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003. p. 117 - 119. 
NEGRI, Marcelo. Embargos Infringentes: apelação, ação rescisória e outras polêmicas. 1ºed., Editora Del Rey, Belo Horizonte, 2007. Pg. 80.
FRANCO, Loren Dutra. Processo Civil – Origem e Evolução. Disponível em: http://intranet.viannajr.edu.br/revista/dir/doc/art_20002.pdf. Pg 09 - 11. Acesso em 14 de maio de 2017.
MIOTTO, Carolina Cristina. A Evolução do Direito Processual Civil Brasileiro. Disponível em: http://periodicos.unifebe.edu.br/index.php/revistaeletronicadaunifebe/article/viewFile/135/66. Pg 03 – 05. Acesso em 14 de maio de 2017.
BRASIL. Senado Federal. Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho. Os Anteprojetos do Código de Processo Civil de 1973. Disponível em: http://www.senado.gov.br/senado/novocpc/pdf/CPC_ANTEPROJETOS.pdf. Acesso em: 23 de maio de 2017. Pg 1 – 5.
BRASIL. Senado Federal. Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil. Disponível em https://www.senado.gov.br/senado/novocpc/pdf/Anteprojeto.pdf. Acesso em: 24 de maio de 2017. Pg 11 – 35.