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XIV dieito ao silêncio

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XIV- Do direito de não produzir prova contra si mesmo: "Nemo tenetur se detegere"
Previsto no LXIII artigo 5º da Constituição Federal e está consagrado também pela legislação internacional tornando-se assim uma garantia judicial internacional. Apesar de parecer sucinto o direito ao silencio é bem mais abrangente, aspirando ao conceito de muitos doutrinadores este princípio se trata da ramificação, que é a do direito da não autoacusação sem prejuízos jurídicos, concerne que nenhuma pessoa é obrigada a confessar crime de que seja acusada ou a prestar informações que possam vir a dar causa a uma acusação criminal.
Dessa maneira esse princípio recai Sobre o Estado, o ônus da prova e a missão de desfazer a presunção de inocência em favor do acusado, sem esperar qualquer colaboração de sua parte.
Trazendo para o âmbito do processo penal em seu art. 186º “O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa.” Ou seja, ninguém que se recusar a produzir prova contra si pode ser prejudicado juridicamente. Qualquer coação que vise obrigar outrem a se confessar é ilícita e configurará crime de tortura de acordo com a alínea. 
As repercussões no âmbito nacional em casos práticos que envolveram este princípio foram o da utilização do bafômetro e da realização do exame de DNA. Em relação à questão do bafômetro, o condutor não pode ser obrigado a colaborar com a autoridade competente no que diz respeito à utilização do bafômetro, pois isso violaria o seu direito de não produzir prova contra si mesmo e qualquer prova produzida nessas circunstâncias é ilícita, e exame de DNA em caso de exame de paternidade também há a incidência desse princípio e a recusa do réu de realizar o exame não pode ser interpretada como presunção absoluta de paternidade. 
Conclui-se que é de fundamental importância para o direito, pois consagra um direito de grande relevância que é considerado por muitos como uma mínima garantia de todo acusado sendo que este não deve se restringir somente ao âmbito processual, porém esse direito não pode ser utilizado como proteção para a prática de atos ilícitos, mas antes só é cabível invoca-lo quando houver uma investida do Estado para desvendar uma infração penal e não para justificar a pratica de infrações penais que objetivem ocultar outras.
XV-Identificação dos responsáveis pela prisão
Este princípio encontra-se previsto no art. 5°, LXIV, cuja redação trás garantia ao preso de identificar os responsáveis por seu encarceramento ou por seu interrogatório policial, ele é tido como uma ramificação do efetivo exercício do direito de defesa, evitando na fase inquisitiva abusos por parte do policial no ato da prisão bem como no interrogatório, resguardando assim a integridade física e moral. 
A exigência do preso do princípio acima gera o dever de identificação da autoridade, vedado o anonimato. A providência se insere no rol dos cuidados do constituinte relativamente à legitimidade da prisão.
XVI-Relaxamento de prisão
Previsto no art. 5°, LXV este princípio assegura que toda prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária, devendo o juiz analisará eventuais vícios de forma e substância da prisão em flagrante, e não poderá acarretar ao acusado deveres ou obrigação.
O princípio acima é aplicado em casos de prisão em flagrante na apresentação espontânea. Pode ocorrer também de a prisão em flagrante ser inicialmente legal, mas tornar-se ilegal durante a realização do procedimento de lavratura do flagrante, por inobservância do que dispõe a lei. Em suma, violados os ditames legais, a prisão em flagrante torna-se ilegal, devendo o juiz relaxá-la.
O juiz deverá conceder liberdade provisória, com ou sem fiança, quando ausentes os requisitos da prisão preventiva. Em sua decisão, o ele deve determinar a expedição de alvará de soltura, para que a ordem de libertação do preso seja cumprida. A prisão ilegítima no ponto de vista do ordenamento jurídico pode acarretar medidas no sentido de responsabilizar o agente policial que o efetuou.
XVII- Liberdade Provisória
Princípio previsto no art. 5, LXVI diz que ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei permitir a liberdade temporária, com ou sem fiança. Esta prisão por privar a pessoa de um direito fundamental seu, é sempre medida extrema, de interesse público, a justifiquem. O tratamento a ser dado ao preso pelo Estado deve levar na devida conta os direitos que como pessoa humana são assegurados, pela Constituição ou pela lei.
Assim, se a lei previr que possa defender-se em liberdade provisória, com ou sem prestação de fiança, não há que por mantê-lo na prisão. A eficiência com que deve agir o Estado impõe-lhe que busque obter maior efeito em sua atuação com o menor dispêndio de atividade e restrição ao direito dos cidadãos.
XVIII- Defensoria Pública
Prevista no art. 5º, LXXIV, "a Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados”.
Ela é utilizada como instrumento indispensável para o exercício dos direitos humanos. A Constituição Federal inscreveu a prevalência dos Direitos Humanos como um dos princípios a reger o Brasil nas suas relações internacionais. Nesse contexto, a finalidade da Instituição é o amplo acesso à Justiça,
A Defensoria Pública aparece em alguns pontos do processo penal de forma expressa ou implícita.  Nesse âmbito, objeto do nosso estudo a Defensoria Pública representa papel importante na defesa técnica, corolário do princípio da ampla defesa, direito inalienável e irrevogável insculpido no art. 5º, LV da CF, que dispõe: "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes" De forma sintética esta é a evolução do CPP, que busca o seu aprimoramento para condizer com o atual Estado Democrático de Direito e com os princípios basilares elencados na Constituição da República Federativa do Brasil, que tem como um de seus fundamentos a dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais. O seu respaldo se encontra também na previsão que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal, e de que aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes
Assume o Defensor Público um papel de crucial importância no processo penal atual, que é o de zelador dos princípios e mandamentos constitucionais em benefício do acusado e de efetivador dos princípios processuais penais intimamente ligados às garantias do indivíduo perante o Estado Acusador, viabilizando um processo com paridade de armas e para assegurar um devido processo penal constitucional.
XIX-Duração Razoável do Processo 
Prevista no texto constitucional no art. 5º, LXXVIII faz referencia à razoável duração do processo, elevando-o à categoria dos direitos e garantias constitucionais fundamentais. Esse dispositivo advém da compreensão que a tutela jurisdicional não engloba apenas a garantia do direito de ação, mas, principalmente o direito a um a tutela adequada e efetiva entregue ao jurisdicionado de forma tempestiva. Ele é um princípio fundamental que garante a dignidade do acusado, uma vez que, com esse direito o acusado passou a ter garantias de ser julgado dentro de um prazo adequado.
Conforme pondera Canotilho, sob a ótica da razoável duração do processo, a atuação dos sujeitos processuais deve ser pautada pela boa-fé, de forma que não sejam praticados atos processuais desnecessários, que causem a dilatação indevida da demanda. Mas também, por outro lado, não se deve buscar uma “justiça acelerada”, pagando-se o preço de uma proteção jurídica que se traduz em diminuição de garantias processuais e materiais, conduzindo a uma justiça pronta, mas materialmente injusta.
 É tido como basilar que a aplicabilidade das normas e do direito acompanhem de perto a evolução social, para que sejam atingidostodos os objetivos propostos, ou seja, o de oferecer um sistema justo, capaz de dirimir as injustiças e preconizar a igualdade de seus litigantes. O respeito às garantias fundamentais, tem-se como básico no sistema judiciário brasileiro a aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade na fundamentação jurídica, visando garantir a presença dos pressupostos contidos no devido processo legal.
XX- Decisão Judicial Fundamentada 
Com previsão no artigo 93, inciso IX, da CF estabeleceu que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentados todas as decisões, expondo-se às consequências de nulidade (...)". Assim, ficou consignado que para todas as decisões do Poder Judiciário, seja qual for à instância de jurisdição ou a matéria da decisão, devem ser motivadas, fundamentadas, arrazoadas, baseadas, alicerçadas, explicadas..., sujeita a nulidade. Em outras palavras, a decisão deve expor os motivos e circunstâncias concretas que embasaram o convencimento do magistrado a proferi-la de determinada maneira.
Esse princípio "visa a possibilitar aos interessados impugnarem, com efetividade, as decisões dos magistrados e tribunais sobre as questões que lhes tenham sido postas à análise, bem como a garantir à sociedade que a deliberação jurisdicional foi proferida com imparcialidade e de acordo com a lei" (AVENA, p. 18). É, pois, através da fundamentação da decisão que se avalia o exercício regular do Poder Judiciário, assegurando aos cidadãos garantia contra a arbitrariedade do poder punitivo estatal. A fundamentação também é "garantia processual que junge o magistrado a coordenadas objetivas de imparcialidade e propicia às partes conhecer os motivos que levaram o julgador a decidir neste ou naquele sentido" (STF. HC. 105.879/PE. Rel. Ayres Britto. T2. Julg. 05.0.2011).
No caso do processo penal é comum a existência de decisões judiciais que decretam ou mantém a prisão preventiva não estarem devidamente fundamentadas. É a hipótese dos modelos-padrões computadorizados de despachos: não há justificativa jurídica e/ou concreta, e, que, por conseguinte, acabam eivando a decisão de vício de nulidade.
XXI- Liberdade de Associação 
Tem previsão no art. 5°com a seguinte redação, “a criação de associações e, na forma da lei a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
O exemplo de liberdade de associação, a sua criação é igualmente livre. Assim, não há necessidade de prévia autorização para a sua constituição. Seu funcionamento não pode ser objeto de interferência do Estado, até porque, para que a esfera pública tenha sua legitimidade reconhecida, necessita preservar os limites impostos pela esfera privada, de maneira que não ultrapasse os próprios limites em sua atividade política, assim como reconheça como válida a atividade particular desempenhada de forma lícita. A interferência estatal no âmbito privado caracterizaria o arbítrio e o autoritarismo deliberado dos governantes sobre os governados, destruindo a esfera privada e, com isso, acabando com a legitimidade política do topo vertical de sua estrutura. Previu o constituinte a possibilidade da formação de cooperativas, colocando-as no mesmo patamar jurídico das associações.

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