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RESUMO BIOMECÂNICA

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RESUMO BIOMECÂNICA
BIOMECÂNICA: é a área do conhecimento que integra e relaciona os conceitos da Física, Anatomia e Fisiologia para compreender como o corpo humano interage com o meio ambiente.
ÁREAS DE ATUAÇÃO: biomecânica ortopédica, anatomia funcional, biomecânica da reabilitação, biomecânica do esporte, ergonomia e biomecânica clínica.
BIOMECÂNICA ORTOPÉDICA: os biomateriais são testados em máquinas para registro de sua resistência mecânica.
 
Biomaterias: O termo biomateriais é usado na Biomecânica para nomear as estruturas anatômicas como ossos, músculos, ligamentos, cartilagens, entre outras.
 
Ensaio mecânico ou ensaio in vitro: metodologia, usada na biomecânica ortopédica, onde biomaterias como um osso cadavérico é prensado em uma máquina capaz de aplicar forças (estresse mecânico) em diversas direções sobre o tecido. Conforme o estresse mecânico é aplicado, o tecido sofre uma deformação.
ANATOMIA FUNCIONAL: é amplamente usada na área acadêmica para estudo da ativação dos músculos no movimento ou em posição quasi-estática (similar à posição anatômica). Por meio do eletromiógrafo é possível saber se um ou mais músculos participam de determinado movimento e por quanto tempo se dá tal participação.
Eletromiógrafo: é um instrumento de registro pertencente à
Biomecânica, que capta os estímulos elétricos enviados pelo sistema nervoso aos músculos que participam do movimento.
BIOMECÂNICA DA REABILITAÇÃO: No caso de quem está se reabilitando de uma patologia ou doença, o movimento é estudado e comparado com o de um sujeito sem nenhuma patologia ou doença para identificar as diferenças. As distinções são estudadas e discutidas e tratamentos terapêuticos são criados para melhorar a técnica do movimento do sujeito patológico, a fim de torná-lo mais econômico e eficiente.
BIOMECÂNICA DO ESPORTE: Comparação de movimentos, seja antes e depois de um treino, entre atletas de níveis diferentes ou uma análise sobre a técnica de movimento do próprio atleta para identificações de erros de execução. O aperfeiçoamento técnico tem como objetivo melhorar o desempenho para competir e atingir os resultados mais expressivos.
ERGONOMIA: é uma área de conhecimento multidisciplinar que usa a biomecânica para avaliação do posto de trabalho em empresas. O objetivo é estudar a postura e movimentação do trabalhador para determinar a técnica mais perfeita e eficiente no ambiente de trabalho. A biomecânica na ergonomia é usada também para aperfeiçoar o formato e a função das ferramentas e utensílios pertencentes ao posto de trabalho,
PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ATUAÇÃO DA BIOMECÂNICA:
• melhorar o rendimento do movimento humano, tornando-o mais eficaz, mais econômico e com uma técnica de execução perfeita; e
• diminuir os riscos de lesões por meio do controle da sobrecarga mecânica no aparelho locomotor.
MOVIMENTO HUMANO: É o resultado da interação entre forças internas e externas no aparelho locomotor.
PLANOS DE SECÇÂO: sagital (ou antero-posterior), frontal (ou coronal) e transversal (ou horizontal).
POSTURA ANATÔMICA: pés paralelos e unidos, braços rentes ao corpo com palmas das mãos voltadas para frente, cabeça e coluna ereta e olhar direcionado para o horizonte.
ARTICULAÇÕES CORPORAIS: são capazes de movimentar os segmentos do corpo no espaço em todos os planos anatômicos de forma combinada ou isolada, dependendo da complexidade do movimento.
MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO: Movimentos que dependem de giros do corpo inteiro para ocorrerem são descritos em acordo com seu eixo de execução. São eles: longitudinal (ou craniocaudal), transversal (ou latero‑lateral) e sagital (ou anteroposterior), conforme vimos anteriormente.
CONCEITO DE TORQUE: Os movimentos de rotação nos diferentes planos anatômicos feitos pelas articulações só são possíveis devido à sua capacidade de produzir torques. O torque é definido como uma força rotacional.
Observação
A fórmula do torque é definida da seguinte forma:
T = F x d (Nxm)
Onde: 
T = é a força rotacional.
F = é a força produzida pelo músculo (interna ou potente) ou recebida do meio ambiente (externa ou resistente).
d = é a distância perpendicular à F ou braço de alavanca, que pode ser interno/potente ou externo/resistente.
A unidade de medida da força torque é Newton (N) /metro (m).
Torque interno ou potente: forças rotacionais que produzem o movimento. A força envolvida no torque potente é gerada pelo músculo responsável em movimentar a articulação por meio de seu encurtamento, portanto, é a força muscular.
Braço de Alavanca: A distância entre o ponto de conexão músculo-osso e eixo articular
Torque externo ou resistente: forças rotacionais que impedem a execução do movimento. A força envolvida no torque resistente é gerada pelo peso dos segmentos do corpo e/ou pelo peso dos implementos (carga adicional – por exemplo: anilhas).
A fórmula da força peso é definida da seguinte forma:
P = mxg (N)
Onde:
P = força peso cuja unidade de medida é Newton (N).
m = Massa corporal do sujeito ou objeto.
g = Aceleração da força da gravidade na direção vertical para baixo.
TIPOS DE ALAVANCA DO CORPO HUMANO:
Interfixa ou de primeira classe
Inter-resistente ou de segunda classe 
Interpotente ou de terceira classe.
O que difere uma alavanca da outra é o posicionamento entre o eixo articular e os braços de alavanca potente e resistente.
FUNCÕES DO TECIDO OSSÉO: suporta forças intensas; protege regiões nobres do nosso corpo envolvendo órgãos vitais importantes; armazena minerais que participam de processos fisiológicos determinantes para o movimento, como o da contração muscular; e permite a conexão com os músculos para criar as alavancas que o movimentam.
OSSOS LONGOS: são constituídos por uma porção central denominada diáfise ou corpo e por duas extremidades, a epífise proximal e a epífise distal.
A diáfise é formada principalmente por osso compacto ou cortical. Já as epífises apresentam menor concentração de massa óssea, possuindo um aspecto que se assemelha ao do queijo suíço ou ao de uma esponja.
 Minerais que compõem o osso: bicarbonato, potássio, sódio, citrato, magnésio; entretanto, o mineral de maior importância mecânica e mais abundante do osso é o cálcio, que dá ao tecido grande resistência às forças que incidem no corpo.
A matriz inorgânica é formada essencialmente por minerais que são obtidos do meio externo a partir dos alimentos e líquidos.
A matriz orgânica é composta principalmente de proteínas: glicoproteínas, proteoglicanos e colágeno. O colágeno é a proteína mais importante do osso, por dar ao tecido a flexibilidade necessária para amortecer as forças que incidem sobre sua estrutura.
PROTEOGLICANO: é uma proteína fabricada pelas células do corpo que resiste às forças de compressão. Ele é encontrado em vários tecidos, como cartilagem articular e ossos.	 
OSTEOBLASTOS: células responsáveis pela produção da proteína colágeno e renovação das células ossea.
CRISTAIS DE HIDROXIAPATITA: (massa óssea) são formados pela união do colágeno fabricado pelos osteoblastos com cálcio trazido pelos vasos sanguíneos até os ossos.
OSTEOCLASTOS: são células capazes de fabricar e jogar sobre o osso já formado um ácido que corrói o tecido. Após a corrosão, a proteína de colágeno e o cálcio são separados: o colágeno é seccionado em partes menores (aminoácidos) que ficam disponíveis para o corpo produzir novas proteínas; enquanto o cálcio é enviado para a corrente sanguínea para participar de outros processos fisiológicos importantes, como o da contração muscular.
OSTEÓCITO: são as células óssea madura. Atuam para controlar o metabolismo basal do tecido, indicando se em dado momento, por conta da condição do organismo, serão as células osteoblastos ou osteoclastos que terão sua ação intensificada no osso.
Os componentes da matriz óssea são de extrema importância para a estruturação de um osso rígido (característica fornecida pelo cálcio), mas com flexibilidade (característica fornecida pelo colágeno) suficientepara amortecer as forças externas aplicadas sobre ele.
O tecido com característica elástica é deformado ao receber uma carga de intensidade suportável e retorna ao seu estado original com a remoção da força, como um elástico de escritório. Normalmente é formado por proteína de colágeno.
A força, solicitação mecânica ou carga é uma grandeza física representada por vetor (seta) com direção, sentido e intensidade distinta, o que causa deformação aos tecidos.
Força de compressão: diminui o tamanho e aumenta a largura do tecido.
Força de tração: aumenta o tamanho e diminui a largura do tecido.
Força de flexão: gera uma curvatura no tecido.
Força de cisalha: desloca, em sentidos opostos e na horizontal, as porções superior e inferior do tecido.
Forças de tração e compressão são classificadas como forças verticais, por atuarem na mesma direção do eixo longitudinal do osso.
Forças de cisalha e de flexão são da categoria horizontal, por incidirem na lateral do osso em ângulos distintos (30, 60 ou 90 graus em relação ao eixo longitudinal).
COMPORTAMENTO ANISOTRÓPICO DO OSSO: É o comportamento de mudar a resistência mecânica em acordo com a força que é aplicada ao tecido, que pode ser uma força vertical ou horizontal.
CONCEITOS DE PAUWELS: O autor descreveu os princípios de construção do corpo, mostrando que os músculos atuam como cintas de tração que se opõem à força da gravidade e transformam as forças de flexão no osso em forças de compressão.
OS OSSOS PREFEREM FORÇAS DE COMPRESSÃO: forças compressivas de maior intensidade em relação àquela que determinado sujeito aplica no osso em seu dia a dia são essenciais para manutenção da saúde do tecido. São as desenvolvidas em meio terrestre. Nesse meio, a força da gravidade gera maior estresse compressivo ao osso, principalmente em movimentos nos quais a aceleração do corpo é maior, como em uma caminhada ou corrida rápida, ou naqueles em que a altura de queda para aterrissar no solo aumenta. Esses movimentos dinâmicos e/ou cíclicos garantem maior estresse mecânico e maior frequência de aplicação de forças compressivas ao osso, duas condições que favorecem o ganho de massa óssea. Os exercícios resistidos (musculação) também são muito interessantes para o desenvolvimento do osso, por ofertarem estímulos compressivos de maior magnitude e abrangerem todos os segmentos corporais (membros inferiores e superiores.
Já o meio líquido interfere na manutenção da integridade estrutural e mecânica do osso, visto que a força da gravidade que atua em um corpo submerso no meio líquido é reduzida pela força de empuxo, o que reduz a magnitude do estresse mecânico compressivo aplicado ao osso. Esse fato, somado ao processo de envelhecimento, facilita a degradação do tecido.
Portanto, ao considerar somente o ganho de massa e de resistência mecânica do osso, atividades em meio líquido não são adequadas por reduzirem a magnitude do estresse mecânico compressivo, tornando-o inferior à magnitude do estresse recebido no cotidiano.
INTENSIDADE, VELOCIDADE E FRENQUENCIA DAS FORÇAS PODEM GERAR LESÕES: O controle da intensidade do movimento se dá pela quantidade de peso determinada para execução do exercício, pela velocidade do movimento e/ou pela altura de aterrissagem de queda. Em todas essas situações, quanto maior for a quantidade de peso, a velocidade do movimento e a altura de queda do movimento, maior será o estresse mecânico aplicado ao corpo.
LESÕES CRÔNICAS: mais comuns, também conhecidas com as nomenclaturas lesões por esforço repetitivo ou lesões por overuse. Estas ocorrerem no corpo por erro no planejamento da frequência da atividade e, geralmente, levam o músculo à fadiga. A intensidade da força é baixa ou moderada, mas a frequência é elevada, o que gradativamente comprometerá a estrutura e a função do tecido, levando-o a processos inflamatórios ou fissuras que impedem o uso da estrutura para o movimento.
LESÕES AGUDAS: são mais raras no exercício físico, sendo sua ocorrência maior em situações acidentais. Isso porque elas se caracterizam pela aplicação de uma única força muito intensa ao tecido, o que promove o rompimento imediato da estrutura.
TECIDO OSSEO DE IDOSOS: Os idosos possuem menor quantidade de massa óssea por área de secção transversa quando comparado aos adultos, mesmo se forem idosos ativos. Fatores fisiológicos, como menor capacidade de absorção de cálcio pelo sistema digestório e alterações na concentração de hormônios, que atuam na absorção de cálcio pelo organismo, facilitam a degradação do osso. Os osteoclastos ficam mais ativos do que os osteoblastos nesse período. Como consequência, o osso perde massa, fica mais frágil, o que facilita seu rompimento.
TECIDO OSSEO DE CRIANÇAS: As crianças possuem duas características estruturais importantes em seu tecido: maior quantidade de colágeno do que de cálcio e as cartilagens do crescimento localizadas entre as epífises e as diáfises dos ossos. Ter maior quantidade de colágeno do que de cálcio no osso deixa o tecido mais deformável. Assim, diferente do que ocorre no adulto e no idoso, o osso da criança demora mais para quebrar. No entanto, uma força de grande magnitude pode entortar o osso da criança e prejudicar de forma muito expressiva seu alinhamento postural.
 A cartilagem do crescimento ou disco epifisário está localizada entre o corpo e as epífises, proximal e distal, do osso. Os osteoblastos atuam nesse local para fabricar colágeno, que se liga com o cálcio e forma os cristais de hidroxiapatita. Esse processo garante o crescimento ósseo.
A coordenação dos movimentos para controlar o impacto no corpo e a força muscular usada para proteção dos ossos em crianças também se encontram em condições distintas às evidenciadas no adulto, o que torna a cautela para prescrição de exercícios físicos para crianças um fator indispensável para não prejudicar o organismo em desenvolvimento.
Articulações sinartroses: são imóveis ou pouco móveis, evitando o deslocamento entre as peças ósseas conectadas por ela, como ocorre nas suturas cranianas.
Articulações anfiartroses: permitem um pouco mais de mobilidade entre as peças ósseas conectadas do que as sinartroses. A sínfise púbica localizada na porção anterior do quadril representa uma dessas articulações.
Articulações diartroses: as articulações do corpo humano que realizam movimentos mais amplos e nos diferentes planos e eixos anatômicos.
O tornozelo, o joelho, o quadril, a coluna vertebral, o ombro, o cotovelo e o punho são exemplos deste tipo de articulação.
Seus componentes articulares são: membrana sinovial, líquido sinovial, cartilagem articular sinovial, fibrocartilagem (exemplos: menisco, labrum e disco vertebral) e ligamentos articulares.
MENBRANA SINOVIAL: forma um tipo de bolsa entre as peças ósseas que se conectam em uma articulação. Essa bolsa fica repleta de líquido sinovial; assim, a função da membrana sinovial é delimitar o espaço no qual o líquido sinovial fica, bem como fabricar e renovar esse líquido para manutenção funcional da articulação.
CAVIDADE SINOVIAL: é o espaço interno delimitado pela membrana sinovial e preenchido por líquido sinovial.
LÍQUIDO SINOVIAL: é o lubrificante natural da articulação. Está localizado entre as cartilagens articulares sinoviais dos ossos, que se unem para formar uma articulação, e favorece o deslizamento entre as cartilagens no movimento, por reduzir as forças de atrito.
CARTILAGEM ARTICULAR SINOVIAL: fica sobre a superfície da peça óssea, formando um tipo de almofada que se deformará ao ser comprimida contra a cartilagem articular sinovial do osso adjacente da mesma articulação.
A troca de líquido sinovial entre a cartilagem e a cavidade articular torna-se de grande importância para manutenção das células da cartilagem articular. Como o exercício físico promove mais trocas de líquido entre as partes das articulações, este otimiza o funcionamento da estrutura. Assim, além de lubrificar a articulação, o líquido sinovial é responsável por nutrir a cartilagemarticular.
A função mecânica da cartilagem articular é de vital importancia para articulação. Esta, por meio da troca do líquido sinovial, se deforma para aumentar a área de contato entre as peças ósseas e diminuir a força local (pressão).
Para garantir que a deformação máxima da cartilagem ocorra antes da aplicação de uma força compressiva intensa, é importante realizar um aquecimento específico antes da sessão de treino. O movimento de aquecimento deve ser similar ao movimento da sessão de treino para garantir o aquecimento adequado da estrutura.
FIBROCARTILAGEM: Estruturas mais rígida, sua função principal será de garantir a estabilidade articular, funcionando como um calço entre as convexidades ou concavidades dos ossos que se conectam. Além disso, como deformam um pouco, aumentam a área de contato entre as peças ósseas, auxiliando na distribuição de forças compressivas. Dois exemplos de fibrocartilagens são o labrum no quadril e os meniscos no joelho.
DISCO INTERVETERBRAL: localizado entre as vértebras da coluna vertebral é uma fibrocartilagem, ou seja, um tecido que se deforma pouco para distribuir as forças compressivas e que garante a estabilidade articular
COMPOSIÇÃO DO DISCO VERTEBRAL: compõem: o anel fibroso e o núcleo pulposo.
Anel fibroso é um conjunto de cintas formado por fibras de colágeno que ficam ao redor do núcleo pulposo. Tem a importante função de resistir às forças de tração e impedir que o núcleo pulposo saia da área central do disco.
Núcleo pulposo é composto de líquido e proteoglicanos. Os proteoglicanos são proteínas com o dever essencial de resistir às forças compressivas. Assim, quando as vértebras são comprimidas uma contra a outra, os proteoglicanos contidos no núcleo pulposo controlam sua deformação e impedem seu achatamento total. Tal componente do núcleo pulposo dá a essa estrutura a função de aumentar a área de contato entre as vértebras, distribuir as forças de compressão adequadamente e estabilizar a coluna vertebral.
HÉRNIA DE DISCO: é uma doença do disco intervertebral ocasionada por degeneração estrutural. Ela causa o rompimento das fibras de colágeno do anel fibroso, o que permite o extravasamento do núcleo pulposo. A saída do núcleo pulposo do interior do disco causa dor, formigamento e/ou fraqueza muscular por pinçar as raízes nervosas da medula espinhal.
O conhecimento das posições mais agressivas da coluna vertebral é de grande relevância na seleção de um exercício menos nocivo para sujeitos que possuem algum comprometimento estrutural nessa área.
Com a adequação do posicionamento, o exercício físico pode ser de grande importância no que diz respeito à adaptação estrutural da coluna vertebral: estimula o aumento das proteínas que controlam a compressão (colágeno e proteoglicanos) e o aumento do líquido no disco intervertebral; garante o ganho de massa óssea no corpo vertebral; e fortalece a musculatura que exerce o controle postural e estabiliza a coluna vertebral.
LIGAMENTOS: são formados essencialmente por fibras de colágeno em paralelo, com poucas fibras transversais, e têm a importante função de resistir às forças de tração. Estas são aplicadas conforme o movimento articular, que, ao ser realizado, precisa da estabilidade gerada pelos ligamentos para não exceder sua amplitude e mudar o plano e eixo de ação articular.
TENDÃO: apesar de pertencer ao músculo, e não à articulação, tem composição e comportamento muito similar ao do ligamento. Localizado nas extremidades dos músculos, o tendão tem a função de conectar o músculo ao osso e transferir a força gerada por esse músculo para aceleração do segmento corporal a ser movimentado. É uma estrutura que resiste às forças de tração e tem em sua estrutura um importante mecanorreceptor para controle do estiramento, o órgão tendinoso de Golgi.
Como toda estrutura do corpo, a ausência de forças de tração sobre o tecido gera o desuso e diminui a resistência mecânica do tecido, deixando-o propício para lesão. Já o exercício físico promove o fortalecimento de ligamento e tendões, saudáveis ou em recuperação de lesõe
 UNIDADE II
FISIOLOGIA ARTICULAR: BIOMECÂNICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
EXTREMIDADES SUPERIOR: é composta de algumas articulações/estruturas importantes, como: ombro, cotovelo, punho e mão/dedos. Cada uma dessas estruturas apresenta diferentes características biomecânicas que interferem em suas capacidades de realizarem movimento. Embora o movimento da extremidade superior seja resultado da atuação dessas estruturas em conjunto, cada articulação merece ser analisada separadamente.
Articulação do ombro: formado pelas articulações glenoumeral, acromioclavicular, esternoclavicular e escapulotorácica, além dos músculos que agem sobre ele, garantindo dinamismo e mobilidade.
Os movimentos de flexão e extensão articular são visualizados no plano sagital do movimento. Os movimentos de adução e abdução das articulações são visualizados no plano frontal do movimento. Os movimentos de rotação das articulações são visualizados no plano transversal do movimento.
Dentre as lesões mais comuns no ombro, destacamos as luxações (ou subluxações), as lesões no manguito rotador e rotacionais, a bursite e a tendinite.
LUXAÇÕES ou subluxações: são deslocamentos de dois ou mais ossos que compõem a articulação em relação às suas respectivas posições originais. A articulação glenoumeral do ombro é a região com maior incidência de luxações. As luxações ocorrem comumente quando há abdução somada à rotação externa do úmero, sendo as luxações anteroinferiores e oriundas de traumas as mais comuns (95% dos casos).
Síndrome de impacto do manguito rotador (ou síndrome de impacto do ombro): que tem origem em movimentos vigorosos realizados acima da cabeça envolvendo, geralmente, abdução ou flexão de ombro em conjunto com rotação interna. É causada pela compressão progressiva exercida sobre os tendões dos músculos que compõem o manguito rotador por estruturas ósseas e outras estruturas biológicas moles que compõem o complexo do ombro, resultando em inflamação dos tendões (tendinites) do manguito e das bursas (bursites) ou, até mesmo, no rompimento desses tendões.
Articulação do cotovelo: é uma articulação consideravelmente estável, bem estruturada e com boa sustentação ligamentar e muscular. Tem como principal função viabilizar o movimento do antebraço, por intermédio de sua ligação ao braço. É formado por três articulações: a umeroulnar, a umerorradial e a radioulnar. As duas primeiras são responsáveis pelo movimento entre o antebraço e braço, enquanto a última tem como função os movimentos entre o rádio e a ulna.
Com apenas dois graus de liberdade, os movimentos do cotovelo restringem-se à flexão e extensão, no plano sagital, e pronação e supinação, no plano transversal.
As entorses e luxações são as principais lesões traumáticas que acometem a articulação do cotovelo. Dependendo da intensidade e gravidade do trauma, outros tipos de lesões traumáticas, como fraturas ósseas, ruptura de tendões e ligamentos e bursite do olécrano, também podem ser observadas.
Epicondilite: (inflamação das fibras de colágeno e do local no qual músculos do cotovelo se inserem no epicôndilo).
Tendinite: (inflamação de tendões e músculos do complexo do cotovelo) 
Articulação do punho e segmento mão: A última região que compõe a extremidade superior é formada pela articulação do punho e dedos da mão. O punho e a mão são formados pelas seguintes articulações: radiocarpal, mediocarpal, intercarpal, carpometacarpal metacarpofalângica e interfalângica.
Tenossinovite e a síndrome do túnel do carpo: tenossinovite é a inflamação da bainha dos tendões e da membrana sinovial que envolve a articulação do punho e dedos. A síndrome do túnel do carpo é decorrente da inflamação
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL: O complexo do quadril é um dos principais e maiores complexos articulares do nosso corpo, responsável por conectar as extremidades inferiores ao tronco.É formado pelo cíngulo do membro inferior, conhecido também como cintura pélvica, que consiste na união fibrosa de três ossos: o ílio (parte superior), o ísquio (parte posteroinferior) e o púbis (parte anteroinferior). A conexão entre os lados direito e esquerdo da pelve é feita por intermédio da sínfise púbica.
Articulação sacro Ilíaca: A conexão da pelve ao tronco
A pelve é capaz de se movimentar como um todo através das ações de inclinação anterior e posterior, rotações e inclinações laterais.
A articulação que completa o cíngulo do membro inferior e é a mais importante desse complexo articular é a articulação do quadril apresenta semelhanças ao ombro, destacando-se o mesmo tipo de articulação, a presença de borda fibrocartilaginosa (aqui chamada de lábio do acetábulo), de bursas e de cápsula articular compondo e protegendo essa estrutura.
Ligamentos da Articulação do quadril: iliofemoral, o pubofemoral e o isquiofemoral. O ligamento iliofemoral localiza-se na parte anterior do quadril e tem como principais funções a sustentação da articulação do quadril na postura em pé e a geração de resistência à extensão, rotação interna e rotação externa, controlando esses movimentos. O ligamento pubofemoral, também localizado na região anterior, é responsável por oferecer resistência aos movimentos de abdução e rotação externa, enquanto o ligamento isquiofemoral (localizado na região posterior do quadril) tem a função de oferecer resistência à adução e rotação interna. A flexão do quadril é a única ação articular que não apresenta nenhum ligamento realizando resistência a ela, o que lhe garante a maior amplitude de movimento dentre todas as ações realizadas pelo quadril.
FÊMUR: que se articula com a pelve para formar o quadril, é um dos principais ossos responsáveis pela sustentação do peso corporal, sendo o mais longo, espesso e resistente osso do corpo.
O colo do fêmur encaixa-se no acetábulo em determinado ângulo de inclinação no plano frontal, que é de cerca de 125º na idade adulta decorre do fato deste determinar a eficácia dos abdutores do quadril, o comprimento do membro e as forças impostas à articulação. 
COXA VALGA: Ângulos de inclinação maiores que 125º.
ANTEVERSÃO DO QUADRIL: é caracterizada pela rotação anterior de 12-14º do colo do fêmur em relação ao fêmur, aumentando a vantagem mecânica do músculo glúteo máximo e tornando-o, consequentemente, mais eficiente no seu papel de rotador externo.
SE OCORRER DE FORMA EXCESSIVA: a anteversão acaba por gerar na marcha, por exemplo, aumento do ângulo Q (ângulo formado entre as retas que passam pelo centro patelar e tuberosidade tibial e pelo centro patelar e crista ilíaca anterossuperior, e que se relaciona a diversas lesões nos membros inferiores, especialmente no joelho), sobrecarga patelar, maiores comprimentos de membro, maior pronação do tornozelo e aumento da curvatura lombar.
RETROVERSÃO DO QUADRIL: A rotação posterior do quadril é chamada de retroversão e na marcha ocasiona rotação externa, supinação do tornozelo e diminuição do ângulo Q.
A estabilidade do quadril ocorre quando a máxima congruência entre a cabeça do fêmur e sua cavidade é alcançada. Essa situação é atingida com o quadril em 90º de flexão somada a ligeira rotação e abdução. Em contrapartida, uma situação de grande instabilidade para o quadril é a posição cujas ações de flexão e adução são realizadas conjuntamente.
No plano sagital, o quadril apresenta amplitude de movimento de 70º a 140º para a flexão e de 4 a 15º de hiperextensão. A articulação do quadril permite também que a coxa realize movimentos de adução e abdução no plano frontal. O terceiro tipo de movimento realizado pela articulação do quadril ocorre no plano transversal e é composto da rotação interna, com amplitude de 70º, e a rotação externa, com amplitude de 90º, ambos a partir da posição anatômica.
A flexão de quadril. O mais forte e importante dos músculos flexores é o complexo muscular iliopsoas, formado pelos músculos psoas maior e ilíaco. Por ser um músculo biarticular (atua no tronco e quadril), quando o tronco estiver estabilizado, a ação do iliopsoas será a flexão do quadril, que pode ser ainda facilitada caso haja leve rotação externa e abdução; caso a coxa esteja fixa, a ação do iliopsosas gerará a hiperextensão das vértebras lombares e a flexão de tronco. A maior ativação desse músculo ocorre na fase intermediária (amplitude média) do movimento de flexão.
Um segundo flexor importante do quadril é o músculo reto femoral. Assim como o iliopsosas, o músculo reto femoral também é biarticular, contudo, atua nas articulações do quadril e joelho. Logo, sua contribuição para a flexão de quadril dependerá sempre do posicionamento do joelho na tarefa.
O quadril possui ainda mais três músculos flexores, porém com papel secundário no movimento devido aos seus respectivos volumes e capacidades de produção de força: o satório, o pectíneo e o tensor da fáscia lata.
A extensão de quadril tem como músculos que contribuem: isquiotibiais. Três músculos formam o complexo isquiotibial: o semimembranoso, o semitendíneo e o bíceps femoral.
Entretanto, em caso de aumento da intensidade da tarefa ou realização de exercícios mais pesados, torna-se necessária uma extensão mais vigorosa. Nesse caso, o músculo glúteo máximo surge como um importantíssimo extensor. A posição ideal para recrutamento desse músculo é a hiperextensão com rotação externa do quadril.
O músculo glúteo médio é o principal abdutor do quadril e sua efetividade varia de acordo com o ângulo de inclinação do colo do fêmur e a vantagem mecânica que ela proporciona. Com menores contribuições, os músculos glúteo mínimo, tensor da fáscia lata e piriforme também realizam abdução de quadril, sendo o glúteo mínimo o mais forte e efetivo deles.
A adução de quadril tem como músculos responsáveis o grácil, o adutor longo, o adutor curto, o adutor magno e o pectíneo
A rotação externa e interna do quadril tem como principais responsáveis dessa ação os músculos: glúteo máximo, obturador externo e quadríceps femoral. Embora apresentem contribuição limitada (ativos nessa função apenas quando o quadril está em extensão), os músculos obturador interno, gêmeos inferior e piriforme também atuam na realização da rotação externa. Por outro lado, a rotação interna é um movimento pouco utilizado dentro do repertório motor humano, sendo uma ação secundária para todos os músculos envolvidos nessa ação. Os principais rotadores internos são os músculos glúteo médio e glúteo mínimo; porém, eles recebem auxílio dos músculos grácil, adutor longo, adutor magno, tensor da fáscia lata, semimenbranáceo e semitendíneo.
A articulação do quadril, capaz de suportar cargas de, aproximadamente, 15 vezes o peso corporal sem que ocorram lesões ou fraturas.
Distensões musculares, relacionadas geralmente à fraqueza ou desequilíbrio muscular de músculo com grande solicitação no movimento; inflamações ósseas geradas, por exemplo, por amplitudes excessivas de movimento e maior sobrecarga nas estruturas de controle, e que podem, inclusive, evoluir para uma fratura por estresse; luxações, tendinites e bursites, geralmente oriundas de amplitudes excessivas de movimento e/ou mal alinhamento das estruturas do quadril.
ARTICULAÇÃO DO JOELHO: mais importantes do aparelho locomotor. Com capacidade para suportar enormes cargas. O complexo do joelho é uma articulação sinovial, com dois graus de liberdade de movimento (realiza flexão e extensão e também rotação), e que é composta de três articulações dentro de sua cápsula articular: a tibiofemoral, a patelofemoral e a tibiofibular superior.
Tibiofemoral: articula os dois mais longos e fortes ossos do corpo humano: o fêmur e a tíbia. É formada por duas articulações condiloides duplas, entre os côndilos medial e lateral da tíbia e do fêmur, compondo uma articulação em dobradiça.
O encaixe entre fêmur e tíbia na região medial ocorre de maneira razoavelmente justa e satisfatória, ao passo que a região lateral não se encaixade maneira satisfatória devido à convexidade das duas superfícies. Dessa forma, diferenças em formato, tamanho e orientação dos côndilos são determinantes para a existência de movimento de rotação no joelho, criando-se condições para que a tíbia gire lateralmente sobre o fêmur em determinadas situações.
Meniscos: são discos fibrocartilaginosos em formato de meia-lua que se localizam entre a tíbia e o fêmur. Os meniscos situam-se aderidos firmemente à superfície dos côndilos da tíbia por intermédio dos ligamentos coronários e da cápsula articular. Entre si, os meniscos são conectados por intermédio do ligamento transverso. O aporte sanguíneo e de nervo alcança apenas a parte externa dos meniscos, sendo a parte interna avascularizada.
Ligamentos cruzam a articulação do joelho: os ligamentos colaterais (medial e lateral) e os ligamentos cruzados (anterior e posterior). Esses ligamentos são de importância singular, pois atuam como transportadores passivos de carga e como uma forma de reserva para os músculos.
O ligamento colateral medial (LCM) tem como função oferecer resistência às forças em valgo e às rotações (tanto interna como externa).
O ligamento colateral lateral (LCL) é responsável pela resistência às forças em varo, não sendo influenciado pelas forças de rotação.
Os ligamentos cruzados localizam-se no interior da articulação e executam o controle dos movimentos anteroposteriores e rotacionais da articulação. O ligamento cruzado anterior (LCA) é o principal elemento de resistência e controle ao movimento de anteriorização da tíbia em relação ao fêmur.
O ligamento cruzado posterior (LCP) tem como função limitar e controlar o movimento de posteriorização da tíbia em relação ao fêmur.
Os ligamentos cruzados são envoltos por outra estrutura que desempenha importante papel na articulação: é a própria cápsula articular, que envolve, protege e oferece considerável área patelar.
Assim como em outras articulações, inúmeras bursas estão presentes dentro e ao redor da cápsula a fim de auxiliar na redução do atrito entre as estruturas da articulação.
Articulação Patelofemural: Ocorre entre a patela e o fêmur e é formada pela ligação da patela (osso sesamoide em formato de triângulo), embutida no tendão patelar (do músculo quadríceps femoral), com o sulcro troclear localizado entre os côndilos femorais. A principal função é aumentar a vantagem mecânica dos músculos extensores do joelho: a patela permite aumentar o ângulo de tração do tendão do músculo quadríceps femoral, alterando o braço de momento da articulação e elevando em cerca de 50% a vantagem mecânica desse músculo para a extensão de joelho. A principal conexão entre a patela e a tuberosidade da tíbia é mediada pelo ligamento patelar.
O ÂNGULO Q: é o ângulo formado entre o traçado de uma linha imaginária desde a espinha ilíaca anterossuperior até o centro da patela e o traçado de uma segunda linha imaginária que vai do centro da patela à tuberosidade da tíbia. O valor de ângulo Q ideal, de maneira a tornar a ação do músculo quadríceps femoral mais eficiente, seria por volta de 10º.
JOELHO EM VARO: Ângulo Q pequeno eu negativo.
JOELHO EM VALGO: Ângulo Q maior que 17°
Articulação Tibiofibular: articulação pequena, mas que permite articular a cabeça da fíbula com o côndilo tibial. Embora sua mobilidade no complexo do joelho seja limitada (está mais relacionada ao tornozelo e pé), a articulação tibiofibular exibe conexões com estruturas e tecidos moles que cruzam o joelho. Dentre suas funções, destacamos a dissipação das forças de torção incidentes no joelho e aplicadas pelo movimento do pé, e controle das cargas tensivas aplicadas ao membro inferior.
 A flexão de joelho: é acompanhada de rotação interna da tíbia com relação ao fêmur. A rotação tibial interna pode ocorrer também por causa dos movimentos de dorsiflexão e pronação do pé.
MECANISMO DE APARAFUSAMENTO: Esse mecanismo representa o ponto no qual côndilos medial e lateral são travados, gerando a posição de máximo contato para a articulação do joelho. Tal fenômeno ocorre durante os últimos 20º de extensão, movimentando lateralmente a tuberosidade da tíbia e promovendo um desvio medial no joelho. O LCA parece ser o principal controlador desse mecanismo, já que lesões nesse ligamento comprometem o mecanismo de aparafusamento ao permitirem a anteriorização da tíbia.
A extensão de joelho apresenta comportamento oposto ao observado na flexão. A amplitude máxima de extensão de joelho é cerca de 10º de hiperextensão.
A extensão de joelho é uma ação articular com grande contribuição para a geração de força e potência pelos membros inferiores, o que acarreta grande exigência dos músculos extensores. O quadríceps femoral é um complexo muscular formado por quatro músculos: reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio e vasto medial.
O principal flexor de joelho é o músculo isquiotibiais, formado pelos músculos semimembranáceo, semitendíneo e bíceps femoral.
Por possuir músculos biarticulares, a eficiência e amplitude da ação do músculo isquitiobiais também é dependente do posicionamento do quadril.
O fato de a articulação do joelho localizar-se entre as duas alavancas mais longas do corpo (o fêmur e a tíbia) lhe garante grande potencial para desenvolvimento de torque, bem como vocação para sustentação do peso corporal e suporte de carga.
As causas das lesões no joelho podem assumir diversas naturezas além do contato (trauma) e esforços repetitivos, como assimetrias, fraqueza ou desequilíbrio muscular e problemas no alinhamento dos membros inferiores. Desvios em valgo ou varo, diferença no comprimento dos membros e desequilíbrio de forças entre agonistas e antagonistas do movimento são alguns exemplos. As lesões mais frequentes na articulação do joelho são: as distensões musculares; as lesões ligamentares, especialmente no ligamento cruzado anterior; as lesões meniscais; a síndrome de dor patelofemoral e a condromalácia patelar. As lesões oriundas de esforço repetitivo estão relacionadas especialmente à corrida e a esportes envolvendo alta frequência de saltos (como o voleibol).
As lesões de ligamento cruzado anterior são as mais frequentes lesões ligamentares na articulação do joelho. Seu mecanismo de lesão se relaciona à aplicação de uma força de torção enquanto o joelho é flexionado, colocando-o em rotação interna e em posição de valgo durante a sustentação do peso. Outro mecanismo ocorre a partir da rotação do fêmur sobre a perna fixa, com o joelho próximo à extensão máxima. Nos ligamentos colaterais, o principal mecanismo de lesão é o recebimento de golpes laterais ou mediais ao joelho, contribuindo novamente para a instabilidade da articulação.
Laceração ou ruptura no menisco é a forma de lesão mais comum no joelho, sendo o dano no menisco medial dez vezes mais frequente que no menisco lateral. As distensões musculares no quadríceps femoral e isquiotibiais também são comuns.
Como principais lesões por uso repetitivo da articulação do joelho surgem a síndrome da dor patelofemoral e a condromalácia patelar. A síndrome da dor patelofemoral é a dor localizada no compartimento anterior do joelho, em torno da patela, geralmente durante e após o exercício físico, e particularmente associada a tarefas que envolvem repetidas flexões de joelho.
ARTICULAÇÕES DO TORNOZELO E SEGUMENTO PÉ: São cerca de 26 ossos, 30 articulações, mais de 100 ligamentos e 30 músculos atuando, de forma harmoniosa, nesse conjunto articular para que os movimentos possam ser executados. Os movimentos do tornozelo e pé ocorrem, majoritariamente, em três articulações sinoviais: talocrural, subtalar e mediotarsal. 
Articulação talocrural: ou articulação do tornozelo propriamente dita, é a articulação proximal do pé, formada em dobradiça (gínglimo) pela união da tíbia e fíbula (articulação tibiofibular distal) e pela conexão da tíbia com o tálus (articulação tibiotalar). Os ligamentos que formam o tornozelo têm a finalidade de limitar movimentos como a flexão plantar, dorsiflexão,movimento anterior e posterior do pé, a inclinação do tálus, a inversão e a eversão. O tornozelo apresenta movimentos em um único plano (sagital) a partir de um eixo de rotação médio-lateral que cruza os dois maléolos.
Articulação subtalar: também conhecida como talocalcânea. Essa denominação ocorre porque a articulação subtalar localiza-se embaixo do tálus, consistindo na conexão dessa estrutura com o calcâneo. O tálus e o calcâneo formam uma dupla de osso de grande importância. Os movimentos dessa articulação ocorrem através de um eixo oblíquo ao longo dos planos sagital, frontal e transverso, garantindo a capacidade de realização de movimentos em triplanares (combinação de ações executadas em três diferentes planos). Os movimentos triplanares realizados pela articulação subtalar são a pronação e a supinação
PRONAÇÃO DO PÉ: consiste na combinação dos movimentos de eversão, abdução e dorsiflexão do calcâneo (ou flexão plantar do tálus).
EVERSÃO: é a ação articular que ocorre no plano frontal na qual a borda lateral do pé se move na direção da lateral da perna quando não há sustentação de peso (ou vice-versa, quando há sustentação de peso).
ABDUÇÃO: é a movimentação no plano transverso na qual os dedos do pé ficam apontados para fora (lateral) do corpo, e que pode ocorrer por intermédio de duas estratégias: ou a partir de rotação externa do pé em relação à perna e com movimento lateral do calcâneo (em situações sem sustentação de peso), ou através de rotação interna da perna com relação ao calcâneo e movimento medial do tálus (em situações com sustentação de peso).
No plano sagital ocorre a dorsiflexão do calcâneo, que representa a movimentação do calcâneo superiormente ao tálus em situação em que não há sustentação do peso, ou na movimentação do tálus por baixo do calcâneo em casos com sustentação do peso.
SUPINAÇÃO DO PÉ: caracteriza-se exatamente pelo contexto oposto ao da pronação, sendo a combinação dos movimentos de inversão, adução e flexão plantar do calcâneo (ou dorsiflexão do tálus).
INVERSÃO: ocorre no plano frontal quando o peso do corpo se concentra na porção lateral do pé.
ADUÇÃO: ocorre no plano transverso a partir do direcionamento dos dedos do pé para a parte interna (medial) do corpo pela rotação interna do pé em relação à perna e com movimento medial do calcâneo (em situações sem sustentação de peso) ou através de externa da perna com relação ao calcâneo e movimento lateral do tálus (em situações com sustentação de peso).
Flexão plantar do calcâneo, que ocorre no plano sagital, consiste na movimentação do distal do calcâneo (inferiormente ao tálus) em situação em que não há sustentação do peso, ou na movimentação do tálus proximalmente em casos com sustentação do peso.
Articulação mediotarsal: Essa articulação é formada pela combinação de outras duas articulações menores: a articulação calcaneocuboidea (região lateral do pé) e a articulação talonavicular (região medial do pé). Juntas elas formam uma articulação em formato de S e com dois eixos (longitudinal e oblíquo), cujos movimentos serão determinados pela posição da articulação subtalar.
 
O complexo articular do tornozelo e pé possui outras articulações em sua formação, cuja contribuição para o movimento é secundária. Para conhecimento, são elas: as articulações intertarsais, as articulações tarsometatársicas e intermetatársicas, as articulações metatarsofalângicas e interfalângicas.
Arco longitudinal medial e lateral: Dois arcos avançam longitudinalmente ao pé, desde o calcâneo até os ossos do tarso. Além disso, há o arco transverso, que avança transversalmente à planta do pé, formando-se nos tarsos e nas bases dos metatarsos. A relevância desses arcos reside no fato de formarem um importante e eficiente sistema elástico para absorção de choque mecânicos no pé. O arco longitudinal medial é o parâmetro utilizado como referência para classificar os pés em normal, cavo (ou de arco alto) e plano (ou chato).
Flexão plantar: é produzida pelo complexo muscular tríceps sural, composto de músculos gastrocnêmio lateral, gastrocnêmio medial e sóleo. Os outros músculos flexores plantares são responsáveis por, apenas, 7% da força de flexão plantar restante.
Desses músculos, o fibular longo e o fibular curto são os que possuem maior contribuição; com mínima contribuição, é possível apontar ainda os músculos plantar, flexor longo do hálux, flexor longo dos dedos e tibial posterior.
A dorsiflexão O principal e mais poderoso músculo dorsiflexor é o tibial anterior. Com contribuições menores, os músculos extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro auxiliam na geração de força dorsiflexora.
Em conjunto, os músculos intrínsecos do pé funcionam como importantes estabilizadores do pé e têm papel essencial na sustentação do peso corporal e de cargas externas.
Embora o complexo articular do tornozelo e pé seja capaz de realizar mais de um movimento, o mais forte e potente deles é a flexão plantar.
Outro fato que pode contribuir para o aumento da capacidade de produzir força na flexão plantar é o posicionamento do joelho, no caso da flexão plantar ser realizada com o joelho estendido (comprimento muscular do gastrocnêmio favorável.
A dorsiflexão não é capaz de produzir grande força devido à massa muscular reduzida dos músculos dorsiflexores, sendo capaz de gerar apenas 25% da força gerada pelos flexores plantares. No entanto, exerce forte e importante trabalho excêntrico na desaceleração do pé durante a locomoção.
Iniciar a dorsiflexão a partir de uma posição de ligeira flexão plantar favorece a produção de força nesse movimento.
Como lesões mais comuns nessa articulação, destacamos as entorses e as lesões por estresse (especialmente a canelite), que geralmente se traduzem nas tendinites e nas bursites.
As entorses de tornozelo são as lesões mais comuns dessa região, ocorrendo habitualmente na superfície lateral durante uma inversão, devido a um suporte ligamentar mais fraco que o encontrado na região medial. 
O ligamento talofibular é o mais suscetível a entorses laterais quando estas ocorrem por flexão plantar somada à inversão. Quando a mudança de direção é feita apenas em inversão, porém com grande amplitude, o ligamento mais suscetível à lesão é o ligamento calcaneofibular. O forte suporte ligamentar e capsular na região medial do tornozelo, tendo o ligamento deltoide como um dos ligamentos mais fortes, torna as entorses mediais consideravelmente menos frequentes.
Das lesões por estresse, a mais comum é a famosa “canelite”. Trata-se de desconforto e dor na parte anterior da perna, especialmente na porção lateral, frequentemente observada em corredores (sobretudo iniciantes), e que geralmente reflete uma tendinite no músculo tibial anterior.
A repetida tensão proporcionada pelo trabalho vigoroso do tríceps sural acaba por acarretar outra lesão: a tendinite do tendão calcâneo. Essa tendinite é outra lesão bastante frequente no tornozelo e pé, especialmente em corredores.
A fasciite plantar apresenta-se como a lesão mais comum do pé. Trata-se de uma inflamação da fáscia plantar na região inferior do pé, bastante comum em corredores e usuários de sapato com salto alto.
COLUNA VERTEBRAL: segmento complexo e funcionalmente significativo que torna possível o movimento nos três planos. Além disso, é estrutura essencial na proteção da medula espinhal. A coluna vertebral consiste em 33 vértebras posicionadas umas sobre as outras e divididas estruturalmente em cinco diferentes regiões: cervicais, torácicas, lombares, sacrais e coccígeas. Das 33 vértebras, 24 são móveis (cervicais, torácicas e lombares) e contribuem para o movimento do tronco. O restante das vértebras (sacrais e coccígeas) é fundido entre si. As vértebras apresentam-se empilhadas umas sobre as outras e dispostas em quatro curvaturas. Tal disposição permite que a coluna vertebral funcione como um suporte rígido, mas flexível, que permite sustentação da carga, equilíbrio e mobilidade.
DIVISÃODAS VERTEBRAS: No sentido céfalo-caudal, a coluna vertebral é formada por sete vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, cinco vértebras lombares, cinco vértebras sacrais fundidas e quatro pequenas vértebras coccígeas fundidas.
CURVATURAS VETEBRAIS PRIMÁRIAS: são aquelas que já estão presentes no nascimento, e são representadas no corpo humano pelas curvaturas torácica e sacral.
CURVATURAS VERTEBRAIS SECUNDÁRIAS: são curvaturas que se desenvolvem ao longo do tempo em resposta à sustentação do peso corporal.
LORDOSE: O aumento das curvaturas (curvatura excessiva) em relação à parte anterior do corpo (cervical e lombar).
CIFOSE: Já a curvatura excessiva na região torácica (caracterizada pelo aumento da curvatura côncava em relação à porção posterior).
ESCOLIOSE: Outra possibilidade de curvatura, porém anormal, na coluna é a escoliose, um desvio lateral da coluna, deixando-a em formato de S ou C.
O tronco possui três junções: a cervicotorácica, a toracolombar e a lombossacral. As regiões cervical e lombar apresentam maior mobilidade, enquanto as regiões torácica e pélvica são mais rígidas.
VERTEBRAS: Cada vértebra consiste, basicamente, em um corpo vertebral, pedículos e pilares, formando um canal que permite a passagem de inervações por intermédio da medula espinhal. A superfície do corpo vertebral é revestida de cartilagem hialina, de modo a compor placas articulares terminais responsáveis pelo elo com o disco intervertebral. Por sua vez, o disco intervertebral também é capaz de suportar altas cargas, inclusive em diferentes direções, como compressivas torcionais e de curvamento. Portanto, o disco intervertebral tem como principais funções suportar e redistribuir cargas de maneira uniforme na coluna vertebral e controlar movimentos excessivos nessa articulação. O disco intervertebral é composto de duas estruturas funcionais: o ânulo fibroso e o núcleo pulposo.
Os discos intervertebrais são estruturas avascularizadas, dependentes de estímulos mecânicos para manter um estado nutricional saudável no disco. Logo, lesões nessas estruturas resultam em muita dor e mínima possibilidade de reparo. O disco é extremamente resistente às forças compressivas. Por sua vez, é mais vulnerável a movimentos que geram cisalhamento e rotação nas fibras do ânulo fibroso.
LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL: O ligamento longitudinal anterior é bastante forte e denso, insere-se na parte anterior dos discos e corpos intervertebrais e é responsável por limitar a hiperextensão da coluna e o deslizamento anterior de uma vértebra sobre a outra. O ligamento longitudinal posterior se estende por toda a porção posterior da coluna vertebral, conectando-se aos corpos vertebrais e ao centro do disco, e tendo como função limitar a flexão da coluna vertebral.
ARCO NEURAL: constitui-se de dois pedículos e lâminas, que, juntamente com o lado posterior do corpo vertebral, compõem a forame vertebral, local de passagem da medula espinhal.
PROCESSO ESPINHOSO E TRANSVERSO: servem como locais de inserção para a musculatura envolvida na região.
As articulações intervertebrais presentes nessa porção são de natureza sinovial, localizando-se dentro de uma cápsula articular e possuindo todo o restante das características atribuídas a esse tipo de articulação. São formadas pelas facetas superior e inferior de cada lâmina vertebral e recebem o nome de articulações apofisárias.
Importantes ligamentos sustentam a parte posterior do segmento vertebral (ligamentos longitudinais, ligamento amarelo, ligamentos supraespinais, ligamentos infraespinais e ligamentos intertransversários) cujas funções básicas são resistir às forças de tensão e cisalhamentos impostas à coluna e impedir as curvaturas excessivas na coluna vertebral.
O tronco pode executar movimentos de flexão-extensão, flexão lateral e rotação.
No plano sagital, a coluna vertebral é capaz de realizar movimentos de flexão e extensão. No plano frontal o movimento realizado pelo tronco é a flexão lateral. A rotação se dá no plano transversal.
O máximo contato entre as articulações apofisárias advém durante a extensão da coluna (exceto para as duas primeiras vértebras cervicais, nas quais essa situação ocorre durante a flexão).
ATLAS: é a vértebra responsável por articular a coluna vertebral com o crânio, através da articulação atlantoccipital. É por intermédio dessa articulação que a cabeça realiza movimentos no plano sagital. O atlas possui formato de anel, com um arco anterior e posterior, não possuindo corpo vertebral. Além disso, tem processos transversos grandes, por onde passa a irrigação sanguínea, porém não possui processo espinhoso.
ÁXIS: possui corpo vertebral, porém modificado: não possui processo articular na parte superior, tampouco pedículos. Um pilar que se origina na superfície superior do áxis permite o encaixe no atlas, formando uma articulação pivotante. Esse pilar é denominado dente do áxis ou processo odontoide, e a articulação formada entre o atlas e o áxis é chamada de articulação atlantoaxial. Permite movimentos de flexão e extensão, contudo, não é capaz de efetuar flexão lateral.
Ritmo lombopélvico: é a denominação empregada à sincronização dos movimentos entre a pelve e o tronco. A flexão de tronco apresenta atividade máxima da lombar nos primeiros 50-60º do movimento; após essa amplitude, a rotação pélvica torna-se o principal responsável pelo movimento de flexão. Por sua vez, é a inclinação posterior da pelve que realiza os estágios iniciais da extensão de tronco, enquanto a atividade da região lombar domina os estágios finais do movimento.
MÚSCULOS ENVOLVIDOS NA EXTENSÃO DA COLUNA: estão divididos em dois grupamentos musculares: os eretores da espinha (músculos iliocostal, longuíssimo e espinal) e os paravertebrais (músculos intratransversários, interespinais, rotadores e multífidos). Enquanto os eretores da espinha são mais superficiais, os músculos paravertebrais são profundos.
MÚSCULOS ENVOLVIDOS NA FLEXÃO DE COLUNA: A flexão de tronco ocorre principalmente através da região lombar e é viabilizada pelos músculos abdominais. A musculatura é composta dos seguintes músculos: reto do abdome, oblíquo interno, oblíquo externo e transverso do abdome.
Na região da lombar, podemos observar dois músculos flexores importantes. O primeiro é o músculo iliopsoas, atuante no quadril, mas que também possui inserção nas vértebras lombares. O segundo músculo é o quadrado lombar, que forma a parede lateral da região do abdome. Embora esteja mais relacionado a movimentos laterais, o músculo quadrado lombar também auxilia na flexão de tronco.
Flexão lateral ocorre por intermédio da ação dos músculos laterais do tronco. O movimento ocorrerá para o lado da musculatura contraída. Os principais músculos envolvidos são os eretores da espinha da região lombar (quando ativados unilateralmente), o quadrado lombar e os oblíquos do abdome. No nível da cervical, a contração unilateral dos músculos do pescoço (esternocleidomastoideo e escalenos) realiza a flexão lateral nessa região.
Dentre as lesões que podem acometer o tronco, destacamos as lombalgias, lesões discais e hérnias de disco, fraturas e lesões relacionadas a desvios posturais
A dor lombar crônica (DLC) é a lombalgia mais prevalente na população, com 75-80% das pessoas sofrendo desse problema em alguma época da vida, e a segunda maior causa de afastamento do trabalho.
Espondilólise: O tipo mais comum de fratura vertebral. Essa fratura ocorre na parte interarticular, na região entre as facetas superior e inferior, por fadiga do arco neural posterior, e é uma lesão bastante característica de esportes com grande demanda repetitiva de movimentos de flexão, extensão e rotação de tronco.
BIOMECÂNICA DO TECIDO MUSCULAR: Dos biomateriais mencionados até o momento, o tecido muscular é o de maior importância para proteção dos ossos e articulações por sua capacidade de resistir às forças externas. Além disso, esse é o único tecido do nosso corpo que encurta para produzir omovimento dos segmentos corporais.
Ventre muscular: Ao seu redor está o epimísio, uma membrana de proteína de colágeno com a função de fornecer ao músculo resistência às forças de tração. A camada seguinte do músculo é formada por fascículos, conjuntos de fibras musculares. Eles são agrupados pelo perimísio, que é uma membrana de proteína de colágeno que também fornece resistência às forças de tração ao músculo.
Cada fibra muscular que compõe o fascículo é uma célula do tecido muscular e é envolvida por outra camada de proteínas de colágeno, resistente à tração, chamada de endomísio.
Miofibrilas ou miofilamentos: são formadas por sarcômeros, partes de miofibrilas, que, ao serem posicionados em série (um ao lado do outro), formam a fibra longa, como se a miofibrila fosse o trem e os sarcômeros fossem cada vagão desse trem.
Sarcômero: tem as proteínas que produzem o encurtamento das fibras e as que promovem seu relaxamento.
Actina e miosina: São proteínas que produzem o encurtamento das fibras, chamadas de proteínas contráteis.
Contração muscular: O filamento de actina é uma proteína motora fina, que possui cavidades (sítios) para conexão das cabeças de miosinas. A miosina é um filamento proteico grosso com ramificações em seu filamento principal e enzimas nomeadas de cabeça de miosina na extremidade dessas ramificações. Elas se conectam aos sítios de ligação da actina na contração muscular.
Tropomiosina e troponina: As proteínas que produzem o relaxamento das fibras e são chamadas de proteínas reguladoras. A tropomiosina é uma proteína filamentar que fica enrolada na actina; na ausência de cálcio intramuscular, a tropomiosina fica sobre o sítio de ligação da actina, evitando o encurtamento muscular. A troponina é uma proteína globular que possui três moléculas específicas: a troponina T, que se prende à tropomiosina para arrastá-la para fora do sítio de ligação da actina na presença de cálcio intramuscular; a troponina A, que se fixa à actina girando-a em torno de si também na presença de cálcio intramuscular; e a troponina I, que se conecta com as outras duas moléculas e fixa o cálcio disponível no interior do músculo no processo de contração muscular para arrastar a tropomiosina para fora do sítio de ligação da actina e favorecer a conexão entre actina e miosina.
Quando uma célula muscular (fibra muscular) recebe um estímulo elétrico, os sarcômeros que compõem sua estrutura são contraídos em sua totalidade (estímulo excitatório) ou relaxados em sua totalidade (estímulo inibitório). A esse processo dá-se o nome de Lei do Tudo ou Nada.
SINAPSE: é processo de transformação de um estímulo elétrico, que sai do neurônio pré-sináptico, em estímulo químico, que migra da fenda sináptica para o neurônio pós-sináptico ou para célula muscular e, novamente, é convertido em estímulo elétrico para percorrer o neurônio pós-sináptico ou a célula muscular.
Para entender como o comprimento da fibra muscular interfere na produção de força, é importante lembrar quais tipos de ação (contração) o músculo executa. São elas: dinâmica excêntrica, dinâmica concêntrica e isométrica
Vale destacar que o músculo não tem somente esse formato de produção de força. Felizmente, além do componente contrátil que atua para o encurtamento do músculo em qualquer movimento produzido pelo corpo, ele pode produzir força pelos componentes elásticos presentes em sua estrutura. Os componentes elásticos em paralelo do músculo são o epimísio, perimísio e endomísio, e o componente elástico em série é o tendão. Todos esses componentes são formados por fibras de colágeno e, portanto, têm grande flexibilidade e elasticidade e resistem às forças de tração. A distinção de nomes para os componentes elásticos em paralelo ou em série se deve à sua localização em relação aos componentes contráteis (actina e miosina) no músculo. A importância dos componentes elásticos para o músculo é que eles viabilizam a produção de força potente, eles acumulam e restituem a força elástica em determinado gesto motor e somam essa força à contrátil
A força potente é uma capacidade física que depende do uso de força submáxima ou máxima em alta velocidade de movimento. Entretanto, a capacidade do músculo para produzir força em alta velocidade diminui com o aumento da intensidade da carga. Assim, considerando o aspecto mecânico, o desenvolvimento da potência muscular é muito desafiador para o aparelho locomotor, mas este se adapta positivamente se o planejamento do treino físico for adequado
A arquitetura do músculo também é um fator importante para entender sua vocação quanto à produção de força ou de velocidade em um gesto motor.
Músculos peniformes: apresentam as fibras musculares anguladas em relação ao eixo longitudinal do músculo. Essa característica dá ao músculo maior capacidade de produzir força, porque terá maior quantidade de componentes contráteis por área de secção transversa.
Músculos peniformes: apresentam as fibras musculares anguladas em relação ao eixo longitudinal do músculo. Essa característica dá ao músculo maior capacidade de produzir força, porque terá maior quantidade de componentes contráteis por área de secção transversa.
Músculos fusiformes têm fibras mais compridas, os sarcômeros posicionam-se em paralelo em relação ao eixo longitudinal do músculo. Essa característica dá ao músculo maior capacidade de produzir velocidade no movimento. Com fibras mais longas, o número de sarcômero em série (um ao lado do outro) é maior do que por área de secção transversa
As fibras de contração lenta ou do tipo 1: são mais resistentes à fadiga muscular; no entanto, demoram para produzir sua força máxima, estando mais adaptadas para garantir força de baixa a moderada intensidade por longo período de tempo. Isso ocorre porque as fibras do tipo 1 têm menor quantidade de componentes contráteis por área de secção transversa e possuem em sua estrutura maior quantidade de mitocôndrias; assim, dependem do metabolismo aeróbio para produção de ATP necessário para conectar os componentes contráteis.
As fibras de contração rápida ou do tipo 2b: são menos resistentes à fadiga muscular; no entanto, produzem força máxima de imediato, estando mais adaptadas para garantir força de alta intensidade por curto período de tempo. Isso ocorre porque as fibras do tipo 2b possuem maior quantidade de actina e miosina por área de secção transversa e maior quantidade de enzimas que fazem ressíntese rápida de ATP armazenado e aceleram sua quebra para viabilizar o processo de contração muscular.
UNIDADE III
Métodos de investigação para análise do movimento: destacaremos três métodos: a cinemetria, a eletromiografia e a dinamometria.
CINEMETRIA: é a área de investigação da biomecânica que estuda os parâmetros cinemáticos do movimento: deslocamento, velocidade e aceleração. Para tanto, o movimento é filmado com câmeras de vídeo ou câmeras optoeletrônicas, e as informações captadas pela câmera são armazenadas e analisadas por softwares de computadores específicos.
O QUE PODE COMPROMETER OS RESULTADOS DO ESTUDOS:
O tipo de câmera e software utilizado:
• automação para tratar e analisar os dados: o sistema mais robusto cria de forma mais rápida as tabelas e gráficos para a discussão dos resultados do estudo;
• velocidade de registro do movimento: o sistema mais robusto geralmente tem câmeras mais rápidas, que conseguem captar mais detalhes do movimento executado.
O ambiente usado para registro do movimento:
• a fixação e o enquadramento da câmera;
• a calibração do ambiente.
O objeto a ser filmado pode estar configurado no formato planar, bidimensional ou tridimensional, a escolha pelo uso de determinada característica do objeto depende do objetivo da pesquisa.
A mecânica de execução do movimento é explicada de forma mais detalhada quando se vinculam os dados obtidos da cinemetria com os registrados pela eletromiografia.
ELETROMIOGRAFIA: é a área de investigação da Biomecânica que permite registrar a participaçãodos músculos em determinado movimento. A ordem para o músculo participar ou não do movimento é dada pelo sistema nervoso, ao enviar sinais elétricos conhecidos como potenciais de ação que são captados pelo sensor conhecido por eletrodo. O eletrodo é conectado ao eletromiógrafo, que envia os sinais registrados para o computador com software específico para armazenamento, tratamento e análise dos dados. Existem dois tipos: de superfície e o de agulha.
Eletroestrimulador: aparelho que defini a localização exata do músculo motor para colocação do eletrodo, através de pequenos choques no ventre muscular do sujeito.
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O protocolo de localização de sensores definido pela Seniam: tem o mesmo objetivo do eletroestimulador. Este, no entanto, evita o desconforto para os participantes do estudo, que não receberão pequenos choques. A localização do ponto motor dos músculos se dá pela distância entre regiões anatômicas conhecidas nos segmentos do corpo.
Como age os músculos no movimento motor: 
 Contração excêntrica: funcionam para controlar a execução do movimento ou desacelerar o movimento articular.
Contração concêntrica: se flexionam de forma controlada.
Contração isométrica: sua função é a de gerar estabilização articular para manter a articulação em uma postura estática
RUÍDOS: O ruído inerente ao sinal eletromiográfico bruto é parecido com a interferência que ocorre entre as estações de rádio. Como o sinal captado pelo eletromiográfico é elétrico, todas as fontes externas movidas por eletricidade podem penetrar no sinal coletado pelo eletrodo, não apenas os potenciais de ação musculares. Então, a intensidade do sinal pode ficar mais forte ou perdurar por mais tempo não porque o músculo estudado estava agindo dessa forma no movimento, mas porque havia um ruído externo que mudou o padrão do sinal eletromiográfico coletado. Para minimizar esse ruído elétrico externo e não atrapalhar o estudo do comportamento do sinal eletromiográfico, o sinal bruto passa por filtros que o transformam em um sinal conhecido por envoltório linear.
ENVOLTÓRIO LINEAR: é um gráfico que mostra a intensidade de ativação muscular em acordo com o tempo de execução do movimento de forma mais clara.
DINAMOMETRIA: Com ela é possível registrar as forças internas e externas ao corpo.
As forças internas: são mais raras de serem registradas, porque tal procedimento experimental depende da implantação do sensor que as registra no interior do corpo do sujeito, conhecido por transdutor de força.
Estudos clássicos da Biomecânica usaram esse tipo de procedimento.
Tradutor de força em forma de clipe (no tendão do calcâneo)
Tradutor de força em forma de agulha (no disco intervertebral das vertebras lombares.
As forças externas: Para o registro dessa grandeza física, os equipamentos são posicionados fora do corpo do sujeito, sobre a região plantar, por exemplo, ou no ambiente do laboratório. Existem as palmilhas, os tapetes e as plataformas, que medem a distribuição de pressão no aparelho locomotor.
A grandeza física conhecida por força de pressão é definida pela fórmula:
P = F ( N )
 A m 2
Onde:
P = é a força local ou pressão, cuja unidade de medida é Newton (N) por metro quadrado (m2).
F = é a força externa aplicada sobre a superfície de contato.
A = é a área de contato da superfície de contato sobre a qual a força é distribuída.
Perceba que as variáveis pressão e área de contato ficam em linhas diferentes na equação que acabamos de descrever. Isso indica que o comportamento dessas duas variáveis é inversamente proporcional, ou seja, supondo que o valor da força permanece igual, quando o valor da área de contato diminuir, a pressão aumentará, e quando o valor da área de contato aumentar, a pressão diminuirá. Para garantir menor pressão local, deve-se, portanto, ou diminuir a força ou aumentar a área de contato na qual a força incide.
PLATAFORMA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÃO: Esse instrumento tem o mesmo princípio de medida das palmilhas. Seus sensores medem a força aplicada na área da plataforma quando esta suportar uma parte do corpo. A palmilha deve ser ajustada ao tamanho do pé do sujeito analisado em movimento e colocada entre a palmilha do calçado que será usado na coleta e a região plantar. Na condição descalço não há calçado, portanto, não é possível usar a palmilha por não haver a possibilidade de fixá-la na região da planta do pé no movimento, daí a necessidade da plataforma de distribuição de pressão.
Já a plataforma de força fixa no solo pode ser usada para quantificar o impacto em qualquer movimento no qual o pé a toca, como saltos, movimentos de mudança de direção, marcha e corrida. Outra vantagem é a possibilidade de medir as forças que ocorrem em todas as direções do movimento, vertical, horizontal anteroposterior e horizontal médio-lateral. A desvantagem refere-se ao tempo de coleta. É necessário registrar no mínimo cinco movimentos válidos de cada sujeito
O cálculo da força é feito por meio da seguinte equação:
F = m x a (N)
Onde:
F = é a força aplicada em um objeto ou superfície, cuja unidade de medida é Newton (N).
m = é a massa do corpo ou objeto em deslocamento.
a = é a aceleração do corpo ou objeto.
O impulso é uma grandeza física definida pela fórmula:
I = F x t (N x s)
Onde:
I = é a força de impulso, cuja unidade de medida é Newton (N) por segundo (s).
F = é a força aplicada ao objeto ou superfície no movimento.
t = é o tempo de execução do movimento.
ANÁLISE DA BIOMECÂNICA DA MARCHA: A marcha humana é caracterizada por um ciclo determinado por três fases: apoio, balanço e duplo apoio.
Fase de apoio: tem início quando o calcanhar toca o solo. Em seguida, toda a região do pé é apoiada no solo, realizando o chamado aplainamento do pé. Com o apoio completo da região plantar, o peso corporal é transferido para o antepé com a aceleração da perna para frente, caracterizando o apoio médio da fase de apoio, após o calcanhar é retirado do solo. Então, sobre os dedos dos pés, o sujeito faz uma força contra o solo para propulsionar o corpo para frente. Com isso, os dedos perdem o contato com o solo e a fase de apoio do ciclo da marcha é finalizada.
Fase de balanço: da mesma perna que acaba de finalizar a fase de apoio. Essa perna, que perdeu contato com o solo, é inicialmente acelerada para cima e para frente para transpor a perna contralateral (perna oposta que está em fase de apoio), realizando a fase de aceleração. Em seguida, ela desacelera e abaixa para se preparar para iniciar uma nova fase de apoio, em um novo ciclo da marcha, com o contato inicial do calcanhar no solo.
Normalmente, para completar um ciclo da marcha, um sujeito normal fica 60% do tempo em fase de apoio e 40% do tempo em fase de balanço para cada pé. O conhecimento sobre esses valores normativos é de fundamental importância para verificar assimetrias na marcha.
Fase de duplo apoio: Existe um momento na marcha em que um pé está finalizando a fase de apoio sobre os dedos no mesmo instante em que o outro pé está iniciando a fase de apoio sobre o calcanhar 
O comprimento do passo: é medido do apoio do calcanhar no solo até o momento de retirada dos dedos do solo, portanto, determina a distância percorrida pelo sujeito na fase de apoio do ciclo da marcha.
O comprimento da passada: é medido do apoio do calcanhar no solo de um dos pés até um novo apoio do calcanhar no solo do mesmo pé, ou seja, compreende o valor de deslocamento horizontal de um ciclo completo do movimento da marcha.
HEMIPLEGIA: ocorre quando um dos lados do corpo, membros inferiores e superiores do lado esquerdo ou membros inferiores e superiores do lado direito, tem sua movimentação comprometida. 
DIPLEGIA: é caracterizada pela paralização ou dos dois braços ou das duas pernas.
TETRAPLEGIA: se dá pela paralisia dos quatro segmentos corporais, braços e pernas.
MUSCULOS ENVOLVIDOS NA PASSADA: Para a movimentação do tornozelo na marcha, os músculos tibial anterior e tríceps sural trabalham no ciclo.No início da fase de apoio, o movimento de extensão de tornozelo, que ocorre após o contato do calcanhar com o solo, é executado pela ação excêntrica do músculo tibial anterior. Com isso, toda região plantar pode ser aplainada sobre o solo de forma controlada.
Em seguida, o tornozelo flexiona para acelerar a perna para frente e dá continuidade ao deslocamento do corpo na marcha. Essa ação é garantida pelo encurtamento do músculo tibial anterior com sua ação concêntrica. Do apoio médio da fase de apoio da marcha até a retirada do calcanhar do solo, o músculo tríceps sural começa a agir. Inicialmente ele realiza uma contração excêntrica para controlar a aceleração da perna para frente. Em seguida, o pé será removido do solo, e para isso o músculo tríceps sural agirá em contração concêntrica, para estender o tornozelo e empurrar o chão, no instante em que os dedos do pé estão apoiados no solo. Com essa ação, o pé desprenderá do solo e a fase de apoio finalizará.
Na fase de balanço, o tornozelo é mantido em flexão. Esse movimento articular é feito pela ação concêntrica do músculo tibial anterior para manter a postura do pé adequada nessa fase e evitar tropeços. Somente no fim da fase de balanço é que se verifica o início da extensão do tornozelo para preparar o segmento para um novo apoio, mostrando a continuidade e repetição do movimento do tornozelo no ciclo da marcha.
Para a movimentação do joelho na marcha, os músculos do quadríceps apresentam picos de ativação nos seguintes instantes do ciclo do movimento. A articulação do joelho na marcha inicia com certa flexão e aumenta a amplitude desse movimento articular nos primeiros instantes do apoio do calcanhar com o solo. Tal ação é garantida pelo alongamento do complexo do quadríceps, que controla o impacto no movimento, portanto, o músculo age em contração excêntrica. Em seguida, o joelho é estendido para acelerar o corpo para cima e para frente e o complexo do quadríceps gera esse movimento por meio de
seu encurtamento, então em ação concêntrica 
Após essa ação inicial no músculo do quadríceps, principalmente para o controle do impacto no movimento da marcha, os músculos vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio não participam mais do movimento até os 90% do ciclo da marcha. 
O músculo reto femoral é biarticular, faz a extensão do joelho e participa da flexão do quadril. Na transição da fase de apoio para a fase de balanço, o quadril se flexiona para remover a perna do solo; com isso, o músculo reto femoral é acionado em contração concêntrica para realizar esse movimento em conjunto com o complexo do iliopsoas. Quando o movimento do quadril na fase de balanço é alterado para extensão aos 95% do ciclo da marcha, o músculo reto femoral, em contração excêntrica, controla a aceleração para baixo do segmento coxa-perna-pé, minimizando o impacto entre corpo e solo no apoio subsequente.
Para a movimentação do quadril na marcha, os músculos glúteo máximo e do complexo isquiotibial (bíceps femoral, semitendíneo e semimembranáceo) trabalham no ciclo do movimento. No instante do apoio, a articulação do quadril não pode ser flexionada em amplitude demasiada, para não desequilibrar o corpo para frente. Então, os músculos glúteo máximo e bíceps femoral trabalham em contração excêntrica para controlar o movimento de flexão do quadril.
Logo em seguida, a articulação do quadril precisa acelerar a perna para trás, e os músculos glúteo máximo e bíceps femoral realizam a contração concêntrica para estender o quadril e auxiliam na propulsão do corpo para frente.
Aos 79% do ciclo da marcha, o músculo bíceps femoral, que também atua na articulação do joelho, é acionado em contração excêntrica para controlar a extensão do joelho na fase de balanço. A partir daí os músculos que trabalham no quadril estarão ativados para garantir a postura adequada da perna para um novo apoio.
Os músculos que estabilizam o tronco, eretores da espinha e reto do abdome, também são muito importantes para o controle do movimento da marcha. Como o pé empurra o solo, há a possibilidade de ocorrer a extensão de coluna, portanto, os músculos eretores da espinha agem em contração isométrica para evitar oscilações entre as vértebras da coluna.
O músculo reto do abdome apresenta ativação, em contração isométrica, em todo o ciclo.
DIABETICOS NEUROPATAS E PARKINSONIANOS: Apesar de a eletromiografia trazer alguns indicadores da sobrecarga local na região plantar dos diabéticos neuropatas, o instrumento que efetivamente mede a força local é a palmilha ou plataforma de pressão plantar.
Percebe-se que a pressão plantar pode sofrer influência por causa do tipo de pé, dependendo do tamanho da área de contato que está no solo, e também em razão de patologias. Nessa segunda condição, além dos diabéticos neuropatas, sujeitos com a doença de Parkinson podem modificar o padrão de distribuição de pressão plantar devido aos distúrbios neurais.
O impacto no movimento da marcha é registrado pela plataforma de força de reação do solo, este é um instrumento pertencente à área da dinamometria, que tem duas características fundamentais: registrar a força em todo o movimento, resultando em curvas que representam a variação da força no gesto motor, e analisar o movimento de forma tridimensional.

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