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AV2 penal

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AV2
FURTO:
Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário (diferente de PRIMÁRIO), e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
1. Classificação Doutrinária:
Crime comum, material, doloso, de dano, de forma livre, comissivo em regra, instantâneo ou permanente, unissubjetivo, plurisubsistente, não transeunte e admite tentativa. Entendemos exequível o cometimento de furto por omissão.
2. Sujeito Ativo: 
Qualquer pessoa, salvo o proprietário ou possuidor da coisa.
3. Sujeito Passivo: 
É a pessoa física ou jurídica que detenha a posse ou propriedade da coisa.
4. Objeto Material:
A conduta criminosa recai sobre a coisa alheia móvel, que são considerados os animais, aeronaves, os navios, os títulos de crédito, os talões de cheques, os frutos, as árvores, etc.
 O furto de gado é conhecido como abigeato. As coisas de uso comum também podem ser objeto de furto como a água e luz.
OBS: A coisa abandonada (rês derelicta) e a coisa de ninguém (rês nullius) não podem ser objeto material de furto, pois não são coisas alheias.
 Se o agente pensou que se tratava de coisa abandonada e dela se apoderou haverá ERRO DE TIPO que excluirá o dolo.
Quanto a cadáver=> se a subtração for com intuito de lucro haverá caso de furto, caso contrário, o crime será de subtração de cadáver, previsto no art. 211 do CP. Quem subtrair cadáver de faculdade de medicina com o fim de retirar o ouro existente na arcada dentaria incorrerá em crime de furto.
https://ccdias.jusbrasil.com.br/artigos/180440189/resumo-de-direito-penal-dos-crimes-contra-o-patrimonio
EXTORSÃO (art.158 CP) e EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO (art.159 CP):
Na extorsão => “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa; “
O marginal precisa da colaboração da vítima para alcançar seu objetivo. Por exemplo: sacar dinheiro no caixa eletrônico. Não há como o marginal retirar o dinheiro sem saber a senha, que só a vítima conhece. O marginal pode até matar a vítima, mas será impossível que ele consiga sacar o dinheiro sem que a vítima forneça a senha. 
Em outras palavras, na extorsão, a vítima é forcada a colaborar e sem sua colaboração o marginal não consegue atingir seu objetivo. Obviamente a colaboração é obtida mediante violência ou grave ameaça (contra a vítima ou contra outra pessoa).
A extorsão mediante sequestro => “sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate:
Pena: reclusão, de 8 a 15 anos; ”
 É um crime contra o patrimônio, e se origina da junção de dois crimes: a extorsão (forçar a família a entregar um valor/dinheiro), utilizando-se da privação de liberdade como meio para alcançar aquele objetivo.
Extorsão indireta (art.160 CP) => “exigir ou receber de alguém, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode da causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
Pena: reclusão, de 1 a 3 anos, e multa; “ 
Diferença entre extorsão e extorsão mediante sequestro:
Extorsão=> constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça com o intuito de obter para si ou para outrem, indevida vantagem econômica 
 Reclusão de 4 a 10 anos, e multa
Extorsão mediante sequestro=> sequestrar pessoa com o fim de obter para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço de resgate: 
 Reclusão de 8 a 15 anos
APROPRIAÇÃO INDEBÍTA, ESTELIONATO, ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS:
Apropriação indébita (art.168 CP) => “apropriar-se de coisa alheia móvel, de quem tem a posse ou a detenção// Pena: Reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.”
Por fim, o delito de apropriação indébita, diferenciando-se do estelionato e do furto, não existe subtração ou fraude, pois o indivíduo tem a posse anterior e passa a agir como se fosse dono da coisa. Previsto no art. 168 do CP, esse tipo exige que a coisa tenha sido entregue ao sujeito pela vítima, sem fraude.
Ex: Na cidade de Mato Queimado, um sujeito tinha o costume de usar o veículo, coisa alheia móvel, da sua namorada para seus afazeres. Em uma dessas oportunidades, o sujeito passou-se por dono do carro.
Estelionato (art.171 CP) => “obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. //Pena: Reclusão, de 1 a 5 anos, e multa. ”
Aponta como elementos do ilícito-típico a necessidade que o indivíduo (i) utilize-se de artifício, ardil (ilude) ou outro meio de fraude; (ii) induzido ou mantendo a vítima em erro; (iii) obtendo vantagem ilícita. Logo, é indispensável que ocorra dois resultados – vantagem ilícita e prejuízo alheio – em virtude da fraude e o erro que esta provocou.
O dolo no estelionato existe desde o início, ao passo que na apropriação indébita ele é subsequente.
Conduta praticada com emprego de qualquer meio fraudulento;
 A vítima é induzida e/ou mantida em erro;
 A finalidade é ter vantagem ilícita em prejuízo alheio.
Ex: Em uma cidade da região metropolitana de Florianópolis/SC, um indivíduo, passando-se por um funcionário da empresa GATONET, induziu em erro, por meio de ardil, a vítima, proprietária da casa nº 71, obtendo para si, dessa forma, vantagem indevida de R$ 523,00.
Estelionato # de furto mediante fraude:
 No furto é utilizada pelo agente com o fim de burlar a vigilância da vítima, que, por desatenção, tem seu bem subtraído, diferente do que acontece na hipótese de estelionato em que a fraude é usada como meio para obter o consentimento da vítima que, iludida, entrega voluntariamente o bem.
Ex de furto mediante fraude:
Em São Paulo, capital, um indivíduo ingressa na concessionária de veículos novos, passando-se por cliente interessado e subtrai veículo posto à venda, pelo fato de ter solicitado, por meio ardil, o test drive do veículo subtraído.
Um exemplo concreto de furto mediante fraude que vi em processo foi de um terceiro utilizando-se de ardis para conseguir desbloquear um cartão bancário de uma senhora e, conseguindo isto, ele sacou o dinheiro da conta dela (furto mediante fraude).
Diferentemente seria se ele se ele tivesse utilizando-se de ardis para que a senhora lhe desse autorização para realizar o saque do dinheiro (estelionato).
Ou seja, no furto mediante fraude ocorre a subtração do bem. Em outras palavras, a vítima não entrega o bem.
Já no estelionato, a própria vítima já induzida com a fraude, passa a entregar o bem ao agente.
ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS => são causas excludentes da punibilidade previstas no Código Penal brasileiro, é o caso, por exemplo da absolvição de um filho que furta coisa móvel pertencente ao seu pai.
De acordo com o art.181 cp, é isento de pena quem
Se a polícia está à procura de um criminoso e eu o escondo em minha residência para que o mesmo não seja encontrado, cometo esse crime. Mas, se o criminoso for meu filho, ficarei isento de pena em razão da escusa absolutória prevista.
Obs: filhos que furtam seus pais, estarão isentos de punibilidades, de acordo com o art.181 CP.
Irmãos que furtam irmãos responderão, de acordo com o art. 182 CP.
Corrupção de menores:
o agente induz (convence, cria a ideia) a vítima a praticar algum ato que vise satisfazer a lascívia de outra pessoa. O ato deve ser meramente contemplativo (ex.: uso de uma fantasia), sem que exista contato físico entre o terceiro beneficiado e a vítima. Se vier a ocorrer conjunção carnal ou outro ato libidinoso diverso, ambos, quem induziu e beneficiado, serão responsabilizados por estupro de vulnerável - CP, art. 217-A -, desde que,
é claro, tenha existido dolo do aliciador nesse sentido. Ademais, a conduta deve ter como destinatária pessoa determinada (beneficiário certo). Caso contrário, caso o agente convença a vítima a satisfazer a lascívia de um número indeterminado de pessoas, o crime poderá ser o do art. 218-B: favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável;
o estupro de vulnerável - CP, art. 217-A: consiste em ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com quem é menor de 14 (quatorze) anos. Se alguém alicia o vulnerável a praticar ato sexual com terceiro, ambos, aliciador e beneficiado, devem responder por estupro de vulnerável;
Estupro (art.213 CP):
“ constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele pratique outro ato libidinoso;
Pena: Reclusão, de 6 a 10 anos. “

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