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O crime de inserção de dados falsos em sistema de informações está previsto no artigo 313-A do Código Penal.
É um crime praticado por Funcionário público, que em função do cargo, insere, ou até mesmo facilita a inserção de dados falsos, ou ainda, modifica dados corretos do banco de dados da Administração Pública, obtendo vantagem para si ou para outrem, ou simplesmente para causar dano a alguma outra pessoa.
ARTIGO 313-A CP: "Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano": Pena- reclusão de 2(dois) a 12 (doze) anos e multa.
modificação ou alteração não autorizada de sistema de informação
Art. 313-B "Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade de da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado".
A figura típica pouco ou nada tem que ver com o tipo principal. Foi-lhe atribuído esse número, como poderia ter sido outro, desde que estivesse no mesmo título e capítulo do crime anterior, pois trata-se de infração penal praticada por funcionário público contra a Administração Pública.
Este tipo penal está ligado diretamente aos chamados delitos de computador ou de informática. Há duas categorias de crimes de informática:
- o praticado por intermédio do uso do computador
- o perpetrado contra os dados ou sistemas informáticos
No primeiro, o computador é o meio utilizado. No segundo, será ele o próprio objeto material. Aquele é conhecido como crime de informática comum, enquanto este seria o crime de informática autêntico, visto que o computador é essencial para a existência do delito. No entendimento de Antonio Lopes Monteiro, o tipo objetivo em estudo indica ser da segunda modalidade.
1. OBJETIVIDADE JURÍDICA
Qualquer sistema de informação de dados sobre empresas ou programa de controle de arrecadação de contribuições sociais dos segurados bem como o do pagamento dos benefícios está agora tutelado pela norma penal. Poder-se-ia até criticar a utilização do Direito Penal para esse tipo de proteção, mas dentro da sistemática moderna de dados e da fragilidade com que, ainda, os programas podem ser invadidos por terceiros, o próprio funcionários encarregado de manipulá-los poderá ser tentado à prática do ilícito. Desta forma, o Direito Penal foi chamado para dar uma maior proteção ao sistema. Assim, protege-se a Administração Pública, o interesse da Previdência, o interesse da Previdência Social e do segurado.
O objeto da tutela penal é a Administração Pública, particularmente a incolumidade de seus sistemas de informações e programas de informática, que só podem sofrer modificações ou alterações quando a autoridade competente solicita ou autoriza a determinado funcionário. Por isso, não havendo tal aquiescência, a conduta é punida, tanto mais por se levar em consideração que tais informações, muitas vezes, encerram sigilo e interesses estratégicos do próprio Estado.
Desta forma, mais precisamente, como determina Julio Fabbrini Mirabete protege-se com o dispositivo a regularidade dos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública [44].
2. SUJEITOS ATIVO E PASSIVO
O sujeito ativo poderá ser somente o funcionário no exercício do cargo, autorizado ou não ou que tenha obtido solicitação da autoridade competente para a finalidade de alterar sistema de informações ou programa de informática. Por se tratar de crime funcional próprio, apenas poderá ser sujeito ativo do delito o funcionário típico ou por equiparação. Assim, entende-se como funcionário para efeitos penais, o conceito previsto de funcionários público do artigo 327 do Código Penal.
O sujeito passivo é o Estado é o sujeito passivo. Admite-se como sujeito passivo secundário, o particular, na hipótese do dano a terceiro.
Salienta Antonio Lopes Monteiro que o sujeito passivo é o Estado, mas sobretudo a Previdência Socia
Descaminho
Art. 334.  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1o  Incorre na mesma pena quem:  
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;  
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; 
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; 
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos.  
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. 
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem:  
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;  
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente;  
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação; 
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira; 
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.  (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. 
Podemos observar, claramente, que o crime de Descaminho permanece no art. 334 e o de Contrabando vira tipo penal autônomo no art. 334-A.
Mister ressaltar a diferença entre os dois tipos penais, pois são constantemente confundidos por muitas pessoas, inclusive por profissionais técnicos.
No descaminho, o crime é relacionado ao (não) pagamento do imposto devido, como podemos observar: “Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria”.
Perceba que nada tem a ver com a mercadoria ser proibida. É aqui que reside os maiores equívocos.
Tudo, principalmente para a imprensa televisiva, é “Contrabando”, quando na verdade é Descaminho.
Já no crime de Contrabando a relação criminosa é com a mercadoria, proibida no Brasil, ser importada ou exportada, como observado no dispositivo: “Importar ou exportar mercadoria proibida”.
Se for proibida perante a nossa legislação, será tipificado o crime de Contrabando.
Após a alteração legislativa, onde, os tipos penais se tornaram autônomos e com penas distintas, não observou o legislador em alterar, também, o art. 318 do Diploma Penal que trata do funcionário público que incide na facilitação do Contrabando e Descaminho. Vejamos:
Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 318 - Facilitar,com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
Incoerente a manutenção do presente dispositivo sendo que os crimes de Descaminho e Contrabando, hoje, possuem penas distintas.
Assim, se um funcionário público facilita um Contrabando, responderá pela mesma pena se tivesse facilitado um Descaminho (que a pena é menor). Não faz o menor sentido.
Por fim, para aqueles que suscitarem dúvidas sobre armas e drogas, vale sempre a lembrança de que a legislação especial prevalece sobre a ordinária e, assim sendo, pertinente sempre a leitura da Lei 10.826/03 (Estatuto do desarmamento) e Lei 11.343/06 (Lei de drogas).
Condescendência criminosa, de acordo com o descrito no Código Penal, "Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:"
Pena - Detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
Na Administração Pública, o funcionário deve ser cumpridor da lei. Portanto, este crime aplica-se tanto ao agente superior hierárquico que não responsabilizou subordinado que cometeu a infração ("Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado..."), quanto ao subalterno ou funcionário de mesma hierarquia que não levou o fato ao conhecimento da autoridade competente.
Não admite tentativa.
O crime de advocacia administrativa está previsto no artigo 321 do Código Penal Brasileiro. Consiste em
"patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário." Apena é de detenção, de um a três meses, ou multa; se o interesse envolvido for ilegítimo, a detenção é de três meses a um ano, além da multa.[1]
Trata-se da utilização indevida das facilidades de cargo ou função, por funcionário público, no intuito de fazer prevalecer ou fazer influir o seu peso funcional sobre a prática de atos administrativos. O autor do fato pede algum favor a um colega do próprio órgão público ou de outro, usando o seu poder funcional, mas sempre em favor de terceiros - nunca em proveito próprio.
o contrario do que muitas pessoas acham o interesse privado em ato de ofício não tem nada a ver com a advocacia administrativa. Resumindo o funcionário abusando da qualidade, introduz e especula situações lucrativas a órbita da administração pública, interferindo no ato administrativo para satisfazer o real interesse particular.
Ao contrário da ação de funcionários a advocacia administrativa é a ação do funcionário patrocinar juntamente com qualquer setor da administração e não apenas repartir onde se está lotado, valendo apenas suas qualidade e facilidade de acesso junto com seus colegas e pessoas mais próximas, considerando ou influenciando o interesse alheio de uma forma mais natural visando a remuneração das partes interessadas.
O crime de violência arbitrária está previsto no artigo 322 do Código Penal Brasileiro.
Para a maioria da doutrina penal, esse artigo foi revogado pela Lei n. 4898/65, que trata do abuso de autoridade. Mas para oSupremo Tribunal Federal e para a minoria da doutrina ainda está a viger.
É um crime praticado por funcionário público, que em função do cargo, age não contra a Administração Pública, mas contra o administrado, agredindo-o.
Mesmo que grande parte da atuação pública exija violência, são violências toleradas pela lei. O presente crime se refere a violência ilegal, arbitrária, fora dos parâmetros permitidos.
O servidor responde pela violência física causada, por exemplo, o braço quebrado, porta arrebentada ou pneu furado, e também pelo referido crime, quando houver abuso.
Este crime não acontece quando o agente pratica apenas grave ameaça contra terceiros.
ARTIGO 322 CP: "Praticar violência, no exercício da função a pretexto de exercê-la:" Pena - Detenção, de 6 meses a 3 anos, além da pena correspondente a violência.
O crime de abandono de função está previsto no artigo 323 do Código Penal Brasileiro.
É um crime praticado por funcionário público, que abandona o cargo, ou seja, não comparecer durante determinado período relativamente longo de tempo previsto no Estatuto como necessário para que aconteça administrativamente o abandono. No momento em que estiver consumada a infração administrativa do abandono, estará também consumada a infração penal correspondente. Há crime mesmo que o abandono não resulte prejuízo nenhum para a administração pública.
ARTIGO 323 CP: "Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: "
Pena - Detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Abandono de função
É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Consiste em abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei. A pena prevista é de detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa. Se do fato resulta prejuízo público, a pena será de detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira, a pena é de detenção, de 1 a 3 anos, e multa. O sujeito ativo é o funcionário público que ocupa cargo público e abandona de maneira total, intencional e irresponsável a função, causando ou podendo causar prejuízo a administração pública. Veja o art. 323 e parágrafos do Código Penal.
O crime de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado está previsto no artigo 324 do Código Penal Brasileiro. É um crime raro onde o servidor não teve paciência de aguardar o exercício e já, entre a nomeação e a posse, vai apressadamente assumir funções de forma prematura.
Diferencia-se do art 328 (Usurpação), porque neste o criminoso não é servidor, e se faz passar por algo que não é. Na usurpação, encontra-se o falso médico[1], o falso policial[2], o falso professor da rede pública[3], que são pessoas que nunca concursaram ou foram nomeados, ou seja, são criminosos que se intrometeram como servidor.
Na outra modalidade, "exercício prolongado", o servidor foi transferido ou exonerado e insiste em permanecer onde está, podendo ser preso em flagrante.
ARTIGO 324 CP: "Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:" Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
324 - Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: Pena - det...20 de ago de 2008
O crime de Violação do sigilo funcional está previsto no artigo 325 do Código Penal Brasileiro.
É um crime subsidiário praticado por funcionário público, que revela fato que deveria permanecer em sigílo, em razão do cargo, como por exemplo, o funcionario que revela senha funcional, ou que divulga onde se encontram as armas num quartel ou o lugar onde os auditores atuarão. Ocorre mesmo que o servidor se encontre fora de função (de férias, licença, etc).
O funcionário público que desrespeita sigilo bancário pratica o crime o art 10 da Lei Complementar 105/01 e não este crime.
ARTIGO 325 CP: "Revelar fato que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:" Pena - Detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
O crime de Violação de sigilo de proposta de concorrência está previsto no artigo 326 do Código Penal Brasileiro.
A maioria dos escritores criminalistas entendem que esse artigo foi implicitamente revogado no art 94 da Lei nº 8.666/93, que trata da Lei de Licitação.
ARTIGO 326 CP: "Devassaro sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: " Pena: Detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa
Excesso de exação é um crime típico do funcionário público contra a administração pública, definido no Código Penal como um subtipo do crime de concussão[1]. Se dá quando um funcionário público exige um pagamento que ele sabe, ou deveria saber, que é indevido. Também é considerado excesso de exação atuar de forma humilhante, socialmente inadequada ou abusiva frente ao cidadão cobrado. Exação significa cobrança específica pelo Estado [2], excesso de exação é ultrapassar o limite da exatidão definida em lei.
Dos Crimes contra administração da justiça
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança. Quem promove ou facilita a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança comete crime previsto no art. 351 do Código Penal brasileiro, sujeitando o infrator à pena de detenção, de seis meses a dois anos. Trata-se de mais um crime contra a Administração da Justiça e seu regular funcionamento, provocando-se ou favorecendo-se a evasão de presídios ou de outros centros destinados ao cumprimento de medidas de segurança, inclusive de viaturas usadas no transporte de detentos. Também comete o crime do art. 351 aquele que, ciente das manobras fugitivas e tendo o dever legal de impedir o ilícito, se omite e faz vistas grossas diante do caso, permitindo a evasão.
Formas qualificadas. Se o crime é praticado a mão armada (seja arma de fogo ou qualquer outra), ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena será de reclusão, de dois a seis anos. Havendo emprego de violência contra pessoa, isto é, algum tipo de agressão física, aplica-se também a pena correspondente à violência cometida (pelas lesões corporais ou pelo homicídio, por exemplo). Sendo o crime praticado por pessoa justamente responsável por custodiar ou guardar o preso ou o internado, a pena aplicável será a de reclusão, de um a quatro anos.
 
Forma culposa. Em caso de culpa (falta de razoável cautela) do funcionário incumbido da guarda ou custódia, a pena aplicável é a de detenção, de três meses a um ano, ou multa. Neste caso enquadra-se, por exemplo, o agente carcerário que dorme (literalmente!) em serviço ou que esquece de chavear adequadamente a porta da cela.
Detalhe importante. O próprio fugitivo não responde pelo crime do art. 351, por razões de política criminal, tomando-se a sua evasão como falta disciplinar. Se, no entanto, no ato da sua fuga, ele praticar violência contra a pessoa (leia-se "violência física" contra funcionário, contra outro detido ou contra qualquer outra pessoa), estará cometendo crime diverso: evasão mediante violência contra pessoa (art. 352), que é punível com detenção de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência praticada (lesões corporais, homicídio,...). 
EVASÃO MEDIANTE VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA – ARTIGO 352 Evasão mediante violência contra a pessoa Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa: Pena - detenção, de 3 (três) meses a (um) ano, além da pena correspondente à violência. CONCEITO E OBJETIVIDADE JURÍDICA OBJETO JURÍDICO: A administração da justiça. SUJEITOS DO DELITO SUJEITO ATIVO: Trata-se de crime próprio, só podendo ser cometido por preso ou indivíduo submetido à imposição de medida de segurança detentiva. SUJEITOS PASSIVOS: Principal é o Estado. ELEMENTOS OBJETIVOS DO TIPO Pune-se o fato quando o agente, preso ou internado, emprega violência física para alcançar a liberdade. SIMPLES FUGA: Sem violência, não constitui delito, considerada conduta normal (anseio de liberdade do indivíduo).. VIOLÊNCIA CONTRA COISA E GRAVE AMEAÇA: Não são incriminadas. Ainda que a ameaça seja exercida com arma. Mesmo havendo dano à coisa, hoje prevalece o entendimento de que não há o delito do art. 163 do Código Penal. VIOLÊNCIA INCRIMINADA: É a real, empregada contra carcereiro, policial, oficial de justiça, guarda, outro detento ou internado ou terceiro. Não se exige que a vítima sofra lesão corporal. LOCAL DO FATO: O crime pode ocorrer intra ou extra muros, i. e., dentro ou fora de estabelecimento prisional ou de internação. O sujeito pode fugir de um edifício, de um automóvel, de um lugar aberto etc. NATUREZA DA PRISÃO: Civil, penal ou administrativa. DETENÇÃO LEGAL: Só há delito nos casos de prisão e internação legais. No sentido do texto, tratando de prisão para averiguação e entendendo não haver delito. No sentido de que a ilegalidade da prisão exclui o crime. ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO É O DOLO, consistente na vontade livre e consciente dirigida à evasão mediante emprego de violência contra a pessoa. O tipo não reclama nenhum fim especial. MOMENTO CONSUMATIVO E TENTATIVA Consuma-se com o emprego da violência física contra pessoa. TENTATIVA: É possível, não tendo influência na pena abstrata. A tentativa é tipicamente equiparada ao delito consumado. De modo que, em face da pena abstrata, pouco importa que o crime seja consumado ou tentado, uma vez que o legislador tipifica a conduta de "evadir-se ou tentar evadir-se". Assim, aplica-se a ressalva do parágrafo único do art. 14 do Código Penal: não incide a redução da pena de um a dois terços. Relevante é o tema da tentativa, contudo, para efeito da aplicação da pena concreta, constituindo circunstância judicial a ser considerada pelo juiz na dosagem da pena-base (CP, art. 59, caput). CONCURSO MATERIAL Havendo violência física, com lesão corporal ou homicídio, o Código Penal IMPÕE O CONCURSO MATERIAL DE CRIMES. Ocorrendo somente vias de fato, fica a contravenção absorvida pelo delito, ínsita na expressão "violência".
ARREBATAMENTO DE PRESO 
O verbo arrebatar significa a ação pela qual se retira, arranca determinada coisa de seu lugar ou da posse de quem a detém, impelindo-a ou usando da força com o propósito de apoderação. O ato de arrebatar também se dá em relação à pessoa quando esta é retirada, arrancada a força da custódia de quem a detém.
Em matéria de direito penal, o artigo 353 do CP contempla o crime de arrebatamento de preso, cujo ato consiste em retirar o apenado da custódia do Estado, submetendo-o a violência e maus tratos...

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