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Fichamento História da filosofia: filosofia pagã antigaREALE

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REALE, Giovanni. Quarta parte: Platão: O Estado ideal e suas formas históricas. Quinta parte: Aristóteles: As ciências práticas: a ética e a política. História da filosofia: filosofia pagã antiga, v.1/ Giovanni Reale, Dario Antiseri. Tradução de Ivo Storniolo. São Paulo, Paulus, 2003, p. 217-223.
As ciências práticas: a ética e a política
“Todas as ações humanas tendem a um fim, isto e, à realização de um bem especifico; mas cada fim particular e cada bem específico estão em relação com um fim último e com um bem supremo, que e a felicidade.” (p.217).
“Por homem "politico" Aristóteles entende não todos os homens sem distinção, mas (ligado ao estado político-social da sua época) aquele que goza plenamente dos direitos políticos e exerce em parte maior ou menor a administração da Cidade.” (p.218).
A Cidade e o cidadão
“O bem do indivíduo é da mesma natureza que o bem da Cidade, mas este "é mais belo e mais divino" porque se amplia da dimensão do privado para a dimensão do social, para a qual o homem grego era particularmente sensível, porquanto concebia o individuo em função da Cidade e não a Cidade em função do indivíduo.” (p.221).
“Aristóteles, aliás, dá a esse modo de pensar dos gregos uma expressão paradigmática, definindo o próprio homem como "animal politico" (ou seja, não simplesmente como animal que vive em sociedade, mas como animal que vive em sociedade politicamente organizada).” (p.221).
“Para ser cidadão é preciso participar da administração da coisa pública, ou seja, fazer parte das Assembleias que legislam e governam a Cidade e administram a justiça.” (p.222).
“Consequentemente, nem o colono nem o membro de uma cidade conquistada podiam ser “cidadãos”“. (p.222).
“E nem mesmo os operários, embora livres (ou seja, mesmo não sendo cativos ou estrangeiros), poderiam ser cidadãos, porque falta-lhes o "tempo livre" necessário para participar da administração da coisa pública.” (p.222).
O Estado e suas formas
“O Estado pode ter diferentes formas, ou seja, diferentes constituições. A constituição é "a estrutura que da ordem a Cidade, estabelecendo o funcionamento de todos os cargos, sobretudo da autoridade soberana"”. (p.222).
“Ora, como o poder soberano pode ser exercido: 1) por um só homem; 2) por poucos homens; 3) pela maior parte; e, além do mais, como quem governa pode governar: a) segundo o bem comum; b) no seu interesse privado; então são possíveis três formas de governo correto e três de governo corrupto: 1a) monarquia; 2a) aristocracia; 3a) politía; 1b) tirania; 2b) oligarquia; 3b) democracia.” (p.222).
“Aristóteles entende por “democracia” um governo que, desleixando o bem comum, visa a favorecer de maneira indébita os interesses dos mais pobres e, portanto, entende “democracia” no sentido de “demagogia”“. (p.222).
“Aristóteles afirma que, em abstrato, são melhores as primeiras duas formas de governo, mas, realisticamente, considera que, no concreto, dado que os homens são como são a forma melhor é a politía, que é substancialmente uma constituição que valoriza o segmento médio.” (p.223).
“[...] a politía é praticamente caminho intermediário entre a oligarquia e a democracia ou, se assim se preferir, uma democracia temperada pela oligarquia, assumindo-lhe os méritos e evitando-lhe os defeitos.” (p.223).
O Estado ideal
“Com efeito, escreve Aristóteles, "podemos dizer que feliz e florescente é a Cidade virtuosa. É impossível que tenha êxitos felizes quem não cumpre boas ações e nenhuma boa ação, nem de um individuo, nem de uma Cidade, pode realizar-se sem virtude e bom senso. “O valor, a justiça e o bom senso de uma Cidade têm a mesma potência e forma cuja presença em um cidadão privado faz com que ele seja considerado justo, ajuizado e sábio.” (p.223).
“[...] reafirma-se o grande principio platônico da correspondência entre o Estado e a alma do cidadão singular.” (p.223).
“Para Aristóteles, a Cidade perfeita deveria sê-lo a medida do homem: nem demais populosa, nem muito pouco.” (p.223).
“Também o território deveria ter características análogas: grande o bastante para satisfazer as necessidades sem produzir o supérfluo.” (p.223).
“Os cidadãos (que, como sabemos, são aqueles que governam diretamente) serão guerreiros quando jovens, depois conselheiros e, quando velhos, sacerdotes.” (p.223).
“Por fim, como a felicidade da Cidade depende da felicidade dos cidadãos singulares, seria necessário tornar cada cidadão o mais possível virtuoso, mediante adequada educação.” (p.223).
“Viver em paz e fazer as coisas belas (contemplar) é o ideal supremo a que deve visar o Estado.” (p.223).
“Portanto, diz Aristóteles, é preciso fazer guerra apenas tendo como finalidade a paz, trabalhar para poder libertar-se das necessidades do trabalho, fazer as coisas necessárias e úteis para poder ganhar o livre repouso, e enfim fazer as coisas belas, isto é, contemplar.” (p.223).

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