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Sedimentação Separação sólido-líquido Os meios mais empregados pela indústria para a separação de sólidos em líquidos são: Prensagem Prensas descontínuas Prensas contínuas Flotação Operações – separação sólido-líquido Sedimentação Flotação Força magnética Força centrífuga Ação da gravidade Filtração Gravidade Por Pressão Por vácuo Força centrífuga sedimentação filtração Operação mecânica envolvendo sistemas sólido - líquido: o sólido se movimenta através do líquido. Fase líquida se movimenta através do sólido estacionário Sedimentação Filtração Sedimentação por gravidade ou gravitacional A separação de uma suspensão pela deposição dos sólidos por gravidade até a obtenção de um fluido límpido e uma lama com maior teor de sólidos, é denominada sedimentação. As partículas são mais densas que o fluido. Na sedimentação gravitacional o sólido se movimenta através do fluido. Força propulsora: ação da gravidade A sedimentação pode visar: •••• Clarificação do líquido: a fase de interesse é o líquido límpido (clarificadores). Suspensão com baixa concentração de sólidos. Clarificar o líquido •••• Espessamento da solução: a fase de interesse é a zona de lama (espessadores). Suspensão concentrada Sólidos com quantidade mínima de líquido Aplicações: - Aplicada para separar grandes volumes de líquidos e sólidos. - Estação de tratamento de efluentes. Por que essa vantagem??? Menor custo Filtração??? - Estação de tratamento de efluentes. - Processos químicos em geral. Usina: água de lavagem da cana - Estação de tratamento de água. Equipamentos a) Sedimentadores para sólidos grosseiros b) Sedimentadores para sólidos finosb) Sedimentadores para sólidos finos Clarificadores Espessadores Equipamentos a) Sedimentadores para sólidos grosseiros - São utilizados para a retirada de material grosseiro, como areia, pedregulho, gravetos, etc. Podem provocar obstrução em equipamentos Aplicações:Aplicações: - Entrada de estações de tratamento de água para abastecimento industrial e urbano; - Estações de tratamento de resíduos industriais e municipais; - Indústrias de extração e purificação de minérios; Sedimentadores para sólidos grosseiros - Tanques de sedimentação gravitacional Reduzem a componente horizontal da velocidade do fluido pelo aumento da seção transversal fornecendo tempo suficiente aos sólidos para decantarem e posteriormente removidos. Partículas grosseiras decantam rapidamente Partículas finas são levadas pelo líquido transbordante Tanque de sedimentação Sedimentadores para sólidos grosseiros Tanque de sedimentação Sedimentadores para sólidos grosseiros Tanque de sedimentação “vazio”. b) Sedimentadores para sólidos finos Clarificadores: são equipamentos projetados para operar com sólidos finos (diâmetro < 10 μm) e suspensões diluídas ( < 1,0 g/L). O objetivo é obter uma fase líquida com um mínimo de sólidos. Podem ser retangulares, cilíndricos e cônicos Espessadores: são equipamentos projetados para operar também com sólidos finos (diâmetro < 0,2 μm) e soluções concentradas ( > 50 g/L). O objetivo é obter sólidos com quantidade mínima de líquido. Estruturas e partes móveis reforçados Sedimentadores para sólidos finos Clarificadores e espessadores: Clarificadores e espessadores. Sedimentadores para sólidos finos Clarificadores e espessadores: Clarificadores e espessadores. Modos de operação - Batelada: As operações de sedimentação industrial podem ser efetuadas continuamente ou descontinuamente (batelada) : O tanque é alimentado com a suspensão que fica em repouso. Com o tempo surgem regiões com diferentes concentrações de sólidos e as alturas dessas regiões variam. Depois de um período de tempo pré-estabelecidovariam. Depois de um período de tempo pré-estabelecido o sólido se deposita no fundo do tanque e a lama é retirada. - Contínuo: A alimentação e a retirada de líquido e lama são realizadas continuamente. As mesmas regiões com variação de concentração de sólidos da sedimentação descontínua estarão presentes, no entanto, atingindo o estado estacionário, as alturas dessas regiões serão constantes. Sedimentação descontínua A = líquido límpido B = Zona de concentração uniforme (suspensão com mesma concentração que a inicial) C = zona de altura e concentração variáveis (transição) D = zona de compressão (sólidos grossos – lama) Z0 = altura inicial Zc = zona crítica Ze = sólido espesso (líquido é “expulso” do sólido). O ponto crítico ocorre quando existe somente uma interface e todo o sólido inicial estará abaixo dessa interface. Na operação contínua, as mesmas zonas estarão presentes. Porém, com alturas constantes. Sedimentação contínua A – líquido clarificado B – suspensão (mesma concen- tração da suspensão original) C – zona de transição D – zona de compressão Alimentação e retirada de líquido e lama são realizadas continuamente. suspensão vertedouro (líquido límpido) Detalhes do sedimentador contínuo Sedimentador contínuo. raspadores lama (facilita escoamento da lama) LE0 QQQ += Balanço volumétrico: Sedimentação contínua Balanços : EE00 CQCQ ⋅=⋅ (Hipótese de que não há sólido no clarificado) Balanço de sólidos: Sedimentação Objetivo da aula: Apresentar métodos de cálculo que permitam projetar um espessador contínuo, isto é, determinar sua área e profundidade. O dimensionamento do sedimentador é normalmente baseado em medidas de velocidade de sedimentação. É aconselhável que as velocidades de sedimentação sejam obtidas a partir de testes descontínuos realizados em escala de laboratório. O projeto de um sedimentador gravitacional, depende: •••• Diâmetro das partículas; Por que o ensaio descontínuo é importante no projeto do sedimentador contínuo? •••• Viscosidade do líquido; •••• Densidades do sólido e do líquido; •••• Condições e variáveis do processo; •••• Interação da partícula com a lama; Ensaio descontínuo ou em batelada O mecanismo da sedimentação pode ser mostrado em ensaio com suspensões em provetas. Ensaio de sedimentação em proveta. Ensaio de sedimentação - Diferentes zonas de sedimentação Solução preparada de modo a ter concentração uniforme ao longo de toda proveta. Altura inical (Zo) e concentração inicial (Co ).Z0 A = líquido clarificado B = concentração uniforme. Suspensão com a mesma concentração da inicial. C = zona de transição. Concentração não uniforme. Concentração aumenta de cima para baixo. D = zona de compressão. Inclui-se inicialmente as partículas mais pesadas e aumenta de volume ao longo da sedimentação. Ensaio de sedimentação - Diferentes zonas de sedimentação A medida que a sedimentação continua, as alturas de cada zona varia. Nota-se que primeiramente B diminui, simultaneamente ao aumento de C e D. Depois de algum tempo, atinge-se um ponto em que B e C desaparecem e todos os sólidos encontram-se na camada D. Esse ponto denomina-se PONTO CRÍTICO ou ponto de compressão (altura ZC e concentração CC). PONTO CRÍTICO Ensaio de sedimentação - Diferentes zonas de sedimentação A partir daí, ocorre a compressão lenta dos sólidos com a suspensão do líquido retido. Ensaio de sedimentação em proveta. (Zo= altura inicial e Zf = altura final do material espessado. Diagrama das diferentes zonas de sedimentação em função do tempo Altura da interface (z) em função do tempo de sedimentação (ensaio em batelada) A velocidade de sedimentação pode ser obtida a partir da curva de sedimentação trançando-se tangentes à curva. Altura da interface, Z Curva de sedimentação Tempo, θ Z1 α θ1 ( ) 1vdθ dz αtg 1θθ= − = = Velocidade de sedimentação a cada instante (θ): v1 é a velocidade de sedimentação no tempo θ1 Dimensionamento de um espessador contínuo O projeto de um sedimentador exige a especificação da área da seção reta e da profundidade. É possível a partir das informações da sedimentação descontínua projetar uma unidade capaz de produzir de maneira contínua um produto com as características especificadas. Métodos para determinação da área do sedimentador: •Método do tubo longo•Método do tubo longo •Método de Coe e Clevenger •Método de Kynch •Método de Roberts •Método de Talmadge e Fitch •Método baseado no fluxo de sólidos Método de Talmadge e Fitch * método gráfico • Estimativa do ponto crítico (PC) Seja θc o tempo necessário para se atingir a altura crítica Zc com concentração de lama Cc Permite calcular diretamente a área mínima (Amín) do espessador quando se conhece o ponto crítico (PC) ou de compressão na curva de sedimentação. • A partir de um gráfico de Z versus θ, tem-se: - parte inicial da curva (“sedimentação livre”)���� v praticamente constante - no final do ensaio (concentrações elevadas) ���� v’s são muito baixas e também praticamente constantes. concentração de lama Cc (Fisicamente: Cc corresponde ao instante em que v diminui rapidamente) Procedimento para determinação do ponto crítico (PC ) 40 50 Z ( c m ) Procedimento: A partir da curva de Z em função de θ: 1) Traçam-se as tangentes pelas 2 extremidades da curva; Método de Talmadge e Fitch 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 20 30 Z ( c m ) θ θ θ θ (min) α α . Bissetriz Tangentes Zc θc Pc extremidades da curva; 2) Essas tangentes se interceptam em um ponto e a partir deste ponto traça-se a bissetriz do ângulo formado; 3) A intersecção da bissetriz com a curva Z versus θ dá a estimativa do instante θc em que as partículas entram na zona de compressão. Z versus θθθθ Primeiramente, deve-se considerar que a camada densa ou camada de compressão de sólidos é a camada que determina a velocidade de sedimentação (camada onde a velocidade de sedimentação é mais lenta). Assim, deve ser a camada que vai requerer uma maior área do sedimentador. A área do sedimentador pode ser relacionada a essa velocidade da seguinte forma: Método de Talmadge e Fitch EzAvAQ ⋅=⋅= (1) E E EE zA vAQ θ ⋅ =⋅= O balanço de massa para os sólidos no sedimentador é: EELLoo CQCQCQ ×+×=× Supondo a ausência de sólidos no clarificado: EEoo CQCQ ×=× (1) (2) (3) Método de Talmadge e Fitch Combinando as equações (1) e (3), tem-se a relação entre a massa que entra na unidade de tempo e a massa por unidade de tempo necessária para formar a camada de compressão. Isolando a área tem-se: EE Eoo zC CQA × ×× = θ ? Durante o ensaio (na proveta), a massa de sólidos é constante, ou seja: (4) Durante o ensaio (na proveta), a massa de sólidos é constante, ou seja: EECC ZACZACZAC ⋅⋅=⋅⋅=⋅⋅ 00 EECC ZCZCZC ⋅=⋅=⋅ 00 (5) Considere, agora, apenas o processo de espessamento ou compressão de sólidos. Processo de espessamento: CC � CE (ocorre a remoção de uma certa quantidade de água para que ocorra a alteração da concentração) Volume de água expelido: Tempo necessário para descarga deste volume: ( )ECágua ZZAV −⋅= CEadesc θθθ −=arg Método de Talmadge e Fitch Logo, a vazão volumétrica de água expelida: ( ) CE EC descarga água água θθ ZZA θ VQ − −⋅ == (6) A partir do diagrama de Z versus θ obtém-se a velocidade de sedimentação no instante θc, ou seja: 40 50 Z ( c m ) Método de Talmadge e Fitch C C θθ C θ ZZ dθ dz v C − = − = = 1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 20 30 θ θ θ θ (min) . Z1 Zc θc Pc(7) Em condições de escoamento contínuo: o escoamento ascendente de líquido límpido deve ser igual ao escoamento descendente de sólidos para que seja possível o espessamento, ou seja: Cágua vAQ ⋅= Substituindo as equações (6) e (7) na equação (8), tem-se que: (8) Método de Talmadge e Fitch ( ) C C1 CE EC θ ZZA θθ ZZA − ⋅= − −⋅ ( ) C C1 CE EC θ ZZ θθ ZZ − = − − Conhecidos C0, Z0 e CE pode-se calcular ZE pela equação (5) e determinados ZC, θC e Z1, calcula-se θE pela equação (9) ou através do gráfico de Z versus θ (9) EECC ZCZCZC ⋅=⋅=⋅ 00 (5) E E C ZCZ 00 ⋅= (10) 40 50 Z ( c m ) Z Determinação de θθθθE -Graficamente Método de Talmadge e Fitch 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 20 30 θ θ θ θ (min) .Zc θc Pc Z1 ZE θE 0 0 min Z QA Eθ⋅= (11) A = área da seção reta, m2 Substituindo ZE, como mostrado na equação 10, na equação (4), tem-se: Método de Talmadge e Fitch * Fator de segurança = 100% (Variações na concentrações, vazões volumétrica e na temperatura) A = área da seção reta, m2 Qo = vazão da suspensão na entrada, m 3/s Zo = altura inicial, m θE = tempo para alcançar a concentração desejada, s OBS: θE pode ser obtido graficamente ou através da equação (9) Em um sedimentador contínuo existe um fluxo de sólidos se movendo em sentido descendente, esse movimento é produzido pela sedimentação devido a gravidade e também devido ao transporte global, em virtude da retirada de lama. Q0 QL FL Fluxo de sólidos através da camada limitante Método baseado no fluxo de sólidos QE QL FL Fluxo de sólidos através da camada limitante O projeto, por esse método, baseia-se na identificação do fluxo de sólidos que possui menor capacidade de permitir a passagem de sólidos nas condições de operação. Em qualquer ponto do tanque, o fluxo mássico de sólidos devido a sedimentação gravitacional é: iiG vCF ⋅= FG = fluxo de sólidos devido a gravidade Ci = concentração na posição considerada vi = velocidade de sedimentação dos sólidos na posição considerada O fluxo mássico devido a retirada de lama é: QCF vCF E BiE ⋅= ⋅= FE = fluxo de sólidos devido ao bombeamento C = concentração na posição considerada Método baseado no fluxo de sólidos A QCF EiE ⋅= Ci = concentração na posição consideradavB = velocidade de bombeamento O fluxo total de massa de sólidos é a soma dos fluxos: A QCvCF FFF E iiiT EGT += += Concentração Fluxo de Sólidos Fluxo total (FT) FG FE Para determinação da área do sedimentador aplica-se o balanço de massa na camada limitante (camada em que ocorre o menor fluxo, ou menor vazão mássica que passa por uma determinação secção): Massa que entra na camada limitante = massa que entra no sedimentador L L F CQA CQAF 00 00 ⋅ = ⋅=⋅ Método baseado no fluxo de sólidos L O fluxo limitante (FL) correspondente a concentração CL é o menor fluxo de sólido entre C0 e CE na curva de fluxo total (FT) Concentração Fluxo de Sólidos FL Fluxo total (FT) FG FE C0 CL CE Problema: para traçar a curva FT eu preciso da área! Como encontrar FL sem depender de FT (que depende de A) ? Fluxo de Sólidos F Fluxo total (FT) FE 0= T dF e FFF += Uma vez que FL é praticamente igual ao fluxo que sai na base do sedimentador (FE) na concentração CE (o fluxo devido a gravidade nesse ponto é baixo), o cruzamento da linha horizontal a partir de FL com a reta FE fornece a concentração CE. O menor fluxo de sólido entre C0 e CE é um ponto de mínimo da curva FT, logo: Método baseado no fluxo de sólidos Concentração FL CE FG FE CL α α 0= = LCC T dC dF e EGT FFF += 0= + = === LLL CC E CC G CC T dC dF dC dF dC dF LL CC E CC G dC dF dC dF == −= C0 Portanto, a tangente a curva FG para C=CL tem a mesma inclinação que FE com sinal negativo Assim, o fluxo limitante pode ser facilmente obtido pela tangente da curva FG a partir de CE. Fluxo de Sólidos FL Método baseado no fluxo de sólidos É possível conhecer FL tendo apenas informações sobre a curva FG ConcentraçãoCE FG CL α C0 Construção da curva FG x Concentração H C3 v1 Interface C3 > C2 > C1 Z Pode-se fazer testes em diferentes provetas colocando diferentes concentrações de suspensão (entre C0 e CE), como mostrado abaixo: Método baseado no fluxo de sólidos Concentração Velocidade de sedimentação C2C1 v2 v1 Concentração Fluxo de Sólidos (devido à sedimentação) Fg Tempo C2 C1 Inclinação da porção inicial da curva (parte reta) é a velocidade de sedimentação influenciada (v1) para a suspensão C1. Procedimento utilizando diferentes testes descontínuos: • Obter a curva da altura da interface (Z) em função do tempo (θ) para várias concentrações de sólidos • Determinar, para cada concentração (Ci) a velocidade inicial (vi) através da inclinação da curva Z x θ. A tangente deve ser tomada a partir da altura inicial Método baseado no fluxo de sólidos inclinação da curva Z x θ. A tangente deve ser tomada a partir da altura inicial da interface Z0 •Multiplicar cada velocidade inicial pela concentração e construir a curva FG x C •Traçar uma tangente à curva de fluxo de sólidos a partir da concentração desejada (CE) para obter o fluxo limitante. Local em que a tangente intercepta o eixo Y. Construção da curva FG x Concentração Pode-se construir a curva FG versus C a partir de um único teste descontínuo (Z versus θ). Nesse caso: • Em diferentes instantes traça-se a tangente (inclinação) a curva de sedimentação • Calcula-se a velocidade de sedimentação naquele instante (vi). • Para calcular a concentração nesse ponto, pega-se o local em que a tangente interceptou o eixo y (Zi), em θ=0, e calcula-se Ci=C0.Z0/Zi. • Para calcular o fluxo faze-se Fi=Ci.vi. Método baseado no fluxo de sólidos 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 20 30 40 50 Z ( c m ) θ θ θ θ (min) . θ Zi ( ) i θθ v dθ dz αtg 1 = − = = i i Z ZCC 00.= iii vCF .= Cálculo da Profundidade do Sedimentador Normalmente são considerados no cálculo da profundidade do sedimentador, além de uma profundidade variável da zona de compressão dos sólidos, algumas alturas padronizadas como ilustra a figura: comp Z 2,0 deProfundida += A profundidade da zona de compressão é dada pelo volume da zona de compressão dividida pela área do sedimentador. A V Z compcomp = O volume da zona de compressão pode ser representado pela vazão de lama que entra na zona de compressão (Qc) multiplicado pelo tempo de permanência da lama nesta zona (θE - θC) Método do balanço de massa (na zona de compressão): Profundidade do Sedimentador ( )cEcQ θθ −=compV Balanço de massa para o sedimentador contínuo: CCCQCQ =00 e CCZCZC =00 Logo: 0 c0 c 00 00 c 00 c Z ZQ Z ZC CQ C CQQ === O volume da zona de compressão fica: ( )cEcZ ZQ V θθ −= 0 0 comp Substituindo a equação acima na equação de Zcomp tem-se: ( ) A ZQ cEc 0 0 comp Z Z θθ − = Profundidade do sedimentador comp Z 2,0 deProfundida += ( ) A ZQ cEc 0 0 Z 0,2deProfundida θθ −+= Exercício: Método de Talmadge & Fitch Um lodo biológico, proveniente de um tratamento secundário de rejeitos deve ser concentrado de 2.500 até 10.900 mg/L em um decantador contínuo. A vazão de entrada na unidade é de 4.500 m3/dia. Determine a área da seção do decantador e a sua profundidade. São fornecidos os seguintes dados deprofundidade. São fornecidos os seguintes dados de sedimentação provenientes de ensaio em laboratório: Θ (min) 0 1 2 3 5 8 12 16 20 25 Altura da interface (cm) 51,0 43,5 37,0 30,6 23,0 17,9 14,3 12,2 11,2 10,7 São dados: Qo = 4,5 . 103 m3 / dia Co = 2.500 mg / L CE = 10.900 mg / L A partir dos dados do ensaio em bancada, construímos o gráfico de Z em função de θ e determinaremos (θc e Zc). 50 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 20 30 40 50 Z ( c m ) θ θ θ θ (min) 35 20 30 40 50 Z ( c m ) α α . Bissetriz 2. Traça-se a a bissetriz do ângulo formado entre elas, do seu ponto até a curva; 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 θ θ θ θ (min) α Tangentes 37 20 30 40 50 Z ( c m ) α α .ZC θc = 7,0 min Zc = 20,0 cm 3. A intersecção da bissetriz com a curva fornece o instante θc em que as partículas entram na zona de compressão. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 θ θ θ θ (min) α θθθθc Zc = 20,0 cm 38 10 20 30 40 50 Z ( c m ) α α .ZC Tangente Z1 = 30,5 cm 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 θ θ θ θ (min)θθθθc 4. Através de uma tangente à curva no ponto crítico determina-se Z1. 39 A partir da equação (4): E 00 E C ZCZ ⋅= Substituindo os valores, encontramos: ( ) ( ) cm 11,7 10.900 512.500ZE = ⋅ = 40 50 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 0 10 20 30 40 θθθθc ZC Z ( c m ) θ θ θ θ (min) α α θθθθE . ZE Tangente Reta horizontal θE = 12,0 min ZE = 11,7 cm 40 Logo, a área mínima é obtida pela equação: 0 E0 min Z θQA ⋅= Substituindo os valores obtidos, tem-se: ( ) ( )cm 51 min 12 m 1 cm 10 min 60 h 1 h 24 dia 1 dia m 104,5 A 3 363 3 min ⋅ ⋅ = ( )cm 51min 25 min cm 107,35A ⋅= ( ) 224 2 25 min m 5,37 cm 10 m 1 cm 107,35A = ⋅= 100 % de segurança 2m 146,8 4,372A =⋅= 41 Exercício: Método do Fluxo de sólidos Uma indústria necessita projetar um sedimentador para espessar uma suspensão que possui uma vazão de 120 m3/h desde uma concentração de 1,5 kg/m3 até 17,5 kg/m3 de sólidos suspensos. Foram realizados ensaios de sedimentação em um tubo transparente utilizando-se várias concentrações da suspensão, de maneira a se obter asconcentrações da suspensão, de maneira a se obter as velocidades iniciais de sedimentação em função da concentração (Vide Figura). a) Determinar o diâmetro do sedimentador. b) Calcular a vazão de lama e de clarificado. Ensaios de sedimentação - Altura da interface (Z) em função do tempo para várias concentrações C (kg/m3) Vi (m/h) F=C.Vi (kg/m2h) 2 1/0,2=5 10 3 1/0,4=2,5 7,5 5,5 1/1=1 5,5 10 0,4/1=0,4 4 15 0,2/1=0,2 3 Dados para a curva de fluxo de sólido a) Construindo a curva de fluxo de sólido versus concentração, tem-se: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 F ( k g / m 2 h ) FL LF CQA 00 ⋅= 2 2 3 3 m 5,22 . 8 5,1120 = ⋅ = hm kg m kg h m A 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 0 1 C(kg/m3) CE .hm Logo: m 35,5=D b) Vazão da lama (QE) e do clarificado (QL): h m 28,10 5,17 5,1120. 300 00 = ⋅ == ⋅=⋅ E E EE C CQQ CQCQ h m 72,109 28,10120 3 00 = −=−= += L EL LE Q QQQ QQQ Determine a área de um espessador para que se tenha uma concentração de fase densa igual a 10000 mg/L a partir de uma suspensão com 2000 mg/L de sólidos suspensos. A vazão de alimentação no espessador é de 1,58.105 L/h, com uma vazão de lama de 0,315.105 L/h. Os dados de sedimentação em proveta com essa suspensão forneceram os seguintes resultados: t(min.) 0 5 15 30 45 60 Z(m) 1,52 1,19 0,58 0,34 0,29 0,24 Exercício Foram ainda obtidos dados das velocidades iniciais de sedimentação em função da concentração: Vx104 (m/s) 12,5 8,33 7,25 2,92 1,22 0,54 0,43 0,36 C (mg/L) 2000 2250 2430 3660 5330 7070 7600 8220 •Utilize o método de Talmadge e Fitch e o método do fluxo de sólidos para determinar o diâmetro do sedimentador. Compare os resultados. •Calcule a altura do sedimentador e a vazão de clarificado. 0 10 20 30 40 50 60 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 Z ( m ) Tempo (min.)Tempo (min.) 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 90001000011000 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 F ( g / m 2 / s ) C (g/m3)
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