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Objetivos do capítulo:
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do conhecimento;
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Administração desde seus primórdios;
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Papéis de gerente.
INTRODUÇÃO
A capacidade de administrar esteve evidente durante 
a evolução humana desde há muito tempo, permeando 
a história das cidades, dos governos, dos exércitos e das 
organizações religiosas. As evidências demonstram que já 
há pelo menos cinco mil anos, as civilizações praticavam 
o que hoje chamamos de conhecimento administrativo 
(MAXIMIANO, 2005).
Entretanto, foi a partir da I Revolução Industrial 
(1780-1860) e da II Revolução Industrial (1860-1914), 
que as teorias da Administração começam a se formar 
com os estudos desenvolvidos em grandes indústrias 
(MAXIMIANO, 2005), o que fez alterar radicalmente a 
forma de produção (CHIAVENATO, 2006). Por isso, a 
transição do século XIX para o século XX é considerada o 
marco do surgimento da administração enquanto ciência, 
cujas transformações criaram profundo impacto na forma 
de se fazer as coisas, como ocorre com mudanças de 
paradigmas intensas.
No início, Administração era definida como um 
processo para utilização de recursos, tecnologias e 
competências devidamente integrados e alinhados para 
alcançar objetivos. Entretanto, “a administração deixou 
de ser um simples processo de planejar, organizar, dirigir 
e controlar o uso de recursos [...]. Hoje, ela significa a 
melhor maneira de agregar valor e criar riqueza dentro 
da sociedade”, pois é capaz de “tornar produtivos os 
conhecimentos dos vários campos do conhecimento 
humano” (CHIAVENATO, 2006, p.2).
Com base neste contexto, a seguir, estão reunidos 
os fundamentos sobre as Teorias da Administração, para 
contribuir com um resgate essencial à compreensão dos 
demais capítulos desta obra, que evoluem em direção às 
demais especializações da Administração.
1.1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS 
DA ADMINISTRAÇÃO 
As Teorias da Administração acompanham a evolução 
humana e, assim como ocorre com paradigmas sociais, os 
conceitos administrativos criados há tempos permanecem 
vivos enquanto forem úteis à sociedade, conforme o 
contexto descrito por Maximiano (2005).
As primeiras organizações surgiram aproximadamente 
em 4000a.C., por ocasião da transição da Revolução 
Agrícola para a Revolução Urbana, cujos conceitos de 
práticas administrativas surgiram para estabilizar as 
organizações das cidades e dos estados.
Um dos principais eventos que caracterizam os 
antecedentes históricos da Administração, foi o sistema 
feudal, que durou quatro séculos no período medieval, 
quando as pessoas, em busca de autosuficiência e de 
proteção, agregavam-se em torno dos senhores feudais, 
que, pelas mesmas razões, agregavam-se em torno dos 
soberanos.
Quanto à organização do trabalho, na produção 
artesanal surgida posteriormente à queda do feudalismo, 
a produção e a distribuição de produtos eram controladas 
pelas associações de artesãos – guildas – que, com o 
objetivo de proteger os associados da concorrência desleal 
e defender as práticas “justas” de negócios.
Na transição da Idade Média para o Renascimento, 
a riqueza e o poder passam da posse da terra para a do 
dinheiro e a autosuficiência passa para a cumulação de 
excedentes, fomentando o surgimento do Capitalismo.
CAPÍTULO 1 
Teorias e Fundamentos da Administração
Autora:
Edna de Almeida Rodrigues
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O Capitalismo Mercantil – ou mercantilismo – 
impactou profundamente nas práticas de administração 
a partir da expansão ocorrida no século XV. A emergente 
burguesia do período medieval transformou-se em 
poderosas famílias de comerciantes e banqueiros, 
cujas empresas, já como Sociedades Anônimas, 
exerciam importante influência econômica. Aqui, 
surge o intermediário entre as oficinas artesanais e os 
fornecedores de matéria-prima e de mão-de-obra. A 
evolução da navegação possibilitou o surgimento dos 
negócios em rede de comércio de bens em larga escala 
capazes de alcançar outros continentes. Entra em sena o 
Capitalista como detentor do conhecimento dos sistemas 
de produção e da comercialização. O processo de decisão 
passa do trabalhador para o empreendedor.
As contribuições da Reforma Protestante atuaram 
especialmente na formação de valores, levando a 
mudanças de paradigmas por meio da ênfase no 
espírito individualista e empreendedor, em substituição à 
submissão religiosa valorizada pela Igreja: deslocamento 
da salvação espiritual no futuro para a prosperidade no 
presente. Naquela ocasião, os protestantes migraram da 
Inglaterra para os Estados Unidos carregando na bagagem 
idéias essenciais para o desenvolvimento industrial e 
filosofia gerencial.
No século XVIII, o surgimento das fábricas, a invenção 
da máquina a vapor e o uso do ferro como matéria-
prima, levaram ao início da Revolução Industrial, que 
alterou a produção e a aplicação dos conhecimentos 
administrativos, que até aquele momento, eram exclusivos 
das organizações religiosas, dos governos e dos exércitos 
(essa é uma questão de domínio do conhecimento 
sobre como fazer as coisas). Posteriormente, ocorre algo 
parecido com o uso da energia elétrica e do aço.
O sistema de fabricação “para fora” – também 
conhecido como sistema de fabricação familiar – surgiu 
na Inglaterra como precursor das fábricas, no qual os 
capitalistas entregavam matérias-primas e máquinas da 
produção de têxteis para as famílias, que por sua vez, 
eram pagas por peça produzida. Entretanto, três fatores 
prejudicavam os negócios: (1) o artesão continuava 
detentor da tecnologia; (2) a baixa produtividade, em 
razão do princípio de subsistência herdado do período 
anterior; e (3) o fato de os artesãos venderem a matéria-
prima em situações de apertos financeiros. Na tentativa de 
solucionar estas questões, alguns capitalistas começaram 
a reunir trabalhadores em galpões, podendo, assim, 
exercer maior controle, dando início ao sistema fabril.
Contudo, o que marca definitivamente a Revolução 
Industrial é a inserção das máquinas aplicadas à produção 
de bens que, aliada à concentração de trabalhadores 
em um mesmo local, aumentou grandemente a 
produtividade. Essa evolução também aumentou a 
complexidade dos problemas – nos negócios e na 
sociedade, pois elevou-se intensamente o êxodo 
rural, o que fez crescer as cidades e a necessidade de 
infraestrutura.
A transição da figura do artesão para operário é 
marcada pela perda do trabalhador quanto aos meios 
de produção e da visão de conjunto do que produzia, 
tornando-se especialista na operação de uma única 
máquina, o que aumentava substancialmente a 
eficiência, mas impedia que o operário “enxergasse” 
todo o processo: o trabalhador torna-se dependente do 
emprego. Assim, os conflitos intensificaram-se até que, no 
início do século XIX, surgiram os primeiros sindicatos.
Assim como outros estudiosos daquela época, Karl 
Marx criticava severamente aquele sistema de trabalho, 
defendendo que no capitalismo o dono do dinheiro 
possui o poder, e compra a obediência e a submissão das 
pessoas. Marx ainda dizia que o trabalhador gera mais 
dinheiro do que recebe (mais-valia) e que essa diferença 
enriquece somente ao capitalista. Apesar das críticas 
sofridas, os modelos administrativos criados durante a 
Revolução Industrial consolidaram-se no século seguinte 
e a administração encontrou as condições ideais para se 
transformar num corpo organizado de conhecimento. 
As grandes fábricas e a preocupação com a eficiência 
proporcionaramo contexto ideal para o desenvolvimento 
das teorias da Administração que, em um primeiro 
momento, tinham sua base na ciência econômica, a partir 
do estudo de Adam Smith, que observou um aumento de 
240 vezes na produtividade de um trabalhador individual 
por meio da divisão do trabalho e que este trabalhador 
era ignorante e embotado (desbotado; sem gume). 
Também o estudo de James Mill, no qual ele antecipa 
que a redução ao mínimo do número de tarefas de cada 
trabalhador, aumenta a velocidade de produção e, ainda, 
antecipa os problemas acarretados pelo estudo de tempos 
e movimentos, sugerido mais tarde por Taylor. 
Inserida neste contexto proposto por Maximiano 
(2005), surge a Administração como disciplina, cuja 
evolução é resgatada nos próximos tópicos deste capítulo.
9
1.2. TEORIAS DA 
ADMINISTRAÇÃO
O início das teorias da Administração como área do 
conhecimento é marcado pela publicação dos resultados 
dos estudos de Taylor, no início do século XX, seguindo, a 
partir deste ponto, uma evolução crescente e incessante, 
necessariamente acompanhando a própria evolução 
social, afinal, a organização é um elemento social que 
tem o objetivo de satisfazer as necessidades dos demais 
elementos existentes em cada sociedade.
1.2.1. Abordagem Clássica da 
Administração
A Abordagem Clássica da Administração é marcada 
pelos trabalhos desenvolvidos pelos seus principais 
representantes: Taylor e Fayol, Seu surgimento também 
está associado aos problemas emergentes das grandes 
indústrias, quando não se sabia ao certo como fazer as 
coisas acontecerem de modo criterioso e eficiente. Ainda, 
o mundo passou por profundas transformações, o que 
demandava o desenvolvimento de novos conhecimentos 
para lidar com estas mudanças.
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O estudo do engenheiro americano Frederick Winslow 
Taylor (1856-1915) contribuiu de modo muito importante 
para a formação das teorias da Administração, sendo sua 
principal preocupação a tarefa.
Segundo Chiavenato (2006), Taylor defendeu e 
colocou em prática técnicas de racionalização do trabalho 
(divisão de trabalho – especialização do trabalhador, 
estudo de tempos e movimentos, seleção e treinamento 
de operários) a partir da idéia da “melhor forma de 
se fazer as coisas” e, ainda, defendia a supervisão 
“mão-firme”, porque, a seu ver, os trabalhadores 
eram indolentes e preguiçosos, além de motivados 
exclusivamente por dinheiro (homem econômico), o 
que o levou a defender a remuneração por produção, 
conforme ilustra a figura 1.1. Aqui vale destacar que, 
geralmente, os trabalhadores eram de fato despreparados 
para o trabalho industrial.
Figura 1.1: Princípios da administração científica
Fonte: Maximiano (2005, p.58)
Taylor publicou os resultados de seus estudos em 
1911, na obra intitulada Princípios da administração 
científica, possibilitando, assim, o estabelecimento do 
marco da Administração como área do conhecimento, 
e seu legado vem, até hoje, contribuindo com a 
Administração das empresas que demandam a aplicação 
de seus pressupostos. 
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Na Europa, o também engenheiro francês Henri 
Fayol (1841-1925) desenvolveu seus estudos com a 
principal preocupação de organizar a empresa, criando 
uma estrutura, inserindo a figura do Administrador 
profissional na gestão das grandes indústrias.
Chiavenato (2006) comenta que Fayol, primeiramente 
dividiu a empresa em cinco funções: técnicas, comerciais, 
financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. 
Depois propôs, dentro das funções administrativas, as 
funções do administrador: prever, organizar, comandar, 
coordenar e controlar (POCCC), o que ficou conhecido 
mais tarde como Processo Administrativo, apresentado 
pela figura 1.2.
Figura 1.2: Funções da empresa, segundo Fayol
Fonte: Maximiano (2005, p. 74)
Igualmente a Taylor, Fayol também acreditava que 
os trabalhadores eram incapazes de tomar decisões, 
devendo ser orientados de perto por supervisores. 
Entretanto, suas premissas fizeram surgir o que se pode 
chamar de embrião da Estrutura Organizacional, pois ele 
10
propôs idéias de hierarquização, autoridade, disciplina, 
subordinação, unidade de comando, unidade de direção, 
centralização (CHIAVENATO, 2006). 
Enfim, Fayol separou definitivamente “quem pensa de 
quem faz”, de forma que o capitalista e o administrador 
pensavam e os operários, conduzidos pelos supervisores, 
faziam o que já se tinha pensado, embora com espírito de 
equipe (outra premissa de Fayol).
1.2.2. Abordagem Humanística da 
Administração
Na Abordagem Humanística, destaca-se a Teoria 
das Relações Humanas, que surgiu em decorrência dos 
diversos problemas ocasionados Abordagem Clássica, pelo 
ingresso dos humanistas nas Teorias da Administração, 
pela necessidade evidente de se humanizar as empresas 
e, principalmente, pelos resultados da Experiência 
de Hawthorne, sendo uma tentativa de estudar o 
trabalhador.
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Conduzida pelo psicólogo Elton Mayo, a Experiência 
de Hawthorne foi realizada nos Estados Unidos, 
entre os anos de 1927 e 1932 junto a operários da 
Western Electric Company, inicialmente para avaliar a 
produtividade em relação a estímulos físicos no ambiente 
da fábrica, estendendo-se, posteriormente, para 
questões de fadiga, rotatividade, acidentes de trabalho 
(CHIAVENATO, 2006).
Após tentar eliminar ou reduzir eventos psicológicos 
que “atrapalhavam” a realização da experiência, 
os estudiosos concluíram que a produtividade era 
influenciada por questões sociais como: integração, 
comportamento, recompensas morais, grupos informais 
e relações humanas no trabalho, o que representou o 
primeiro passo para o reconhecimento da existência 
da organização informal capaz de orientar o 
comportamento dos operários e de determinar o nível de 
produtividade (visão do homem social). Estas conclusões 
também foram importantes para o início de pesquisas 
sobre: motivação, liderança, comunicação, clima 
organizacional e cultura organizacional.
1.2.3. Abordagem Estruturalista da 
Administração
A Abordagem Estruturalista reúne a Teoria da 
Burocracia e a Teoria Estruturalista, mantendo como 
principal objetivo de estudo a estrutura, ambiente e 
pessoas de modo integrado. Surge a partir da década de 
40, como decorrência da necessidade que as organizações 
sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos 
trabalhadores por um tratamento justo e imparcial.
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De modo geral, os estudiosos das Teorias da 
Administração tentam definir conceitos relacionados à 
eficiência produtiva. Entretanto, o sociólogo alemão Max 
Weber, direcionou seus estudos para tentar entender 
e explicar a organização moderna, pois, para ele, as 
organizações burocráticas caracterizavam uma nova 
época, plena de novos valores e de novas exigências 
(CHIAVENATO, 2006). O Modelo burocrático de 
organização busca pela eficiência por meio do método 
racional-legal: (1) divisão do trabalho; (2) estrutura formal 
com hierarquia de autoridade; (3) regras e regulamentos 
formais; e (4) impessoalidade. A figura 1.3 sintetiza suas 
contribuições.
Figura 1.3: As características da Burocracia segundo Weber
Fonte: Chiavenato (2006, p.137)
฀猀฀฀?฀䔀伀刀䤀䄀฀฀─匀吀刀唀吀唀刀䄀䰀䤀匀吀䄀฀฀䐀䄀฀฀℀䐀䴀䤀一䤀匀吀刀䄀츀촀?
A Teoria Estruturalista surgiu como um 
desdobramento da Teoria da Burocracia e de uma 
leve aproximação à Teoria das Relações Humanas, 
representando uma tentativa de reunir aspectos relevantes 
das abordagens Clássicas e Humanística (CHIAVENATO, 
2006).
Para os estruturalistas, a sociedademoderna e 
industrializada é uma sociedade de organizações, das 
quais o homem passa a depender para nascer, viver 
e morrer. As organizações representam uma forma 
dominante de instituição dentro desta estrutura, presente 
em todos os aspectos da vida moderna. Entretanto, cada 
organização é limitada por recursos escassos e, por isso, 
não pode tirar vantagens de todas as oportunidades 
que surgem. Isto configura o problema de determinar a 
melhor alocação de recursos.
11
Neste contexto, surge o conceito de homem 
organizacional como aquele que desempenha 
diferentes papéis em várias organizações e tem as 
seguintes características: (1) flexibilidade para lidar 
com as constantes mudanças e com a diversidade dos 
papéis desempenhados nas diversas organizações; 
(2) tolerância às frustrações, para evitar o desgaste 
emocional decorrente do conflito entre as necessidades 
organizacionais e individuais; (3) capacidade de adiar 
recompensas, para lidar com o trabalho rotineiro 
dentro da organização, em detrimento das preferências 
e vocações pessoais por outros tipos de atividade 
profissional; e (4) permanente desejo de realização, 
para garantir a conformidade e a cooperação com as 
normas que controlam e asseguram o acesso às posições 
de carreira dentro da organização, proporcionando 
recompensas e sansões sociais e materiais.
1.2.4. Abordagem Sistêmica da 
Administração 
A Abordagem Sistêmica surge nas Teorias da 
Administração como uma evolução importante, já que 
suas contribuições possibilitaram assumir definitivamente 
a organização como elemento inserido dentro de 
um sistema maior, cuja interação com seu ambiente 
externo pode estabelecer seu sucesso, assim como o 
reconhecimento da interdependência existente entre seus 
elementos dos subsistemas internos.
฀猀฀฀?฀䔀伀刀䤀䄀฀฀ⴀ䄀吀䔀䴀저吀䤀䌀䄀฀฀䐀䄀฀฀℀䐀䴀䤀一䤀匀吀刀䄀츀촀?
Para Chiavenato (2006), os modelos matemáticos 
têm contribuído com as teorias da Administração há 
pelo menos três décadas, proporcionando soluções aos 
problemas organizacionais, de qualquer ordem, já que 
muitas decisões administrativas podem estar baseadas em 
simulações oferecidas pelas equações matemáticas. 
Neste contexto, surge a Pesquisa Operacional 
(PO) como importante ferramenta de apoio à decisão 
organizacional, pois proporciona o desenvolvimento 
de cenários que se assemelham a situações reais. Suas 
principais técnicas são: (1) Teoria dos Jogos, que propõe 
uma base matemática para a estratégia dos conflitos; (2) 
Teoria das Filas, que possibilita a otimização de arranjos 
em condições de aglomeração; (3) Teoria dos Grafos, que 
apóia as atividades de planejamento e programação; (4) 
Programação Linear, que apóia as decisões a partir de 
relações lineares entre variáveis, objetivos e restrições. 
Assim, surge uma proposta baseada em indicadores 
de desempenho conhecida como Balanced Scorecard 
a partir das perspectivas: financeira, clientes, interna e 
aprendizado e crescimento organizacional.
฀猀฀฀?฀䔀伀刀䤀䄀฀฀䐀䔀฀฀㌀䤀匀吀䔀䴀䄀?
A Teoria Geral de Sistemas (TGS) foi desenvolvida 
nos anos 40 pelo biólogo, Ludwig Von Bertalanffy, que 
propôs um modelo científico explicativo semelhante ao 
comportamento do organismo vivo. Sendo assim, sistema 
é definido como um todo organizado formado por 
elementos interdependentes. Suas idéias básicas são: (1) a 
realidade é feita de sistemas, que são feitos de elementos 
interdependentes; e (2) para compreender a realidade, é 
preciso analisar os elementos isolados e suas inter-relações 
(CHIAVENATO, 2006).
A organização, assim como o homem, também 
pertence à dinâmica do sistema aberto, de forma que 
interage com seu meio ambiente, influenciando e 
sendo influenciada pelos demais elementos do sistema, 
como: pessoas, tecnologia, clientes, concorrentes, 
governo, contexto econômico, etc. Sistema aberto 
pode ser definido como um conjunto de partes em 
constante interação e interdependência, constituindo 
um todo sinergético (o todo é maior que a soma das 
partes), orientado para determinados propósitos e em 
permanente relação de interdependência como ambiente 
(CHIAVENATO, 2005).
1.2.5. Abordagem Contingencial
Percorrendo as abordagens apresentadas pela 
evolução do pensamento administrativo, é possível trilhar 
um caminho tortuoso e com diversas bifurcações. No 
início, a Teoria Clássica estabelece princípios de trabalho 
racionalistas que buscam a eficiência por meio da divisão 
das tarefas. Ainda dentro desta abordagem, surge a 
proposta das funções da administração e a linha de 
montagem. Em decorrência dos problemas ocasionados 
por estas propostas, surge a Teoria das Relações Humanas 
na tentativa de compreender o trabalhador, o que gerou 
a Teoria Comportamental. Até aqui, as teorias possuem 
características opositivas às propostas respectivamente 
anteriores. Na seqüência, com as alterações ambientais, 
os estudiosos reconhecem que a organização está inserida 
em uma estrutura maior e também que, compreender 
a organização leva ao entendimento de que se trata 
do relacionamento das partes para o funcionamento 
do todo. O Pensamento Sistêmico, enfim, defende a 
organização como um organismo vivo como um sistema 
aberto, cujas múltiplas entradas e saídas interagem com 
os elementos ambientais e influenciam diretamente na 
organização. 
12
Já para Chester Barnard: que estudou as funções do 
executivo, o essencial no trabalho do gerente não é dirigir 
pessoas, pois estas são autodirigidas, o que representava 
a negação à função gerencial direção. Para ele, as funções 
de gerente possuem 3 responsabilidades relacionadas 
a: comunicação, recursos humanos e objetivos 
organizacionais (MAXIMIANO, 2005).
Herbert Simon estudou o processo decisório, 
defendendo a tomada de decisão como a principal 
natureza gerencial. A partir desse conceito, Simon 
propôs a mudança do modelo de homem econômico, 
que maximiza os ganhos por meio da racionalidade, 
pelo modelo do homem administrativo, que procura 
tomar decisões satisfatórias, que atendam aos requisitos 
mínimos desejados, ou seja, se tiver o poder de solucionar 
o problema, qualquer decisão serve (MAXIMIANO, 2005).
Henry Mintzberg propôs os papéis gerenciais, o que 
merece mais destaque nesta apresentação em razão da 
consolidação de sua proposta.
Segundo Chiavenato (2005), na década de 70, 
Mintzberg questionou a idéias de Fayol de que os 
administradores apenas planejam, organizam, dirigem e 
controlam, pois estas atividades pertencem ao processo 
administrativo. As funções dos gerentes envolvem outras 
responsabilidades. Mintzberg classificou as atividades 
dos gerentes em 10 papéis, agrupados em 3 famílias, 
conforme figura 1.4.
Figura 1.4: Dez papéis que os gerentes desempenham, 
segundo Mintzberg
Fonte: adaptado de Chiavenato (2005, p. 6) e Maximiano 
(2005, p.142)
a) Papéis interpessoais: abrangem relações 
interpessoais dentro e fora da empresa; são eles: (a) 
símbolo (relações públicas – representante); (b) líder 
(dirigente de pessoas); e (c) ligação (promotor de 
intercâmbio de recursos).
Esta introdução tem o objetivo de demonstrar que 
para a Teoria Contingencial da Administração, todas as 
proposta anteriores são válidas, desde que o contexto da 
organização demande por aquelas premissas, ou seja, não 
existe uma única melhor maneira a de se fazer as coisas, 
porque tudo depende da contingência da organização. 
Na busca por modelos de estrutura organizacional mais 
eficazes, concluiu que a estrutura e o funcionamento das 
empresas dependem de sua interface com o ambiente 
(CHIAVENATO, 2005, p.350), sendo a organização 
influenciada principalmente,pelo ambiente, pela 
tecnologia e pelas pessoas. 
Para Teoria da Contingência, assim como a 
organização, o homem também é considerado um 
sistema complexo influenciável por diversos fatores 
(homem complexo) como: valores, percepções, 
características e necessidades pessoais, que interferem nos 
instrumentos de motivação e de soluções dos problemas 
originados pelo defrontamento com seu ambiente externo 
(CHIAVENATO, 2005). 
Aqui caberia também, uma discussão sobre Estratégia 
Organizacional, entretanto, este assunto é contemplado 
no capítulo nove, mais adiante.
1.3. PAPEL DE GERENTE
A figura do administrador é necessária em qualquer 
organização e sua atuação é avaliada por um conjunto 
de características como: capacitação, atitudes, decisões, 
estilo de trabalho, conhecimentos, habilidades e 
competências (CHIAVENATO, 2006). Por isso, a seguir, 
estão reunidas algumas propostas a respeito da figura 
do gerente, inseridas nesta discussão sobre as teorias da 
Administração.
฀ᄀ฀ጀ฀ᄀ฀฀฀℀฀฀氀䜀唀刀䄀฀฀䐀伀฀฀䜀䔀?฀䔀一吀?
A atuação do administrador é essencial para o sucesso 
estratégico da organização. Por essa razão, a figura 
do gerente vem sendo estudada desde a antiguidade, 
quando os filósofos discutiam o papel dos governantes.
Na Administração Moderna, Fayol foi o precursor dos 
estudos sobre esse tema, inserindo o gerente como ator 
do processo administrativo responsável pela realização 
da estratégia organizacional, situado entre a cúpula e o 
pessoal de chão-de-fábrica, ou seja, entre quem sonha 
e quem executa o sonho. Porém, segundo Chiavenato 
(2006, p.6), “o administrador assume vários papéis 
diferentes em suas atividades”. 
13
b) Papéis de informação: relacionam-se com a 
obtenção e disseminação de informação; são: (a) 
monitor (coletor de informações de dentro e de fora 
da organização); (b) disseminador (divulgador da 
informação de fora para da organização e dentro 
dela); e (c) porta-voz (divulgador da informação de 
dentro para o meio-ambiente da organização).
c) Papéis de decisão: envolvem resolução de problemas 
e tomadas de decisão; são: (a) entrepreneur 
(empreendedor que promove mudanças controladas); 
(b) controlador de distúrbios (gestor de situações 
imprevistas, crises e conflitos); (c) administrador de 
recursos (alocador de recursos – coração da estratégia 
organizacional – e compreende: administrar o próprio 
tempo, programar o trabalho alheio e delegar 
decisões); e (d) negociador (negocia pela empresa).
1.3.2. Níveis de administração
Após várias modificações nos modelos estruturais das 
organizações, atualmente os gerentes ocupam posições 
em 3 níveis básicos da administração, conforme figura 1.5.
Figura 1.5: As habilidades do administrador em relação à 
estrutura organizacional
Fonte: adaptada de Chiavenato (2006, p.6) e Maximiano 
(2005, p.153)
A composição da alta administração varia conforme 
o porte e o segmento da empresa e é ocupada pelas 
pessoas responsáveis pelas decisões estratégicas. Já, 
as pessoas que ocupam a gerência intermediária são 
responsáveis por traduzir os objetivos estratégicos e gerir 
sua realização, os quais são operacionalizados pelas 
pessoas inseridas no nível da supervisão de primeira 
linha. O alto desempenho dos papéis gerenciais depende 
diretamente das habilidades desenvolvidas, que são as 
competências que determinam o grau de sucesso ou 
eficácia do gerente e da organização.
A habilidade técnica envolve conhecimentos 
específicos sobre métodos de trabalho e equipamentos 
necessários. A habilidade humana abrange a 
compreensão das pessoas e de suas necessidades, 
interesses e atitudes e a habilidade conceitual envolve 
a compreensão da complexidade da organização como 
um todo e de usar o intelecto para formular estratégias, 
por meio da criatividade, do planejamento, do raciocínio 
abstrato e do entendimento do contexto.
฀㈀䔀䘀䔀刀퀀一䌀䤀䄀匀฀฀∀䤀䈀䰀䤀伀䜀刀저氀䌀䄀?
CHIAVENATO, I. Princípios da administração: o essencial 
em teoria geral da administração. 1.ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2006 (PLT). 
________. Introdução à teoria geral da administração. Ed. 
Especial, Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da 
revolução urbana à revolução digital. 5.ed, São Paulo: 
Atlas, 2005.
Exercícios de Fixação
Questão 1
1. A capacidade de administrar esteve presente 
durante a evolução humana desde há muito tempo, 
permeando a história das cidades, dos governos, 
dos exércitos e das organizações religiosas. Mas, 
foi a partir da Revolução Industrial que as teorias 
da Administração começam a se formar a partir 
de estudos, em grandes empresas industriais como 
grandes complexos possuidores de importante poder 
de influência na economia. Considere as afirmativas:
I. Os acontecimentos sociais do final da idade 
média influenciaram fortemente nas teorias da 
Administração.
II. As teorias da Administração estão sempre 
associadas a um problema real de alguma 
organização.
III. A organização é um componente social, 
portanto, acompanha a evolução humana.
IV. O início das teorias da Administração está 
relacionado às ideias de democracia política.
Com base em sua análise das afirmativas, escolha a 
única resposta correta:
a) II, III e VI.
b) III e IV.
c) I e II.
d) I, II e III.
e) I e III.
14
Questão 2
As premissas de Taylor são, até hoje, aplicadas nas 
empresas. Dentre elas:
I. A especialização do trabalhador por meio da 
divisão do trabalho.
II. O estudo de tempos e movimentos das tarefas.
III. Seleção e treinamento de trabalhadores.
IV. Supervisão firme para garantir a disciplina dos 
operários.
V. Participação dos operários nas decisões da 
empresa.
São corretas, apenas, as afirmativas:
a) II, III, IV e V.
b) I, III e V.
c) I, II, III e IV.
d) I, II, III e V.
e) II, III e V.
Questão 3
Dos dezesseis deveres que Fayol estabeleceu para os 
gerentes, destacam-se:
I. Manter a disciplina, podendo-se usar quaisquer 
métodos corretivos.
II. Estabelecer uma autoridade construtiva, 
competente, enérgica e única.
III. Formular as decisões de forma simples, nítida e 
precisa.
IV. Organizar seleção eficiente de pessoal.
V. Recompensar justa e adequadamente os serviços 
prestados.
Estão corretas, apenas, as opções:
a) II, III, IV e V.
b) I, III e V.
c) I, II, III e IV.
d) I, II, III e V.
e) II, III e V.
Questão 4
Taylor e Fayol são contemporâneos e, portanto, 
tentaram propor soluções para problemas parecidos. 
Mas, é evidente, que as propostas dos dois estudiosos 
seguem caminhos diferentes, apesar de serem 
ambas voltadas para as organizações daquela época. 
Quanto a esta questão é correto afirmar que:
I. Taylor organiza a empresa a partir do binômio 
atividade-especialização técnica.
II. Taylor e Fayol acreditam que os trabalhadores 
são muito esforçados no trabalho.
III. Fayol organiza a empresa a partir do binômio 
atividade-unidade de comando.
IV. Taylor enfatiza o trabalho operário com a 
organização da fábrica.
V. Fayol enfatiza a estruturação da empresa e a 
visão do diretor.
São verdadeiras, apenas, as questões:
a) I, II, III e V.
b) II, III e V.
c) I, III, IV e V. 
d) I, III e V.
e) I, II, III e IV.
Questão 5
5. Os estudos desenvolvidos durante a Teoria das 
Relações Humanas deixaram diversas contribuições, 
até hoje em dia consideradas muito importantes. 
Tais estudos também colaboraram com o 
desenvolvimento de modelos de gestão tidos como 
participativos, dos quais, destaca-se a Administração 
Por Objetivos (APO). Pensando em APO, analise as 
afirmativas:
I.Surgiu em decorrência da intensificação do 
dinamismo ambiental.
II. Dispensa a colaboração das pessoas da 
organização.
III. Considera que as organizações perseguem 
objetivos.
IV. É necessário analisar o ambiente.
V. Exige liderança democrática.
Agora, responda: Quais destas afirmativas 
caracterizam a APO?
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III, IV e V.
d) II, III, IV e V.
e) II, IV e V.
15
Questão 6
Analise as afirmações a seguir de forma a associá-las 
à origem do Desenvolvimento Organizacional.
I. Dificuldade que os modelos administrativos 
apresentavam para mudar e flexibilizar.
II. Fusão da Teoria Estruturalista e da Teoria 
Comportamental, fundamentada pelas premissas 
da Teoria Clássica.
III. Necessidade de aplicação dos estudos sobre 
motivação humana.
IV. Uma nova visão a respeito de conflitos 
interpessoais.
V. Intensificação e ampliação da complexidade das 
mudanças ambientais.
Agora, responda: Quais destas afirmativas estão 
corretas?
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, II, III e V.
d) I, III, IV e V.
e) II, IV e V.
Questão 7
(ENC 1999). Existe um consenso crescente de que 
a tomada de decisão deve levar em consideração 
a natureza complexa dos negócios, resultante 
de ambientes organizacionais modernos, que 
sofrem constantes transformações. Assim sendo, a 
abordagem mais contemporânea para a solução de 
problemas deve buscar o pensamento:
a) Linear, supondo que cada problema tem uma solução 
única, e que esta afetará basicamente a área do 
problema e não o restante da organização.
b) Linear, buscando a simplicidade no tratamento 
das questões e considerando que o essencial é 
que os problemas sejam definidos, e as soluções, 
implementadas.
c) Sistêmico, supondo que, uma vez implementada 
uma solução, esta permanecerá válida e deverá ser 
avaliada apenas em termos de quão bem resolve o 
problema.
d) Sistêmico, focalizando os problemas como singulares, 
e abordando isoladamente cada área do problema 
independente dos inter-relacionamentos entre os 
elementos organizacionais.
e) Sistêmico, supondo que os problemas são complexos, 
têm mais de uma causa e mais de uma solução, e estão 
inter-relacionados com o restante da organização.
Questão 8
(ENC 2001). A competitividade e a globalização 
do setor aéreo têm obrigado as suas empresas a 
gerenciarem sob uma perspectiva contingencial na 
qual:
a) Não existe uma “única melhor maneira” de 
administrar e organizar, porque as circunstâncias 
variam.
b) É fundamental a aplicação de análise quantitativa aos 
problemas e decisões administrativas. 
c) O sucesso organizacional é baseado na satisfação de 
necessidades econômicas e sociais do indivíduo e do 
grupo.
d) Estrutura organizacional deve eliminar a variabilidade 
de resultados para a definição do comportamento 
dos especialistas.
e) Os administradores devem enfatizar o bem-estar, a 
motivação e a comunicação dos trabalhadores.
Questão 9
(ENADE 2006). Embora constitua área de 
conhecimento das mais fascinantes, as bases da 
Administração ainda estão em formação. Os 
estudos pioneiros de Taylor e Fayol, por exemplo, 
foram ampliados, de forma significativa, nos anos 
posteriores. Sobre as Teorias da Administração pode-
se afirmar que:
I. Na Burocracia, o trabalho realiza-se por meio de 
funcionários que ocupam cargos, os quais têm 
atribuições oficiais, fixas e ordenadas por meio 
de regras, leis ou disposições regimentares.
II. Na Administração Científica, enfatiza-se o 
estudo das tarefas, a seleção e o treinamento 
de trabalhadores e a busca pela eficiência 
operacional.
III. No Pensamento Sistêmico, há um esforço 
deliberado de se ter uma visão localizada dos 
departamentos da empresa.
IV. Na visão Humanista, procura-se analisar como 
o grupo social interfere no comportamento dos 
indivíduos dentro da organização.
V. Na abordagem Comportamentalista, a eficácia 
organizacional é promovida pela aplicação de 
análise quantitativa aos problemas e decisões 
administrativas.
16
aos serviços, antes é necessário manter o foco no serviço 
prestado, e para tanto, aplica pesquisas junto aos clientes 
através de questionários e da divulgação de normas e 
procedimentos por todo o hotel.
O hotel é certificado em programas que têm 
objetivos de criar padronização, procedimentos e 
normas, e também para solucionar questões sociais e 
ambientais. Como os programas são bastante rígidos, a 
recomendação da instituição é a incentivar a criatividade 
para evitar a rigidez, pois ela acredita que uma cultura 
de baixo para cima na hierarquia deve ser criada para o 
sucesso da implantação.
Uma equipe permanente é mantida para garantir 
os procedimentos e avaliar os indicadores vindos dos 
resultados das pesquisas com os clientes e dos relatórios 
internos, e então implementar métodos de melhorias 
constantes em todos os aspectos, como, por exemplo, a 
revisão do processo para detectar falha. A equipe interage 
fortemente com vendas/marketing, produção e compras. 
Entretanto, apesar da atuação intensiva da equipe, todos 
na empresa são responsáveis pelo processo, sendo que a 
gerência possui um papel de liderança. 
Há também políticas de recompensa aos empregados 
que, de modo geral, contribuem para o bom desempenho 
da empresa como: viagens, presentes e cursos no 
exterior. Todas as práticas de melhoria são tidas como 
proporcionadoras de melhorias no desempenho 
organizacional.
O gerente geral está satisfeito com os resultados 
alcançados pela instituição nos últimos anos e pretende 
promover mais ações que reforcem os programas já 
existentes e outros novos que têm sido praticados por 
outros hotéis de grande porte.
Na próxima semana, o gerente geral terá que fazer 
uma palestra na “Associação Comercial” da cidade. Ele 
espera contar aos colegas hoteleiros e do turismo em 
geral sobre: o problema que elegeu como prioritário 
quando assumiu a gerência; os fundamentos conceituais 
utilizados; e as soluções empregadas em seu hotel1.
1RODRIGUES, E. A., CRUZ, C. A., NAGANO, M. S. Análise da influência da 
gestão do conhecimento em programas de qualidade: estudo de caso em 
um hotel-escola. Revista de Ciências Gerenciais. , v.XI, p.51 - 57, 2007. 
Disponível em <http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/rcger/article/
view/93/90>
São corretas, apenas, as afirmativas:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
Questão 10
10. Quanto à proposta de Sveiby sobre os três tipos 
de ativos intangíveis, analise a figura:
Patrimônio 
Visível 
(valor contábil)
Ativos tangíveis 
menos a dívida 
visível
Ativos Intangíveis 
(Ágio sobre o preço das ações)
Estrutura 
Externa
(marcas, 
relações com 
clientes e 
fornecedores)
Estrutura 
Interna
(a organização: 
gerência, 
estrutura 
legal, sistemas, 
manuais, 
atitudes, P&D, 
software)
Competência 
Individual
(escolaridade, 
experiência)
Como pode ser definido Capital Intelectual?
a) O conjunto de ativos organizacionais físicos que 
melhoram seus lucros.
b) O conjunto de ativos organizacionais financeiros 
capazes de fazê-la crescer.
c) Conjunto de ativos intangíveis capazes de criar valor 
organizacional no futuro.
d) Conjunto de ativos tangíveis capazes de criar valor 
organizacional no futuro.
e) Conjunto de ativos que ajudam a organização a 
atingir seus objetivos de negócios.
Estudo de Caso
Inserido em uma região de fontes hidrominerais no 
estado de São Paulo, um hotel está instalado dentro de 
um parque reflorestado com uma áreade 12 alqueires e 
é administrado pelo mesmo grupo desde 1969, quando 
foi adquirido. Atualmente emprega 186 trabalhadores 
e 36 terceirizados para atender até 300 hóspedes. Além 
da hospedagem e do balneário, o hotel oferece também 
opções de lazer e eventos acadêmicos e institucionais.
Desde o início, o corpo administrativo considera 
que tudo e todos dentro do hotel têm relação com 
uma prestação de serviço que satisfaça plenamente às 
necessidades dos clientes. Para manter esta visão, o 
hotel promove treinamentos sistemáticos das pessoas 
que contribuem com a excelência dos serviços. Também 
tem a certeza de que não basta serem implementados 
programas para que o cliente perceba o valor agregado 
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Questões para Discussão
Questão 1
Quais as principais premissas das Teorias da 
Administração evidentes neste caso? Descreva-as.
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Questão 2
Se você fosse o(a) gerente deste hotel, quais 
mudanças implementaria pensando em melhorar 
o desempenho? Justifique sua resposta a partir de 
fundamentos de Administração.
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