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PUC-RIO Nome:Raquel Martins de Sousa Matéria:Metodologia da Pesquisa Fichamento Metodologia Duarte, Leila Menezes. O Positivismo Jurídico e a Ciência do Direito. O texto define portanto o fortalecimento do positivismo jurídico como paradigma dominante no direito, esgotando assim o papel histórico do jusnaturalismo. Montesquieu e Becaria exaltaram a soberania da nação. Montesquieu, via o judiciário, na figura do juiz, como a boca que pronunciava as sentenças das leis. Becaria dava como premissa maior, a lei, e a menor, o julgamento. A soberania da lei ficou reforçada após a Revolução Francesa com instituições criadas na primeira constituição francesa como o Tribunal de Cassação e o cargo comissário do rei. Quando os comissários reconheciam que os juízes haviam ido além dos limites do seu poder, o Tribunal, juntamente com o Legislativo “cassava-os”. O papel dos juízes era cada vez mais reduzido. A afirmação do positivismo jurídico se deu, principalmente na idealização do constitucionalismo e codificação. Segundo o autor, a escola de Exegese teve papel importante no positivismo: “Dominante durante o século XIX, ela impôs ao direito uma visão legalista, que já o conduzia a uma aproximação com as ciências, ao conceber a atuação do juiz como ato impessoal, dedutivo, objetivo totalmente submetido à vontade do legislador.” (pag 2). No século XIX, a constituição tinha o caráter totalmente político com princípio de organização do Estado e identificação dos direitos individuais. Esta ligação direito-política começou a ser questionado no final do séc XIX e início do século XX, com a incorporação do ideal cientificista. Procurando desvincular o papel político do direito, no final do século XIX e início do século XX, juristas acrescentaram a cientificidade ao direito. Sob o ideal de uma “teoria pura do direito” Hans Kelsen teorizou esse ideal cientificista. Para isso, era preciso eliminar ideais de justiça, política e ideologia, dentro do direito. “Hans Kelsen foi o maior representante do ideal positivista do direito” (pag 2). Dentro desta teoria, um dever só poderia afirmar-se a partir de outro dever superior ordenado e fundamentado normativamente. Tripel, jurista alemão e professor de Direito Público em Viena, criticava o tiranismo da Escola Alemã, também criticava a teoria pra de Kelsen, por sê-la totalmente oposta à teoria do direito natural. Para ele, o papel político do direito era inevitável. Defendendo-se das críticas, Kelsen afirmou que o direto realmente não poderia separar-se da política, porém ele referia-se à ciência do direito ao fazer essa separação. Pierre Bordieu também foi crítico de Kelsen. Tinha postura universalizante que impunha os juristas como criadores de doutrinas e regras independente das pressões sociais. Até meados do séc XX a postura positivista era paradigma dominante, até surgirem as críticas a este modelo. Bobbio escreveu “O positivismo jurídico” o definindo como o direito apenas aquele que emana da lei posta pelo Estado. “O autor distingue o que chama de teoria juspositivista em sentido estrito da teoria juspositivista em sentido amplo. Esta última recobriria a concepção do direito como coação, como comando imperativo, e como fundamento primeiro na lei, e é a que Bobbio aceita. A primeira acolheria as concepções de coerência e completude do ordenamento jurídico, e de interpretação mecanista do direito, rejeitadas pelo autor.” (pag 5). O positivismo torna-se ideologia ao determinar o dever absoluto de obedecer à lei.
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