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Acadêmico: Elisamara Lopes Barcelos (2799604) Disciplina: Fundamentos Filosóficos do Direito (16784) Avaliação: Avaliação Final (Objetiva) - Individual FLEX ( Cod.:651566) ( peso.:3,00) Prova: 25250920 Nota da Prova: 10,00 Legenda: Resposta Certa Sua Resposta Errada Parte superior do formulário 1. Com o fim do século de Péricles, o pensamento filosófico grego entra em decadência. Nos séculos que se seguiram a Aristóteles, o grande celeiro da filosofia do direito grego foi Roma, seguindo um período batizado como helenismo, que ainda carregava em si a essência do período clássico, até quando entra em cena o cristianismo. Com a busca de construção de fundamentos filosóficos para o cristianismo, inaugura-se uma nova etapa em uma nova forma de organização social: o pensamento medieval. Acerca das características da etapa medieval, analise as sentenças a seguir: I- A Idade Média é um longo período histórico marcado pela hegemonia do poder da Igreja, herdeira do legado filosófico da antiguidade, e relações socioeconômicas feudais. É uma etapa em que os valores culturais, ideológicos, políticos e filosóficos se assentam nos valores cristãos e pela centralização do poder eclesiástico. II- Marcada por relações sociais estamentais - ordens/grupos sociais divididos e sem mobilidade - a sociedade medieval era um universo profundamente hierarquizado no qual a nobreza e o clero detinham o poder, restando aos servos a submissão aos senhores em troca de proteção e uso da terra para a sobrevivência. III- A filosofia e o direito conseguem se distanciar, mantendo-se independentes da hegemonia do clero, sem se submeter ao controle da teologia cristã e da doutrina da Igreja. IV- A doutrina cristã vai se definir como o eixo central da moral, ética, leis e fundamento das instituições políticas e jurídicas desta etapa. É das lições do cristianismo e dos fundamentos bíblicos aliados à releitura da tradição grega e romana que serão elaborados os preceitos de direito e justiça. Assinale a alternativa CORRETA: a) As sentenças I e III estão corretas. b) As sentenças III e IV estão corretas. c) As sentenças I, II e IV estão corretas. d) Somente a sentença III está correta. 2. Hans Kelsen, com todo vigor teórico e sistemático, acabou por representar melhor o positivismo jurídico. Um dos pilares do pensamento kelseniano define ciência jurídica como saber autônomo acerca do Direito e livre de qualquer valoração moral. Assinale a alternativa CORRETA que apresenta o nome da obra de Hans Kelsen, que buscou demonstrar a "pureza" metodológica do Direito como principal característica de sua cientificidade: a) Ética a Nicômacos. b) Direito e Razão. c) Para entender Kelsen. d) Teoria Pura do Direito. 3. O conceito de Direito dominante na sociedade contemporânea foi elaborado em um certo momento histórico em que forças sociais, políticas e culturais somam-se, definindo uma nova etapa civilizatória. Tal etapa histórica é definida como: a) Modernidade. b) Pós-modernidade. c) Iluminismo. d) Helenismo. 4. Miguel Reale (2002, p. 304) afirma, na obra "Filosofia do Direito", que a diferença entre ciência do direito e filosofia do direito é muito evidente. Ciência do direito, ou jurisprudência, caracteriza-se como estudo sistemático de preceitos já dados, postos diante do intérprete (administrador, advogado ou juiz) como algo que ele deve apreender ou reproduzir em suas significações práticas, a fim de determinar o âmbito da conduta lícita ou as consequências resultantes da violação das normas reveladas ou reconhecidas pelo Estado. E filosofia do direito, ao contrário, em lugar de ir das normas jurídicas as suas consequências, volve à fonte primordial de onde aqueles ditames de ação necessariamente emanam, ou seja, não observa a experiência jurídica, como um dado ou um objeto externo, mas sim in interiore hominis. Partindo desta consideração, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: REALE, Miguel. Filosofia do direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. a) Na visão do jusfilósofo brasileiro, a Filosofia do Direito vai além do Direito posto pelo poder político, pelo Estado, e do problema de buscar no sistema a resposta jurídica ao caso concreto, mas vai às origens e finalidades da própria norma jurídica, isto porque o Direito 'não é uma coisa', mas carrega em si as relações sociais. b) Os dois conceitos se diferem a partir de um critério técnico que busca distinguir as normas jurídicas das normas morais e das normas sociais. c) Busca reivindicar uma autonomia do pensamento crítico, como forma de legitimar a relação entre as vivências sociais e as consequências das normas jurídicas na vida em sociedade. d) Justamente por carregar em si vivências sociais, o Direito traz uma responsabilidade e compromisso social do jurista para com a norma jurídica, razão pela qual a prática científica ou procedimental do Direito se confunde e se completa com a Filosofia do Direito. 5. Na década de 1930, um grupo de pensadores se reuniu no Instituto de Pesquisa Social, vinculado à Universidade de Frankfurt, dando origem à Teoria Crítica. Especificamente no campo do direito, a criticidade permitiu o questionamento da pretensa neutralidade e imparcialidade defendida pelo juspositivismo. Além das correntes críticas do direito brasileiro, destacam-se as correntes de pensamento que vão encontrar no ambiente político da década de 1980 um fértil terreno. Acerca das contribuições do pensamento crítico no direito brasileiro, assinale a alternativa CORRETA: a) A formação do Estado Brasileiro de Exceção em 1964, com a promulgação do Ato Institucional nº 5. b) A dissolução da Assembleia Nacional Constituinte com a outorga da Constituição Federal de 1988 pelo Congresso da República. c) A reafirmação do legalismo como instrumento de segurança jurídica e fundamento da ordem democrática. d) A afirmação do chamado novo constitucionalismo quando então se consolida o Estado Democrático de Direito, que tem como fundamento os Direitos Fundamentais. 6. Para a filosofia do direito contemporânea, em geral, é bastante evidente que nenhuma das teses positivistas foi capaz de cumprir com suas promessas de garantir a objetividade, a racionalidade e a certeza do Direito. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA: a) O problema central do positivismo jurídico, sobretudo no Brasil, foi sua origem histórica estreitamente relacionada com a promulgação das constituições modernas. b) Um dos complicadores do positivismo jurídico é que aproxima Direito com valores sociais, uma vez que entende que a norma jurídica expressa não a vontade política do Estado, mas das relações de poder. c) O método pós-positivista é uma proposta neoconstitucionalista de direito que faz absoluta separação entre Direito e Moral. d) A objetividade e a previsibilidade, segundo o método positivista, é uma mera ficção e não garante a segurança jurídica. 7. O saber filosófico possui grande importância em nossa vida, através dele é possível refletir e questionar ideias, discursos, conceitos e ações, buscando repensar e renovar nossa realidade. Acerca da filosofia, analise as sentenças a seguir: I- A atitude reflexiva é o ato de questionador das "verdades postas", que permite discutir o que parece óbvio e natural. II- A invenção da palavra Filosofia é atribuída a Sófocles. III- Filosofia é um saber racional, sistemático, a partir de critérios e métodos, composta por distintos saberes, que surgiu na antiga Grécia há mais de dois mil e quinhentos anos. IV- O saber filosófico se estende pelo campo da lógica, da estética, da epistemologia, da metafísica, mas não compreende a ética. Assinale a alternativa CORRETA: a) As sentenças II e IV estão corretas. b) As sentenças I, III e IV estão corretas. c) As sentenças I e III estão corretas. d) As sentenças I, II e III estão corretas. 8. O juspositivismo foi a tentativa de superação do jusnaturalismopor entender que o direito não pode ser um mero expediente arbitrário e moral que condiciona o Direito Positivo a seus princípios universalizantes como condição de validade e legitimidade. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA: a) Para os jusnaturalistas, o direito positivo é o fundamento de validade do Direito Natural. b) Para os positivistas não há critério racional, técnico, objetivo e descritivo no jusnaturalismo capaz de sustentar a legitimidade e validade do Direito Positivo. c) O juspositivismo e o jusnaturalismo são correntes de pensamento contemporâneos que assurgiram com as correntes críticas do Direito. d) O jusnaturalismo propõe uma absoluta separação entre Direito e Moral. 9. Entre os dois grandes pós-socráticos - Platão e Aristóteles - existem aproximações e distanciamentos. O primeiro era filho de Atenas, das velhas tradições e da política familiar. Já Aristóteles era nascido e educado em ambiente distinto. Filho de médico, aprendeu que a observação e a experiência são fundamentais para o conhecimento. Sobre as convergências e as divergências entre Platão e Aristóteles, assinale a alternativa CORRETA: a) Aristóteles, ao mesmo tempo que busca afastar-se, mantém aproximação com seu mestre, Platão, com um fim ético e um princípio político em todo seu trabalho, e esta intenção nunca foi abandonada. b) A metodologia adotada em "A Política", Platão, aproxima-se do que atualmente poderíamos chamar de "científica", pois, a partir de uma análise empírica, persegue dois objetivos distintos: compreender o funcionamento dos regimes políticos existentes e descrever um modelo ideal de governo. c) O critério estabelecido por Platão diferencia-se do utilizado por Aristóteles em um aspecto central: para o primeiro as formas autênticas eram as que visavam ao bem comum, enquanto que para o segundo era o respeito à lei. d) Para Aristóteles, a luta política pertence à cúpula governamental, polariza-se a partir de duas reivindicações centrais de poder: o interesse das elites econômicas em detrimento do bem-estar da classe dominante, com a priorização do bem-estar econômico e social dos governantes. 10. Platão é um dos filósofos gregos mais conhecidos da Grécia Antiga. Foi um dos seguidores de seu mestre Sócrates, e com sua famosa obra "A República" influenciou profundamente a filosofia política ocidental. Com relação ao pensamento platônico, analise as sentenças a seguir: I- Após a morte de Sócrates, Platão se convence definitivamente que a direção política deveria possuir cunho filosófico, segundo ele, apenas o filósofo poderia ser governante, pois, a partir da verdadeira justiça, seria capaz de melhor conduzir a política. II- Segundo o pensamento platônico, o sentido de ética, enquanto pressuposto da ordem política e jurídica, se restringe a uma virtude, orientado para o bem comum. III- Segundo Platão, o Direito e a Justiça existem independente da convivência social na pólis, pois está vinculada ao ato de governar visando ao benefício geral da República. IV- Para Platão, a grandeza política da cidade está relacionada com o ideal de justiça, que seria o verdadeiro bem aplicado à convivência social. Assinale a alternativa CORRETA: a) As sentenças I, II e III estão corretas. b) As sentenças I e IV estão corretas. c) As sentenças II e IV estão corretas. d) As sentenças I e II estão corretas. 11. (ENADE, 2015) A sujeição do juiz à lei já não é, como no velho paradigma positivista, sujeição à letra da lei qualquer que fosse seu significado, é apenas a sujeição à lei enquanto válida, ou seja, coerente com a Constituição. Considerando o paralelo entre a concepção juspositivista e a concepção pós-positivista (neoconstitucionalismo) do Direito, apresentado no texto, avalie as afirmações a seguir: I- As regras, no positivismo jurídico, são preponderantes, enquanto, no neoconstitucionalismo, preponderam os princípios. II- O magistrado tem maior destaque no positivismo jurídico, ao passo que o legislador possui maior destaque no neoconstitucionalismo. III- A subsunção é o principal processo de interpretação da lei, característico do positivismo jurídico, ao passo que a ponderação de princípios é característica relevante do neoconstitucionalismo. IV- A figura do juiz como "a boca da lei" remete à concepção normativista, típica do positivismo jurídico, em que cabia aos juízes interpretarem e adaptarem as leis aos casos concretos. É correto o que se afirma em: FONTE: PIETRO S. L. Neoconstitucionalismo y ponderación judicial. In: Neoconstitucionalismo(s). Madrid: Editorial Trotta, 2003. a) I e IV. b) II, III e IV. c) I e III. d) I, II e IV. Parte inferior do formulário
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