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Exames Físicos da Urina
Professora Kariny Borges
Cor
 Incolor
 Amarelo pálido (grande quantidade de urina)
 Amarelo claro (+ comum)
 Amarelo ouro
 Amarelo âmbar (+ comum)
 Amarelo esverdeado
 Marrom (amarelado ou esverdeado): bilirrubina ou biliverdina
 Laranja (avermelhado a marrom): urobilina (Pigmento amarelo alaranjado proveniente 
da oxidação do urobilinogênio).
 Laranja brilhante (fenazopiridina) PYRIDIUM® é um analgésico do trato urinário.
 Vermelho (límpida): hemoglobina
 Vermelho (turva): hemácias
 Vermelho pardacento: mioglobina
 Vermelho escuro/púrpura: porfirinas (componente do grupo heme da hemoglobina)
 Preto pardacento: melanina, ácido homogentísico (intermediário no metabolismo da 
tirosina), envenenamento por fenol
 Verde/azul: drogas, medicamentos e alimentos
Coloração normal da urina
 Deve-se tomar o cuidado de examinar a amostra com boa fonte
de luz, olhando através do recipiente contra um fundo branco.
 A cor amarela da urina é devido à presença de um pigmento
marrom-vermelho denominado urocromo (derivado da
urobilina), por Thudichum, em 1864. O urocromo é um
produto do metabolismo endógeno que, em condições
normais, é produzido em velocidade constante.
 A quantidade real de urocromo produzido depende do estado
metabólico do corpo.
UROCROMO Pigmento marrom-vermelho derivado da urobilina, presente na urina.
Coloração normal da urina
urina A quantidade de urocromo aumenta quando a
permanece à temperatura ambiente.
 Como o urocromo é excretado de forma constante, a
intensidade da cor amarela em uma amostra recém-
eliminada pode fornecer uma estimativa aproximada da
concentração urinária.
 A urina diluída será pálida; uma amostra concentrada será
escura. Deve-se lembrar que, devido a variações no estado de
hidratação do organismo, essas diferenças na cor amarela
da urina são normais.
Coloração anormal da urina
 Um achado laboratorial também muito freqüente é a
coloração amarelo-alaranjada causada pela
administração de derivados de piridina para tratar
infecções urinárias.
 Esse pigmento espesso e alaranjado não só modifica a
cor natural da amostra como também interfere nas
análises químicas baseadas em reações cromáticas.
Coloração anormal da urina
 As colorações anormais da urina são tão numerosas
quanto suas causas.
 Todavia, certas cores são observadas com mais
freqüência e têm maior significado clínico que outras.
 Uma das causas mais comuns de coloração
anormal da urina é a presença de sangue que, na
maioria das vezes, tinge a urina de vermelho, mas
seus matizes podem variar, indo desde o rosado
até o negro, conforme a quantidade de sangue, o
pH da urina e a duração do contato.
Amostras de urina - diferentes 
colorações e aspectos
Aspecto
 Límpido
 Ligeiramente turvo
 Turvo
 Muito turvo
O aspecto é de acordo com o depósito.
Aspecto
 No exame de urina tipo I, a aparência é determinada pelos
mesmos processos utilizados pelos médicos da antigüidade, ou
seja, pelo exame visual da amostra homogeneizada em
ambiente bem iluminado. Evidentemente, a amostra deverá
estar em recipiente transparente.
 Se a amostra estiver em algum recipiente descartável feito de
plástico não-transparente, será preciso transferi-la para outro
recipiente. Para economizar tempo, pode-se colocar a amostra
num tubo de centrifugado e examiná-la antes da centrifugação.
 Os termos comumente usados para descrever a aparência
são: transparente, opaca, ligeiramente turva, turva, muito
turva, leitosa.
Aspecto normal
 A urina normal, recém-eliminada, geralmente é
transparente, porém aparece certa opacidade causada pela
precipitação de fosfatos amorfos e carbonatos na forma de
névoa branca.
 A urina ácida normal também pode mostrar-se opaca devido
à precipitação de uratos amorfos, cristais de oxalato de
cálcio ou de ácido úrico.
 A presença de células epiteliais escamosas e de muco,
principalmente na urina de mulheres, também pode ser
normal, apesar da opacidade.
Depósito
 Nulo ou insignificante
 Pequeno
 Moderado
 Abundante
Depósito
 Além dos cristais amorfos, as quatro substâncias que mais comumente
causam turvação da urina são: leucócitos, hemácias, células epiteliais e
bactérias.
 Outras substâncias que provocam turvação na urina são: lipídios, sêmen,
muco, linfa, cristais, levedura, matéria fecal e contaminação externa,
como talco, cremes vaginais e material de contraste radiográfico.
 Muitas dessas substâncias não são patogênicas, mas como a presença de
leucócitos, hemácias e bactérias é indício de patogenicidade, o fato de a
amostra recém-eliminada apresentar-se turva pode ser motivo de
preocupação.
 A transparência da amostra com certeza já é uma pista para o resultado
do exame microscópico, já que o grau de turvação deve ter
correspondência com a quantidade de material observado na
microscopia. As causas da turvação urinária podem ser esclarecidas por
testes bioquímicos simples.
Depósito
 Deve-se também ter em mente que a urina transparente nem
sempre significa normalidade.
 Contudo, com a grande sensibilidade das provas de rotina,
que incluem um teste químico para detecção de leucócitos,
muitas anormalidades existentes na urina transparente
serão detectadas antes da análise microscópica.
 Entre os critérios atuais para determinar a necessidade de
realizar o exame microscópico em todas as amostras de
urina muitas vezes se incluem a turvação e as análises
químicas.
Perguntas
 Pergunta 01: Que elementos são
responsáveis pelo aspecto e pelo depósito
da urina?
Cristais amorfos, grânulos, bactérias,
hemácias, leucócitos, células epiteliais.
 Elementos menos comuns: lipídios, sêmen, muco, linfa,
cristais, leveduras, matéria fecal e contaminação externa,
como talco, cremes vaginais e material de contraste
radiográfico.
Odor
 Sui generis (cheiro normal da urina)
 Amoniacal (bactérias urease positivas)
 Fétido ou pútrico (ITU)
 Adocicado ou frutado (corpos cetônicos)
Espuma
quantidade Branca, em grande
(presença de proteínas)
 Amarela (bilirrubina ou medicamentos
(piridina)).
Densidade
 1.015 a 1.025 (literatura)
 Densidade é um parâmetro da
capacidade de concentração dos rins.
Perguntas
■ Urodensímetro, refratômetro ou tiras reativas.
 Pergunta 03: Para que serve a
medida da densidade urinária?
■ Avaliar a capacidade de reabsorção renal
concentração dos rins.
 Pergunta 02: Quais os métodos
disponíveis para a medida da densidade
urinária?
Refratômetro
 O refratômetro determina a concentração das
partículas dissolvidas na amostra, medindo o índice de
refratividade. Este índice é uma comparação da
velocidade da luz no ar com a velocidade da luz na
solução.
 Tem a vantagem de se usar pequeno volume de
amostra (1 ou 2 gotas).
 A calibração do refratômetro é feita com o uso de água
destilada ou NaCl a 5% cuja leitura deve ser de 1.000
(H2O) ou 1.022 a ± 0.001 (NaCl) ou ainda sacarose a
9% - 1.034 ± 0.001.
Refratômetro
Refratômetro
Refratômetro
Escalas do refratômetro para 
proteínas plasmáticas ou
séricas (esquerda) e 
densidade urinária 
(direita).
Calibração do refratômetro 
com água destilada 
(densidade = 1.0).
Urodensímetro
O urodensímetro é constituído por uma bóia com peso, ligada a
uma régua calibrada em termos de densidade urinária
(1.000 a 1.040). A bóia pesada desloca um volume de líquido
igual a seu peso e é projetada para afundar até nível 1.000
em água destilada.
Água destilada
Urina
Urodensímetro
O restante da massa, representado pelas substâncias
dissolvidas na urina, faz que a bóia desloque um
volume de urina menor que o de águadestilada.
O nível até o qual o urodensímetro afunda, como
mostra a Figura 3-1, representa a massa da amostra
ou sua densidade.
A principal desvantagem do uso do urodensímetro para
medir a densidade urinária é que ele exige grande
volume (10 a 15 ml) de amostra.
Densidade
 A densidade pode ser ainda verificada através de
tiras reativas.
 A densidade do filtrado plasmático no
glomérulo é de 1.010
 Urina com densidade de 1.010 recebe o termo
de isoestenúria; abaixo deste valor é
hipoestenúria, e acima é hiperestenúria.
 As amostras colhidas ao acaso podem apresentar
valores de 1.001 a 1.035, dependendo do grau
de hidratação do paciente.

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