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DIREITOS HUMANOS: ATIVIDADE DISCURSIVA

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DIREITOS HUMANOS: ATIVIDADE DISCURSIVA 
 
1) A Teoria do duplo estatuto foi estabelecida a partir de uma decisão do Supremo 
Tribunal Federal, referente a um habeas corpus impetrado com objetivando a soltura de 
indivíduo acusado de receptação ilegal. A prisão do depositário infiel é prevista pela 
nossa Constituição Federal, contudo, era contrária às disposições da Convenção 
Americana de Direitos Humanos, ratificada e incorporada ao ordenamento jurídico 
brasileiro. Assim, o Supremo Tribunal Federal buscou resolver tal impasse, por meio de 
tal decisão, a qual se tornou paradigmática para a interpretação e aplicação dos Tratados 
Internacionais de Direitos Humanos. 
 
Considerando tal decisão, diga o que é a teoria do duplo estatuto e analise de forma 
crítica sua repercussão sobre a interpretação e aplicação dos Tratados Internacionais de 
Direitos Humanos incorporados ao nosso ordenamento. 
 
Resposta: 
 
Tal teoria se configura como um controle constitucional acerca dos tratados 
internacionais de direitos humanos, elevando-os à um novo patamar. E como o próprio 
nome sugere, a teoria do duplo estatuto se consagra na atribuição de uma segunda 
naturezas (ou “status”) aos tratados de direitos humanos, a depender, do seu modo de 
aprovação: natureza constitucional, para os aprovados pelo rito do art. 5º, § 3º; natureza 
supralegal (abaixo da Constituição, mas acima de toda e qualquer lei.), para todos os 
demais, quer sejam anteriores ou posteriores à Emenda Constitucional n. 45 e que 
tenham sido aprovados pelo rito comum (maioria simples, turno único em cada Casa do 
Congresso). 
 
 Justo posto, e com base no caso que deu origem a essa teoria, é possível afirmar 
que esse novo patamar sustentado pelos Ministros do STF, serve como proteção e 
reserva da nossa soberania, ao passo que, atribui a nossa constituição mais poderes de 
decidir, sem retirar o “status” que os tratados de direitos humanos merecem: pois como 
supralegal, torna inaplicável a legislação infraconstitucional com ele conflitante, seja ela 
anterior ou posterior ao ato de adesão do tratado.

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