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2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin HISTOLOGIA P1 – Epitelial, Conjuntivo, Cartilaginoso, Ósseo, Nervoso e Muscular Tecido Epitelial • Origem nos 3 folhetos embrionários • Ectoderma: revestimento externo; pele • Mesoderma: vasos sanguíneos • Endoderma: revestimento interno; sistema digestório • Células justapostas, com pouca substância extracelular, o que gera o aumento da barreira • Células aderidas por junções • Organizam-se como folhetos que revestem o corpo • Avascularizado, sendo nutrido através do conjuntivo FUNÇÕES • Revestimento • Absorção e secreção • Transporte de íons • Sensorial (neuroepitélio • Renovação celular (proteção, alta taxa mitótica) • Contração CÉLULAS • Formas variadas • A célula acompanha o formato do núcleo. Dessa forma, é possível deduzir o formato da célula, já que em microscopia de luz não é possível distinguir os limites da MP. • SIMPLES: 1 camada • ESTRATIFICADO: 2+ camadas • PSEUDOESTRATIFICADO: simples, com diferentes morfologias • DE TRANSIÇÃO: estratificado, com células globosas 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Pavimentosa Cuboide 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Cilíndrica Globosa 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin LÂMINA BASAL • Na parte basal, conectando o tecido epitelial com o conjuntivo • Formada por proteoglicanas, glicoproteínas e colágeno tipo IV • Serve como filtro macromolecular, por conta das cargas das proteínas • Prende-se ao conjuntivo por integrinas. • Os componentes da lâmina são secretados por diversos tipos celulares • Tem função estrutural, de filtração, influenciam na polaridade celular, regula a proliferação e diferenciação celular, organiza as proteínas nas membranas, caminho e suporte para migração de células. • A fusão de lâminas basais forma a MEMBRANA BASAL JUNÇÕES • Adesão ou vedamento • Aesão: zônulas de adesão, hemidesmossomos (polo basal; caderinas por todo o perímetro celular; filamento de actina) • Vedamento: zonas de oclusão (ocludinas, que ficam ao redor de toda a célula. Fica próximo ao ápice e LIMITA a passagem de moléculas) • Comunicantes: GAP (formam póros, os CONEXONS, que podem abrir ou fechar, não promove junção, apenas comunicação de hormônios, ions, etc) ESPECIALIZAÇÕES DO POLO APICAL • Microvilos: projeções citoplasmáticas. Células absortivas. O glicocálice é espesso; quando em conjunto é chamado de borda de escova. (intestino) 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Cílios: prolongamentos móveis (traqueia). • Bem mais longos que os microvilos • Sustentados por microtúbulos e dineína • Vários na mesma célula • MOVIMENTOS CORDENADOS • Flagelos: promovem a locomoção das células (espermatozoide) • Estrereocílios: prolongamentos longos e imóveis. Encontrados no epidídimo e ducto deferente. São microvilos ramificados. Aumentam a superfície de contato. EPITÉLIO DE REVESTIMENTO • Camadas que cobrem a superfície externa ou que reveste cavidades • São classificados conforme o número de camadas e a morfologia celular da camada mais apical 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Simples, estratificado ou pseudoestratificado SIMPLES ESTRATIFICADO PSEUDOESTRATIFICADO EPITÉLIO GLANDULAR • A estrutura é a mesma, o que muda é a organização 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Tecido envagina-se, formando glândulas • Podem sintetizar, armazenar, secretar (proteínas, lipídios e carboidratos) • Unicelulares: um exemplo é a caliciforme, que é exócrina. São grandes. • Multicelulares: são agrupamentos de células menores • As glândulas formam-se a partir de epitélios de revestimento • Suas células invadem o conjuntivo, sofrendo uma diferenciação • Exócrinas: As moléculas são armazenadas em grânulos de secreção. Mantém sua conexão com o epitélio inicial. Formam assim, ductos tubulares (simples ou composto) • Endócrinas: a conexão com o epitélio é degradada, não possuindo ductos de secreção. Seus excretos são jogados no sangue e transportados pela corrente sanguínea. Podem ser vesiculares ou cordonais • De acordo com a forma de secreção, as glândulas podem ser: 1. Merócrinas: libera só a secreção; serosas 2. Holócrinas: apoptose; toda a célula é secretada. Ex: sebácea 3. Apócrina: a secreção leva parte do citoplasma apical; mamária MUCOSA: Não corada SEROSA: Corada 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin MISTA: mucosa e serosa OBS: O que cora é o núcleo; no caso da serosa, é centra, e no caso da mucosa, é achatado e basal; As células epiteliais podem ter uma camada de queratina, sendo classificados assim como queratinizados TECIDO CONJUNTIVO • Manutenção e sustentação • Muita matriz extracelular. • A matriz é composta por proteínas fibrosas e de substâncias fundamentais • Tem como importância a reserva de fatores de crescimento que controlam a proliferação e a diferenciação celular • Origina-se no mesoderma; exceto os da cabeça, que originam-se nas cristas neurais 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • TIPOS: pp dito, adiposo, cartilaginoso, ósseo, hematopoiético e sg, mucoso, elástico e reticulas FUNÇÕES: • Sustentação: ósseo e cartilaginoso • Preenchimento: conj entre os órgãos • Defesa: células fagocíticas • Nutrição: vascularizado • Reserva Energética: Adiposo CÉLULAS • Podem ser residentes ou transitórias • Residentes: produzidas localmente, fixadas localmente 1. FIBROBLASTOS/FIBRÓCITO: Sintetizam as substâncias da matriz extracelular (colágeno, elastina, gags, proteoglicanos, glicoproteínas). Envolvidas em crescimento e diferenciação celular. Fibroblastos: alta síntese. Fibrócitos: pouco metabolismo. 2. ADIPÓCITOS: Armazenamento de energia na forma de lipídios; organizada ou não. Multilocular: várias gotas de lipídio no citoplasma. Mitocôndria com termogenina; produção de calor. Unilocular: 1 gotícula grande, com núcleo próximo a superfície. 3. MESENQUIMAL INDEFERENCIADA: Capacidade de diferenciação. Célula tronco • Transitórias: vem de outros locais e são temporárias. Originam-se na medula óssea e são recrutadas para o tec conjuntivo. Promovem defesa da medula óssea, sg; surge só em situações específicas 1. MACRÓFAGO Formados na medula, caem na circulação e se diferenciam. Fagocitários, ou seja, ricos em lisossomos. Gera vesículas. Libera substâncias quimiotáticas. Células apresentadoras de antígenos. Podem se fundir para captar algo maior 2. MASTÓCITO Grandes, coradas, com grânulos (quimiotaxia, histamina, heparina). Também originam-se na medula óssea. A degradação é feita por IGo (anticorpo) 3. NEUTRÓFILO Fagocitam substâncias e organismos estranhos em grande escala. Apresentam-se com núcleo multilobulado, com os lóbulos ligados por um filamento de cromatina, ou em formato de bastonete. Possuem muito citoplasma e uma granulação bem específica. 4. LINFÓCITO B 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Células arredondadas, com núcleo mononuclear ocupando mais ou menos 90% da célula. Fazem o reconhecimento de antígenos, e produzem anticorpos contra esses corpos estranhos. 5. LINFÓCITO T Possuem a mesma morfologia dos linfócitos B, porém exercem funções diferentes. Elesfabricam anticorpos do sangue, atuando também na imunidade celular. 6. PLASMÓCITO Se originam de linfócitos B maduros, diferenciando-se em plasmócitos no tecido conjuntivo. Esféricos ou ovóides, com muito citoplasma, núcleo redondo e cromatina densa. Tem como principal função produzir anticorpos. FIBRAS COLÁGENAS • Formadas por proteínas que se polimerizam para formar estruturas alongadas • ELÁSTICAS: Mais delgadas. Elastina. Sem estriações. Ramificam-se e ligam-se formando malhas. Cedem facilmente. Sintetizadas por fibroblastos. • COLÁGENAS: Mais numerosas, brancas. Podem se organizar em feixes de colágeno com estriações transversais. Possuem uma faixa clara e uma escura. Constituídas por glicopoteínas e colágeno. Sintetizadas por fibroblastos. • RETICULARES: colágeno tipo III. Finas, formam uma rede ao redor de órgãos hematopoiéticos. TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO • Dividido em frouxo e denso • O frouxo: 1. suporta menos pressão. 2. Preenche espaços entre células musculares 3. Muito vascularizado, nutrindo o epitélio 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • O denso: 1. Resistência e proteção 2. Quando as fibras são organizdas em feixes sem orientação definida são chamados de não modelados. Derme profunda. 3. O denso modelado possui feixes organizados. Tendões. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin TECIDO ELÁSTICO • Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. O espaço entre as fibras é ocupado por colágeno e fibroblastos achatados. Ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. TECIDO RETICULAR • Delicado e forma uma rede tridimensional que suporta as células de alguns órgãos. É constituído por fibras reticulares. Órgãos linfoides e hematopoiéticos. TECIDO MUCOSO • Predomínio substância fundamental amorfa. Principal célula é o fibroblasto, poucas fibras colágenas, raras fibras reticulares e elásticas. Principal componente do cordão umbilical, sendo também encontrado na polpa dental jovem. TECIDO ADIPOSO • Predominância de células adiposas. • Funções: 1. Reserva de energia 2. Modela a superfície 3. Proteção mecânica 4. Isolamento térmico 5. Preenche espaços entre órgãos e os mantém no lugar 6. Atividade secretora 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin O tecido adiposo unilocular: • Varia de cor conforme a dieta, podendo ser branco ou amarelo. • A coloração é devida o acumulo de carotenos dissolvidos • As células desse tecido são grandes, e quando isoladas são esféricas. • O tecido unilocular apresenta septos de conjuntivo, que contêm vasos e nervos. • Desses septos partem fibras reticulares que vão sustentar as células adiposas. • A vascularização é abundante. O tecido adiposo multilocular: • também é chamado de pardo devido sua cor, que é resultado da vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias presentes em suas células. • Sua distribuição é limitada • Suas células são menores do que a do tecido unilocular, e tem forma poligonal. • Esse tecido é especializado na produção de calor, tendo papel importante nos mamíferos que hibernam • na espécie humana a quantia é significativa apenas em recém-nascidos. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin TECIDO CARTILAGINOSO • Muita matriz em forma de gel • Absrove muita água • Resistência mecânica • Suporte • Revestimento de articulações, facilitando o deslizamento • Contém condrócitos (madura) e condroblastos (inicial) • As cavidades da matriz são ocupadas por lacunas • Matriz composta por colágeno, elastina + proteoglicanos, ác hialuronico e gligopoteínas • Avascularizado, sendo nutrido pelo conjuntivo que o reveste, o PERICÔNDRIO. • As cartilagens que revestem articulações não tem pericôndrio, recebendo nutrientes do líquido sinovial das cavidades. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin CARTILAGEM HIALINA • Mais frequente • Forma o primeiro esqueleto do embrião, que depois é substituído por esqueleto ósseo. • O disco epifasário é responsável pelo crescimento do osso em extensão. • Em adultos, na parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos. • Todas possuem pericôndrio • Fonte de novos condrócitos para o crescimento, responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação de refugos metabólicos. • Mais externamente é fibrosa, formada por fibroblastos e vasos sanguíneos, e interna é outras células. • Localiza-se na periferia da cartilagem hialina os condrócitos. Tem forma alongada, com eixo maior paralelo à superfície. Mais profundamente são arredondados, pois são originadas de condroblastos. são células secretoras de colágeno tipo II, proteoglicanos e glicoproteínas. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin CARTILAGEM ELÁSTICA • Presente no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. • Possui poucas fibras de colágeno tipo II e muitas fibras elásticas. É menos sujeita a processos degenerativos. CARTILAGEM FIBROSA • Encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos e na sínfise pubiana. • Contém muitas fibras de colágeno tipo I. Não existe pericôndrio. RESUMINDO: • HIALINA: delicadas fibrilas de colágeno tipo II associadas ao ácido hialurônico, proteoglicanas e glicoproteínas • ELÁSTICA: poucas fibrilas de colágeno II e muitas fibras elásticas; • FIBROSA: muitas fibras de colágeno I. HISTOGÊNESE Surge na mesoderme • A primeira modificação é o arredondamento das células mesenquimatosas que retraem seus prolongamentos e, multiplicando-se formam aglomerados. • Essas células chamam-se condroblastos. Em seguida começa a síntese da matriz, o que afasta os condroblastos uns dos outros. Ou seja, as células mesenquimais se transformam sem condroblastos. • Inicia-se a síntese de matriz aprisionando-os em lacunas virando condrócitos. • A diferenciação da cartilagem dá-se do centro para a periferia, de modo que as células mais centrais já apresentam as características de condrócitos, enquanto as internas não. • O crescimento da cartilagem deve-se ao crescimento intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos, e o crescimento aposicional que se faz pelas células do pericôndrio. TECIDO ÓSSEO Tecido mineralizado formado por células e fibras colágenas sobre as quais se depositam cristais de hidroxiapatia, formando uma matriz óssea. Vascularizado com células que possuem alto metabolismo 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin FUNÇÕES: • Suporte para tecidos moles • Proteger órgãos vitais • Aloja e protege a medula óssea • Proporciona um sistema de apoio aos músculos esqueléticos, transformando contrações em movimentos • Constitui um sistema de alavancas que amplia a força gerada pela contração muscular. • Depósito de cálcio, fosfato e outros íons, controlando sua liberação e armazenamento • Capacidade de absorção de toxinas e metais pesados É formado por células e matriz extracelular calcificado, a matriz óssea. CÉLULAS • Osteócitos: se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Osteoblastos: sintetizam a parteorgânica da matriz e se localizam na periferia • Osteoclastos: são células gigantes e móveis e multinucleadas que absorvem o tecido ósseo, participando da remodelação óssea. NUTRIÇÃO • Por meio de canalículos na matriz. • Esses canalículos possibilitam as trocas de moléculas entre os capilares sanguíneos e os osteócitos. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Todas os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas conjuntivas que possuem células osteogênicas, o periósteo e o endósteo. OSTEÓCITOS • Interior da matriz óssea, que ocupa lacunas das quais partem canalículos. • Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos através de junções comunicantes • Eles são achatados, exibem pequena quantidade de RER, Complexo de golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. • Eles são essenciais para a manutenção da matriz óssea. • Sua morte é seguida pela reabsorção da matriz. OSTEOBLASTOS • Sintetizam a parte orgânica da matriz óssea. • São capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. • Dispõem-se na superfície. • Quando estão em intensa atividade, são cuboides com citoplasma basófilo. Porém, em estado menos ativo são achatados e a basofilia diminui. • Quando aprisionados na matriz óssea, passam a ser chamados e osteócito. • A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando assim, lacunas e canalículos. • Essas células em fase de síntese mostram as características de células produtoras de proteínas. A matriz óssea recém-formada, adjacente dos osteoblastos ativos e que ainda não calcificou, recebe o nome de osteóide. OSTEOCLASTOS • O macrófago é o percursor. Quando uma região precisa ser absorvida há sinalização e o osteoclasto reabsorve. • São células móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas. • Possui citoplasma granuloso e basófilo. • A superfície voltada para a matriz óssea apresenta prolongamentos vilosos irregulares. • Circundando essa área, existe uma zona citoplasmática, a zona clara. • Ela é um local e adesão do osteoclasto a matriz óssea e cria um microambiente fechado, onde tem reabsorção óssea. • Os osteoclastos secretam para dentro desse microambiente ácido (H+), colagenase e outras hidrolases que atuam digerindo a matriz orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. • A sua atividade é coordenada por citocinas e por hormônios. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin MATRIZ ÓSSEA • A parte inorgânica representa a metade do peso da matriz óssea. • Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio. Eles formam cristais. • A parte orgânica é formada por fibras colágenas, constituídas de colágeno tipo I e por proteoglicanos e glicoproteínas. As glicoproteínas podem ter participação na mineralização da matriz. • A associação de hidroxiapatita com fibras colágenas é responsável pela dureza e resistência do osso. PERIÓSTEO E ENDÓSTEO • As superfícies externas e internas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e tecido conjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo. • O periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos. • As fibras de sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram no tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. • O endósteo é constituído por células osteogênicas achatadas, revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular os canais de Havers e os de Volkmann. • A principal função do periósteo e do endósteo é a nutrição e o fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação óssea. TIPOS DE TECIDOS ÓSSEOS • ESPONJOSO: Cavidades intercomunicantes e com tecido dentro. Nos ossos longos, as epífises são formadas por esponjoso. • COMPACTO: Periférico, sem cavidades. A diáfise é compacta. • Nos ossos curtos, o centro é esponjoso. • Nos ossos chatos, há duas camadas de compacto, com esponjoso no meio. • Podem se classificar também em PRIMÁRIOS e SECUNDÁRIOS • PRIMÁRIOS: não lamelar, sempre aparece, é substituído gradativamente por secundário. Em adultos é encontrado nas suturas dos ossos cranianos, nos alvéolos dentários e em alguns tendões. Apresenta fibras colágenas. Poucos minerais • SECUNDÁRIO: geralmente em adultos. Fibras colágenas organizadas em lamenas, paralelas umas as outras. Ou, em camadas concêntricas em torno de canais com vasos (SISTEMA DE HAVERS). As lacunas, contendo os osteócitos, estão situadas entre as lamelas ósseas. • O SISTEMA DE HAVERS é um cilindro longo, as vezes bifurcado. No centro existe um canal revestido de endósteo. Contém vasos e nervos. Os canais comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a suerfície externa, por canais de VOLKMANN. Não possuem lamelas • Formado por um processo de ossificação intramembranosa. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin TECIDO NERVOSO • SNC = cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal • SNP = nervos e gânglios 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • No SNC há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e os seus prolongamentos, isso faz com que sejam reconhecidas no encéfalo e na medula espinhal duas porções distintas, a substância branca e a substância cinzenta. • A substância cinzenta é composta por corpos celulares dos neurônios e células da glia, contendo também prolongamentos de neurônios. • A branca não contém corpos celulares de neurônios, sendo substituída por prolongamentos de neurônios e células da glia. Seu nome é devido a presença de mielina, que envolve os prolongamentos dos neurônios. • Os neurônios são capazes de responder a estímulos com modificações da diferença de potencial elétrico que existe entre as superfícies externa e interna da membrana celular. Essas células são chamadas de excitáveis. As modificações do potencial de membrana podem propagar-se ao restante da célula, através do impulso nervoso. FUNÇÕES: • Receber, interpretar e processar informações sensoriais internas e externas ao corpo • Organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do organismo, entre as quais as funções motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas. • O neuroectoderma pode diferenciar-se em crista neural, dando origem ao SNP ou em tubo neural, dando origem ao SNC. Origem no ectoderma Neurônios 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos. • Influenciam diversas atividades do organismo e liberam neurotransmissores • Formados por corpo celular, onde encontra-se o núcleo e do qual partem prolongamentos. • Dendritos (recebe estímulos) • Corpo celular (centro trófico, mas também pode receber estímulos) • Axônio (conduz impulsos que transmitem informações dos neurônios para outras células). • Neurônios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares, dendritos; • Neurônios bipolares: possuem um dendrito e um axônio; • Neurônios pseudounipolares: apresentam próximo ao corpo celular um prolongamento único, mas esse se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e o outro para o SNC. • Neurônios motores: controla órgãos; • Neurônios sensórias: recebem estímulos; • Interneurônios: estabelecem conexões entre os neurônios. • Corpo celular: Onde localiza-seo núcleo, é principalmente o centro trófico, mas também pode receber estímulos. Rico em RER que foram agregados de cisternas paralelas, entre as quais ocorrem numerosos polirribossomos livres. Os corpúsculos de Nissl. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Dendritos: Aumentam a superfície celular, tornando possível receber e integrar impulsos trazidos por numerosos terminais axônicos de outros neurônios. Tornam-se mais finos a medida que se ramificam. Composição semelhante ao corpo celular porém não possui golgi. Recebe impulsos pelas espinhas ou gêmulas. Que é uma parte alongada presa ao dendrito e que termina por uma pequena dilatação. • Axônios: citoplasma é pobre em organelas, possui poucas mitocôndrias, algumas cisternas do REL e muitos microfilamentos e microtubulos. A porção final do axônio é ramificada e chamada de telodendro. • Potenciais de membrana: As células nervosas tem moléculas na membrana que são canais para o transpote de ions para dentro e para fora do citoplasma. • A membrana plasmática do axônio bombeia Na+ para fora, mantendo uma concentração de Na+. Ao contrario, a concentração de K+ é mantida muito mais alta do que no fluido extracelular. Sendo o interior negativo em relação ao exterior. Esse é o potencial de repouso. • Quando o neurônio é estimulado, os canais iônicos se abrem e ocorre um rápido influxo de Na+ extracelular. Esse influxo modifica o potencial de repouso. O interior do axônio se torna positivo em relação ao exterior. Esse é o potencial de ação, ou impulso nervoso. • O potencial fecha os canais de Na+, e a membrana axonal se torna novamente impermeável a esse íon. No axônios, em poucos milissegundos a abertura dos canais de K+ modifica essa situação iônica. • Devido à alta concentração intracelular de potássio, esse íon sai do axônio por difusão e o potencial de membrana volta, terminando o potencial de ação. • Isso ocorre em apenas uma pequena área, e se propaga ao longo do axônio, quando ele chega no final do neurônio, promove a extrusão de neurotransmissores, que vão estimular ou inibir outros neurônios ou células não neurais, como as musculares ou de glândulas. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Comunicação sináptica • A sinapse é responsável pela transmissão de impulsos nervosos. São os locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras células. • A função é transformar um sinal elétrico do neurônio pré-sináptico em um sinal químico que atua sobre a célula pós-sináptica. • A maioria das sinapse transmite informação pelos neutransmissores. • Sinapse entre um axônio e um corpo celular se chama axo-somática, a sinapse com um dendrito axo-dendrítica e entre dois axônios axo-axônio. • Além das sinapses químicas, nas quais a transmissão de impulso é mediada pela liberação de certas substancias, existem as sinapses elétricas. • Nas sinapses elétricas as células nervosas se unem por junções comunicantes que possibilitam a passagem de íons de uma célula para a outra, promovendo uma conexão elétrica e a transmissão de impulsos. As sinapses elétricas são raras nos mamíferos. Etapas da sinapse química • A despolarização se propaga ao longo da membrana e abre os canais de cálcio, promovendo o influxo do mesmo que dispara a exocitose das vesículas sinápticas. Os neurotransmissores são liberados por exocitose e reagem com os receptores da membrana pós-sináptica, despolarizando-a. Essas são as sinapses excitatórias pois causam impulsos na membrana pós-sinap. • Em outras sinapses, a interação do neurotransmissor com os receptores causa a hiperpolarização, sem transmissão de impulsos nervosos. Essas são as inibitórias. CÉLULAS DA GLIA • Oligodendrócitos: Produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Eles têm prolongamentos que se enrolam ao redor dos axônios produzindo a bainha. • Células de Schwann: têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta dos axônios do SNP. Cada célula forma mielina em torno de um segmento de um único axônio. • Astrócitos: são células estreladas com múltiplos processos irradiando do corpo celular. Os astrócitos ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter. Além da função de sustentação, eles participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios. Também participam da regulação de diversas atividades dos neurônios, absorvem excessos de neurotransmissores e sintetizam moléculas neuroativas. Além disso, os astrócitos se comunicam uns com os outros por meio de junções comunicantes formando um rede por onde informações podem transitar de um local para o outro. E por fim, eles isolam o tecido nervoso. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Células ependimárias: revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. • Microglia: célula de defesa. Pequena, mas quando estimulada aumenta de tamanho e pode fagocitar. Sistema Nervoso central • Substância branca: axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da glia. Não contem corpos de neurônios. • Substância cinzenta: corpos de neurônios, dendritos, porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. • No córtex cerebral, a substancia cinzenta esta organizada em 6 camadas diferenciadas pela forma e tamanho dos neurônios. Alguns neurônios processam e recebem impulsos aferentes, sensoriais, e em outras regiões neurônios eferentes, motores, geram impulsos e vão controlar movimentos voluntários. • O córtex tem três camadas: 1. A camada molecular, mais externa; 2. Uma camada central com células de Purkinje; 3. Camada granulosa, formada por neurônios muito pequenos e organizados de modo compacto. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Na medula a substancia branca esta localizada externamente e a cinzenta internamente formando um H. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Meninges • São formadas por 3 camadas: 1. Dura-máter: a mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. 2. Aracnóide: apresenta duas partes, uma em contato com a dura-máter sob a forma de membrana e outra em contato com a pia-máter, constituída de traves que se ligam. O espaço subaracnóideo é cheio de liquor e protege o SNC contra traumatismos. Ela é formada por tecido conjuntivo sem vascularização. 3. Pia-máter: muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique e contato direto. Liga-se a prolongamentos dos astócitos. Os vasos sanguíneos levam O2 e nutrientes para as células do SNC Plexo coroide e líquor • Plexos coroides: são dobras da pia-máter ricas em capilares que fazem saliência para o interior dos ventrículos. Constituída por tecido conjuntivo frouxo. A principal função é secretar o liquor. • Liquor: ocupa a cavidade dos ventrículos, o canal central da medula, o estaço subaracnóideo e os espaços perivasculares. Ele é importante para o metabolismo do SNC e o protege contra traumatismos. Sistema nervoso periférico • Nervos, gânglios e terminações nervosas. • Os nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. • Fibras nervosas e nervos: São constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. Cada fibra nervosa éenvolvida por uma camada conjuntiva denominada endoneuro. As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe é envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamado de epineuro. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Gânglios: Acúmulos de neurônios fora do SNC. Em sua maior parte são órgãos esféricos, protegidos por capsulas conjuntivas e associadas a nervos. 1. gânglios sensoriais: recebem fibras aferentes, que levam impulsos para o SNC. 2. Gânglios do SNA: aparecem como formações bulbosas ao longo dos nervos dos SNA localizando-se alguns no interior de certos órgãos. Sistema nervoso autônomo • Relaciona-se com o controle da musculatura lisa, com a modulação do ritmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Sua função é ajustar certas atividades do organismo, a fim de mantes a homeostase. • O SNP autônomo é dividido em dois ramos: simpático e parassimpático, que se distinguem tanto pela estrutura quanto pela função. 1. Simpático: os gânglios localizam-se ao lado da medula espinhal, distantes do órgão efetuador. 2. Parassimpático: os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do sistema nervoso central e próximos ou mesmo dentro do órgão efetuador. TECIDO MUSCULAR 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • Origem no mesoderma • Constituído por células alongadas • Contém grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis, geradoras de forças necessárias para a contração desse tecido, utilizando ATP. • Sua diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas, concomitante com o alongamento das células. • Há três tipos de tecido muscular: o músculo estriado esquelético, o músculo estriado cardíaco e o músculo liso. FUNÇÕES: • Locomoção • Bombeamento cardíaco • Alteração no tamanho e na forma de órgãos e estruturas internas (ex.movimentos peristálticos, pressão sanguínea) Propriedades do tecido muscular • Responsividade (excitabilidade)- responde a estiramentos, sinais químicos e elétricos • Condutividade - Através de um estímulo excitatório, o mesmo percorre toda a fibra muscular; • Contratilidade- encurtamento da fibra muscular Elasticidade- retorna ao comprimento original de repouso após término do estímulo. Organização 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • As fibras estão organizadas em feixes envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo, o epimísio, que recobre o músculo inteiro. • Do epimísio partem finos septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do musculo, separando os feixes, o perimísio. • Assim, o perimísio envolve os feixes de fibras. • Cada fibra muscular, é envolvida pelo endomísio, que é formado pela lâmina basal da fibra muscula, associada a fibras reticulares. • As fibras ficam unidas por tecido conjuntivo para que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atua sobre o musculo todo. M. Esquelético • O tecido muscular esquelético é formado por feixes de células muito longas, cilíndricas, multinucleadas e contendo muitos filamentos, as miofibrilas. • Estas fibras se originam no embrião pela fusão de células alongadas, os mioblastos. • Nas fibras musculares os numerosos núcleos se localizam na periferia das fibras, nas proximidades com a membrana celular. Organização das fibras musculares esqueléticas • Apresentam estriações transversais, pela alternância de faixas claras e escuras. • A faixa escura é anisotrópiaca e por isso recebeu o nome de banda A, enquanto a faixa clara, ou branda I, é isotrópica. • No centro de cada banda I nota-se uma linha transversal escura, a linha Z. • As estriações da miofibrila é devido á repetição de unidades iguais de sarcômeros. • Eles são formados pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas I. • A banda A tem uma zona mais clara no centro, a banda H. • Cada fibra muscular contém muitos feixes cilíndricos, as miofibrilas que são paralelas ao eixo maior da fibra muscular e consistem no arranjo repetitivo de sarcômeros. • As miofibrilas possuem filamentos de actina e de miosina dispostos longitudinalmente e organizados numa distribuição simétrica e paralela. • Na linha Z parte filamentos de actina que vão até a borda externa da banda H. A miosina ocupa a região central do sarcômero. • Como resultado dessa disposição, a banda I é formada apenas por filamentos de actina. • A banda A por filamentos de actina e miosina. • A banda H apenas por miosina. • Na região lateral da banda A, os filamentos de actina e a miosina se interdigitam. • As miofibrilas contêm quatro proteínas principais: miosina, actina, tropomiosina e troponina. • A tropomiosina é uma molécula longa e fina que unem-se umas as outras pelas extremidades para formar filamentos que se localizam ao longo do sulco existente entre dois filamentos de actina. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • A troponina tem três subunidades responsáveis pela ligação com a tropomiosina, com íons de cálcio e recobre o sitio ativo da actina, onde a actina liga-se a miosina. Reticulo sarcoplasmático e túbulos T • A contração muscular depende de Ca2+. • Esse reticulo é uma rede de cisternas do REL que envolve grupos de miofilamentos separando-os em feixes cilíndricos. • Quando a membrana do RSarc é despolarizada pelo estimulo nervoso, os canais de Ca2+ se abrem, e esses ions difundem-se passivamente indo atuar na troponina, possibilitando a formação de pontes entre actina e miosina. • Quando cessa a despolarização a membrana do RSarc por processo ativo, transfere Ca2+ para dentro das cisternas, o que interrompe a contração • A despolarização que resulta na liberação de cálcio inicia-se na placa motora, uma junção mioneural situada na superfície muscular. • A despolarização iniciada na superfície teria de se difundir através da espessura da fibra para efetuar a liberação de cálcio. • Nas fibras musculares mais calibrosas isso levaria a uma onda de contração lenta, de tal maneira que as miofibrilas periféricas iriam contrair antes que as situadas mais profundamente. • O sistema de túbulos T é responsável pela contração uniforme de cada fibra muscular esquelética. • Esse sistema é constituído por uma rede de invaginações tubulares da MP da fibra muscular, cujos ramos vão envolver as junções das bandas A e I de cada sarcômero. • Em cada lado de cada túbulo T existe uma expansão do reticulo sarcoplasmático, esse complexo formado de um túbulo T e duas expansões é conhecido como tríade. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Contração • Estímulo nervoso • Ca++ se liga a troponina • Mudança conformacional troponina • Sitio de ligação actina-miosina • ATPase • Contração muscular Mais explicado: • O sarcômero em repouso consiste em filamentos finos e grossos que se sobrepõe parcialmente. • A contração se inicia na faixa A onde os filamentos finos e grossos se sobrepõe. Durante o repouso, a ATP liga-se a ATPase das cabeças da miosina. • Para atacar a molécula de ATP e liberar energia a miosina necessita da actina, que atua como cofator. Durante o repouso a miosina não se associa a actina devido ao complexo tropoina-tropomiosina fixado sobre o filamento de actina. • Quando há cálcio estes combinam-se com a troponina, isso mudaa configuração das três subunidades de troponina e empurra a molécula de tropomiosina mais para dentro do sulco da hélice de actina. • Em consequência ficam expostos os locais de ligação da actina com a miosina, ocorrendo interações das cabeças de ambas. • Ocorre deformação na cabeça da miosina, aumentando a curvatura. Como a actina esta combinada com a miosina, o movimento da cabeça da miosina empurra o filamento de actina promovendo seu deslizamento sobre o filamento de miosina. Fusos musculares e corpúsculos tendíneos de golgi • Todos os músculos estriados esqueléticos possuem fusos musculares. Essas estruturas são constituídas por uma capsula de tecido conjuntivo que delimita um espaço contendo fluido e fibras musculares modificadas, denominadas fibras intrafusais. • Diversas fibras nervosas sensoriais penetram os fusos musculares, onde detectam modificações no comprimento das fibras musculares intrafusais e transmitem essa informação para a medula espinhal. • Nesse órgãos são ativados diversos mecanismos reflexos de complexidade variável que atuam sobre certos grupos musculares, participando do mecanismo de controle da postura e da coordenação de músculos opostos durantes as atividades motoras Sistema de produção de energia • De acordo com sua estrutura e composição molecular, as fibras musculares esqueléticas podem ser identificadas como tipo I e tipo II. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin • As fibras do tipo I são ricas em sarcoplasma contendo mioglobina e tem cor vermelha. Essas fibras são adaptadas para contrações rápidas e continuadas. Sua energia é obtida principalmente dos ácidos graxos. • As fibras do tipo II têm várias subdivisões de acordo com características funcionais e bioquímicas. Elas são mais rápidas e dependem mais de energia. Músculo cardíaco • Constituído por células alongadas e ramificadas que se prendem por meio de junções intercelulares complexas. • Essas células apresentam estriações transversais semelhantes às do musculo esquelético, mas ao contrario das fibras esqueléticas que são multinucleadas, as cardíacas possuem apenas um ou dois núcleos centrais. • As fibras cardíacas são circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo, equivalente ao endomísio do músculo esquelético, que contém abundante rede de capilares sanguíneos. • Uma característica é a presença de discos intercalares que são complexos juncionais encontrados na interface de células musculares adjacentes. Essas junções aparecem como linhas retas ou exibem um aspecto de escada. Nas partes em escada distinguem- se duas regiões: a parte transversal, que cruza a fibra em ângulo reto, e a parte lateral, caminhando paralelamente aos miofilamentos. • Nos discos encontra-se três especializações: zônula de adesão, desmossomos e junções comunicantes. • As zonulas de adesão servem para ancorar os filamentos de actina nos sarcomeros laterais. Os desmosssomos unem as células musculares cardíacas, impedindo que elas se separem durante a atividade contrátil. As junções comunicantes são responsáveis pela continuidade iônica entre células musculares vizinhas. A passagem de ions permite que cadeias de células musculares se comportem como se fossem um sicicio, pois o sinal para a contração passa como uma onda de uma célula para outra. • O sistema de contração é o mesmo que do esquelético, o que muda são os túbulos T. nos ventrículos os túbulos T são maiores que no esquecelico. Eles se localiza na banda Z e não na junção das bandas A e I. por isso, no musculo cardíaco existe apenas uma expansão de túbulo T por sarcomero e não suas. • As tríades não são frequentes, pois os túbulos T geralmente se associam apenas a uma expansão lateral do reticulo, formando díades. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Músculo liso • É formado pela associação de células longas, mais espessas no centro e afilando-se nas extremidades, com núcleo único e central. • As células musculares lisas são revestidas por lamina basal e mantidas juntas por uma rede muito delicada de fibras reticulares. • Essas fibras amarra as células musculares lisas umas às outras, de tal maneira que a contração simultânea de apenas algumas ou de muitas células se transforme na contração do musculo inteiro. 2017.1 Laura M. Bevilacqua Poliana K. Lanzzarin Contração • Sob o estímulo do sistema nervoso autônomo, ions de cálcio migram do meio extracelular para o citosol através de canais da MP especializados no transporte deste íons. No musculo liso não existe RSarc. • Os íons de cálcio se combinam com as moléculas de calmodulina, esse complexo ativa a enzima cinase da miosina. A enzima ativa fosforila a miosina. Uma vez fosforiladas, essas moléculas distendem, tomando a forma filamentosa, deixam descobertos os sítios que tem atividade de ATPase e se combinam com a actina. • Essa combinação libera a energia do ATP, que promove a deformação da cabeça da miosina e o deslizamento dos filamentos de actina e de miosina uns sobre os outros. • Essas proteínas motoras estão ligadas a filamentos intermediários que se prendem aos corpos densos da membrana da célula, isso provoca a contação da célula como um todo. • A célula muscular lisa também pode sintetizar colágeno tipo III, fibras elásticas e proteoglicanos. • Não possui placa motora.
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