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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS MARIA TEREZINHA HONÓRIO SAMARA ELIANE RABELO SUPLICI 2014 São cuidados realizados no período de tempo que constitui a experiência cirúrgica e divide-se em: - Pré-operatórios – Mediato e Imediato - Transoperatórios - Pós-operatórios - Imediato e Mediato 2 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS NETTINA, 2007. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 3 Fase pré-‐operatória: • Inicia no momento da decisão cirúrgica, indo até a transferência do cliente para a sala cirúrgica. • os cuidados nesta fase têm como obje>vo levar o paciente a obter as melhores condições possíveis para a cirurgia, propiciando menores possibilidades de complicações. Fase intra-‐operatória: • Inicia no momento em que o cliente é transferido para a mesa cirúrgica, indo até a sua admissão na sala de recuperação pós-‐anestésica. • os cuidados nesta fase têm como obje>vo assegurar a integridade Jsica do cliente, no que se refere as agressões do ato cirúrgico e aos riscos que o ambiente oferece – preservar o uso de técnica assép>ca rigorosa. Aqui entra em destaque: técnica u>lizada, a perícia e habilidades profissionais e as condições clínicas do cliente. Fase pós-‐ operatória: • Inicia no momento da admissão do cliente na sala de recuperação pós-‐anestésica, indo até a avaliação domiciliar/clínica de acompanhamento. • é um período crí>co considerando a vulnerabilidade do cliente aos efeitos de anestésicos e as complicações pós-‐cirúrgicas. • os cuidados nesta fase devem enfa>zar a preservação dos sinais vitais, o equilíbrio hidroeletrolí>co, o alivio da dor e a avaliação do nível de consciência. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS NETTINA, 2007. 4 As cirurgias podem ser classificadas quanto: • Grau de gravidade; • Finalidade; • Grau de urgência; • Potencial de contaminação. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS NETTINA, 2007. QUANTO A GRAVIDADE : Ò Cirurgia grande: Envolve reconstrução ou alterações extensas da parte do corpo e acarreta elevado risco para o bem estar do cliente. Ex: revascularização coronariana, ressecção de colon, laringectomia, mastectomia... Ò Cirurgia pequena: acarreta alterações mínimas das partes do corpo. Destina-se muitas vezes a corrigir deformidades. Apresenta risco mínimo em comparação com a de grande porte. Ex: herniorrafias, plástica de face, reconstrução de mama... 5 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS NETTINA, 2007. 6 BRUNNER, 2002,PG 306 POTTER, 1996, PG 848 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS DiagnósDca: é a exploração cirúrgica realizada para obter confirmação diagnós>ca. Pode incluir re>rada de amostra >ssular para exames histológicos. = biópsias; laparotomia exploratória. CuraDva ou ablaDva: re>rada de uma parte doente do organismo, como massa, segmento ou órgão, obje>vando a cura. Ex: re>rada de tumor, apendicectomia, colecistectomia... Reparadora (Poder classifica como construDva): Corrigem seqüelas, defeitos congênitos. Ex: enxertos de pele, correção de retração de queimaduras, rinoplas>as por desvio de septo, fissura pala>na, fechamento de comunicação inter-‐atrial.... QUANTO A FINALIDADE: 7 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS CosméDca: Restabelecer a capacidade funcional ou o aspecto externo de tecidos trauma>zados ou mal funcionantes. Ex: Revisão de tecido cicatricial, mamoplas>a, rejuvenescimento... PaliaDva: com o obje>vo de aliviar ou diminuir a intensidade dos sintomas da doença. Minimizar desconfortos e ou inserir equipamentos para compensar incapacidades. Ex: gastrostomia, desobstrução do tubo diges>vo frente a um tumor ou retração (dilatação de esôfago devido a estenose), ressecção parcial de um tumor, colostomia, desbridamento, derivação (bilio-‐ diges>va, gastro-‐jejunal...) Transplante: Com o obje>vo de subs>tuir órgãos ou estruturas que não funcionam normalmente. Ex: rins, Jgado, córnea, prótese completa do quadril. BRUNNER, 2002,pg 306 POTTER, 1996, pg 848 QUANTO A FINALIDADE : QUANTO AO GRAU DE URGÊNCIA: Ò Emergência: A condição exige atenção cirúrgica imediata. Ex: Obstrução intestinal, sangramento grave, fratura de crânio, ferida com arma de fogo ou branca, queimaduras extensas. Ò Urgência: A condição requer atenção dentro de 24 a 48 horas. Ex: infecção aguda de vesícula, cálculos renais ou ureterais, câncer. Ò Requerida/necessária: A condição exige cirurgia dentro de um prazo limitado (semana ou meses). Ex: Catarata, hiperplasia prostática sem obstrução, distúrbios da tireóide. Ò Eletiva: O cliente pode ser operado. A marcação poderá ser realizada consultando a conveniência do cliente. O adiamento da mesma não acarreta problemas. Ex: reparação de cicatrizes, hérnia simples, reparação vaginal, cisto superficial. Ò Opcional: conforme preferência do cliente. Ex: cosmética 8 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS NETTINA, 2007. QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA: 9 Considera-‐se o número de microorganismo presentes no tecido a ser operado. Esta deverá ser feita no final do ato cirúrgico. Portaria 2.616 de 12/05/1998. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA: 10 LIMPAS: -‐ realizadas em tecidos estéreis, ou passiveis de descontaminação; -‐ ausência deprocesso inflamatório/infecção local; -‐ ausência de falha técnica grosseira; -‐ cirurgias ele>vas não traumá>cas; -‐ Fechamento por primeira intenção e sem drenagem; -‐ cirurgias onde não ocorrem penetração nos tratos diges>vos, respiratório ou urinário; -‐ apresenta risco de infecção de 1 a 5%; CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. IMAGEM EM www.hfag.aer.mil.br/ sulcosegiros.html Neurocirurgia Safenectomia Mamoplastia QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA: 11 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. Potencialmente contaminada: -‐ realizada em tecidos colonizados por flora bacteriana pouco numerosa ou de diJcil descontaminação; -‐ na ausência de processo inflamatório/infecção local; -‐ com falhas de técnica discreta (pequena quebra assép>ca); -‐ cirurgias limpas com drenagem; -‐ pode haver penetração nos tratos diges>vo, respiratório ou urinário sem contaminação significa>va. -‐ apresenta risco de infecção de 3 a 11%. Gastrectomia, colecistectomia, prostatectomia Contaminadas: - realizada em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante, de difícil descontaminação; - na ocorrência de grande desvio da técnica estéril; - derrame de líquidos gastrintestinal; - na presença de inflamação não purulenta; - na presença de feridas abertas crônicas; - Trauma penetrante há menos de 4 hs. - apresenta risco de infecção de 10 a 17%. 12 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA: Colectomia, apendicectomia Infectadas: - realizadas em tecidos com supuração local; - infecção pré-existente; - desvitalizados; com presença de corpos estranhos; - contaminação fecal; - realizada em lesões traumáticas abertas a mais de 4 hs; - apresenta risco de infecção de 27%. 13 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA: SOBECC, 2009. Cirurgia de reto ou anus com fezes ou pus, Apendicectomia supurada, desbridamento em escaras Alguns conceitos: Ò Infecção cruzada: é aquela transmitida de paciente a paciente através das mãos do pessoal médico e da enfermagem, que também é considerada infecção hospitalar. Ò infecção comunitária: é detectada no ato da admissão, ou está encubada, desde que não seja relacionada com internação anterior no mesmo hospital. Ò infecção hospitalar: adquirida e manifestada durante a internação do paciente ou após a alta, quando puder ser relacionada com a hospitalização. Ò infecção de sítio cirúrgico (ISC): são aquelas infecções que ocorrem relacionadas à manipulação na ferida cirúrgica e também em órgãos ou espaços abordados durante a operação. Ela normalmente se instala durante o ato cirúrgico e ou até 24 horas após a cirurgia. 14 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. 15 • Relacionados ao paciente: • Relacionados ao procedimento cirurgico: FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO DO ITIO CIRURGICO (ISC): CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. – Estado clínico - doenças agudas ou crônicas descompensadas e infecção em sítio distante – Tempo de internação pré-operatório - relacionado à colonização da pele pela microbiota hospitalar – Estado nutricional - desnutrição ou obesidade – I m u n o d e p r e s s ã o e u s o d e corticosteróides - retardamento do processo de cicatrização 16 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2007 Fatores de risco para ISC relacionados ao paciente - Rompimento da barreira epitelial - interrupção do aporte de nutrientes - Alterações na área operatória - hipóxia + acidose + deposição de fibrina 17 Galvanese CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Fatores de risco para ISC relacionados ao procedimento cirúrgico – trauma tecidual É Maior exposição ao ambiente externo É Maior complexidade É Pior estado clínico É Menor experiência da equipe É Preparo inadequado do paciente É Desorganização da sala cirúrgica 18 Galvanese, Fernando – SCIH/CHMSA - http://www.apecih.org.br/ infecoes_sitio_sirurgico.ppt#256,1,INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO - ISC Fatores de risco para ISC relacionados a duração do procedimento cirúrgico CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 19 Critérios para o diagnóstico de ISC Deve-‐se levar em consideração: 1- Tempo de observação: -‐ se desenvolve até 30 dias após a cirurgia; -‐ em implante de prótese a ISC pode ser diagnos>cada até 1 ano. 2 - Classificação de acordo com sua topografia: -‐ ISC incisional superficial – a>nge pele e subcutâneo do local da incisão; -‐ ISC incisional profunda – Pode envolver ou não tecidos superficiais, mas acomete tecidos moles profundos como fáscia, e músculos; -‐ ISC órgãos ou espaço-‐ específica – a>nge órgãos ou espaços profundos manipulados durante a cirurgia, mas não necessariamente a incisão. (APECIH, 2001 apud SOBECC, 2009) 20 Pele Tecido celular subcutâneo Tecidos moles profundos (fáscia e músculo) Órgão e cavidade ISC Superfici al ISC profunda ISC de órgão ou cavidade Classificação (ISC) CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. 21 3- Sinais e Sintomas - deve apresentar pelo menos um desses critérios: 1º -‐ ISC superficial: exsudato purulento no local da incisão; -‐ ISC profunda: exsudato drenado de tecidos moles profundos; -‐ ISC específica: exsudato drenado de órgãos e/ ou cavidade manipulados durante a cirurgia. 2º -‐ Organismo isolado em material teoricamente estéril ou colhido com técnica assép>ca, de local previamente fechado. 3º-‐ Abscesso ou evidência histopatológica ou radiológica suges>va de infecção. 4º-‐ Febre-‐ sem outra causa definida – dor, calor, edema, e eritema ao redor da incisão (exceto reação inflamatória ao fio de sutura). (APECIH, 2001 apud SOBECC, 2007) CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 22 Incisional superficial pelo menos um dos seguintes a) Drenagem purulenta da incisão superficialb) Cultura positiva de fluídos ou tecido obtido da incisão c) Pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) e incisão aberta pelo médico, exceto se a cultura for negativa Ex: Celulite peri incisional Órgão- espaço Incisional profunda Critérios diagnósticos (ISC) CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. 23 Incisional profunda pelo menos um dos seguintes a) Drenagem purulenta da incisão profunda b) Deiscência espontânea da incisão e pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) c) Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda visualizado durante exame direto, re- operação, exame histopatológico. EX: Fasceíte pós operatória Incisional superficial Órgão- espaço Critérios diagnósticos (ISC) CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SOBECC, 2009. Órgão-espaço pelo menos um dos seguintes Incisional superficial Incisional profunda Critérios diagnósticos (ISC) a) Drenagem purulenta pelo dreno b) Cultura positiva de fluídos ou tecido do órgão ou cavidade c) Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda visualizado durante exame direto, re-operação, exame histopatológico ou imagem. Ex: peritonite após manipulação do peritônio ou endocardite após troca de válvula cardíaca. SOBECC, 2009. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Ao final de cada cirurgia, a roupa e o lixo utilizados devem ser ensacados e o instrumental deve ser colocado em detergente enzimático para uma primeira limpeza. 25 Prevenção e controle das infecções Uso de antibióticos deve ser restrito e de acordo com a indicação / aprovação da CCIH; Estímulo à lavagem das mãos com sabão líquido ou anti- sépticos; Uso de desinfetantes para limpeza de artigos e superfícies com boa atividade antimicrobiana; Trânsito na sala de cirurgia, o mínimo possível; SOBECC, 2009. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 26 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS OS CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO DIVIDEM-SE EM: - CUIDADOS NO PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO . - CUIDADOS NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO. 27 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Mediato: Abrange desde o dia da decisão/indicação para a intervenção cirúrgica até o dia anterior a mesma. Tem como obje>vo: -‐ iden>ficar alterações Jsicas e emocionais através da u>lização de instrumentos de observação e avaliação das necessidades individuais; -‐ propiciar condições para que o cliente enfrente com segurança os fatores agressores a que será subme>do. AULER , 2004. 28 -‐ Exame Tsico – iden>ficando alterações que podem comprometer o êxito do ato cirúrgico, como: hipertensão, feridas infectadas, edema, alterações de sinais vitais, sons respiratórios... CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS -‐ História clínica -‐ iden>ficando experiências anteriores e fatores de risco operatório como: tabagismo, obesidade, faixa etária elevada, doenças concomitantes, uso de fármacos... O PROCESSO DE ENFERMAGEM AULER , 2004. OBESIDADE: - propicia dificuldade técnica e mecânica; aumenta o risco de deiscência; - aumenta a probabilidade de infecção pela diminuição da resistência e pela pouca irrigação sangüínea do tecido gorduroso; - dificulta para mobilidade precoce no pós-operatório; - aumenta o risco de complicações pulmonares – hipoventilação (respira precariamente na posição supina), aumentando a incidência de pneumonia; 29 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS - propicia a distensão a b d o m i n a l , f l e b i t e s , doenças cardiovasculares (aumento da demanda do coração), endócr inas, hepáticas e biliares. OBESIDADE CONDUTA - Estimular a redução do peso se o tempo permitir - Ser vigi lante quanto a complicações respiratórias; - Imobi l izar com cu idado as inc isões abdominais; - Nunca tentar mover um paciente sem ajuda ou sem usar a mecânica corporal aproprada; 30 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 31 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS DESNUTRIÇÃO: - Prejudica a cicatrização de feridas - Aumenta o risco de infecção e choque DESNUTRIÇÃO CONDUTA - Qualquer perda de peso recente (4-6 semanas) de 10% do peso corporal normal do paciente deve alertar a equipe profissional para o estado de desnutrição. - Tentar melhorar o estado nutricional antes e após a cirurgia, isso pode demandar alimentação enteral e parenteral. - Recomendar a restauração de cáries dentárias e a higiena bucal apropriada para prevenir infecção de vias respiratórias. 32 § DESIDRATAÇÃO, HIPOVOLEMIA E DESEQUILÍBRIOS ELETROLÍTICOS: Mais significa>vo nas pessoas idosas e em distúrbios clínicos co-‐morbidos. Pode levar a arritmias cardíacas e choque. Aumenta a susce>bilidade de efeitos adversos em relação a anestesia geral. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 33 § DESIDRATAÇÃO, HIPOVOLEMIA E DESEQUILÍBRIOS ELETROLÍTICOS CONDUTA -‐ Avaliar o estado hidroeletrolíDco; -‐ Reidratar por via parenteral e oral -‐ Realizar balanço hídrico. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 34 § IDADE Envelhecimento: o idoso tem maior potencial para lesões; Capacidade Jsica diminuída de se adaptar ao estresse cirúrgico. -‐ o metabolismo diminuído propicia efeito cumula>vo dos medicamentos intoxicação e maior risco para complicações pos-‐anestésicas. Ex: confusão mental, desorientação e depressão respiratória. Criança (bebe): Maior dificuldade para manter a volemia, pequenas perdas sanguíneas já podem graves. É suscesvel a desidratação. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 35 § IDADECONDUTA -‐ Considerar o uso de doses menores; -‐ Prever problemas devido a distúrbios crônicos; -‐ Quando possível tomar providências para restabelecer padrões habituais como dormir e comer. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS DIABETES -‐ Hipoglicemia pode resultar do estado de dieta zero e da anestesia; -‐ A hiperglicemia crônica resulta em má cicatrização de feridas e susce>bilidade a infecção CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS AULER , 2004. FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS DIABETES CONDUTA -‐ Iden>ficar os sinais e sintomas de cetoacidose e de hipoglicemia que podem complicar o procedimento cirúrgico; -‐ Monitorizar a glicose sanguínea administrando insulina, caso prescrito, ou tratar hipoglicemia; -‐ Tranquilizar o paciente no sen>do de que quando a glicemia está controlada, o risco cirúrgico não é maior do que para os da pessoa não diabé>ca. Ò Alcoolismo: o alcoolismo crônico geralmente acarreta desnutrição. - - afeta os tecidos hematopoiéticos: resultante de deficiência nutricional; secundários às causas hepáticas; por ação direta do etanol e de seus metabólitos na medula óssea – promove anemia – carência de ácido fólico (anemia megaloblastica – na ingesta de bebidas destiladas que possuem baixo teor de folatos. A cerveja tem alto teor); carência de ferro (anemia ferropriva), hemorragia; - - promove queda da hemoglobina por: perda hemorrágica (gastrite e ulceras por ação direta do etanol e varizes esofágicas ); - a abstinência leva a sindrome da abstinência aguda (delírium tremens). 37 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 38 DOENÇA PULMONAR - Contribui para a hipoventilação levando a pneumonia e atelectasia; - A cirurgia pode estar contra indicada no paciente com infecção das vias respiratórias altas devido a possível avanço da infecção para pneumonia ou sepse. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS AULER , 2004. FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 39 DOENÇA PULMONAR CONDUTA - Problemas crônicos devem ser tratados por vários dias antes da cirurgia com broncodilatadores ou corticóides; - Deve-se suspender o fumo; - O uso de opiódes deve ser feito com cautela para prevenir a hipoventilação; - O oxigênio deve ser administrado com fluxo baixo para prevenir hipoxemia (administração com fluxo baixo na DPOC). - Abstinência do fumo é indicada 4 a 6 semanas antes da cirurgia e realização de exercícios respiratórios. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS AULER , 2004. FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS Ò FA R M AC OT E R A P I A C O N C O M I TA N T E O U P R É V I A - uso de corticoides: inibem a cicatrização de feridas. Têm um efeito inibidor sobre as células de defesa, provocando uma reação anti-inflamatória. São imunossupressores. - uso de anticoagulantes: afetam a coagulação: anticoagulantes, EX: aspirina, heparina, varfarina. - anticonvulsivantes: o uso prolongado de certos anticonvulsivantes pode alterar metabolismo dos agentes a n e s t é s i c o s ( e x : f e n o b a r b i t a l , f e n i t o í n a ) . - anti-hipertensivos: Podem interagir com anestésicos podendo provocar brad icard ia e h iper tensão. 40 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 40 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 41 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) -‐ Paciente com PAS > 170 mmHg e/ou PAD > 110mmHg: receber avaliação clínica e preparo farmacológico antes da cirurgia; -‐ Paciente com PAS até 169 mmHg e/ou PAD até 109 mmHg sem fatores de risco e com exames pré-‐operatórios normais podem ser anestesiados; -‐ Três medidas com equipamento adequado são necessárias para a confirmação da hipertensão. Após a medicação ansiolí>ca pré-‐ anestésica, realiza-‐se outra aferição que então poderá contra indicar o procedimento; -‐ Considerar que pacientes em terapia an>-‐hipertensiva apresentam resposta terapêu>ca somente 14 dias após o uso regular da medicação. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS AULER , 2004 FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS 42 ANTICOAGULANTE ORAL Suspender com 15 dias de antecedência, pois predispõem o paciente a distúrbios hemorrágicos durante o ato cirúrgico. Podem ser subs>tuídos por heparina, que tem um antagonista específico. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Fármacos que devem ser suspensos previamente ao ato anestésico: HIPOGLICEMIANTE ORAL Suspender com antecedência de oito a 12 horas. Devem ser suspensos para impedir que haja hipoglicemia durante o ato cirúrgico e conseqüente aumento do catabolismo protéico e lipídico. Fonte: Manual Teórico de Anestesdiologia para aluno de graduação Auler Jr e Miyochy 2004. FATORES DE RISCO CIRURGICOS E ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS Ø Tem como objetivo assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente, minimizando os fatores estressantes do perioperatório. Ø neste momento deve ser dado uma atenção especial as questões emocionais: condições afetadas com a internação, ansiedade e expectativas. Ø a internação para o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente podem ficar ansioso e cheio de temores. Ø o trabalho e a vida diária do paciente são momentaneamente paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submetido, tudo isso gera stress, insegurança, desassossego e medo. 43 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Pré operatório: Preparo psicológico AULER , 2004. Ø os estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode levar o pac ien te a ap resen ta r vômitos, náuseas, dor de c a b e ç a , l e v a n d o - o a complicação respiratórias, agitação e outros problemas. Ø para auxiliar o paciente a enfermagem deve ser calma, otimista, compreensiva, e saiba ouvir, confortar, desenvolver confiança. Ø muitas vezes o pacientetem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de não acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir dor durante a cirurgia. Ø quando necessário deve-se solicitar o auxilio de outros profissionais para atender o p a c i e n t e e m s u a s n e c e s s i d a d e s psicológicas. 44 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Pré operatório: Preparo psicológico AULER , 2004. Deve ser iniciada até mesmo antes da internação através do: diálogo, equipamentos audiovisuais, e demonstrações propiciando o feedback. Ø neste momento o cliente pode ser familiarizado com o ambiente e equipe cirúrgica (através de vídeo ou até mesmo uma visita ao centro cirúrgico). Ø a visita do enfermeiro do centro cirúrgico é muito positiva para diminuir a ansiedade, gera mais confiança e segurança. Ø a orientação deve ser realizada para o cliente e a família e deve abranger diagnostico, cirurgia proposta, prognóstico, exames complementares, preparo físico, anestesia, controle da dor, cuidados com próteses, guarda de objetos de valor. 45 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Pré operatório: Educação AULER , 2004. Ø Preparo físico: exercícios respiratórios, mobilidade, abstinência medicamentosa ou do fumo. Ø Realização de exames para auxilio de confirmação diagnóstica, planejamento cirúrgico, tratamento clínico, diminuindo sintomas, indicando medidas de precauções necessária para minimizar complicações; 46 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Pré operatório: Educação 47 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS - Apoio psicológico ao cliente e a família: Ø Estar atento as ansiedades, respondendo aos questionamentos; Ø Demonstrar segurança, resgatando as orientações pré-operatórias já trabalhadas; Ø -Aliviar medos, respeitar as crenças individuais. Abrange as 24 horas que antecedem a cirurgia. Tem como objetivo: preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: PRÉ OPERATÓRIO Imediato: Objetivo: evitar complicações como: vômito e aspiração de resíduos alimentares decorrente dos procedimentos e efeitos anestésicos. - a aspiração é um problema grave e tem uma elevada taxa de mortalidade. 48 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS - em muitos casos é indicado a instalação d e f l u i d o te r a p i a para assegurar um adequado volume de líquidos: leva-se em consideração a i d a d e , c o n d i ç ã o pulmonar e estado clínico. - Jejum: Ø normalmente estimado em 6 a 12 horas antes da cirurgia. Ø - este tempo pode ser definido levando-se em consideração as condições clinicas do cliente (ex: distúrbios no esvaziamento gástrico, obstrução intestinal...) PRÉ OPERATÓRIO Imediato: - Preparo do intestino: Está condicionado ao tipo de cirurgia. È realizada através de prescrição médica ou rotina escrita na instituição. Mais comumente usada em intervenções que envolvem o trato gastrintestinal. Objetivo: Diminuir o risco de eliminação do conteúdo intestinal durante a cirurgia, provocado pelo manuseio abdominal e uso de relaxantes musculares, e proporcionar maior conforto no pós- operatório (principalmente em clientes que estão a muitos dias sem evacuar), assim como para diminuir a flora bacteriana. - pode ser realizado através de: uso de laxantes e uso de manitol via oral (quando envolve a abertura do intestino); - lavagem intestinal (enema medicamentoso ou laxativo); a lavagem intestinal normalmente é realizada de 8 a 12 horas antes da cirurgia. 49 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS PRÉ OPERATÓRIO Imediato: Preparo do intestino: Ø o uso de manitol e laxantes inicia com mais antecedência (18 a 24 horas antes da cirurgia). Pode promover náuseas e vômito, além de distúrbios hidroelétrolíticos e baixa da PA. Ø Em cirurgias de intestino é comum a prescrição de lavagens até que seja eliminado líquido claro. Atentar a este procedimento pois pode levar a desequilíbrio hidroelétrolítico; 50 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS PRÉ OPERATÓRIO Imediato: Preparo de pele: Objetivo: Diminuir a flora bacteriana e o risco de infecção; facilitar o manuseio e visualização da área a ser trabalhada. - a limpeza da pele com um sabão contendo anti-séptico pode ser iniciada dias antes da cirurgia; - a tricotomia deve ser realizada,no máximo, 2 horas antes da cirurgia ou até mesmo dentro do Centro Cirúrgico (CC); - os pêlos só devem ser removido quando este for interferir na realização da cirurgia, sem que se lese a pele; 51 Inadequado não descartável Descartável Promove menos lesões Ideal; elétrico. Lâmina descartável CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS PRÉ OPERATÓRIO Imediato: Preparo de pele: - de preferência deve-se utilizar aparelho de tricotomia elétrico para evitar lesões. - ao utilizar laminas de barbear deve-se esticar a pele e fazer a raspagem no sentido do pêlo, utilizando um degermante. - na presença de pêlos longos, podá-los primeiramente para facilitar a raspagem. - após a tricotomia o cliente deve ser encaminhado ao banho (quando possível), e orientado para lavar vigorosamente a área operatória com anti- séptico degermante. Caso não tenha condições a degermação da área deve ser realizada pela enfermagem. - vestir a túnica limpa, com abertura para as costas. 52 Inadequado não descartável Descartável Promove menos lesões Ideal; elétrico. Lâmina descartável CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS PRÉ OPERATÓRIO Imediato: 53 - Esvaziamento vesical: Objetivo: Facilitar a manipulação do local cirúrgico, evitar acidentes, propiciar espaço para armazenamento da drenagem urinária durante o ato cirúrgico. - recomendado antes da administração do pré- anestésico; - em cirurgias em que seja necessário que a bexiga permaneça vazia, ou nas de longa duração, faz-se necessário passar sonda vesical de demora. Este procedimento normalmente é realizado no centro cirúrgico (CC). CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS PRÉ OPERATÓRIO Imediato: 54 -‐ Administração de medicação pré-anestésica: Objetivo: Reduzir ansiedade, secreções brônquicas, e espasmos da musculatura faríngea, facilitar a indução e a manutenção da anestesia e diminuindo a dosagem dos agentes anestésicos e produzir relaxamento muscular. - a medicação é prescrita pelo anestesista no momento da visita pré-anestésica (na maioria das vezes, em cirurgias programadas, acontece no dia anterior). - na noite anterior normalmente é prescrito um tranqüilizante. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS PRÉ OPERATÓRIO Imediato: 55 -‐ Administração de medicação pré-anestésica: - é administrado 45 a 60 min. antes da cirurgia; - Orientar esvaziamento vesical antes da administração. - deve ser verificado os sinais vitais antes e após a administração. - medicação via oral deve ser administrada com o mínimo de água; - neste momento o paciente deve estar deitado, protegido com grades elevadas na cama, o ambiente deve estar tranquilo e deve-se evitar no máximo possível o manuseio. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS PRÉ OPERATÓRIO Imediato: Tipos de pré-anestésicos: Benzodiazepinicos: ÒPromovem: amnésia intensa, ação ansiolítica (diminuem o metabolismo causando relaxamento muscular e sonolência); anticonvulsivante. Tem inicio rápido e duração curta, meia vida inferior a uma hora. Ex: diazepam (dienpax, valium), dormonid (midazolan), Lorazepam (Lorax) Ò Desvantagem: Gosto amargo, pode desencadear depressão respiratória quando em doses altas e podem diminuir a pressão arterial em pacientes sensíveis. Não são analgésicos e raramente podem causar náusea e vômito. Ò Dose: Midazolam: 0,05 a 0,1 mg/Kg IM; 0,02 a 0,1 mg/Kgt IV 0,3 a 0,75 mg/Kg oral. 56 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS Pode ser usado em sedação consciente: Termo empregado para descrever estados controlados de diminuição da consciência, onde haja 1. manutenção de reflexos protetores como deglutição e tosse; 2. respostas apropriadas pelo paciente a estímulos físicos e comandos verbais. 3. respiração espontânea; 57 Tipos de pré-anestésicos: Opióides: n São agonistas dos receptores opióides. Estes existem em neurônios de algumas zonas do cérebro, medula espinhal e nos sistemas neuronais do intestino. n Promovem sonolência e analgesia. - relaxa e potencializa a anestesia, reduzem de 10% a 20% a quantidade de anestésico necessário. - Utilizados em pacientes que apresentam dor antes da cirurgia. Ex: morfina (Dimorf) e meperidina (dolantina), Nalbufina (nubain), fentanil (tem um início de ação mais lento do que a morfina, e uma maior sobrevida (cerca de 72 horas). - Podem ser associados ao Midazolam se o paciente tiver dor. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 58 Tipos de pré-anestésicos: Opióides: n Desvantagens: - náuseas e vômito; prurido cutâneo e nasal. - depressão respiratória, supressão da tosse; - prolongam o sono pós-anestesia geral; - hipotensão postural, miose; - rigidez muscular, espasmo do ducto biliar e dos ureteres (não devem ser usados em cólicas biliares). - Dose: - Meperidina: 50 a 100mg IM,; 25 a 100 mg, dissolvidos em 10 ml de solução fisiológica ou glicosada IV; - Morfina: 8 a 12mg ( adm. via oral, subcutânea, IM ou IV- atravessa barreira placentaria). CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 59 AnDbioDcoprofilaxia em cirurgia § O uso de an>bió>cos para prevenir infecção do sí>o cirúrgico (ferida operatória e cavidade operada) tem sua indicação baseada no risco de infecção ou em sua gravidade. § A avaliação da possibilidade de infecção deve considerar os fatores de risco, entre os quais se sobressaem o potencial de contaminação da ferida operatória, as condições clínicas do paciente e a duração do procedimento. § Dessa forma, feridas contaminadas e infectadas, pacientes ASA III, IV ou V e cirurgias com duração longa incorrem em risco mais elevado. A associação desses fatores eleva ainda mais esse risco. § Com relação à gravidade da infecção, chama-‐se a atenção para situações em que o risco pode ser baixo, mas a gravidade de um eventual processo infeccioso é muito alta, como em algumas cirurgias com uso de próteses, por exemplo, em que a infecção implica muitas vezes a re>rada da prótese, e em alguns casos até amputações, como no caso de próteses vasculares. hip://www.amrigs.com.br/revista/48-‐02/s06.htm CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS REALIZANDO O CHECKLIST: 60 § No dia anterior a cirurgia ( observar rotina estabelecida na instituições): muitas instituições possuem um formulário próprio para esta verificação, e este já começa a ser preenchido no dia anterior a cirurgia: - Importante: reforçar as orientações pré-operatórias - estar atento a inseguranças, ansiedades, duvidas, medos = dar apoio psicológico. - organizar o prontuário: já deve estar organizado para a visita pré-anestésica. Checar a presença de exames laboratoriais recentes; radiológicos - principalmente o RX de tórax e eletrocardiograma. - conferir encaminhamento de solicitação de transfusão sanguínea (s/n); - conferir documento de consentimento formal para a cirurgia (cliente ou responsável); - orientar para a necessidade de uma dieta leve e do posterior jejum; - fazer preparo intestinal (quando indicado) e anotar resultado do procedimento; - encaminhar para o banho com anti-séptico; - oferecer material para retirada de esmalte (s/n); - proporcionar ambiente tranqüilo para o sono. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 § No dia da cirurgia: - conferir dieta zero; - orientar e ou fazer o preparo cutâneo (tricotomia s/n) e encaminhar ao banho; - incentivar a realização de higiene oral; - incentivar o esvaziamento vesical; - oferecer vestimenta adequada (camisola, touca); - providenciar acesso venoso quando indicado; - verificação de sinais vitais antes da administração do pré-anestésico; - providenciar retirada e guarda de próteses e objetos pessoais; - providenciar a administração de pré-anestésico; - propiciar ambiente tranqüilo e seguro para induzir o sono; 61 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 REALIZANDO O CHECKLIST: § No dia da cirurgia: - verificar alterações dos sinais vitais 20 a 30 min. após administração do pré-anestésico; - anotar resultado dos procedimentos realizados; - em alguns hospitais existe a rotina em que o funcionário do C.C. é quem faz a transferência do cliente, em outros é a enfermagem da clínica quem leva. - verificar se os cuidados prestados estão checados e anotados fazendo o checklist no prontuário. 62 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 REALIZANDO O CHECKLIST: 63 - acompanhar o maqueiro até o quarto para apresentação e identificação adequada; - auxiliar na passagem do cliente para maca pois o mesmo está sob o efeito do pré- anestésico; - fazer o transporte do cliente empurrando a maca pela cabeceira tendo cuidado para não fazer movimentos bruscos ou bater com a maca nas paredes do corredor; - comunicar intercorrências inesperadas ou alterações dos sinais vitais; CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 § No dia da cirurgia: dar apoio psicológico a família, esclarecendo duvidas e orientando s o b r e o s procedimentos; - preparar a unidade do cliente para recepção no pós-operatório; Ò Preparo da unidade do cliente para a recepção pós operatória: - fazer higienização de todo o ambiente e arrumar a cama de “operado”; ( deixar o sobre-lençol e cobertor enrolado em um lado cama; utilizar lençol móvel e impermeável no local correspondente a da área cirúrgica; disponibilizar toalhas de rosto e camisola. - disponibilizar: equipamentos para controle dos sinais vitais; cuba rim; suporte de soro; verificar funcionalidade de rede de vácuo e oxigênio; equipamentos para aspiração;equipamentos aliviadores de pressão; CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER & BARE, 2008 65 SOBECC- SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DO CENTRO CIRURGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO. Práticas recomendadas. 4 Ed. São Paulo. 2009. NETTINA, S. M. Pratica de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2007. AULER JUNIOR, J. O. C.; MIYOSHI, E.; LEITÃO, F. B. P.; BELLO, C. N. Manual teórico de anestesiologia para o aluno de graduação.São Paulo: Atheneu. 2004. CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS SMELTZER, S.C., BARE, B.G. Brunner e Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 Referências Bibliográficas Galvanese, Fernando – SCIH/CHMSA DISPONÍVEL EM http://www.apecih.org.br/ infecoes_sitio_sirurgico.ppt#256,1,INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO - ISC
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