Buscar

Direito processual penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Assuntos da Rodada 
DIREITO PROCESSUAL PENAL: Código de Processo Penal - com as alterações vigentes 
até a publicação do Edital - artigos 251 a 258; 261 a 267; 274; 351 a 372; 394 a 497; 531 
a 538; 541 a 548; 574 a 667 e Lei nº 9.099 de 26.09.1995 (artigos 60 a 83; 88 e 89). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rodada #1 
Direito Processual Penal 
 
Professor Pedro Ivo 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
2 
a. Teoria em Tópicos 
 
1. Considerações Iniciais: Caro combatente em busca da aprovação. Como deve ter 
percebido seu edital não é diretamente composto de temas, mas dos artigos do 
Código de Processo Penal. Para uma correta compreensão do assunto, preciso que 
tenham uma breve noção da aplicabilidade da lei processual e dos princípios. 
 
2. Assim, nossa primeira rodada tratará destes temas mais teóricos e nas seguintes 
analisaremos diretamente os dispositivos legais presentes no edital. Em suma, 
preciso que tenham uma base para a compreensão correta dos temas que estão 
por vir. 
 
3. Nesta primeira rodada, conforme exposto, apresentarei exercícios mais simples e 
apenas para revisão. O aprofundamento maior será nos temas exatos do seu 
edital. Vamos começar: 
 
4. O Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que torna possível a 
aplicação do Direito Penal objetivo, pelo Estado, no caso concreto. 
 
5. Sujeitos Processuais: são três os principais: Estado-Juiz, autor e réu. Daí afirmar-se o 
caráter triangular da relação processual. 
 
6. Fontes do Direito Penal: 
6.1. Materiais: a União e os Estados (quanto a este último, somente se houver 
delegação por lei complementar – CF/1988, art. 22, parágrafo único); 
6.2. Formais: 
6.2.1. Imediatas: a própria lei, lato sensu; 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
3 
6.2.2. Mediatas: 
6.2.2.1. Costumes: denominados no processo penal de “praxe forense”, 
podem ser secundum legem (conforme a lei) ou extra legem (além da lei – 
no sentido de suprir lacunas), nunca contra legem (contra a lei). 
6.2.2.2. Princípios gerais do direito; 
6.2.2.3. Analogia; 
6.2.2.4. Doutrina; 
6.2.3. Jurisprudência; 
 
6.3. Sistemas processuais penais: 
6.3.1. Sistema acusatório: caracteriza-se pela distinção absoluta entre as 
funções de defender, acusar e julgar. É o sistema adotado no Brasil. Tem 
como principais características a publicidade, a oralidade e o contraditório. 
6.3.2. Sistema inquisitivo: caracteriza-se pela concentração na mesma pessoa 
das atribuições de julgamento, defesa e acusação. Segue um rito sigiloso e 
sem contraditório. 
6.3.3. Sistema misto: há uma fase inicial inquisitiva, na qual ocorre a 
investigação preliminar. Posteriormente, se procede ao julgamento com 
todas as garantias atinentes ao processo acusatório. 
 
7. Cabe ressaltar que, embora não seja um tema pacífico, a doutrina majoritária 
entende que o inquérito policial, apesar de inquisitivo, não integra o processo penal 
propriamente dito e, portanto, não há que se falar em aplicabilidade do sistema 
misto no Brasil. 
 
8. Princípio da verdade real: cabe ao Judiciário, por meio da colheita de informações, 
atingir a verdade real e decidir através da livre apreciação das provas. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
4 
9. Na busca pela verdade real, a produção de provas, porque constitui garantia 
constitucional, pode ser determinada inclusive pelo juiz, de ofício, quando julgar 
necessário. 
 
10. Princípio da iniciativa das partes: o juiz não pode dar início ao processo de ofício, ou 
seja, sem a provocação da parte interessada. 
 
11. O CPP prevê expressamente o aludido princípio quando, por intermédio dos arts. 
24 e 30, dispõe que a ação penal pública deve ser promovida pelo Ministério 
Público, por meio da denúncia, e que a ação penal privada deve ser promovida pelo 
ofendido ou por aquele a quem caiba representá-lo, mediante queixa. 
 
12. Princípio do devido processo legal: ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal (CF/1988, art. 5º, LIV e LV). 
 
13. Princípio da vedação à utilização de provas ilícitas: as provas ilícitas, ou seja, 
obtidas em violação a normas constitucionais ou legais, são inadmissíveis, devendo 
ser desentranhadas do processo. 
 
14. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras (art. 157, § 1º). 
 
15. A doutrina e a jurisprudência atual admitem a utilização de provas ilícitas em favor 
do réu quando se tratar da única forma de absolvê-lo ou, então, para comprovar 
um fato importante à sua defesa. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
5 
16. Ainda sobre as provas, ensina a jurisprudência que o princípio da imediatidade ou 
da imediação é consubstanciado na colheita da prova oral direta, efetiva e 
concretamente realizada pelo juiz de primeiro grau, sem intermediários, para 
possibilitar que ele sinta o pulso de quem relata, capacitando-se para a motivação 
da sua decisão. 
 
17. Princípio da presunção de inocência: ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória (CF/1988, art. 5º, LVII). 
 
18. Princípio da publicidade: é uma garantia para o indivíduo, decorrente do próprio 
princípio democrático que visa dar transparência aos atos praticados durante a 
persecução penal, de modo a permitir o controle e a fiscalização, evitando, assim, 
os abusos. Comporta exceções e, portanto, no processo penal, recebe a 
denominação de publicidade restrita (arts. 201, § 6º, 485, § 2º etc.). 
 
19. A publicidade subdivide-se em: 
19.1. a) Geral, plena ou popular: os atos podem ser assistidos por qualquer pessoa, 
não havendo qualquer limitação; 
19.2. b) Especial, restrita ou das partes: os atos só podem ser assistidos por 
algumas pessoas, geralmente as partes do processo ou quem, de alguma 
forma, tenha interesse justificado em relação ao objeto. 
 
20. A restrição da publicidade encontra fundamento no art. 5º, LX, da CF/1988 (“a lei só 
poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem”) e no art. 93, IX, da CF/1988 (“todos os 
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas 
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
6 
casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não 
prejudique o interesse público à informação”). 
 
21. Princípio do duplo grau de jurisdição: visa assegurar ao litigante vencido, total ou 
parcialmente, o direito de submeter a matéria decidida a uma nova apreciação 
jurisdicional, no mesmo processo, desde que atendidos determinados 
pressupostos específicos previstos em lei. 
 
22. Princípio da imparcialidade do juiz: a atuação do juiz deve ser completamente 
imparcial, ou seja, desprovida de qualquer interesse pessoal. Há determinadas 
situações em que a lei presume parcialidade do magistrado e exige que este se 
afaste da causa (art. 252 e 254). São os casos de impedimentos (incapacidade 
objetiva do juiz) e suspeição (incapacidade subjetiva do juiz), que devem ser 
reconhecidos ex officio pelo magistrado. 
 
23. Princípio do contraditório: garante que as partes tenham conhecimento de todos 
os atos do processo, possibilitando manifestações e produçõesde provas (CF/1988, 
art. 5º, LV). 
 
24. Princípio da ampla defesa: o Estado tem o dever de proporcionar ao acusado a 
mais ampla defesa (CF/1988, art. 5º, LV). Deste princípio decorre o dever de prestar 
assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados (CF/1988, art. 5º, LXXIV). 
 
25. Princípio do juiz natural: estabelece que ninguém será sentenciado senão pela 
autoridade competente, representando a garantia de um órgão julgador técnico e 
isento, com competência estabelecida na própria Constituição e nas leis de 
organização judiciária de cada Estado (CF/1988, art. 5º, LIII). Decorre desse princípio 
a proibição de criação de juízos ou tribunais de exceção. (CF/1988, art. 5º, XXXVII). 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
7 
 
26. Princípio do promotor natural: consagra a independência do órgão de acusação 
pública (CF/1988, art. 5º, LIII). Representa, ainda, uma garantia de ordem individual, 
já que limita a possibilidade de persecuções criminais pré-determinadas ou a 
escolha de promotores específicos para a atuação em certas ações penais. 
 
27. Princípio da oficialidade: a pretensão punitiva do Estado deve se fazer valer por 
órgãos públicos (CF/1988, arts. 129, I, e 144, § 4º). 
 
28. Princípio da oficiosidade: a autoridade policial e o Ministério Público, tomando 
conhecimento da possível ocorrência de um delito, deverão agir ex officio (daí o 
nome princípio da oficiosidade), não aguardando qualquer provocação (art. 5º, §§ 
4º, 5º e 24). Tal situação é excepcionada nos casos de ação penal privada. 
 
29. Princípio da indisponibilidade: proíbe a paralisação injustificada da investigação 
policial ou seu arquivamento pela autoridade policial. Também não permite que o 
Ministério Público desista da ação nem do recurso interposto (art. 42 e 576). 
 
30. Como garantia do aludido princípio, a lei processual penal traz diversos 
dispositivos como, por exemplo, a determinação dos prazos para a conclusão do 
inquérito policial (art. 10) e, ainda, a proibição da autoridade policial de formular 
pedido de arquivamento (art. 17). 
 
31. Princípio do “in dúbio pro reo” ou “favor rei”: baseia-se na predominância do direito 
de liberdade do acusado quando colocado em confronto com o direito de punir do 
Estado, ou seja, na dúvida, sempre prevalece o interesse do réu. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
8 
32. Lei processual penal no tempo e no espaço: a norma processual penal possui uma 
eficácia (aptidão para produzir efeitos) que não é absoluta, encontrando limitação 
em determinados fatores, tais como: 
32.1. Fatores de Ordem Espacial  Impõem à norma a produção de seus efeitos 
em determinados lugares e não em outros. 
32.2. Fatores de Ordem Temporal  Impõem à norma a produção de seus efeitos 
em determinados períodos de tempo. 
 
33. Atividade: período situado entre a entrada em vigor e a revogação de uma lei 
durante o qual ela está produzindo efeitos. 
 
34. Extratividade: é a incidência de uma lei fora do seu período de vigência. Se atinge 
atos anteriores à sua entrada em vigor, atribui-se o nome retroatividade. 
Diferentemente, caso produza efeitos após sua revogação, dá-se o nome de 
ultratividade. 
 
35. Norma processual: trata de aspectos relacionados ao procedimento ou à forma 
dos atos processuais. Não comporta retroação. 
 
36. Norma material: é aquela que visa assegurar direitos ou garantias. Retroage em 
benefício do réu. 
 
37. Lei processual penal no espaço: o CPP adota o princípio da territorialidade, segundo 
o qual a lei processual penal aplica-se a todas as infrações cometidas em território 
brasileiro (art. 1º). Exceções: 
37.1. a) os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
37.2. b) as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros 
de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
9 
ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade 
(CF/1988, arts. 86, 89, § 2º, e 100); 
37.3. c) os processos da competência da Justiça Militar. 
 
38. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado 
(CP, art. 6º). 
 
39. Lei processual penal no tempo: a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem 
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior (art. 2º). 
 
40. O legislador adotou o princípio da aplicação imediata das normas processuais, 
adotando aos fatos a lei que estiver em vigor no dia em que eles foram praticados 
(tempus regit actum). A adoção deste princípio ocasiona as seguintes consequências: 
40.1. a) Os atos processuais praticados no período de vigência da lei revogada não 
estarão invalidados em virtude do advento de nova lei, ainda que importe esta 
em benefício ao acusado; 
40.2. b) A nova norma processual terá aplicação imediata, não importando, 
absolutamente, se o fato objeto do processo criminal foi praticado antes ou 
depois de sua vigência. 
 
41. Interpretação e integração da lei processual penal: a lei processual penal admitirá 
interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos 
princípios gerais de direito (art. 3º). 
 
42. Interpretação extensiva: ocorre quando o intérprete percebe que a letra escrita da 
lei ficou aquém de sua vontade, ou seja, a lei disse menos do que queria e a 
interpretação vai ampliar seu significado. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
10 
 
43. Aplicação analógica: a analogia consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em 
lei a disposição relativa a um caso semelhante. 
 
44. Suplemento dos princípios gerais do direito: são regras que se encontram na 
consciência dos povos e são universalmente aceitas, mesmo que não escritas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
11 
b. Mapas Mentais 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
12 
c. Revisão 01 
 
QUESTÃO 01 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-SE – 2015 
A lei processual penal, 
a) não admite aplicação analógica, salvo para beneficiar o réu. 
b) não admite aplicação analógica, mas admite interpretação extensiva. 
c) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência. 
d) admite o suplemento dos princípios gerais de direito. 
e) admite interpretação extensiva, mas não o suplemento dos princípios gerais de 
direito. 
 
QUESTÃO 02 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-RR – 2015 
A lei processual penal brasileira 
a) admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
b) aplica-se desde logo, em prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
c) retroage no tempo para obrigar a refeitura dos atos processuais, caso seja mais 
benéfica ao réu. 
d) não admite definição de prazo de vacatio legis. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
13 
e) será aplicada nos atos processuais praticados em outro território que não o 
brasileiro, em casos de extraterritorialidade da lei penal. 
 
QUESTÃO 03 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-AP – 2014 
Em relação à aplicação da lei processual penal no tempo, é correto afirmar: 
a) Aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência 
da lei anterior. 
b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos 
anteriores, ainda que decididos por sentençacondenatória transitada em julgado. 
c) O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, pelo Código de Processo 
Penal (Decreto- Lei nº 3.689/1941). 
d) A lei processual penal excepcional ou temporária, embora decorrido o período de 
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica- se ao processo 
iniciado durante sua vigência. 
e) A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
QUESTÃO 04 - ADAPTADA – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS – TJ-PE – 2013 
Sobre a aplicação da lei processual penal e a interpretação no processo penal, é 
INCORRETO afirmar: 
a) A legislação brasileira segue o princípio da territorialidade para a aplicação das 
normas processuais penais. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
14 
b) O princípio da territorialidade na aplicação da lei processual penal brasileira pode 
ser ressalvado por tratados, convenções e regras de direito internacional. 
c) A lei processual penal aplica-se desde logo, sem prejuízo da validade dos atos 
realizados sob a vigência da lei anterior. 
d) A norma processual penal mista constitui exceção à regra da irretroatividade da lei 
processual penal. 
e) No processo penal, assim como no direito penal, é sempre admitida a interpretação 
extensiva e aplicação analógica das normas. 
 
QUESTÃO 05 - ADAPTADA– TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA –TJ-RJ – 2012 
A lei processual penal 
a) é retroativa. 
b) não admite interpretação extensiva. 
c) tem aplicação imediata, prejudicada a validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
d) admite aplicação analógica. 
e) tem aplicação apenas no Estado em que editada. 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
15 
d. Revisão 02 
 
QUESTÃO 06 - ADAPTADA – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJ-PE - 2012 
A respeito da lei processual penal no tempo, considere: 
I. A lei processual nova não prejudicará, em regra, a validade dos atos praticados sob a 
vigência da lei anterior. 
II. A lei processual nova não se aplicará aos processos em andamento, mas apenas aos 
que se iniciarem durante a sua vigência. 
III. A lei processual entra em vigor da data da sua publicação se nela não houver 
disposição em contrário. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) III. 
 
QUESTÃO 07 - ADAPTADA – JUIZ – TJ-MS – 2011 
A lei processual penal 
a) tem aplicação imediata apenas nos processos ainda não instruídos. 
b) tem aplicação imediata apenas se beneficiar o acusado. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
16 
c) é de aplicação imediata, sem prejuízo de validade dos atos já realizados. 
d) vigora desde logo e sempre tem efeito retroativo. 
e) é aplicável apenas aos fatos ocorridos após a sua vigência. 
 
QUESTÃO 08 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-PA – 2009 
A nova lei processual penal 
a) é de incidência imediata, pouco importando a fase em que esteja o processo. 
b) não é aplicável aos processos, ainda em curso, iniciados na vigência da lei 
processual anterior. 
c) não é aplicável aos processos de rito ordinário, ainda em andamento, quando de 
sua vigência. 
d) é aplicável, inclusive, aos processos já findos. 
e) é aplicável somente aos processos, ainda em curso, da competência do Tribunal do 
Júri. 
 
QUESTÃO 09 - ADAPTADA – PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-CE – 2009 
Quanto à eficácia temporal, a lei processual penal 
a) aplica-se somente aos fatos criminosos ocorridos após a sua vigência. 
b) vigora desde logo, tendo sempre efeito retroativo. 
c) tem aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos já realizados. 
d) tem aplicação imediata nos processos ainda não instruídos. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
17 
e) não terá aplicação imediata, salvo se para beneficiar o acusado. 
 
QUESTÃO 10 – ADAPTADA - PROCURADOR – TCE-AL – 2014 
Em relação à lei processual penal no tempo, em caso de lei nova, a regra geral consiste 
na sua aplicação 
a) imediata, independentemente da fase em que o processo em andamento se 
encontre. 
b) imediata, somente em relação aos processos que se encontrem na fase instrutória. 
c) somente a processos futuros, ainda que por fatos anteriores. 
d) somente a processos futuros e sobre fatos posteriores. 
e) imediata ou a processos futuros conforme decisão fundamentada do juiz em cada 
caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
18 
e. Revisão 03 
 
QUESTÃO 11 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 
Constituição da República, artigo 5º, inciso XLV: “nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de 
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido”. 
O dispositivo constitucional ora transcrito refere-se a um dos princípios denominado 
a) Princípio da correlação. 
b) Princípio da intranscendência. 
c) Princípio do privilégio contra a autoincriminação 
d) Princípio da oficiosidade ou do impulso oficial. 
e) Princípio do devido processo legal. 
 
QUESTÃO 12 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 
O princípio que rege a atividade probatória – o qual consiste em exigir que o juiz tenha 
contato direto com as provas de que se valerá para decidir, sendo, em regra, inválida a 
prova produzida sem a presença do magistrado – é denominado 
a) Princípio da identidade física do juiz 
b) Princípio da comunhão dos meios de prova 
c) Princípio da concentração 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
19 
d) Princípio da imediação ou imediatidade 
e) Princípio da investigação. 
 
QUESTÃO 13 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE – 2015 
No que diz respeito às disposições constitucionais aplicáveis ao processo penal, é 
correto afirmar que 
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime impropriamente militar, definidos em lei. 
b) a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem. 
c) não será admitida ação privada nos crimes de ação penal pública 
d) ninguém será considerado culpado até a publicação de sentença penal 
condenatória. 
e) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial, salvo as hipóteses em que a identificação colocar em risco a 
atividade policial. 
 
QUESTÃO 14 - CONSULPLAN - TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS - TJ-MG - 2015 
Quanto aos princípios constitucionais explícitos do processo penal, é INCORRETO 
afirmar: 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
20 
a) Nas infrações que deixam vestígios, a confissão não supre a ausência de exame de 
corpo de delito, já que a pessoa não é obrigada a se autoacusar. 
b) Em atendimento ao princípio da igualdade das partes, a revisão criminal pode ser 
ajuizada tanto pelo Ministério Público quanto pelo réu. 
c) A letra e firma dos documentos particulares serão submetidos a exame pericial, 
quando contestada a sua autenticidade. 
d) Segundo o princípio da economia processual, quando houver nulidade, por 
incompetência do juízo, somente os atos decisórios serão refeitos, mantendo-se os 
instrutórios. 
 
QUESTÃO 15 - ADAPTADA - AGENTE-SAPEJUS-GO - 2015 
Assinale a alternativa que apresenta um dispositivo que não se encontra expresso na 
Constituição Federal de 1988. 
a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguémnela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. 
b) São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. 
c) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se essa não for intentada no 
prazo legal. 
d) Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes. 
e) Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
21 
f. Normas comentadas 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
DO PROCESSO EM GERAL 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, 
ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de 
Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do 
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, 
§ 2o, e 100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. 
IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos 
atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
(O legislador pátrio, ao dar ao artigo 2º do Código de Processo Penal a seguinte redação: “A 
lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
22 
sob a vigência da lei anterior”, adotou o princípio da imediatidade ou da aplicação 
imediata das normas processuais. 
Assim, pode-se concluir que, de igual forma, foi adotado o “sistema de isolamento dos atos 
processuais”, de modo que, além de os atos processuais serem regulados pela lei que 
vigorar no dia em que forem praticados (tempus regit actum), não haverá retroação quanto 
aos atos anteriores, pois estes permanecem válidos.) 
Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, 
bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
(O que se procura com a interpretação é o conteúdo da lei, é a inteligência e a vontade da 
lei, não a intenção do legislador. Este é pessoa imaginária, cuja vontade dificilmente se 
chega a saber que coisa é, até porque o legislador é na maioria dos casos, órgão coletivo, 
em que cada componente, como pessoa física, tem vontade própria e possivelmente diversa 
dos demais.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
23 
g. Gabarito 
 
1 2 3 4 5 
D A A E D 
6 7 8 9 10 
A C A C A 
11 12 13 14 15 
B D B B E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
24 
h. Breves comentários às questões 
 
QUESTÃO 01 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-SE – 2015 
A lei processual penal, 
a) não admite aplicação analógica, salvo para beneficiar o réu. 
b) não admite aplicação analógica, mas admite interpretação extensiva. 
c) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência. 
d) admite o suplemento dos princípios gerais de direito. 
e) admite interpretação extensiva, mas não o suplemento dos princípios gerais de 
direito. 
Nos termos do art. 3º, do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e 
aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
QUESTÃO 02 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-RR – 2015 
A lei processual penal brasileira 
a) admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
b) aplica-se desde logo, em prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
c) retroage no tempo para obrigar a prefeitura dos atos processuais, caso seja mais 
benéfica ao réu. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
25 
d) não admite definição de prazo de vacatio legis. 
e) será aplicada nos atos processuais praticados em outro território que não o 
brasileiro, em casos de extraterritorialidade da lei penal. 
Nos termos do art. 3º, do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e 
aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
QUESTÃO 03 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-AP – 2014 
Em relação à aplicação da lei processual penal no tempo, é correto afirmar: 
a) Aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência 
da lei anterior. 
b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos 
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
c) O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, pelo Código de Processo 
Penal (Decreto- Lei nº 3.689/1941). 
d) A lei processual penal excepcional ou temporária, embora decorrido o período de 
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica- se ao processo 
iniciado durante sua vigência. 
e) A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
Nos termos do art. 2º, do CPP, A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo 
da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
26 
QUESTÃO 04 - ADAPTADA – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS – TJ-PE – 2013 
Sobre a aplicação da lei processual penal e a interpretação no processo penal, é 
INCORRETO afirmar: 
a) A legislação brasileira segue o princípio da territorialidade para a aplicação das 
normas processuais penais. 
b) O princípio da territorialidade na aplicação da lei processual penal brasileira pode 
ser ressalvado por tratados, convenções e regras de direito internacional. 
c) A lei processual penal aplica-se desde logo, sem prejuízo da validade dos atos 
realizados sob a vigência da lei anterior. 
d) A norma processual penal mista constitui exceção à regra da irretroatividade da lei 
processual penal. 
e) No processo penal, assim como no direito penal, é sempre admitida a interpretação 
extensiva e aplicação analógica das normas. 
A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o 
suplemento dos princípios gerais de direito. Em direito penal não há essa previsão legal. 
 
QUESTÃO 05 - ADAPTADA– TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA –TJ-RJ – 2012 
A lei processual penal 
a) é retroativa. 
b) não admite interpretação extensiva. 
c) tem aplicação imediata, prejudicada a validade dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
27 
d) admite aplicação analógica. 
e) tem aplicação apenas no Estado em que editada. 
Nos termos do art. 3º, do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e 
aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
QUESTÃO 06 - ADAPTADA – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJ-PE - 2012 
A respeito da lei processual penal no tempo, considere: 
I. A lei processual nova não prejudicará, em regra, a validade dos atos praticados sob a 
vigência da lei anterior. 
II. A lei processual nova não se aplicará aos processos em andamento, mas apenas aos 
quese iniciarem durante a sua vigência. 
III. A lei processual entra em vigor da data da sua publicação se nela não houver 
disposição em contrário. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) III. 
Assertiva I - Segundo o art. 2º do Código de Processo Penal: A lei processual penal aplicar-
se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
28 
Assertiva II - Segundo o princípio da vigência imediata das leis processuais penais, deve ser 
aplicada a nova lei aos processos em andamento. 
Assertiva III - Segundo a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, em seu art. 45, a 
Lei processual entrará em vigor 45 dias após a sua publicação, exceto se houver menção 
dispositiva contrária. 
 
QUESTÃO 07 - ADAPTADA – JUIZ – TJ-MS – 2011 
A lei processual penal 
a) tem aplicação imediata apenas nos processos ainda não instruídos. 
b) tem aplicação imediata apenas se beneficiar o acusado. 
c) é de aplicação imediata, sem prejuízo de validade dos atos já realizados. 
d) vigora desde logo e sempre tem efeito retroativo. 
e) é aplicável apenas aos fatos ocorridos após a sua vigência. 
A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior. 
 
QUESTÃO 08 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-PA – 2009 
A nova lei processual penal 
a) é de incidência imediata, pouco importando a fase em que esteja o processo. 
b) não é aplicável aos processos, ainda em curso, iniciados na vigência da lei 
processual anterior. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
29 
c) não é aplicável aos processos de rito ordinário, ainda em andamento, quando de 
sua vigência. 
d) é aplicável, inclusive, aos processos já findos. 
e) é aplicável somente aos processos, ainda em curso, da competência do Tribunal do 
Júri. 
A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior. 
 
QUESTÃO 09 - ADAPTADA – PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-CE – 2009 
Quanto à eficácia temporal, a lei processual penal 
a) aplica-se somente aos fatos criminosos ocorridos após a sua vigência. 
b) vigora desde logo, tendo sempre efeito retroativo. 
c) tem aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos já realizados. 
d) tem aplicação imediata nos processos ainda não instruídos. 
e) não terá aplicação imediata, salvo se para beneficiar o acusado. 
A lei processual penal quando inserida no ordenamento jurídico tem aplicação imediata, 
atingindo inclusive os processos que já estão em curso, pouco importando se traz ou não 
situação gravosa ao imputado, em virtude do princípio do efeito imediato ou da aplicação 
imediata. Os atos anteriores já praticados continuam válidos. 
 
QUESTÃO 10 – ADAPTADA - PROCURADOR – TCE-AL – 2014 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
30 
Em relação à lei processual penal no tempo, em caso de lei nova, a regra geral consiste 
na sua aplicação 
a) imediata, independentemente da fase em que o processo em andamento se 
encontre. 
b) imediata, somente em relação aos processos que se encontrem na fase instrutória. 
c) somente a processos futuros, ainda que por fatos anteriores. 
d) somente a processos futuros e sobre fatos posteriores. 
e) imediata ou a processos futuros conforme decisão fundamentada do juiz em cada 
caso. 
A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior. (Art. 2º, do CPP). 
 
QUESTÃO 11 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 
Constituição da República, artigo 5º, inciso XLV: “nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de 
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido”. 
O dispositivo constitucional ora transcrito refere-se a um dos princípios denominado 
a) Princípio da correlação. 
b) Princípio da intranscendência. 
c) Princípio do privilégio contra a autoincriminação 
d) Princípio da oficiosidade ou do impulso oficial. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
31 
e) Princípio do devido processo legal. 
O princípio da intranscendência ou responsabilidade pessoal figura na Constituição 
Federal, que dispõe que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidos aos sucessores e contra eles executados, até o limite do valor do patrimônio 
transferido. 
 
QUESTÃO 12 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 
O princípio que rege a atividade probatória – o qual consiste em exigir que o juiz tenha 
contato direto com as provas de que se valerá para decidir, sendo, em regra, inválida a 
prova produzida sem a presença do magistrado – é denominado 
a) Princípio da identidade física do juiz 
b) Princípio da comunhão dos meios de prova 
c) Princípio da concentração 
d) Princípio da imediação ou imediatidade 
e) Princípio da investigação. 
Ensina a jurisprudência que o princípio da imediatidade ou da imediação é 
consubstanciado na colheita da prova oral direta, efetiva e concretamente realizada pelo 
juiz de primeiro grau, sem intermediários, para possibilitar que ele sinta o pulso de quem 
relata, capacitando-se para a motivação da sua decisão. 
 
QUESTÃO 13 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE – 2015 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
32 
No que diz respeito às disposições constitucionais aplicáveis ao processo penal, é 
correto afirmar que 
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime impropriamente militar, definidos em lei. 
b) a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem. 
c) não será admitida ação privada nos crimes de ação penal pública 
d) ninguém será considerado culpado até a publicação de sentença penal 
condenatória. 
e) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial, salvo as hipóteses em que a identificação colocar em risco a 
atividade policial. 
Questão que exige do candidato o conhecimento do art. 5º, da CF/88. Vamos analisar: 
Alternativa "A" - Art. 5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
Alternativa "B" - Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
Alternativa "C" - Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado 
de sentença penal condenatória; 
Alternativa "D" - Art. 5º, LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua 
prisão ou por seu interrogatório policial; 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
33 
Alternativa "E" - Art. 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta 
não for intentada no prazo legal; 
 
QUESTÃO 14 - CONSULPLAN - TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS - TJ-MG - 2015 
Quanto aos princípios constitucionais explícitos do processo penal, é INCORRETO 
afirmar: 
a) Nas infrações que deixam vestígios, a confissão não supre a ausência de exame de 
corpo de delito, já que a pessoa não é obrigada a se autoacusar. 
b) Em atendimentoao princípio da igualdade das partes, a revisão criminal pode ser 
ajuizada tanto pelo Ministério Público quanto pelo réu. 
c) A letra e firma dos documentos particulares serão submetidos a exame pericial, 
quando contestada a sua autenticidade. 
d) Segundo o princípio da economia processual, quando houver nulidade, por 
incompetência do juízo, somente os atos decisórios serão refeitos, mantendo-se os 
instrutórios. 
O Processo Penal confere uma gama maior de "direitos" ao réu. Isto não fere o princípio da 
igualdade entre as partes. 
No caso em tela a alternativa "B" é a única incorreta, pois afronta o art. 623 do CPP que 
dispõe que a revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente 
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
 
QUESTÃO 15 - ADAPTADA - AGENTE-SAPEJUS-GO - 2015 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
 
 
 
34 
Assinale a alternativa que apresenta um dispositivo que não se encontra expresso na 
Constituição Federal de 1988. 
a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. 
b) São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. 
c) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se essa não for intentada no 
prazo legal. 
d) Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes. 
e) Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. 
O princípio Nemo tenetur se detegere não está expresso na Constituição Federal. 
As demais alternativas estão presentes n art. 5º, incisos: XI, LVI, LIX e LV.

Outros materiais