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Assuntos da Rodada DIREITO PROCESSUAL PENAL: Código de Processo Penal - com as alterações vigentes até a publicação do Edital - artigos 251 a 258; 261 a 267; 274; 351 a 372; 394 a 497; 531 a 538; 541 a 548; 574 a 667 e Lei nº 9.099 de 26.09.1995 (artigos 60 a 83; 88 e 89). Rodada #1 Direito Processual Penal Professor Pedro Ivo DIREITO PROCESSUAL PENAL 2 a. Teoria em Tópicos 1. Considerações Iniciais: Caro combatente em busca da aprovação. Como deve ter percebido seu edital não é diretamente composto de temas, mas dos artigos do Código de Processo Penal. Para uma correta compreensão do assunto, preciso que tenham uma breve noção da aplicabilidade da lei processual e dos princípios. 2. Assim, nossa primeira rodada tratará destes temas mais teóricos e nas seguintes analisaremos diretamente os dispositivos legais presentes no edital. Em suma, preciso que tenham uma base para a compreensão correta dos temas que estão por vir. 3. Nesta primeira rodada, conforme exposto, apresentarei exercícios mais simples e apenas para revisão. O aprofundamento maior será nos temas exatos do seu edital. Vamos começar: 4. O Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que torna possível a aplicação do Direito Penal objetivo, pelo Estado, no caso concreto. 5. Sujeitos Processuais: são três os principais: Estado-Juiz, autor e réu. Daí afirmar-se o caráter triangular da relação processual. 6. Fontes do Direito Penal: 6.1. Materiais: a União e os Estados (quanto a este último, somente se houver delegação por lei complementar – CF/1988, art. 22, parágrafo único); 6.2. Formais: 6.2.1. Imediatas: a própria lei, lato sensu; DIREITO PROCESSUAL PENAL 3 6.2.2. Mediatas: 6.2.2.1. Costumes: denominados no processo penal de “praxe forense”, podem ser secundum legem (conforme a lei) ou extra legem (além da lei – no sentido de suprir lacunas), nunca contra legem (contra a lei). 6.2.2.2. Princípios gerais do direito; 6.2.2.3. Analogia; 6.2.2.4. Doutrina; 6.2.3. Jurisprudência; 6.3. Sistemas processuais penais: 6.3.1. Sistema acusatório: caracteriza-se pela distinção absoluta entre as funções de defender, acusar e julgar. É o sistema adotado no Brasil. Tem como principais características a publicidade, a oralidade e o contraditório. 6.3.2. Sistema inquisitivo: caracteriza-se pela concentração na mesma pessoa das atribuições de julgamento, defesa e acusação. Segue um rito sigiloso e sem contraditório. 6.3.3. Sistema misto: há uma fase inicial inquisitiva, na qual ocorre a investigação preliminar. Posteriormente, se procede ao julgamento com todas as garantias atinentes ao processo acusatório. 7. Cabe ressaltar que, embora não seja um tema pacífico, a doutrina majoritária entende que o inquérito policial, apesar de inquisitivo, não integra o processo penal propriamente dito e, portanto, não há que se falar em aplicabilidade do sistema misto no Brasil. 8. Princípio da verdade real: cabe ao Judiciário, por meio da colheita de informações, atingir a verdade real e decidir através da livre apreciação das provas. DIREITO PROCESSUAL PENAL 4 9. Na busca pela verdade real, a produção de provas, porque constitui garantia constitucional, pode ser determinada inclusive pelo juiz, de ofício, quando julgar necessário. 10. Princípio da iniciativa das partes: o juiz não pode dar início ao processo de ofício, ou seja, sem a provocação da parte interessada. 11. O CPP prevê expressamente o aludido princípio quando, por intermédio dos arts. 24 e 30, dispõe que a ação penal pública deve ser promovida pelo Ministério Público, por meio da denúncia, e que a ação penal privada deve ser promovida pelo ofendido ou por aquele a quem caiba representá-lo, mediante queixa. 12. Princípio do devido processo legal: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal (CF/1988, art. 5º, LIV e LV). 13. Princípio da vedação à utilização de provas ilícitas: as provas ilícitas, ou seja, obtidas em violação a normas constitucionais ou legais, são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo. 14. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras (art. 157, § 1º). 15. A doutrina e a jurisprudência atual admitem a utilização de provas ilícitas em favor do réu quando se tratar da única forma de absolvê-lo ou, então, para comprovar um fato importante à sua defesa. DIREITO PROCESSUAL PENAL 5 16. Ainda sobre as provas, ensina a jurisprudência que o princípio da imediatidade ou da imediação é consubstanciado na colheita da prova oral direta, efetiva e concretamente realizada pelo juiz de primeiro grau, sem intermediários, para possibilitar que ele sinta o pulso de quem relata, capacitando-se para a motivação da sua decisão. 17. Princípio da presunção de inocência: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (CF/1988, art. 5º, LVII). 18. Princípio da publicidade: é uma garantia para o indivíduo, decorrente do próprio princípio democrático que visa dar transparência aos atos praticados durante a persecução penal, de modo a permitir o controle e a fiscalização, evitando, assim, os abusos. Comporta exceções e, portanto, no processo penal, recebe a denominação de publicidade restrita (arts. 201, § 6º, 485, § 2º etc.). 19. A publicidade subdivide-se em: 19.1. a) Geral, plena ou popular: os atos podem ser assistidos por qualquer pessoa, não havendo qualquer limitação; 19.2. b) Especial, restrita ou das partes: os atos só podem ser assistidos por algumas pessoas, geralmente as partes do processo ou quem, de alguma forma, tenha interesse justificado em relação ao objeto. 20. A restrição da publicidade encontra fundamento no art. 5º, LX, da CF/1988 (“a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”) e no art. 93, IX, da CF/1988 (“todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em DIREITO PROCESSUAL PENAL 6 casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”). 21. Princípio do duplo grau de jurisdição: visa assegurar ao litigante vencido, total ou parcialmente, o direito de submeter a matéria decidida a uma nova apreciação jurisdicional, no mesmo processo, desde que atendidos determinados pressupostos específicos previstos em lei. 22. Princípio da imparcialidade do juiz: a atuação do juiz deve ser completamente imparcial, ou seja, desprovida de qualquer interesse pessoal. Há determinadas situações em que a lei presume parcialidade do magistrado e exige que este se afaste da causa (art. 252 e 254). São os casos de impedimentos (incapacidade objetiva do juiz) e suspeição (incapacidade subjetiva do juiz), que devem ser reconhecidos ex officio pelo magistrado. 23. Princípio do contraditório: garante que as partes tenham conhecimento de todos os atos do processo, possibilitando manifestações e produçõesde provas (CF/1988, art. 5º, LV). 24. Princípio da ampla defesa: o Estado tem o dever de proporcionar ao acusado a mais ampla defesa (CF/1988, art. 5º, LV). Deste princípio decorre o dever de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados (CF/1988, art. 5º, LXXIV). 25. Princípio do juiz natural: estabelece que ninguém será sentenciado senão pela autoridade competente, representando a garantia de um órgão julgador técnico e isento, com competência estabelecida na própria Constituição e nas leis de organização judiciária de cada Estado (CF/1988, art. 5º, LIII). Decorre desse princípio a proibição de criação de juízos ou tribunais de exceção. (CF/1988, art. 5º, XXXVII). DIREITO PROCESSUAL PENAL 7 26. Princípio do promotor natural: consagra a independência do órgão de acusação pública (CF/1988, art. 5º, LIII). Representa, ainda, uma garantia de ordem individual, já que limita a possibilidade de persecuções criminais pré-determinadas ou a escolha de promotores específicos para a atuação em certas ações penais. 27. Princípio da oficialidade: a pretensão punitiva do Estado deve se fazer valer por órgãos públicos (CF/1988, arts. 129, I, e 144, § 4º). 28. Princípio da oficiosidade: a autoridade policial e o Ministério Público, tomando conhecimento da possível ocorrência de um delito, deverão agir ex officio (daí o nome princípio da oficiosidade), não aguardando qualquer provocação (art. 5º, §§ 4º, 5º e 24). Tal situação é excepcionada nos casos de ação penal privada. 29. Princípio da indisponibilidade: proíbe a paralisação injustificada da investigação policial ou seu arquivamento pela autoridade policial. Também não permite que o Ministério Público desista da ação nem do recurso interposto (art. 42 e 576). 30. Como garantia do aludido princípio, a lei processual penal traz diversos dispositivos como, por exemplo, a determinação dos prazos para a conclusão do inquérito policial (art. 10) e, ainda, a proibição da autoridade policial de formular pedido de arquivamento (art. 17). 31. Princípio do “in dúbio pro reo” ou “favor rei”: baseia-se na predominância do direito de liberdade do acusado quando colocado em confronto com o direito de punir do Estado, ou seja, na dúvida, sempre prevalece o interesse do réu. DIREITO PROCESSUAL PENAL 8 32. Lei processual penal no tempo e no espaço: a norma processual penal possui uma eficácia (aptidão para produzir efeitos) que não é absoluta, encontrando limitação em determinados fatores, tais como: 32.1. Fatores de Ordem Espacial Impõem à norma a produção de seus efeitos em determinados lugares e não em outros. 32.2. Fatores de Ordem Temporal Impõem à norma a produção de seus efeitos em determinados períodos de tempo. 33. Atividade: período situado entre a entrada em vigor e a revogação de uma lei durante o qual ela está produzindo efeitos. 34. Extratividade: é a incidência de uma lei fora do seu período de vigência. Se atinge atos anteriores à sua entrada em vigor, atribui-se o nome retroatividade. Diferentemente, caso produza efeitos após sua revogação, dá-se o nome de ultratividade. 35. Norma processual: trata de aspectos relacionados ao procedimento ou à forma dos atos processuais. Não comporta retroação. 36. Norma material: é aquela que visa assegurar direitos ou garantias. Retroage em benefício do réu. 37. Lei processual penal no espaço: o CPP adota o princípio da territorialidade, segundo o qual a lei processual penal aplica-se a todas as infrações cometidas em território brasileiro (art. 1º). Exceções: 37.1. a) os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 37.2. b) as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos DIREITO PROCESSUAL PENAL 9 ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (CF/1988, arts. 86, 89, § 2º, e 100); 37.3. c) os processos da competência da Justiça Militar. 38. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (CP, art. 6º). 39. Lei processual penal no tempo: a lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior (art. 2º). 40. O legislador adotou o princípio da aplicação imediata das normas processuais, adotando aos fatos a lei que estiver em vigor no dia em que eles foram praticados (tempus regit actum). A adoção deste princípio ocasiona as seguintes consequências: 40.1. a) Os atos processuais praticados no período de vigência da lei revogada não estarão invalidados em virtude do advento de nova lei, ainda que importe esta em benefício ao acusado; 40.2. b) A nova norma processual terá aplicação imediata, não importando, absolutamente, se o fato objeto do processo criminal foi praticado antes ou depois de sua vigência. 41. Interpretação e integração da lei processual penal: a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito (art. 3º). 42. Interpretação extensiva: ocorre quando o intérprete percebe que a letra escrita da lei ficou aquém de sua vontade, ou seja, a lei disse menos do que queria e a interpretação vai ampliar seu significado. DIREITO PROCESSUAL PENAL 10 43. Aplicação analógica: a analogia consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em lei a disposição relativa a um caso semelhante. 44. Suplemento dos princípios gerais do direito: são regras que se encontram na consciência dos povos e são universalmente aceitas, mesmo que não escritas. DIREITO PROCESSUAL PENAL 11 b. Mapas Mentais DIREITO PROCESSUAL PENAL 12 c. Revisão 01 QUESTÃO 01 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-SE – 2015 A lei processual penal, a) não admite aplicação analógica, salvo para beneficiar o réu. b) não admite aplicação analógica, mas admite interpretação extensiva. c) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência. d) admite o suplemento dos princípios gerais de direito. e) admite interpretação extensiva, mas não o suplemento dos princípios gerais de direito. QUESTÃO 02 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-RR – 2015 A lei processual penal brasileira a) admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. b) aplica-se desde logo, em prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. c) retroage no tempo para obrigar a refeitura dos atos processuais, caso seja mais benéfica ao réu. d) não admite definição de prazo de vacatio legis. DIREITO PROCESSUAL PENAL 13 e) será aplicada nos atos processuais praticados em outro território que não o brasileiro, em casos de extraterritorialidade da lei penal. QUESTÃO 03 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-AP – 2014 Em relação à aplicação da lei processual penal no tempo, é correto afirmar: a) Aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentençacondenatória transitada em julgado. c) O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, pelo Código de Processo Penal (Decreto- Lei nº 3.689/1941). d) A lei processual penal excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica- se ao processo iniciado durante sua vigência. e) A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. QUESTÃO 04 - ADAPTADA – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS – TJ-PE – 2013 Sobre a aplicação da lei processual penal e a interpretação no processo penal, é INCORRETO afirmar: a) A legislação brasileira segue o princípio da territorialidade para a aplicação das normas processuais penais. DIREITO PROCESSUAL PENAL 14 b) O princípio da territorialidade na aplicação da lei processual penal brasileira pode ser ressalvado por tratados, convenções e regras de direito internacional. c) A lei processual penal aplica-se desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. d) A norma processual penal mista constitui exceção à regra da irretroatividade da lei processual penal. e) No processo penal, assim como no direito penal, é sempre admitida a interpretação extensiva e aplicação analógica das normas. QUESTÃO 05 - ADAPTADA– TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA –TJ-RJ – 2012 A lei processual penal a) é retroativa. b) não admite interpretação extensiva. c) tem aplicação imediata, prejudicada a validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. d) admite aplicação analógica. e) tem aplicação apenas no Estado em que editada. DIREITO PROCESSUAL PENAL 15 d. Revisão 02 QUESTÃO 06 - ADAPTADA – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJ-PE - 2012 A respeito da lei processual penal no tempo, considere: I. A lei processual nova não prejudicará, em regra, a validade dos atos praticados sob a vigência da lei anterior. II. A lei processual nova não se aplicará aos processos em andamento, mas apenas aos que se iniciarem durante a sua vigência. III. A lei processual entra em vigor da data da sua publicação se nela não houver disposição em contrário. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) III. QUESTÃO 07 - ADAPTADA – JUIZ – TJ-MS – 2011 A lei processual penal a) tem aplicação imediata apenas nos processos ainda não instruídos. b) tem aplicação imediata apenas se beneficiar o acusado. DIREITO PROCESSUAL PENAL 16 c) é de aplicação imediata, sem prejuízo de validade dos atos já realizados. d) vigora desde logo e sempre tem efeito retroativo. e) é aplicável apenas aos fatos ocorridos após a sua vigência. QUESTÃO 08 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-PA – 2009 A nova lei processual penal a) é de incidência imediata, pouco importando a fase em que esteja o processo. b) não é aplicável aos processos, ainda em curso, iniciados na vigência da lei processual anterior. c) não é aplicável aos processos de rito ordinário, ainda em andamento, quando de sua vigência. d) é aplicável, inclusive, aos processos já findos. e) é aplicável somente aos processos, ainda em curso, da competência do Tribunal do Júri. QUESTÃO 09 - ADAPTADA – PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-CE – 2009 Quanto à eficácia temporal, a lei processual penal a) aplica-se somente aos fatos criminosos ocorridos após a sua vigência. b) vigora desde logo, tendo sempre efeito retroativo. c) tem aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos já realizados. d) tem aplicação imediata nos processos ainda não instruídos. DIREITO PROCESSUAL PENAL 17 e) não terá aplicação imediata, salvo se para beneficiar o acusado. QUESTÃO 10 – ADAPTADA - PROCURADOR – TCE-AL – 2014 Em relação à lei processual penal no tempo, em caso de lei nova, a regra geral consiste na sua aplicação a) imediata, independentemente da fase em que o processo em andamento se encontre. b) imediata, somente em relação aos processos que se encontrem na fase instrutória. c) somente a processos futuros, ainda que por fatos anteriores. d) somente a processos futuros e sobre fatos posteriores. e) imediata ou a processos futuros conforme decisão fundamentada do juiz em cada caso. DIREITO PROCESSUAL PENAL 18 e. Revisão 03 QUESTÃO 11 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 Constituição da República, artigo 5º, inciso XLV: “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”. O dispositivo constitucional ora transcrito refere-se a um dos princípios denominado a) Princípio da correlação. b) Princípio da intranscendência. c) Princípio do privilégio contra a autoincriminação d) Princípio da oficiosidade ou do impulso oficial. e) Princípio do devido processo legal. QUESTÃO 12 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 O princípio que rege a atividade probatória – o qual consiste em exigir que o juiz tenha contato direto com as provas de que se valerá para decidir, sendo, em regra, inválida a prova produzida sem a presença do magistrado – é denominado a) Princípio da identidade física do juiz b) Princípio da comunhão dos meios de prova c) Princípio da concentração DIREITO PROCESSUAL PENAL 19 d) Princípio da imediação ou imediatidade e) Princípio da investigação. QUESTÃO 13 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE – 2015 No que diz respeito às disposições constitucionais aplicáveis ao processo penal, é correto afirmar que a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime impropriamente militar, definidos em lei. b) a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. c) não será admitida ação privada nos crimes de ação penal pública d) ninguém será considerado culpado até a publicação de sentença penal condenatória. e) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial, salvo as hipóteses em que a identificação colocar em risco a atividade policial. QUESTÃO 14 - CONSULPLAN - TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS - TJ-MG - 2015 Quanto aos princípios constitucionais explícitos do processo penal, é INCORRETO afirmar: DIREITO PROCESSUAL PENAL 20 a) Nas infrações que deixam vestígios, a confissão não supre a ausência de exame de corpo de delito, já que a pessoa não é obrigada a se autoacusar. b) Em atendimento ao princípio da igualdade das partes, a revisão criminal pode ser ajuizada tanto pelo Ministério Público quanto pelo réu. c) A letra e firma dos documentos particulares serão submetidos a exame pericial, quando contestada a sua autenticidade. d) Segundo o princípio da economia processual, quando houver nulidade, por incompetência do juízo, somente os atos decisórios serão refeitos, mantendo-se os instrutórios. QUESTÃO 15 - ADAPTADA - AGENTE-SAPEJUS-GO - 2015 Assinale a alternativa que apresenta um dispositivo que não se encontra expresso na Constituição Federal de 1988. a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguémnela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. b) São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. c) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se essa não for intentada no prazo legal. d) Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. e) Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. DIREITO PROCESSUAL PENAL 21 f. Normas comentadas CÓDIGO DE PROCESSO PENAL DO PROCESSO EM GERAL TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100); III - os processos da competência da Justiça Militar; IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (O legislador pátrio, ao dar ao artigo 2º do Código de Processo Penal a seguinte redação: “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados DIREITO PROCESSUAL PENAL 22 sob a vigência da lei anterior”, adotou o princípio da imediatidade ou da aplicação imediata das normas processuais. Assim, pode-se concluir que, de igual forma, foi adotado o “sistema de isolamento dos atos processuais”, de modo que, além de os atos processuais serem regulados pela lei que vigorar no dia em que forem praticados (tempus regit actum), não haverá retroação quanto aos atos anteriores, pois estes permanecem válidos.) Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. (O que se procura com a interpretação é o conteúdo da lei, é a inteligência e a vontade da lei, não a intenção do legislador. Este é pessoa imaginária, cuja vontade dificilmente se chega a saber que coisa é, até porque o legislador é na maioria dos casos, órgão coletivo, em que cada componente, como pessoa física, tem vontade própria e possivelmente diversa dos demais.) DIREITO PROCESSUAL PENAL 23 g. Gabarito 1 2 3 4 5 D A A E D 6 7 8 9 10 A C A C A 11 12 13 14 15 B D B B E DIREITO PROCESSUAL PENAL 24 h. Breves comentários às questões QUESTÃO 01 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-SE – 2015 A lei processual penal, a) não admite aplicação analógica, salvo para beneficiar o réu. b) não admite aplicação analógica, mas admite interpretação extensiva. c) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência. d) admite o suplemento dos princípios gerais de direito. e) admite interpretação extensiva, mas não o suplemento dos princípios gerais de direito. Nos termos do art. 3º, do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. QUESTÃO 02 - ADAPTADA – JUIZ SUBSTITUTO – TJ-RR – 2015 A lei processual penal brasileira a) admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. b) aplica-se desde logo, em prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. c) retroage no tempo para obrigar a prefeitura dos atos processuais, caso seja mais benéfica ao réu. DIREITO PROCESSUAL PENAL 25 d) não admite definição de prazo de vacatio legis. e) será aplicada nos atos processuais praticados em outro território que não o brasileiro, em casos de extraterritorialidade da lei penal. Nos termos do art. 3º, do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. QUESTÃO 03 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-AP – 2014 Em relação à aplicação da lei processual penal no tempo, é correto afirmar: a) Aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. c) O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, pelo Código de Processo Penal (Decreto- Lei nº 3.689/1941). d) A lei processual penal excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica- se ao processo iniciado durante sua vigência. e) A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. Nos termos do art. 2º, do CPP, A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. DIREITO PROCESSUAL PENAL 26 QUESTÃO 04 - ADAPTADA – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS – TJ-PE – 2013 Sobre a aplicação da lei processual penal e a interpretação no processo penal, é INCORRETO afirmar: a) A legislação brasileira segue o princípio da territorialidade para a aplicação das normas processuais penais. b) O princípio da territorialidade na aplicação da lei processual penal brasileira pode ser ressalvado por tratados, convenções e regras de direito internacional. c) A lei processual penal aplica-se desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. d) A norma processual penal mista constitui exceção à regra da irretroatividade da lei processual penal. e) No processo penal, assim como no direito penal, é sempre admitida a interpretação extensiva e aplicação analógica das normas. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. Em direito penal não há essa previsão legal. QUESTÃO 05 - ADAPTADA– TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA –TJ-RJ – 2012 A lei processual penal a) é retroativa. b) não admite interpretação extensiva. c) tem aplicação imediata, prejudicada a validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. DIREITO PROCESSUAL PENAL 27 d) admite aplicação analógica. e) tem aplicação apenas no Estado em que editada. Nos termos do art. 3º, do CPP, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. QUESTÃO 06 - ADAPTADA – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJ-PE - 2012 A respeito da lei processual penal no tempo, considere: I. A lei processual nova não prejudicará, em regra, a validade dos atos praticados sob a vigência da lei anterior. II. A lei processual nova não se aplicará aos processos em andamento, mas apenas aos quese iniciarem durante a sua vigência. III. A lei processual entra em vigor da data da sua publicação se nela não houver disposição em contrário. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) III. Assertiva I - Segundo o art. 2º do Código de Processo Penal: A lei processual penal aplicar- se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. DIREITO PROCESSUAL PENAL 28 Assertiva II - Segundo o princípio da vigência imediata das leis processuais penais, deve ser aplicada a nova lei aos processos em andamento. Assertiva III - Segundo a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, em seu art. 45, a Lei processual entrará em vigor 45 dias após a sua publicação, exceto se houver menção dispositiva contrária. QUESTÃO 07 - ADAPTADA – JUIZ – TJ-MS – 2011 A lei processual penal a) tem aplicação imediata apenas nos processos ainda não instruídos. b) tem aplicação imediata apenas se beneficiar o acusado. c) é de aplicação imediata, sem prejuízo de validade dos atos já realizados. d) vigora desde logo e sempre tem efeito retroativo. e) é aplicável apenas aos fatos ocorridos após a sua vigência. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. QUESTÃO 08 - ADAPTADA – ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ-PA – 2009 A nova lei processual penal a) é de incidência imediata, pouco importando a fase em que esteja o processo. b) não é aplicável aos processos, ainda em curso, iniciados na vigência da lei processual anterior. DIREITO PROCESSUAL PENAL 29 c) não é aplicável aos processos de rito ordinário, ainda em andamento, quando de sua vigência. d) é aplicável, inclusive, aos processos já findos. e) é aplicável somente aos processos, ainda em curso, da competência do Tribunal do Júri. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. QUESTÃO 09 - ADAPTADA – PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-CE – 2009 Quanto à eficácia temporal, a lei processual penal a) aplica-se somente aos fatos criminosos ocorridos após a sua vigência. b) vigora desde logo, tendo sempre efeito retroativo. c) tem aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos já realizados. d) tem aplicação imediata nos processos ainda não instruídos. e) não terá aplicação imediata, salvo se para beneficiar o acusado. A lei processual penal quando inserida no ordenamento jurídico tem aplicação imediata, atingindo inclusive os processos que já estão em curso, pouco importando se traz ou não situação gravosa ao imputado, em virtude do princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata. Os atos anteriores já praticados continuam válidos. QUESTÃO 10 – ADAPTADA - PROCURADOR – TCE-AL – 2014 DIREITO PROCESSUAL PENAL 30 Em relação à lei processual penal no tempo, em caso de lei nova, a regra geral consiste na sua aplicação a) imediata, independentemente da fase em que o processo em andamento se encontre. b) imediata, somente em relação aos processos que se encontrem na fase instrutória. c) somente a processos futuros, ainda que por fatos anteriores. d) somente a processos futuros e sobre fatos posteriores. e) imediata ou a processos futuros conforme decisão fundamentada do juiz em cada caso. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (Art. 2º, do CPP). QUESTÃO 11 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 Constituição da República, artigo 5º, inciso XLV: “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”. O dispositivo constitucional ora transcrito refere-se a um dos princípios denominado a) Princípio da correlação. b) Princípio da intranscendência. c) Princípio do privilégio contra a autoincriminação d) Princípio da oficiosidade ou do impulso oficial. DIREITO PROCESSUAL PENAL 31 e) Princípio do devido processo legal. O princípio da intranscendência ou responsabilidade pessoal figura na Constituição Federal, que dispõe que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidos aos sucessores e contra eles executados, até o limite do valor do patrimônio transferido. QUESTÃO 12 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE - 2015 O princípio que rege a atividade probatória – o qual consiste em exigir que o juiz tenha contato direto com as provas de que se valerá para decidir, sendo, em regra, inválida a prova produzida sem a presença do magistrado – é denominado a) Princípio da identidade física do juiz b) Princípio da comunhão dos meios de prova c) Princípio da concentração d) Princípio da imediação ou imediatidade e) Princípio da investigação. Ensina a jurisprudência que o princípio da imediatidade ou da imediação é consubstanciado na colheita da prova oral direta, efetiva e concretamente realizada pelo juiz de primeiro grau, sem intermediários, para possibilitar que ele sinta o pulso de quem relata, capacitando-se para a motivação da sua decisão. QUESTÃO 13 - ADAPTADA - INSPETOR - PC-CE – 2015 DIREITO PROCESSUAL PENAL 32 No que diz respeito às disposições constitucionais aplicáveis ao processo penal, é correto afirmar que a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime impropriamente militar, definidos em lei. b) a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. c) não será admitida ação privada nos crimes de ação penal pública d) ninguém será considerado culpado até a publicação de sentença penal condenatória. e) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial, salvo as hipóteses em que a identificação colocar em risco a atividade policial. Questão que exige do candidato o conhecimento do art. 5º, da CF/88. Vamos analisar: Alternativa "A" - Art. 5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; Alternativa "B" - Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; Alternativa "C" - Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; Alternativa "D" - Art. 5º, LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; DIREITO PROCESSUAL PENAL 33 Alternativa "E" - Art. 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; QUESTÃO 14 - CONSULPLAN - TITULAR DE SERVIÇOS E NOTAS - TJ-MG - 2015 Quanto aos princípios constitucionais explícitos do processo penal, é INCORRETO afirmar: a) Nas infrações que deixam vestígios, a confissão não supre a ausência de exame de corpo de delito, já que a pessoa não é obrigada a se autoacusar. b) Em atendimentoao princípio da igualdade das partes, a revisão criminal pode ser ajuizada tanto pelo Ministério Público quanto pelo réu. c) A letra e firma dos documentos particulares serão submetidos a exame pericial, quando contestada a sua autenticidade. d) Segundo o princípio da economia processual, quando houver nulidade, por incompetência do juízo, somente os atos decisórios serão refeitos, mantendo-se os instrutórios. O Processo Penal confere uma gama maior de "direitos" ao réu. Isto não fere o princípio da igualdade entre as partes. No caso em tela a alternativa "B" é a única incorreta, pois afronta o art. 623 do CPP que dispõe que a revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. QUESTÃO 15 - ADAPTADA - AGENTE-SAPEJUS-GO - 2015 DIREITO PROCESSUAL PENAL 34 Assinale a alternativa que apresenta um dispositivo que não se encontra expresso na Constituição Federal de 1988. a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. b) São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. c) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se essa não for intentada no prazo legal. d) Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. e) Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. O princípio Nemo tenetur se detegere não está expresso na Constituição Federal. As demais alternativas estão presentes n art. 5º, incisos: XI, LVI, LIX e LV.
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