trabalho TCC finalizado

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Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu 
MBA em Operações e Logística
Aleksander da Conceição Silva
O papel da teoria das restrições no processo produtivo e na identificação de gargalos
Prof. Me Paolo Edoardo Coti-Zelati
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Data da entrega do TCC: ____/ /2015 RA do (a) aluno (a): _____________
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Data da Banca: ____/ /2015 Horário
PROTOCOLO DO ALUNO (A)
Data da entrega do TCC: ____/02/2015 RA do (a) aluno (a): _____________
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Data da Banca: ____/ /2015 Horário
Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu 
MBA em Operações e Logística
Aleksander da Conceição Silva 
O papel da teoria das restrições no processo produtivo e na identificação de gargalos.
São Caetano do Sul
2015
Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu 
MBA em Operações e Logística
Aleksander da Conceição Silva 
O papel da teoria das restrições no processo produtivo e na identificação de gargalos.
Trabalho apresentado como requisito parcial, para a obtenção do grau de especialista no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em “Operações e Logística”, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS, sob a orientação do Prof. Me. Paolo Edoardo Coti-Zelati.
São Caetano do Sul
2015
Folha de Aprovação
Aleksander da Conceição Silva 
O papel da teoria das restrições no processo produtivo e na identificação de gargalos
  
Trabalho apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de especialista no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em “Operações e Logística”, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS, sob a orientação do Prof. Me. Paolo Edoardo Coti-Zelati.
São Caetano do Sul, de de 2015. 
 (data da apresentação à banca)
 Banca examinadora:
_________________________________________
Professor (a) orientador (a)
 
 
_________________________________________
Professor (a) convidado (a)
_________________________________________
Professor (a) convidado (a)
O papel da teoria das restrições no processo produtivo e na identificação de gargalos
Aleksander Conceição Silva 
Acadêmico do Programa de Pós-graduação lato sensu “MBA em operações e logística” da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS.
Resumo
A competitividade e a globalização fazem com que as empresas busquem, a redução de seus custos de processos, a fim de tornar seu produto competitivo e obter lucro, a otimização começa desde fabricação do produto, onde a teoria das restrições tem papel fundamental nesse processo. O objetivo desse artigo foi verificar, qual é o papel da teoria das restrições no processo produtivo e na identificação de gargalos. Para isso, primeiramente, foi apresentado a base teórica, sobre a teoria das restrições. A metodologia utilizada contemplou a análise de uma pesquisa quantitativa, cuja a pesquisa foi realizada com, 63 profissionais da área de manufatura, tal como supervisores e gerentes. Os resultados demostraram que os profissionais da área de manufatura, reconhecem a importância das ferramentas da TOC e sua contribuição na redução de desperdício, no entanto, mostrou que muitos aplicam as ferramentas como analise de gargalo, buffer entre outras ferramentas mas desconhecem a teoria.
Palavras-chave: Teoria das Restrições. Gargalo. Redução de custo.
Abstract
Competitiveness and globalization are ways that companies look to reduce process costs, to become more competitive and gain profits. The optimization process starts at the fabrication of the product, where the theory of constraints (TOC) has key role in the process. The aim of this article is to show the theory of constraints as applied to the productive process and to the identification of bottlenecks. First, the theoretical basis is presented for the theory of constraints. A quantitative research methodology was used that involved 63 manufacturing employees, specifically supervisors and managers. The outcome shows that the professionals in the area of manufacturing recognize the importance of TOC tools and their contribution to reduce waste; however, almost all employees who have been using tools such as bottleneck analyses, buffers and other tools do so without understanding the theory. 
 
Keywords: Theory of Constraints. Bottleneck. Cost avoid.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente o foco em busca de resultados e otimização de processo é o que diferencia as empresas em busca de vantagem competitiva no mercado, essa busca por processos cada vez mais eficazes, faz com que as empresas, criem métodos, afim de diminuir o lead time assim ganhando em produtividade.
Partindo do princípio que todas as empresas têm como meta a lucratividade e conquistar o mercado, hoje cada vez mais, em qualquer processo produtivo de pequenas, medias ou grandes empresas, sempre haverá algum tipo de restrição para explorar, uma restrição do sistema significa tirar o máximo de proveito dela, ou seja obter o melhor resultado possível nessa condição.
A este respeito, Pessoa (2003), salienta que os problemas causados pelo excesso ou pela falta de capacidade produtiva, existem em todas as empresas, principalmente quando se observa variação na demanda, decorrente de ciclos econômicos, eles podem ser minimizados, mediante um melhor dimensionamento do investimento permanente em máquinas e equipamentos. Entretanto, adverte que para proceder a um adequado redimensionamento do investimento permanente em máquinas e equipamentos, é fundamental identificar as restrições do processo produtivo.
A limitação de um processo produtivo, faz com que a empresa perda participação de mercado, devido à escassez de seus produtos e preços elevados por consequência do alto custo de seu processo, causado devido a um processo produtivo não enxuto.
Existem diversas categorias de restrições no ambiente industrial, tais como; mercado, capacidade, logística, gerenciamento e restrições comportamentais, este artigo limita-se a demostrar a importância da teoria das restrições na aplicação em restrições de processo de produção e seu impacto pela não utilização de forma gerencial na identificação de restrições em um processo de produtivo.
Desta forma, a questão central que essa pesquisa buscou responder foi: qual é o papel da teoria das restrições no processo produtivo e identificação de gargalos?
O objetivo dessa pesquisa foi verificar qual é o papel da teoria das restrições no processo produtivo e identificação de gargalos.
No dizer de Slack et al. (1997) a administração de produção é uma ocupação imediata, onde é vital que os gerentes de produção tenham conjuntos de princípios gerais, que oriente na melhor tomada de decisão que deve estar inserido na estratégia de produção. 
Este artigo foi estruturado em cinco seções. Além desta introdução, foi apresentada a fundamentação teórica, os procedimentos metodológicos, a análise dos resultados e conclusões.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TEORIA DAS RESTRIÇÕES
A Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC) foi criada pelo físico israelense Eliyahu Goldratt. Após estudo envolvendo o planejamento industrial de uma empresa, que gerou o software OPT (Optimized Production Tecnhology), escreveu, com Jeff Cox, na década de 1980, o livro The Goal, que no Brasil ficou conhecido como A Meta, (GUERREIRO,1999).
As simplicidades dessa teoria vieram a surpreender os profissionais de várias áreas de atuação nas empresas, devido aos parâmetros de controle utilizados e avaliação de resultado.
2.2 A META
O livro é um romance que mostra a dificuldade de um gerente de produçãoque passa por dificuldades na empresa, que está ameaçada de falência, devido aos maus resultados, que com a ajuda de um tutor, descobre os princípios da TOC e consegue alavancar todo o processo que passava por dificuldades.
No livro A Meta de Goldratt, o conceito explorado primeiramente é a restrição que podemos chamar de gargalo, “tudo aquilo que impede ou dificulta a empresa, atingir seu objetivo, é chamado de restrição ou gargalo” segundo Goldratt (2002), o leitor pode acompanhar no livro de forma implícita, a TOC dentro de um processo de produção, e a batalha da empresa para atingir a meta, que no caso é ganhar dinheiro.
2.2.1 OS CINCOS PASSOS DA TOC VISANDO O ALCANÇAR DA META
	
Visando atingir a meta nas industriais, a TOC propõe a utilização de 5 passo globais, segundo Antunes et al. (2008):
a) Passo 1 – Identificar as restrições que existem no sistema que pode ser interno ou externa, no caso de uma restrição interna ocorre quando a quantidade de um determinado mix de produção é maior que a capacidade da empresa, dessa forma, sendo limitado por um gargalo, ou caso o fornecedor não atenda a capacidade de um determinado empresa, nesse caso, seria uma restrição externa Antunes et al. (2008). “Todo sistema deve ter pelo menos uma restrição.” (GURREIRO, 1999, p. 21).
b) Passo 2 - Otimizar o recurso restrito da melhor forma que maximize os ganhos do gargalo, ou seja, decidir como explorar a restrição e tirar o máximo dela, Antunes et al. (2008). Segundo Guerreiro (1999) “é obter o melhor resultado possível dentro de um cenário com restrição”.
c) Passo 3 – Subordinar todas os outros recursos não-restrição, significa, segundo Guerreiro (1999), todos os recursos não-restrito deve trabalhar na medida exata do recurso restrito trabalhado.
d) Passo 4 – Elevar a capacidade de restrição se for interna (gargalo), deve-se aumentar a capacidade de produção desse recurso, investindo em maquinas ou reduzir a demanda de tempo conforme Antunes et al. (2008), segundo Guerreiro (1999) se após o passo 3, permanecer alguma restrição, deve-se elevar para superar a restrição, acrescentando um número maior de recursos escassos no sistema. Para Antunes et al. (2008) deve-se elevar a restrição, não deixando que a inercia tome conta do sistema.
2.2 GARGALO E RECURSOS COM RESTRIÇÃO DE CAPACIDADE.
Segundo Shase, Jacobs e Aquilano (2006, p. 642) “O gargalo é definido como qualquer recurso, cujo capacidade seja menor que a demanda. O gargalo é uma restrição dentro de um sistema que limita o ganho.”.
O gargalo pode ser uma máquina, mão de obra escassa ou mão de obra especializada, se não existir gargalo, então existe um excesso de capacidade, assim o sistema deveria ser mudado, a fim de criar um gargalo com mais setups ou capacidade reduzidas. Já um sistema não-gargalo é todo sistema que produz acima da demanda Shase, Jacobs e Aquilano (2006). 
Uma hora pedida no gargalo é uma hora perdida no sistema todo, e uma hora economizada onde não é gargalo é uma ilusão de ganho Guerreiro (1999).
Ainda, para identificar os gargalos, é preciso considerar os tempos que compõe o lead time que, segundo Tubino (2009), são formados por tempo de espera, processamento e transporte. 
a) Tempo de espera é o tempo que determinado lote de produção espera para ser processado.
b) Tempo de processamento é o tempo gasto por determinado item para sua transformação, sendo o único que agrega valor ao cliente.
c) Tempo de inspeção é o tempo que determinado produto/lote leva para ser verificado, e se está dentro das especificações exigidas. 
d) Tempo de transporte é o tempo que o item leva para se deslocar dentro do processo de produção da preparação inicial até ser concluída a produção.
Segundo Shase, Jacobs e Aquilano (2006), capacidade é definido como o tempo disponível para produção, não somados os downtime de máquinas e o tempo ocioso.
2.3 PROCESSO DE PRODUÇÃO
 	
Um processo de produção pode variar de acordo com o bem produzido segundo Ritzman e Krajewski (2004, p.3), “Um processo é qualquer atividade ou conjuntos de atividade que parte de um ou mais insumos, transformando-lhes em valor agregado, criando um ou mais produtos (ou serviços) para o cliente.”. 
A Figura 1 ilustra como os processos possuem insumos e resultados aos clientes, os insumos incluem recursos humanos (trabalhadores e gerentes), recurso capital (equipamentos e instalações), materiais e serviços adquiridos, imóveis e energia. Os círculos numerados representam as operações, pelas quais, serviços produtos ou clientes passam onde os processos são executados. As setas representam os fluxos e podem se cruzar, porque uma tarefa ou um cliente pode ter exigências diferentes da tarefa ou cliente seguinte. 
	 Os resultados são os bens e serviços, que podem assumir a forma de produto ou serviço, que são fornecidos para o cliente externo que podem ser usuários finais ou intermediários, (como fabricante, atacadista ou varejista), que compram produtos acabados da empresa ou cliente interno, que podem ser um ou mais empregados que dependem de insumos de processos anteriores, a fim de executar processo em um outro departamento, em ambos os casos os processos têm que ter em mente o cliente Ritzman e Krajewski (2004).
A Figura 1 pode ser representada por toda a empresa onde cada um possui um processo em diversas operações para obter resultados. As linhas tracejadas representam dois tipos especiais de insumos: participação dos clientes e informação sobre desempenho de fontes internas ou externas. Figura 1. Processo e operação.
Fonte: Ritzman e Krajewski, (2004, p.3).
Mesmo quando uma operação produtiva é projetada e suas atividades planejadas e controladas, a tarefa do gerente de produção não está acabada. De fato, atualmente das principais atribuições do gerente de produção é trabalhar através do melhoramento de seu processo Slack et al. (1999).
2.4 Gerenciamentos de processo
	
Um processo envolve uso de recursos de uma organização para proporcionar algo de valor. Nenhum produto pode ser feito ou prestado sem um determinado processo e nenhum processo pode existir sem um produto ou serviço (Ritzman; krajewski, 2004).
	Segundo Ritzman e Krajewski (2004) gerenciamento de processo é a seleção dos insumos e fluxos de trabalho e métodos, que transformam o insumo em resultado. As decisões dos insumos serão realizadas de acordo com o planejamento do produto, as decisões sobre o processo devem ser coerentes com as prioridades competitivas e habilidades da organização.
	Para Ritzman e Krajewski (2004, p. 29) as decisões sobre o processo precisam ser tomadas quando:
a) Um produto e serviço novo é modificado ou oferecido;
b) A qualidade precisa ser melhorada;
c) As prioridades competitivas se alteram;
d) A demanda por um produto ou serviço está mudando;
e) O custo ou disponibilidade de um insumo mudaram;
f) Novas tecnologias encontram-se disponíveis.
As decisões envolvendo o processo atuam em blocos de construção que atuam de várias maneiras diferentes para implementar a estratégia da operação.
1. ESCOLHA DE UM PROCESSO:
	Para que um processo funcione bem, a primeira coisa que se deve verificar é a escolha do processo, que vai determinar os recursos a serem utilizados, os gerentes pode escolher entre cinco tipos de processos:
De projeto
Por tarefa
Por lote
Em linha
Continuo
2. PROCESSOS POR PROJETO
São exemplos de projeto a construção de um prédio, onde há uma equipe de pessoas que realizam uma determinada tarefa, Segundo Ritzman e Krajewski (2004), um processo de projeto é elevado pelo grau de customização de tarefa e o grande escopo de cada projeto e a liberação dos recursos após ele ser completado, o projeto é avaliado com base a sua capacidade de realizar a tarefa.
3. PROCESSOS POR TAREFA
	Um exemplo de um processo por tarefa é realizar a usinagem de uma peça de modo diferenciado e especifico para atender um pedido customizado, para Ritzman; krajewski (2004), um processo por tarefa cria a flexibilidade necessária para produzir umadiversidade de produtos ou serviços customizados e em grande quantidade. 
4. PROCESSOS POR LOTE: Exemplo de processo por lote são as programações de passagem aérea, os componentes de uma linha de montagem preparados em células de manufatura, para Ritzman; Kajewski (2004), um processo por lote difere de um processo por tarefa em relação ao volume, variedade e qualidade e o fundamental são os volumes, pois os serviços ocorrem repetitivamente.
5. PROCESSOS POR LINHA: Uma linha de produção de automóvel por de ser citado com um clássico exemplo, tal como linha de brinquedos e eletrodomésticos para Ritzman; Kajewski (2004) o processo por linha produz uma quantidade volumosa, são serviços padronizados permitindo que os recursos sejam organizados em torno do produto ou serviço, as ordens de produção em processo em linha não têm relação direta com o cliente.
 6. PROCESSOS CONTINUO: São exemplo de processo continuo, as refinarias de petróleo, as indústrias químicas e fabricas de produção de cerveja. Segundo Ritzman e Kajewski (2004) as indústrias com esse tipo de processo são conhecidas como industrias de processamento, e eles trabalham com alto volume de produção e padronizada sua forma se comporta de forma em que as matérias movem-se pelo processo tal como um liquido, gás ou pó movem –se sem interrupções pelas instalações.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	O presente trabalho promoveu uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa que teve por finalidade verificar qual é o impacto da teoria das restrições no processo produtivo e identificações de gargalos. 
	A pesquisa quantitativa lida com os fatos segundo Kauark, Magalhães e Medeiros, (2010), que é tudo àquilo que você pode observar de forma sistemática e chegar aos fatos de forma mesurável. 
3.1 TIPOS DE PESQUISA
A pesquisa foi desenvolvida a partir do processo de pesquisa descritiva conforme (GIL, 2008 p. 28):
A pesquisa desse tipo tem como objetivo primordial a descrição, das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob esse título e uma das suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados
 	 
3.2 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS E SUJEITO DA PESQUISA
Este trabalho foi desenvolvido a partir do processo de pesquisa descritiva, visto que o interesse do estudo visa identificar a importância do método da teoria das restrições em operações de manufatura. Foi adotada como instrumento de coleta de dados, o uso do meio eletrônico com o preenchimento via questionário (apêndice A), online que foi realizado através do site Survey Monkey, lista de grupos de trabalho via e-mail e utilizou-se também a rede social chamada Linkedin.
O perfil geral dos respondentes foi constituído por profissionais da área de processo de produção onde atual em posições de tomada de decisão, tais como, diretores, gerentes, supervisores, coordenadores e encarregados.
Os profissionais que participaram da pesquisa trabalham na área de produção de empresas de manufatura.
As questões foram elaboradas a partir dos conceitos discutidos da TOC onde mostra o conceito convencional versus a teorias das restrições (GUERREIRO,1999 p. 53).
A pesquisa foi dividida em três blocos, afim de separar o assunto, sendo o primeiro referente ao cargo ocupado, o segundo sobre dimensão de empregados em cada empresa e o terceiro sobre a relação do gargalo e TOC na empresa. 
3.3 TRATAMENTOS DOS DADOS
O tratamento dados segundo Vergara (1998, p.57), “[...] pode ser tratado de forma quantitativa, isto é utilizando-se procedimentos estatísticos.” no caso desta pesquisa foi utilizada uma ferramenta para análise de dados chamada Survey Mokey.
	Após a conclusão na obtenção dos dados, foi realizado o processamento dos mesmos com a utilização do Survey Mokey e no tratamento dos dados foram utilizadas técnicas de analise descritiva e estatística afim de dar formulação aos resultados.
Após a conclusão na obtenção dos dados, deu-se início à análise dos mesmos que foram processados pelo site SurveyMonkey.
3.4 LIMITAÇÕES DOS MÉTODOS
A coleta de dados foi feita onde todos as questões foram respondidas, dentro de um espaço de tempo restrito, onde se mantiveram as mesmas condições socioeconômicas no momento das respostas sem que isso possa ter influência significativa. A amostra coletada foi escolhida conforme o cargo funcional da população. 
Segundo Vergara (1998, p. 48), “[...] uma população amostral ou amostra é uma parte do universo (população), escolhida segundo algum critério de representatividade no caso.” desta pesquisa foi selecionado pessoas que atuam na tomada de decisão de empresas de manufatura, tais como gerentes, supervisores e coordenadores.
Na pesquisa foi adotada uma amostra não probabilística. Os resultados extraídos devem ser ressalvados, em função das limitações deste tipo de abordagem destacam-se aqui aquedas selecionadas por acessibilidade e por tipicidade (VERGARA, 1998).
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
	Inicialmente a pesquisa foi dividida em três blocos, tal como a primeira, sendo dados dos respondentes, a segunda, característica da empresa e a terceira, sobre a teoria das restrições.
	A pesquisa se desenvolveu em um período de tempo delimitado (09/11/2014 à 10/012015) e contou com a participação de 63 respondentes de diversas ocupações dentro do ramo de industrial.
4.1 Funções ou cargo
	
A população da amostra foi concentrada em indivíduos que atuam na área industrial, sendo 5,33% diretores, 13,33% gerentes de produção, 32% supervisores de produção, 14,67% coordenadores e 34,67% são outros, tais como, líder de produção, analista de processo produtivo, engenheiro de produção e encarregado de produção conforme figura 2.
Figura 2. Funções e cargos.
Fonte: Dados da pesquisa
4.2 Números de funcionários
A amostra se concentrou principalmente em pessoas que atual em empresas com mais de 500 funcionários, conforme figura 3, podemos afirmar que os dados coletados são em sua maioria, pessoas que atuam em empresas de médio e grande porte, nacionais ou multinacionais. 
Figura 3. Números de funcionários.
		Fonte: Dados da pesquisa
4.3 Sobre a Teoria das restrições
O terceiro bloco do questionário foram apresentadas assertivas, relacionadas especificamente ao objetivo deste estudo. Foi feita uma comparação entre os números obtidos no questionário e o que a teoria apresenta sobre o tema.
4.3.1 A importância da TOC para a lucratividade da empresa
Conhecer a restrição de um processo, dentro da cadeia de manufatura é importante para a empresa ser competitiva, onde conforme resultado da figura 4, onde 55,56% concordam totalmente, 34,92% concordam e 3,17% concordam parcialmente com essa afirmação, isso comprova que a população amostral concorda com a afirmativa, que conhecer a restrição do processo torna a empresa mais competitiva.
	A medida que as metas são voltadas para a medição do desempenho global da empresa, a teoria das restrições (TOC) tem papel fundamental, pois adequa a compreensão do inter-relacionamento entre os tipos de recursos, fazendo com que eles atuem de forma otimizada, com isso contribuindo para a melhor utilização de todos recursos gargalo e não-gargalos, fazendo com que a empresa se torne mais competitiva (GUERREIRO,1999). 
Figura 4. Conhecer a restrição da empresa.
Fonte: Dados da pesquisa
4.3.2 Para um melhor fluxo de processo produtivo
Para uma melhor otimização do processo de manufatura, tendo como foco a produtividade, é melhor balancear a capacidade e tentar manter o fluxo, o resultado dessa assertiva conforme figura 5 foi, 22,22% concordam plenamente, 38,10% concordam e 30,63% concordam parcialmente ou seja, a amostra acredita que balancear a capacidade é a melhor maneira para se atuar em um processo, desde mantenha o fluxo.
A teoria das restrições advoga contra a balanceamento da capacidade, pois a ênfase está sobreo fluxo dos materiais e não na capacidade instalada do sistema, e isso só é possível com a identificação do gargalo, que a partir daí, torna o fluxo suave e continuo (GUERREIRO,1999).
Figura 5. Balancear o fluxo ou capacidade.
Fonte: Dados da pesquisa
4.3.3 Importâncias da TOC para solução de problema 
A TOC como análise de processo e solução de problema, colabora com que a empresa possa atingir sua meta, que no caso é a lucratividade, mediante essa afirmativa, conforme figura 6, o resultado foi, 22,22% concordam plenamente, 36,51% concordam e 9,52% concordam parcialmente com essa afirmativa, porém 26,98% dizem não conhecer sobre a teoria da TOC.
Uma vez que as restrições limitam a performance do sistema, alcançar sua meta e a única maneira de melhorar o desempenho é atacando a restrição, a TOC tem papel fundamental nesse processo de análise e solução de problema, pois a TOC tem como uma de suas regras elevar a restrição (GUERREIRO,1999).
Figura 6. Importância da TOC.
Fonte: Dados da pesquisa
4.3.4 Gargalos de produção parado
	A afirmativa “uma hora perdida de produção é somente uma hora perdida daquele recurso”, o gargalo é que influencia todo o ritmo do processo em toda a cadeia produtiva, se ele parar, o processo não vai conseguir suprir a perda, porém 43,03% discordam totalmente, 32,92% discorda e 7,94% discordam parcialmente da afirmativa, conforme figura 7, que demonstra que a população amostral não interpretar o gargalo de um processo como o delimitador de um processo de produção.
	Qualquer tempo perdido em um gargalo diminui o tempo total de produzir, tendo em vista que os recursos não-gargalos devem trabalhar de forma balanceada, com o fluxo estabelecido pelo gargalo, a diminuição do tempo do gargalo, provoca automaticamente uma redução no tempo de trabalho como um todo (GUERREIRO, 1999).
Figura 7. Gargalo de produção
Fonte: Dados da pesquisa
4.3.5 Impactos do gargalo no inventario
	Os gargalos limitam temporariamente os fluxos, mas tem pouco impacto sobre os inventario, mas conforme figura 8, segundo essa afirmativa 38,10% discordam totalmente, 31,75 % discordam e 9,52% discordam parcialmente, conclui-se que para a população amostral o gargalo não tem impacto sobre o inventário. 
	Observando que o gargalo determina o fluxo do sistema, além disso, o gargalo determina o nível do inventário, que por sua vez são instalados buffers, pois estes são alocados em pontos estratégicos de forma que possam isolar o gargalo, de flutuações estatísticas provocadas pelos processos não gargalos evitando atrasos no gargalo e consequentemente impacto no inventário, (GUERREIRO,1999).
Figura 8. Impacto do gargalo no inventario.
Fonte: Dados da pesquisa
4.3.6 Desempenhos sistema
	Após a solução de um gargalo produtivo, a empresa não deve ter mais preocupações com desempenho do sistema, seguindo essa afirmativa 38,10% concordam parcialmente, 34,92% concordam e 12,70% concordam totalmente, conforme Figura 9, onde mostra uma incerteza ao funcionamento de um gargalo.
	A regra básica de um gargalo, é após um forte trabalho para aperfeiçoar o recurso gargalo, ele torna-se um recurso não gargalo, porém em seguida um novo recurso gargalo surgira automaticamente, fazendo com que a empresa nunca deixe de se preocupar com o gargalo, pois ele sempre vai existir em qualquer processo (GUERREIRO,1999).
Figura 9. Preocupação com desempenho do sistema.
Fonte: Dados da pesquisa
4.3.7 Utilizações de buffer
		
	A utilização de buffer próximo ao gargalo de produção é importante para manter o fluxo do sistema, conforme Figura 10 o resultado mostra que 34,92% concordam parcialmente, 39,68% concordam e 1,59 % concordam totalmente, onde mostra uma incerteza ao funcionamento de um gargalo.
	É preciso evitar qualquer tipo de parada do gargalo, pois todo o sistema perde em produtividade automaticamente caso ocorra algum problema de processo, os buffers que por sua vez são denominados de pulmão próximos ao gargalo, são uma forma estratégica e de grande importância ao sistema produtivo (GUERREIRO,1999).
Figura 10. Importância de utilização de buffer.
Fonte: Dados da pesquisa.
4.3.8 Processos não-gargalos
	O nível de utilização de um processo não-gargalo é determinado dentro de uma linha de produção pelo próprio potencial, conforme Figura 11, 44,44% discordam totalmente, 38,10% discordam e 9,52% discordam parcialmente dessa afirmativa, tendo em vista que o gargalo é responsável pelo fluxo do processo, em outras palavras, ele determina a velocidade dos recursos-não gargalos, a pesquisa mostrou uma interpretação incorreta do impacto da operação não gargalo no processo. Segundo Guerreiro (1999), a utilização de um sistema não gargalo é determinada pelo gargalo.
Figura 11. Processo não-gargalo.
Fonte: Dados da pesquisa
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A teorias das restrições está incorporada em todos os processos produtivos de forma explicita ou implícito, como análise de gargalo nas empresas, e seu papel vêm integrando o processo de tal maneira, que sua utilização pode contribuir com a meta da empresa, que é ter lucro e ser competitiva.
O objetivo desse trabalho acadêmico foi verificar qual é o papel da teoria das restrições no processo produtivo e na identificação de gargalos.
Para tal foi desenvolvida uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa. Os dados foram coletados entre o período de 09 de novembro 2014 à 10 de janeiro 2015, o questionário foi disponibilizado on-line, através do site Survey Monkey, onde foram obtidas 63 respostas.
O objetivo da presente pesquisa foi alcançado, ou seja, identificou-se que o a teoria das restrições tem um papel fundamental no processo produtivo, porém destacou que muitos profissionais conhecem as ferramentas dentro da TOC, porém desconhece a teoria. 
Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que a TOC tem papel fundamental no processo de identificação de gargalos e otimização de processo na empresa, e que embora que os resultados demostram essa importância a população amostral não consegue lidar ou entender o real funcionamento dessa ferramenta onde na pesquisa houve diversos contrastes com a teoria. 
A partir deste estudo ficam sugestões para o prosseguimento da pesquisa acadêmica:
a) Realizar uma pesquisa de natureza qualitativa com o objetivo de identificar e as dificuldades de implementação da TOC na empresa;
b) Estudo que mostre a importância do buffer dentro de um processo e sua estratégia de implementação;
c) Ampliar o período de análise, permitindo assim, aprofundar o conhecimento relativo ao grau de influência do impacto da TOC dentro de um processo produtivo e suas aplicações.
REFERÊNCIAS	Comment by Paolo: Verifique que todas as obras citadas no corpo do texto estão presentes na seção Referências.
ANTUNES J.; ALVAREZ R.; BORTOLOTO P.; KLIPPEL M.; PELLEGRINE I. Sistemas de Produção. São Paulo. Bookman, 2008.
GUERREIRO RINALDO. A meta da empresa. São Paulo, 2.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo. Atlas, 2008.
GOLDRATT, E. M.; COX, J. A meta um processo de melhoria contínua. 2 ed. São Paulo. Nobel, 2002.
KAUARK, F. S.; MANHÃES, C. F.; MEDEIROS, H. C. Metodologia da pesquisa cientifica. Bahia, Via Litterarium, 2010.
 
CHASE, R. B.; JACOBS, F. R.; AQUILANO, N.J. Administração da produção para vantagem competitiva. 10.ed. São Paulo. Bookman 2006.	Comment by Paolo: Editora?
PESSOA, P. F. A. Gestão Agroindustrial. Embrapa Agroindústria. Fortaleza, 2003.
RITZMAN L. P.; KRAJEWSKY L.J. Administração da produção e operações. São Paulo. Pearson Prentice Hall, 2004.
SLACK N.; CHAMBERS S.; HARLAND C.; HARRISON A.; JOHNSTON R. Administração da produção, São Paulo. Atlas, 1997
SLACK N.; CHAMBERS S.; HARLAND C.; HARRISON A.; JOHNSTON R. Administração da produção. São Paulo. Atlas, 1999.
TUBINO, B. F. Planejamento e controle da produção. São Paulo. Atlas, 2009.
VERGARA, S. C.Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 2.ed. São Paulo. Atlas, 1998.
APÊNDICE A - ROTEIRO DE COLETA DE DADOS 
Esclarecemos que o interesse da pesquisa é exclusivamente acadêmico, por isso todas as informações serão utilizadas estritamente para esse fim. Sua colaboração é muito importante para o sucesso da pesquisa e assim, contribuir para a verificação da importância da teoria das restrições em um processo produtivo. 
Antecipadamente agradecemos sua atenção. 
Aleksander C. Silva
MBA em Operações e Logística 
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)
BLOCO 1: Dados do Respondente
1- Função ou Cargo: 
Formação Superior: 
Tempo na função: () até 2 anos; () Entre 2 e 5 anos; () Acima de 5 anos 
Tempo na empresa: () até 2 anos; () Entre 2 e 5 anos; () Acima de 5 anos
BLOCO 2: Característica da Empresa 
2- Número de empregados da empresa em 2012 (classificação utilizada pela FIESP): 
() até 9 empregados 
() 10 a 99 empregados 
() 100 a 499 empregados 
() 500 e mais empregados
BLOCO 3: Sobre a teoria das restrições (TOC)
3- A TOC como analise de processo e solução de problemas colabora com que a empresa possa atingir sua meta que no caso é ter lucratividade.
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo
6 () Concordo Totalmente
7 () Não conheço a TOC
4- Para uma melhor otimização de um processo de manufatura tendo como foco a produtividade é melhor balancear a capacidade e tentar manter o fluxo. 
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo
6 () Concordo Totalmente
5- Conhecer a restrição de um processo dentro da cadeia de manufatura é importante para a empresa ser competitiva.
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo
6 () Concordo Totalmente
6- Uma hora perdido em um gargalo de produção é somente uma hora perdida daquele recurso.
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo
6 () Concordo Totalmente
7- Os gargalos limitam temporariamente os fluxos, mas tem pouco impacto sobre o inventario. 
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo
6 () Concordo Totalmente
8 - Após a solução de um gargalo produtivo a empresa não deve ter mais preocupações com o desempenho do sistema.
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo
6 () Concordo Totalmente
9- A utilização de buffer próximo ao gargalo de produção é importante para manter o fluxo do sistema. 
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo
10- O nível de utilização de uma processo não-gargalo é determinado dentro de uma linha de produção pelo próprio potencial.
1 () Discordo Totalmente
2 () Discordo 
3 () Discordo Parcialmente
4 () Concordo parcialmente
5 () Concordo