Direito Administrativo - Aula 16 - Responsabilidade I

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Responsabilidade I
DIREITO ADMINISTRATIVO
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RESPONSABILIDADE I
A responsabilidade é um dever anexo que surge quando há o descumpri-
mento de um dever principal: não lesar alguém.
RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR
Pelo cometimento de atos ilícitos, o servidor público poderá responder em 
três esferas, quais sejam:
• Civil – Código Civil.
• Administrativa – Lei n. 8.112/1990.
• Penal – crimes e contravenções – leis penais brasileiras.
CARACTERÍSTICAS DAS ESFERAS
1. Distintas – origens diversas.
2. Cumulativas – de um mesmo fato, o servidor poderá responder em todas 
as esferas.
3. Independentes – o resultado de uma das esferas não influencia as demais.
A esfera penal é a única que pode levar o servidor à prisão.
Absolvição Penal
A absolvição penal pode influenciar as demais esferas por dois motivos: 
• Negativa de autoria – não foi o servidor.
• Inexistência do fato – o fato não ocorreu.
Atenção!
Somente a absolvição por negativa de autoria ou por inexistência do fato 
repercute nas esferas civil e administrativa. Sendo assim, pode-se dizer que a 
independência entre as esferas é relativa.
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Absolvição por Outros Motivos
A absolvição por outros motivos não vincula as demais esferas.
Atenção!
Os certames públicos, frequentemente, cobram a absolvição por insuficiência 
de provas.
RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES
A obrigação de reparar os danos se estende aos sucessores até o valor da 
herança recebida.
Tipos de Responsabilidades
Subjetiva Objetiva
É aquela que depende da comprovação de 
dolo (intenção) ou culpa (negligência, impru-
dência ou imperícia).
É aquela que independe da comprovação de dolo 
(intenção) ou culpa (negligência, imprudência ou 
imperícia).
• Servidor – sempre responde de forma subjetiva, sendo necessário com-
provar dolo ou culpa.
• Estado – em regra, responde de forma objetiva.
AÇÃO DE REGRESSO
O agente público atua em nome do Estado.
Ex.: o policial federal atua em nome da União. Se ele causar um dano, a 
vítima poderá promover uma ação contra a União, a fim de obter indenização . A 
União, por sua vez, cobrará o dano ao agente público por meio de uma ação de 
regresso.
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A ação de regresso é uma ação judicial de natureza civil em que o Estado 
cobra do causador do dano o valor que foi obrigado a pagar a uma vítima.
Para que o Estado tenha êxito na ação de regresso, terá de provar que o 
agente agiu com dolo ou culpa, pois a responsabilidade do agente é subjetiva. 
Atenção!
Consoante o princípio da indisponibilidade dos bens e dos interesses públicos, 
o Estado é obrigado a promover ação de regresso quando houver indícios de 
dolo ou de culpa do agente.
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OBJETIVAParticular
(Dano)
Estado
Agente
Ex. 2: embriagado, o agente público capota um carro da Administração e 
causa dano de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Nesse caso, o agente responderá 
por causar dano direto ao Estado em ação ordinária de cobrança direta e 
NÃO em ação regressiva. Mesmo nessa hipótese, o agente público responde de 
forma subjetiva, ou seja, depende da comprovação de dolo ou de culpa.
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, 
de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Ivan Lucas.