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Resumo - Contratos e Obrigações

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Contratos e Obrigações
Obrigações: é o vínculo jurídico que une credor e devedor de uma determinada prestação (dar, fazer e não fazer).Sua origem é na ordem jurídica, pois temos como fonte das relações obrigacionais o fato jurídico devidamente qualificado e a lei, ou melhor, vontade humana ou fato humano(fonte mediata) e a lei(fonte imediata).
Contrato: É o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o intuito de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial, ou seja, é instrumento jurídico que exerce função econômica específica , com o intuito de atingir fins ditados pelos interesses patrimoniais dos contraentes.
sendo o contrato um negócio jurídico requer observar os requisitos de validade: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e forma prescrita ou não em lei. será necessária a presença de requisitos subjetivos, objetivos e formais para que o contrato seja válido.
Subjetivos
1- existência de duas ou mais pessoas, já que o contrato é um negócio jurídico bilateral ou plurilateral ;2-capacidade genérica das partes contraentes para praticar os atos da vida civil, as quais não devem enquadrar-se nos arts. 3º e 4º do CC, sob pena de o contrato ser nulo ou anulável;3-aptidão específica para contratar, pois a ordem jurídica impõe certas limitações à liberdade de celebrar determinados contratos;4-consentimento das partes contraentes, porque cada contraente tem determinado interesse.
Objetivos: dizem respeito ao objeto do contrato.
1- Licitude de seu objeto, que não pode ser contrário à lei, à moral, aos princípios da ordem pública e aos bons costumes; 2- possibilidade física ou jurídica do objeto;3-determinação de seu objeto, pois este deve ser certo ou , pelo menos, determinável;4-economicidade de seu objeto, que deverá versar sobre interesses economicamente apreciável, capaz de se converter, direta ou indiretamente, em dinheiro.
Formais:São atinentes à forma do contrato. A regra é a liberdade de forma, celebrando-se o contrato pelo livre consentimento das partes contraentes, pois apenas excepcionalmente a lei requer obediência aos requistos da forma.
Todo contrato é negócio jurídico bilateral, mas nem todo contrato é bilateral( posso ter contrato unilateral).
Transformações do contrato
Importância: Pacta sunt servanda - o contrato faz lei entre as partes;
Consensualismo: é o acordo, aceitação do negócio, estrutura.
Autonomia da vontade: liberdade contratual dos contraentes;a)com quem contratar;b)o que contratar;c)conteúdo do contrato.
Subdivisões do contrato de Adesão:
- Padronizado:As cláusulas já estão dispostas, unilateral, é obrigado a assumir;
- Formulário:existe alguns modelos de contratos, modelos prontos;
- Necessário: não tem oportunidade de escolher se quer ou não, é obrigatório; se faz necessário para realização de outro ato;
- Autorizado:O conteúdo passa pela chancela de um órgão de fiscalização.
Crise dos contratos
Em 1960 a autonomia da vontade enfrenta capítulo de renovação; autonomia privada- leis que passam a determinar a minha vontade; intervenção do estado nas relações contratuais.
PRINCÍPIOS
Significado: a norma jurídica não necessita de tanta mudança com o tempo.
1- Da Obrigatoriedade da convenção
Obrigatoriedade pela qual as estipulações feitas no contrato deverão ser fielmente cumpridas, sob pena de execução patrimonial contra o inadimplente ,apesar de não expresso é uma condição doutrinária para obter segurança jurídica fundamentando o princípio da obrigatoriedade, possui flexibilização, ou seja, permite revisão judicial(dirigismo contratual- intervenção do contrato nas relações patrimoniais) e exceção do contrato não cumprido (em determinados contratos não posso exigir que o terceiro cumpra a obrigação sem que "eu" tenha cumprido anteriormente). 
2-Intangibilidade e Inalterabilidade
 O contrato é intangível, a menos que ambas as partes o rescindam voluntariamente ou haja a escusa por caso fortuito ou força maior, fora dessas hipóteses ter-se-á a intangibilidade ou a imutabilidade contratual.
3- Da Relatividade dos efeitos no negócio jurídico Contratual ( res inter alios acta)
Visto que não aproveita nem prejudica terceiros, vinculando exclusivamente as partes que nele intervieram, o contrato somente produz efeitos entre os contraentes (em regra).
Quanto a relatividade dos efeitos, a exceção é referente : promessa em favor de terceiro, contrato com pessoas a declarar e estipulação em favor de terceiro(ex:dos herdeiros universais de um contraente que, embora não tenham participado da formação do contrato em razão do princípio geral de direito ubi commoda ibi incommoda, sofrem seus efeitos; contudo , a obrigação do de cujus não se lhe transmitirá além das forças da herança;
4- Autonomia da vontade
No qual se funda a liberdade contratual dos contraentes, consistindo no poder de estipular livremente, como melhor lhes convier, mediante acordo de vontades, a disciplina de seus interesses, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica.
além da liberdade de criação do contrato, abrange portanto:
a) a liberdade de contratar ou não contratar, isto é, o poder de decidir, segundo seus interesses, se e quando estabelecerá com outrem uma relação jurídica contratual. b) a liberdade de escolher o outro contraente, embora às vezes a pessoa do outro contratante seja insuscetível de opção, ex: hipóteses de serviço público concedido sob regime de monopólio,ou seja, das empresas concessionárias de serviço público; c) a liberdade de fixar o conteúdo do contrato, escolhendo qualquer uma das modalidades contratuais reguladas por lei.
Liberdade Contratar: toda pessoa tem, desde que tenha capacidade negocial( a pessoa possui liberdade de contratar e está vinculada à função social do contrato imposta pelo ordenamento jurídico). ex:assinar um contrato.
Liberdade Contratual: Por ser mais técnica, indicando o poder de discutir livremente as cláusulas do contrato, ou seja, o conteúdo(valores de boa-fé e probidade).
5- Igualdade
pode ser: 
 formal: teoria dos contratos (reduzir a diferença para equilibrar as relações)
real: econômica, técnica.
6- Boa-fé
Art.422.cc - Os contraentes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Dever de agir com lealdade, honestidade, honradez, probidade, confiança, esclarecendo os fatos e conteúdo das cláusulas, procurando o equilíbrio nas prestações, respeitando o outro contraente, não traindo a confiança depositada, procurando cooperar, evitando o enriquecimento indevido, não divulgando informações sigilosas etc.
Objetiva:padrão de conduta
Subjetiva: estado de espírito
Função social do contrato
Art.421.cc- A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
O Contrato deve ter alguma utilidade social, de modo que os interesses dos contraentes venham a amoldar-se ao interesse da coletividade, também pode ter eficácia interna entre as partes contraentes.
- justiça interna: assume obrigações e direitos
-justiça externa:efeitos da sociedade
CLASSIFICAÇÃO
Matéria: público e Privado
- matéria: trabalhista, administrativo,consumo,comerciais, entre outros.
- tipicidade: típico(nominados) -previsto em lei
 atípicos(inominados)- não contrariem a lei e os bons costumes
Quanto natureza das obrigações:
Unilaterais- Se um só dos contraentes assumir obrigações em face do outro, de tal sorte que os efeitos são ativos de um lado e passivos de outro, pois uma das partes não se obrigará não havendo ,portanto, qualquer contraprestação. ex: depósito, comodato, mútuo, mandato (contratos benéficos)
Bilaterais: em que cada um dos contraentes é simultânea e reciprocamente credor e devedor do outro, pios produz direitos e obrigações para ambos, tendo por característica principal o sinalagma,ou seja, a dependência recíproca de obrigações; ex:contrato de compra e venda em que o credor tem a obrigação de entregar a coisa vendida ao comprador, ao passo que o comprador se obriga a pagar o preço ajustado;
obs: nem todo contrato sinalagmático é bilateral.
Gratuito: são aqueles que oneram somente uma das partes, proporcionando à outra uma vantagem,sem qualquer contraprestação. ex: doação pura e simples,o depósito mútuo sem retribuição.
Oneroso:são aqueles que trazem vantagens, para ambos os contraentes, pois estes sofrem um sacrifício patrimonial, correspondente a um proveito almejado.
Quanto a execução:
- imediata: são os contratos que se esgotam num só instante, mediante uma única prestação, ex: a troca, a compra e venda de uma coisa à vista.
- diferida:resolve mediante pagamento parcelado; no momento ou em curto espaço de tempo.
- trato sucessivo: renovam ao longo do tempo.
é possível revisão judicial quando tratar de cláusulas abusivas.
Quanto ao prazo:
Determinado: até a data que o contrato possui vigência. consequência: quebra do contratado.
Indeterminado: não tem início e não tem prazo final.
Quanto à forma:
Solene: Consiste naqueles para quais a lei prescreve, para a sua celebração, forma especial que lhes dará existência, de tal sorte, que se o negócio for levado a efeito sem a observância da forma legal, não terá validade, ou seja, a lei determina a forma especial.
Não solene:são os que perfazem pela simples anuência das partes, sem necessidade de outro ato, basta o consentimento dos contraentes para a sua formação.
Quanto a execução:
execução: são os que esgotam num só instante,mediante uma única prestação: ex, a compra e venda de uma coisa a vista, a troca etc.
diferida: resolve mediante pagamento parcelado, agora ou em um curto espaço de tempo.
Trato sucessivo: são os que protraem no tempo, caracterizando-se pela prática ou abstenção de atos reiterados, solvendo-se num espaço mais ou menos longo de tempo. o trato sucessivo pode solicitar revisão judicial quanto tratar de cláusulas abusivas.
Quanto ao prazo:
Determinado: até a vigência estabelecida no contrato. consequência: quebra do contrato, multa, perdas e danos.
Indeterminado: tem início e não tem prazo final. o cliente pode desistir do contrato.
Quanto a divisão dos contratos em atenção à pessoa do contraente
Pessoais ou "intuitu personae"- são aqueles em que a pessoa do contraente é considerada pelo outro elemento determinante de sua conclusão, impossibilidade de transferência, tem interesse que sejam por ele cumpridas, por sua habilidade particular, competência, idoneidade etc. 
obs: morte- personalíssima: não transfere a herdeiros.
Impessoais- são aqueles em que a pessoa do contraente é juridicamente indiferente. pouco importa quem execute a obrigação; o único objetivo é que a prestação seja cumprida. é transferível.
Quanto ao risco:
Comutativos: são aqueles em que cada contraente, além de receber do outro prestação relativamente equivalente à sua, pode verificar, de imediato essa equivalência. desde o contrato é estipulado o risco. ex: compra e venda,
aleatórios: são aqueles em que a prestação de uma ou de ambas as partes depende de um risco futuro e incerto, não se podendo antecipar o seu montante. as partes colocam-se, portanto, sob a perspectiva de uma sorte, que se irá refletir na existência ou na quantidade da prestação combinada, expondo-se elas à eventualidade recíproca de perca ou de ganho.
o risco pode ser: a) total ou absoluto, quando só uma das partes cumpre sua prestação, sem nada a receber em troca;e b) parcial ou relativo, quando, apesar de serem desproporcionados os montantes, cada um dos contraentes fornece alguma prestação.
Quanto a eficácia
Reais: são aqueles que apenas se ultimam com a entrega da coisa, feita por um contraente a outro, o vínculo contratual, só se forma com a tradição efetiva do objeto do ato negocial, por ser requisito essencial à sua constituição. ex: o comodato, o mútuo, o depósito, as arras, o penhor e a anticrese.
Consensuais: são os que não necessitam de forma especial para a formação, apenas declaração de vontade. ex: compra e venda de bens moveis, da locação, da parceria rural, do mandato, do contrato de transporte.
Quanto a dependência:
Principal: são os que existem por si, exercendo sua função e finalidade independentemente de outro.
Acessório: são aqueles cuja existência jurídica supõe a do principal, pois visam assegurar a sua execução. ex: a fiança, essa não poderá existir sem a locação.
Quanto ao Objetivo:
Preliminar: Garantir que o negócio não se perda;ex: compromisso de compra e venda.
Definitivo: encerra as condições do negócio.
Predisposição das cláusulas:
Os contratos paritários são aqueles em que as partes interessadas, colocadas em pé de igualdade ante o princípio da autonomia da vontade, discutem, os termos do ato negocial, eliminando os pontos divergentes mediante transigência mútua.
Os contratos por adesão constituem uma oposição à ideia de contrato paritário, por inexistir a liberdade de contravenção, visto que excluem a possibilidade de qualquer debate e transigência entre as partes, uma vez que um dos contraentes se limita a aceitar as cláusulas e condições previamente redigidas e impressas pelo outro aderindo a uma situação contratual já definida em todos os seus termos.
Elementos dos contratos
Existência, Validade e eficácia
Existência: há uma declaração de vontade, ou seja, declarar e consentir, o agente deve ser físico ou jurídico,possui um objeto e a forma pode ser escrita, verbal ou eletrônica.
Validade: A declaração é livre, séria no sentido de avença; capacidade das partes , o objeto é lícito e a forma é determinada especificamente pela lei.
eficácia: termo e condição.
a) capacidade das partes: genérica- discernimento normal das pessoas; específica- legitimação, quem não possui restrição legal ou contratual. 
b)legitimação:restrição; Legal: tutor e curador,comprador e devedor - há conflito de interesses; juiz -magistério, sócio acionista ou cotista). Contratual: limitar as partes, acordo de não concorrência; cria restrição, apesar da parte capaz retirar legitimação.
c)Idoneidade do objeto: parte com capacidade do objeto.
lícito: moralmente -normal para a sociedade; legalmente - executar mediante o que foi estabelecido no contrato.
possível:juridicamente-licitude moral e legal; fisicamente - "res in commercio" coisa disponível no comércio.
determinado:refere a segurança daquilo que se negocia, devendo ser objeto certo.
determinável:que se possa determinar no momento da obrigação. ex: qualidade, quantidade.
d)Consentimento
livre:é a regra, e permite que se realizem negócios jurídicos através da livre manifestação de vontade quando a lei nada disser em contrário. não possui vícios, dolo, erro, coação, fraude
sério:comprometido, exige como condição para validade de determinados negócios, visando a segurança e a autenticidade do negócio.
No sentido de avença: a simples entrega do objeto deve declarar se é doação, empréstimo, entre outros.
Adequação da forma: prevista em lei.
Causa: motivo de existência ; Objeto: é o contrato.
Formação dos Contratos
1)Negociações Preliminares
Nada mais são do que conversações prévias, sondagens e estudos sobre os interesses de cada contraente, tendo em vista o contrato futuro, sem que haja qualquer vinculação jurídica entre os participantes; não cria direitos nem obrigações, mas tem por objeto o preparo de consentimento das partes para a conclusão do negócio jurídico contratual, não estabelecendo qualquer laço convencional , podem passar à minuta reduzindo a escrito alguns pontos constitutivos do conteúdo do contrato.
negociações preliminares há contrato?
é uma fase não contratual, não existe manifestação de vontade, apenas mero estudo.
Responsabilidade: é extra contratual; pode discutir cláusulas, preço, prazo de entrega, é válido negociar a minuta;
2)Proposta/OfertaA oferta ou proposta é uma declaração receptícia de vontade, dirigida por uma pessoa à outra (proponente ao oblato) , por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar.
- Caracteres: É declaração unilateral de vontade, por parte do proponente; reveste-se de força vinculante em relação ao que a formula, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio ou das circunstâncias do caso (art. 427 e 428CC); é negócio jurídico receptício;deve conter todos os elementos essenciais do negócio jurídico proposto; é elemento inicial de contrato, devendo ser, por isso, séria , completa, precisa e inequívoca.
3) Aceitação
É a manifestação da vontade, expressa ou tácita, da parte do destinatário de uma proposta, feita dentro do prazo, aderindo a esta em todos os seus termos, tornando o contrato definitivamente concluído, desde que chegue, oportunamente, ao conhecimento do ofertante.
Art. 430cc- se a aceitação, por circunstância imprevista chegar tarde o ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-a imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas mais danos.
- requisitos da aceitação:
* não exige obediência a determinada forma, pois, salvo nos contratos solenes, a aceitação pode ser expressa, se o oblato declarar sua aquiescência, ou tácita, se um ato inequívoco, do aceitante permitir concluir sua anuência à oferta.
* a aceitação deve ser oportuna, pois necessário se torna que ela seja formulada dentro do prazo concedido pela policitação. A oferta pode ser sem prazo, caso em que persistirá até que haja retratação, antes de se expedir a aceitação;com prazo arbitrário, fixado pelo proponente, ou moral, se for necessário de reflexão ou que seja suficiente para que a resposta chegue ao conhecimento do ofertante. a aceitação só terá força vinculante quando manifestada tempestivamente; a aceitação tardia não produz qualquer consequência jurídica, porque a proposta se extingue com o decurso de certo lapso de tempo.
*a aceitação deve corresponder a uma adesão integral à oferta, nos moldes em que foi manifestada, pois o contrato pressupõe a integração de duas ou mais vontade coincidentes.
* a resposta deve ser conclusiva e coerente. se for condicional, equivalerá a uma nova proposta, a não se que o policitante já tenha anuído sobre a condição estabelecida.art 431cc, a aceitação for do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. havendo aceitação modificativa que introduz alterações na oferta, fazendo-lhe adições ou restrições, não se tem concluído o contrato, pois a resposta do oblato se transforma em proposta ao ofertante primitivo, desse modo, antes de acasalarem os consentimentos para estabelecer um contrato, ter-se-ão apenas duas propostas, por faltar o encontro de vontades que estabelece o liame contratual ; o oblato passará a ser o proponente e, para formação do contrato, ficará na dependência de uma resposta do primitivo ofertante, aceitando ou não a nova proposta.
- Aceitação entre presentes ( inter praesentes)
A policitação poderá estipular ou não o prazo para aceitação.se a proposta não contiver prazo para aceitação, esta deverá ser manifestada imediatamente, senão a oferta deixará de ter força vinculativa. se a proposta estipulou prazo, a aceitação deverá ser pronunciada no termo concedido, sob pena de desvincular-se o policitante.
- Aceitação entre ausentes (inter absentes)
existindo prazo, este deverá ser obedecido, mas se a aceitação se atrasar por falha do correio, por ex, o proponente deverá dar ciência do fato ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. se não estipulou prazo,a aceitação deverá ser manifestada dentro de tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente.
4) Momento da Conclusão do Contrato
A fim de estabelecer a obrigatoriedade do ajuste, será preciso verificar quando se perfaz o liame jurídico que une os contraentes, cessando a possibilidade de retratação, compelindo as partes a executar o negócio, sob pena de serem responsabilizados pelas perdas e danos.
se o contrato for entre presentes nenhum problema haverá, visto que as partes se encontrarão vinculadas no mesmo instante em que o oblato aceitar a proposta, ou seja, com o acordo recíproco. só então o contrato começará a produzir efeitos jurídicos, já que apenas terá existência de direito no momento que houver união coincidente das vontades dos contraentes.
se o contrato for entre ausentes, efetivado por correspondência epistolar ou telegráfica, havendo, devido à ausência do oblato, um intervalo de tempo mais ou menos longo entre a manifestação do aceitante e o conhecimento dela pelo policitante.
teoria da informação ou cognição : cujos adeptos reputam perfeito o contrato no momento em que o ofertante tem ciência da aceitação do oblato, visto que não se pode dizer que exista um acordo de vontades e, portanto,um consentimento recíproco a respeito de um negócio jurídico contratual que se pretende realizar, sem que proponente e aceitante conheçam a vontade um do outro. para a formação do contrato é necessário que o proponente tome conhecimento da aceitação, o oblato, por sua vez também deve saber que isso aconteceu, e assim sucessivamente, de forma que essa situação iria até o infinito;
teoria da agnição ou declaração: parte do princípio de que o contrato se aperfeiçoa no instante em que o oblato manifesta sua aquiescência à proposta. art 434cc, os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida; 434, II- exceto se o proponente se houver comprometido a esperar a resposta, estabelece, indubitavelmente, que o momento consumativo do contrato será o da recepção e não o da expedição. III- não se perfaz com a expedição da aceitação, se ela não chegar no prazo convencionado.
conclui-se que o vinculo contratual se torna obrigatório, no momento da expedição da aceitação, salvo algumas exceções quando se aplica a teoria da recepção.
5)Lugar da Celebração do Negócio Jurídico 
Pelo CC , art 435,o contrato reputar-se-à celebrado no local em que foi proposto.
Pela LINDB, art 9º§2º, aplicável no direito internacional privado, a obrigação resultante do contrato considerar-se-à constituída no lugar em que residir o proponente.
Interpretação do Contrato
O Contrato como todo negócio jurídico, decorre de manifestação de vontade dos contratantes e visa realizar certo objetivo, criando, com base em norma jurídica, direito subjetivo, e impondo, por outro lado, obrigações jurídicas. dele nasce, portanto, uma situação jurídica inteiramente nova. infere-se daí a grande semelhança entre contrato e lei: ambos decorrem de atos volitivos e ambos são normas de direito, gerando grandes efeitos análogos, distintos apenas pela sua extensão.
Aplicam-se , por isso, à hermenêutica do contrato princípios concernentes à interpretação da lei, embora a tarefa do intérprete do contrato encontre certas dificuldades que o hermeneuta da lei não terá de enfrentar, pois, enquanto a hermenêutica assume feição objetiva por ter de eliminar dúvidas e ambiguidades que afetem a lei, a interpretação exerce, concomitantemente, função objetiva e subjetiva, já que,além de analisar o contrato e suas cláusulas deverá examinar a intenção comum das partes contraentes. Dever-se-à buscar, na tarefa de interpretação contratual, os princípios de boa-fé objetiva ( art. 422 cc) e o da conservação ou do aproveitamento do contrato, procurando presumir que os contraentes agiram com probidade e fazendo com que, havendo dúvida,prevaleça a diretriz interpretativa conducente à produção de algum efeito ou à sua exequibilidade.
Prescreve a lei que:
1-Nas declarações de vontade se atenderá mais à sua intenção do que ao sentido literal da linguagem (art 112cc), o intérprete deverá, pretendendo-se ao tipo contratual, reconstituir o ato volitivo dos contraentes, pesquisando qual teria sido a sua real intenção e os fins econômicos visados por eles, corrigindo sua manifestação,escrita ou verbal erroneamente expressa;
2-Os contratos benéficos ou gratuitos deverão ser interpretados restritivamente (art 112 e 114cc) isto é, o juiz não poderá dar aos contratos interpretação ampliativa, devendo limitar-se, unicamente, aos contornos traçados pelos contraentes, vedada a interpretação com dados alheios ao seu texto;
3- A fiança ser dará por escrito e não admitirá interpretação extensiva de modo que o fiador só responderá pelo que estiver expresso no instrumento da fiança e se alguma dúvida houver, deverá ser solucionada em favor dele.
4-Os negócios jurídicos deverão ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração (art113 cc).
5- Nos contratos por adesão, com cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-à adotar a interpretação mais favorável ao aderente (art 423cc)
A doutrina e Jurisprudência têm entendido que:
1- Em relação aos contratos, é preciso ater-se à boa-fé, às necessidades do crédito e à equidade;
2-Nos contratos ou nas cláusulas que contiverem palavras que admitam dois sentidos, deve-se preferir o que mais convenha à sua natureza e ao seu objeto, de modo que possa produzir efeito jurídico; interpretar em atenção o que é exequível;
3- Nos contratos de compra e venda, no que compreende à extensão do bem alienado, deve-se interpretar em favor do comprador, porém todas as dúvidas deverão ser interpretadas contra o vendedor;
4- No caso de ambiguidade do texto contratual, dever-se-à interpretá-lo de conformidade com o costume do país ou do lugar em que foi estipulado;
5- No que concerne a vocábulo que se encontre no final de uma frase contida no contrato ou em qualquer de suas cláusulas, dever-se-à interpretá-lo como parte da frase toda e não somente da que a precede imediatamente, desde que compatível, em gênero e número, com toda a frase;
6- Na interpretação contratual, considerar-se-ão as normas jurídicas correspodentes;
7-Nas estipulações negociais, dever-se-à interpretar do modo menos oneroso para o devedor;
( possui mais 22 regras...)
Contratos Bilaterais
Em que cada um dos contraentes é simultânea e reciprocamente credor e devedor do outro, pois produz direitos e obrigações para ambos.
Bilaterais impróprios: é unilateral, mas por uma alteração na essência passa a ser bilateral; a essência unilateral vira impróprio imperfeito.
Efeitos:
Exceção do contrato não cumprido: Art. 476cc- nos contratos bilaterais,nenhum dos contraentes,antes de cumprida a obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
Art. 477cc- Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contraentes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Exceção material- serve para extinguir ou continuar; exceção processual: art. 476cc.
Clausula Resolutiva: A Inexecução; não realizar, deixar de cumprir a obrigação por uma razão voluntária ou involuntária.
* tácita: depende interpelação judicial (notificação extrajudicial); ainda que o contrato não determine.
*expressa: automaticamente com a inexecução; voluntária: negligência; involuntária: caso fortuito ou força maior.
Contratos Aleatórios 
O Contrato comutativo vem a ser aquele em que cada contraente, além de receber do outro prestação relativamente equivalente à sua, pode verificar, de imediato, essa equivalência. Será comutativo o contrato a título oneroso e bilateral em que a extensão das prestações de ambas as partes, conhecida desde o momento da formação do vínculo contratual, é certa, determinada e definitiva, apresentando uma relativa equivalência de valores, que por sua vez, são insuscetíveis de variação durante o implemento do contrato. Ex: um contrato de compra e venda, o vendedor sabe que receberá o preço estipulado na medida de seu interesse, e o comprador, que lhe será transferido o domínio da coisa que pretendeu adquirir.
O Contrato aleatório seria aquele em que a prestação de uma ou de ambas as partes dependeria de um risco futuro e incerto, não se podendo antecipar o seu montante. Aleatório será o contrato se a prestação depender de um evento casual, sendo por isso, insuscetível de estimação prévia, dotado de uma extensão incerta.Ex: contrato de seguro, o segurado em troca do prêmio, poderá vir a receber a indenização, se ocorrer o sinistro, ou nada receber, se aquele não advier.
O risco pode ser:
Total ou absoluto, quando só uma das partes cumpre sua prestação, sem nada receber em troca;
Parcial ou relativo, quando, apesar de serem desproporcionados os montantes, cada um dos contraentes fornece alguma prestação.
 Modalidades de contratos Aleatórios:
Emptio spei – em que um dos contratantes, na alienação de coisa futura, toma a si o risco relativo à existência da coisa, ajustando um preço, que será devido integralmente, mesmo que nada se produza (art 458cc), sem que haja dolo ou culpa do alienante. O objeto do contrato é a álea ou o risco. Se a álea se verificar sem culpa do devedor, este terá direito ao preço;porém, se não houver colheita por culpa do alienante, não haverá risco algum, sendo nulo, portanto, o contrato.
Emptio rei speratae - Ocorre se a álea versar sobre quantidade maior ou menor da coisa esperada. Art 459cc,parágrafo único- Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior á esperada.mas, se da coisa vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 461- A Alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
 
Vícios Redibitórios 
São falhas ou defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de contrato comutativo ou doação onerosa, não comum às congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se realizaria se esses defeitos fossem conhecidos, dando ao adquirente ação para redibir o contrato ou para obter abatimento no preço.
Ex: o automóvel que apresenta aquecimento excessivo no motor ao subir ladeiras; o prédio sujeito a frequentes inundações em virtude de chuvas.
Esses defeitos ocultos tornam o bem alienado inútil ao fim a que se destina ou lhe diminuem o valor; daí a lei conferir ao adquirente o direito de rescindir o negócio ou de pedir abatimento no preço. 
* AÇÕES EDILÍCIAS (ART. 442 CC): são as ações que o adquirente pode se valer para reclamar o vício redibitório em face do alienante.
Ações edilícias é gênero que possui duas espécies: REDIBITÓRIA e ESTIMATÓRIA (ESTIMATIVA QUANTI MINORIS). Elas são usadas conforme a perda do adquirente. Quando o defeito gera diminuição parcial do bem, nessa hipótese o adquirente pode optar pela devolução do bem com a restituição do valor pago, voltando as partes ao status quo ante, através da ação redibitória. Ou então, pode optar por ficar com a coisa, exigindo, porém, um abatimento no preço proporcional a diminuição funcional da coisa (ação estimatória). Em caso de perda total a ação cabível será sempre a redibitória por razões lógicas, afinal, não se pode reclamar por uma diminuição do bem quando ele se perde totalmente. * PRAZOS DECADENCIAS: os prazos para o ajuizamento das ações edilícias são decadenciais: trinta dias, se relativas a bem móvel, e um ano, se relativas a imóvel, contados nos dois casos, da tradição. Se o adquirente já estava na posse do bem, oprazo contasse da alienação, reduzido à metade (art. 445 CC). Podem os contratantes, no entanto, ampliar convencionalmente o referido prazo. Dispõe, a propósito, o § 1º do art. 445 do CC que, em se tratando de vício que só puder ser conhecido mais tarde, ou seja, se o vício for de difícil constatação, a contagem se inicia no momento em que o adquirente dele tiver ciência, com prazo máximo de cento e oitenta dias em se tratando de bens imóveis, e de um ano, para os imóveis. Já no caso de venda de animais, previsto no § 2º do dispositivo, os prazos serão os estabelecidos por lei especial, mas, enquanto esta não houver, reger-se-ão pelos usos locais, e, se estes não existirem, pelo disposto no § 1º. > OBS: a entrega de coisa diversa da contratada não configura vício redibitório, mas inadimplemento contratual, respondendo o devedor por perdas e danos (art. 389 CC) .
- Consequências Jurídicas:
1- A Ignorância desses vícios pelo alienante não o eximirá da responsabilidade, pois o fundamento de sua responsabilidade não é o seu comportamento, mas tão somente a aplicação do princípio da garantia.
2- Os limites da garantia, isto é, o quantum do ressarcimento e os prazos respectivos poderão ser ampliados, restringidos ou até mesmo suprimidos pelos contraentes; entretanto, nessa última hipótese, o adquirente assumirá o risco do defeito oculto.
3- A Responsabilidade do alienante subsistirá, ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, em razão de vício oculto, já existente ao tempo da tradição ( art. 444cc), devendo restituir o que recebeu, mais as despesas do contrato, embora o alienatário não mais lhe possa devolver o bem.
4- O Adquirente em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato, poderá reclamar o abatimento no preço ( art.442cc). Infere-se daí que, havendo vício redibitório, terá o adquirente duas alternativas a escolha: a) ou rejeitará a coisa defeituosa, rescindindo o contrato, por meio da ação redibitória, reavendo o preço pago e obtendo reembolso de suas despesas, além de perdas e danos se o alienante conhecia o vício; b) ou conservará o bem, reclamando o abatimento no preço, sem acarretar a redibição do contrato, lançando mão da ação estimatória ou quanti minoris.
5- O Defeito oculto de uma coisa vendida juntamente com outras não autoriza a rejeição de todas (art. 503cc); mesmo que o preço da venda tenha sido global, desde que as coisas não constituam um todo inseparável, somente a defeituosa será devolvida e o seu valor deduzido do preço.
6- O Terceiro que veio a adquirir o bem viciado não sofrerá as consequências da redibição; logo, se o adquirente o alienar, ficará impossibilitado de propor ação redibitória.
7- A Renúncia, expressa ou tácita, à garantia por parte do adquirente impede a propositura das ações edilícias.
Prazo
Prazo decadencial: 30 dias, contados da tradição da coisa móvel; e de 01 ano da entrega efetiva do imóvel ( art. 445cc); se já estava na posse do adquirente, o prazo conta-se da alienação, reduzindo à metade.
Evicção
Perda da coisa, por força de decisão judicial, fundada em motivo jurídico anterior, que a confere a outrem, seu verdadeiro dono, com o reconhecimento em juízo da existência de ônus sobre a mesma coisa, não denunciado oportunamente no contrato. 
A garantia dos riscos da evicção, que recai sobre o alienante, ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública, e sempre que se não tenha excluído tal responsabilidade, tem por escopo resguardar o adquirente contrata a perda da propriedade do bem ou o reconhecimento de algum ônus que o gravava por sentença judicial, assegurando-lhe, na hipótese de vir a perdê-lo, a restituição integral do preço, mais a indenização dos frutos que tiver sido obrigado a devolver, despesas contratuais e custas judiciais. “ a evicção não constitui direito real, que se transmita com a coisa para o domínio do adquirente. Por ela só responde quem foi parte no contrato”.
Nos contratos comutativos, bilaterais ou onerosos estabelecem a obrigação de transferência domínio, posso e ou uso de certa coisa, principalmente nos contratos de compra e venda, embora exista troca, mas doações modais que, sem perderem o caráter de liberalidade, assemelham-se aos contratos onerosos. A responsabilidade pela evicção da coisa alienada só poderá ser afastada se houver cláusula contratual expressa determinando a sua exclusão, portanto, não dependerá de culpa, dolo ou má-fé do alienante, de modo que haverá tal responsabilidade, ainda que ele esteja de boa-fé. 
Evicto: o adquirente que perderá a coisa adquirida ou sofrerá a evicção.
Alienante: que transfere o bem por meio de contrato oneroso, que estabelece o dever de transferir o domínio; por isso, irá suportar as consequências da decisão judicial.
Evictor: é o terceiro que move ação judicial, vindo a ganhar, total ou parcialmente, o bem objetivado no ato negocial.
- Condições necessárias para a configuração da responsabilidade pela evicção
1- Onerosidade da aquisição do bem, pois a responsabilidade pelos riscos da evicção é inerente aos contratos onerosos (art 447cc, 1ª parte), visto que se o evicto for privado de uma coisa adquirida a título gratuito, não sofrerá uma diminuição no seu patrimônio, mas tão somente deixará de experimentar um lucro. “O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às consequências da evicção ou do vício redibitório; nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário”. (art.552cc)
2- Perda, total ou parcial, da propriedade ou da posse da coisa alienada pelo adquirente, assim, se não houver perda do domínio ou da posse do bem, não se terá evicção. A evicção será total, se houver perda de toda a coisa adquirida, tendo, então o evicto o direito de obter a restituição integral do preço, com as indenizações previstas em lei. Na evicção parcial, por haver perda de uma fração ou de parte material ou ideal do bem, ou de seus acessórios, ou mera limitação do direito de propriedade.
3- Sentença judicial, transitada em julgado, declarando a evicção. Nesse caso, o evicto deverá ser condenado a restituir a coisa, uma vez que a evicção só surge com a perda judicial do bem adquirido, pressupondo um pronunciamento do poder judiciário. Entretanto, essa regra não é absoluta, visto que a jurisprudência mais recente tem admitido, em casos excepcionais, a evicção, independentemente de sentença judicial; ex: a) houver perda do domínio do bem pelo implemento de condição resolutiva; b) houver apreensão policial da coisa , em razão de furto ou roubo ocorrido anteriormente à sua aquisição; c) o adquirente ficar privado da coisa por ato inequívoco de qualquer autoridade.
4- Anterioridade do direito do evictor, pois a perda da coisa só caracterizará a evicção se, além de se dar por decisão judicial, se fundar em causa preexistente ao contrato entre alienante e adquirente, mediante o qual o evicto a adquiriu.
5- Denunciação da lide, o adquirente, para poder exercitar o direito que da evicçção lhe resulta, deverá notificar o litígio o alienante, quando e como lhe determinarem as leis processuais.
 
Direitos do evicto
Se houver perda da coisa adquirida em virtude de decisão judicial, o evicto terá direito de:
Demandar pela evicção, movendo ação contra o transmitente, exceto: a)se no contrato se convencionou expressamente a exclusão da responsabilidade pela evicção(art. 449cc 1ª parte); entretanto, não obstante haver tal cláusula excludente da garantia contra a evicção, se esta se der, como vimos anteriormente, o evicto terá direito de recobrar o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou , dele informado, não o assumiu (art.449 2ª parte); b)se foi privado da coisa, não pelos meios judiciais, mas por caso fortuito, força maior, roubo ou furto, esbulho ou apreensão pela autoridade administrativa;c)se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa, pois, se tinha ciência de que o bem pertencia a outrem, acumpliciou-secom o transmitente neste ato ilícito, assumindo, então, o risco do bom ou mau resultado da demanda intentada contra o transmitente, sendo punido pela lei, que exclui a garantia.se tinha conhecimento, tem o direito de reaver o preço que desembolsou, se vier a perder o bem;
 Reclamar, no caso de evicção total, além da restituição integral do preço ou das quantias pagas, tendo por base o valor da coisa ao tempo em que se evenceu, incluídos os juros legais e a atualização Monetária, salvo estipulação em contrário, a indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir ao reivindicante; o pagamento das despesas do contrato e de todos os prejuízos que diretamente resultem da evicção; as custas judiciais;
Obter o valor das benfeitorias necessárias ou úteis que não lhe foram abonadas, pois se é possuidor de boa-fé deverá receber do alienante o valor delas, tendo inclusive o direito de reter a coisa até que seja reembolsado das despesas feitas com tais benfeitorias. Em regra, é o reivindicante que venceu a ação por se aproveitar das benfeitorias, quem deverá pagá-las ao evicto, se foi este quem as fez.se o evicto considerado de boa-fé, em face do alienante, já que a posse da coisa lhe fora transmitida normalmente, o alienante é quem responderá pelo valor daquelas benfeitorias, pois as necessárias serão pagas pelo evictor;
Receber o valor das vantagens das deteriorações da coisa, desde que não tenha sido condenado a indenizá-las. Logo, o valor das vantagens que o evicto obteve com a deterioração do bem. Ex: se vendeu materiais resultantes da demolição do prédio, será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante, a não ser que tenha sido condenado a indenizar o terceiro evincente;
Haver o que o reforço ou a redução da garantia lhe assegurar, em quantia ou em coisa, bem como demandar o terceiro fiador, se houver, e se, obviamente, a evicção estiver reforçada ou diminuída por cláusula expressa, estipulando, ex: restituição em dobro, fiança, exclusão de certas despesas etc;
Convocar o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, à integração da lide, se proposta uma ação para evencer o bem adquirido, para que responda pelas consequências, assumindo a defesa, pois só assim poderá exercitar o direito que da evicção lhe resulta;
Citar, para uso do direito que a lei lhe concede, o seu alienante imediato, em caso de vendas sucessivas, como responsável, e este chamará o seu antecessor para garantia, e assim sucessivamente, até alcançar aquele de onde partiu a alienação viciosa;
Optar, sendo parcial e considerável a evicção, entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ou proporcional ao desfalque sofrido, calculando de acordo com o valor da coisa ao tempo da evicção, ainda que venha a receber menos do que pagou, por haver diminuído o seu valor;
Responsabilizar os herdeiros do alienante pela evicção, se este vier a falecer.
EFEITOS DOS CONTRATOS
terceiro: qualquer pessoa que integra o contrato que não é parte.
O Princípio geral é o de que o contrato não beneficia e não prejudica a terceiros, atingindo unicamente as partes que nele intervieram; esse princípio não é absoluto, se de um lado , nenhum terceiro pode ser vinculado a um ato negocial no qual não anuiu, por outro lado, a existência de um contrato produz efeitos no meio social, repercutindo em face de terceiros, que deles não podem escapar por força de lei ou da vontade das partes.
A estipulação em favor de terceiro vem a ser um contrato estabelecido entre duas pessoas, em que uma ( estipulante) convenciona com outra (promitente) certa vantagem patrimonial em proveito de terceiro ( beneficiário), alheio à formação do vínculo contratual. ex: suponhamos a hipótese de uma separação consensual ou de um divórcio, em que o marido promete à mulher doar ao único filho do casal, uma parte dos bens que lhe coube na partilha. surge assim um contrato ente marido(promitente) e mulher(estipulante), convencionando uma obrigação, cuja prestação será cumprida em favor de um terceiro(o filho, que será o beneficiário) totalmente estranho ao contrato, pois não toma parte na formação do ato negocial.
Partes:
O estipulante: que, sem ser representante de quem quer que seja, agindo em seu próprio nome, contrata em benefício e no interesse de terceiro, obtendo, desse modo, de outrem uma promessa em favor do beneficiário;
O Promitente ou devedor: que se obriga a uma prestação perante o estipulante, em favor de terceiro;
O Beneficiário: que é o terceiro a quem o contrato aproveitará .
Obs: Para que se configure a estipulação em favor de terceiro, é imprescindível que o terceiro beneficiário seja estranho ao contrato.
Contrato por terceiro: O Contrato produzirá efeitos em relação a terceiro se uma pessoa se comprometer com outra a obter prestação de fato de um terceiro não participante dele, caso em que se configura o contrato por terceiro(promessa por fato de terceiro) . O Devedor deverá obter o consentimento do terceiro, pois este é que deverá executar a prestação final. O Promitente deve obter tal anuência, mas como sua obrigação é de resultado, não se exonerá, apesar de ter envidado esforços para conseguir aquele consenso. se o terceiro consentir em realizá-la executa-se a obrigação do devedor primário que se exonerá. porém, se o terceiro não a cumprir, o devedor primário será inadimplente, sujeitando-se, então à perdas e danos, de forma que o credor terá ação contra ele e não contra o terceiro.
Contrato com pessoa a declarar: Um dos contraentes tem o interesse em fazer-se substituir por pessoa cujo nome pretende ocultar, no momento da celebração do negócio(ex, condômino que quer adquirir outras cotas da copropriedade; vizinho que quer comprar área contígua tc.), embora tal substituição possa não ocorrer.
O Contrato só terá eficácia entre os contraentes originários se:
a) não houver indicação da pessoa a declarar; b) o nomeado se recusar a aceitar sua nomeação; c) a pessoa indicada for insolvente, fato este desconhecido no momento de sua indicação. Com isso, percebe-se que o negócio é aleatório, o indicante aceita o risco da insolvência do indicado e, diante do princípio da boa-fé, a cláusula de responsabilidade pela idoneidade do indicado está ínsita contratualmente, por isso, quem nomeia terceiro responderá se este for inidôneo ou insolvente.
EXTINÇÃO DO CONTRATO
O Contrato,como todo e qualquer negócio jurídico, cumpre seu ciclo existencial. Nasce do mútuo consenso, sofre as vicissitudes de sua carreira, e termina normalmente com o adimplemento das prestações, sendo executado pelas partes contraentes em todas as suas cláusulas. A Execução é , pois, o modo normal de extinção do vínculo contratual, não suscitando, por isso, quaisquer problemas quanto à forma e aos efeitos, já que uma vez executado o contrato, extinguir-se-ão todos os direitos e obrigações que originou. A Solutio é o seu fim natural, liberando-se o devedor com a satisfação do credor. O Credor, ou o seu representante, por sua vez, atestará o pagamento por meio da quitação. A Quitação é o ato pelo qual se atesta o pagamento, provando-o, exonerando-se, então, o devedor da obrigação cumprida.
Causas de dissolução:
- Dissolução: Posterior a formação do contrato, ex: trata-se de defeitos de manifestação da vontade, vícios sociais; se anterior, verificar a ineficácia; se posterior, dissolução imputável ou não, motivo, causa, fator; ex: vontade; caso fortuito ou forma maior, não imputável.
- Ineficácia ( anulação, nulidade): O Contrato para ter validade precisará observar as normas jurídicas atinentes a seus requisitos subjetivos, objetivos e formais, sob pena de não produzir consequências jurídicas. A Nulidade, É uma sanção por meio da qual a lei priva de efeitos jurídicos o contrato celebrado contra os preceitos disciplinadores dos pressupostos de validade do negócio jurídico.
anulação e nulidade são fatores que maculam o contrato; pode ser por processo judicial, motivo: vícios que vão desconstituir o contrato,independe da vontade da outra parte; O Juiz decide e desconstitui o contrato.
Resilição: Extinção do contrato pela vontade das partes, pode ser unilateral ou bilateral.
 A resilição unilateral depende da denúncia, ou seja não quer permanecer vinculado; imotivada- tem obrigação de indenizar; com motivo- fundamento para afastar as penalidades.
Resilição unilateral- É a dissolução do contrato pela simples declaração de uma das partes; muito comum no mandato, comodato, deposito e em contratos de execução continuada, opera-se mediante denúncia notificada à outra parte. Assume, em certos casos, a feição especial de revogação, renúncia e resgate. produz efeitos ex nunc.
Resilição bilateral- O Distrato é negócio jurídico que rompe o vínculo contratual, mediante a declaração de vontade de ambos os contraentes de por fim ao contrato que firmaram. submete-se às mesmas normas e formas relativas aos contratos. o art. 472 é aplicável, porém, ao caso de distrato de contratos cuja forma é prescrita em lei. o distrato produz efeitos ex nunc.
Modalidades:
*Despedida: prestação de serviços , manual, braçal.
* Revogação: ato unilateral que uma das partes se retrata de um poder dado a outro, pela vontade extinguiu o contrato.
* Renuncia: Ato unilateral de uma adbicação , de uma faculdade.
Parágrafo único , art. 473 cc- Incorre com vários prestadores de serviço. situações em irrelevante investimento, recupere os contratos. a denuncia só surte efeitos a partir da recuperação dos investimentos.
Resolução: Impossibilidade de continuidade da prestação; não tem outra saída porque o cumprimento do contrato tornou-se impossível.
REVISÃO JUDICIAL
Pacta sunt servanda: É o Princípio da Força Obrigatória, segundo o qual o contrato obriga as partes nos limites da lei. É uma regra que versa sobre a vinculação das partes ao contrato, como se norma legal fosse, tangenciando a imutabilidade. A expressão significa “os pactos devem ser cumpridos”
Principio da continuidade: neste princípio uma lei continua a valer até que seja revogada. Ela não se aplica as leis temporárias, pois essas como o próprio nome já diz, tem um tempo previsto para deixar de valer, em seu texto vem especificado sua duração.
Teorias
Rebus sic stantibus - Possibilidade de rever o contrato; Cláusula tácita; costumes; contrato comutativo(impossível o cumprimento, sacrifício exorbitante).
Teoria da Imprevisão: Contratos prestações sucessivas; 1ª GM; caso fortuito/força maior
Onerosidade: Obrigação mais gravosa do que esperado art. 317cc; 
vantagem excessiva e sacrifício injusto, os contratos devem ser revistos.

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