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FAMÍLIA COMO FATOR DE RISCO

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Nota:
____________
Graduação em Psicologia
Disciplina: Processos educacionais de indivíduos em situação de risco
Professor: Simoni Urnau Bonfiglio 
Acadêmico (a): Larissa Garcia 
Sexta-Feira, 11 de Maio de 2018.
A PSICOLOGIA NO AUXILIO DOS INDIVÍDUOS EM SITUAÇÃO DE RISCO.
O psicólogo tem como fundamento para seu trabalho o respeito mútuo e a promoção da liberdade, da dignidade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Trabalha visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades, contribuindo para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Atuando com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural. 
	
O profissional da área de Psicologia desfruta de um vasto mercado de trabalho. Algumas das áreas de atuação possíveis do profissional formado em Psicologia são: Psicologia clínica; psicologia educacional; orientação e assessoria em organizações e empresas; consultoria em recursos humanos; psicologia jurídica; psicologia hospitalar e psicologia comunitária. Novos desafios e campos surgem junto às agências de publicidade, onde trabalham com pesquisas relativas a consumidores, produtos e serviços. Vale ressaltar que psicólogos ainda desempenham forte papel social, bem como promoção de saúde, fazendo parte das equipes dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
	
O Curso de Psicologia do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, vinculado à área de saúde e adequado a uma realidade regional, traz como proposta a formação de psicólogos com competências e habilidades que lhe possibilitem a atuação nos diversos contextos da psicologia, em questões de ordem psicológica de indivíduos, grupos, instituições e comunidades em caráter psicossocial, preventivo, clinico e saúde. Para isso, o profissional deverá ser capaz de atender a comunidade na medida de suas necessidades
A saúde pública/coletiva é definida como campo de conhecimento e de práticas organizadas institucionalmente e orientadas visando a promoção e prevenção da saúde das populações. Promoção e prevenção de saúde são dois termos que caminham juntos, pois ambos envolvem estratégias de intervenção no processo saúde-doença do indivíduo, e as ações de cada uma implicam na melhoria da saúde da população como um todo, porém, com distintos significados, e formas de atuação. A prevenção da saúde consiste em medidas gerais educativas, e ações preventivas, principalmente como proteção contra riscos e ameaças ao meio ambiente. Um facilitador no processo de comoção das pessoas para aumentar seu controle sobre a saúde, para alcançar um adequado estado de bem-estar e equilíbrio físico, mental e social. Para se obter êxito é essencial compreender que o desenvolvimento da saúde não se baseia somente na luta contra a doença e as práticas clínicas tradicionais. Na prevenção o psicólogo trabalha junto à comunidade em ações dirigidas a população em geral ou segmentos específicos, no caso educação em saúde. 
Segundo Ferreira (1986), prevenir significa preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize. Assim, sendo, a prevenção da saúde é um esforço para realizar uma ação que antecipe e bloqueia o avanço de alguma doença. Estas ações definem-se por meio de intervenções e orientações educativas, para evitar o surgimento de doenças, reduzindo sua incidência entre a população. Os projetos de prevenção são estruturados com base na divulgação de saberes científicos e recomendações normativas, proporcionando a mudança de hábitos. 
Todavia, a Promoção da Saúde é definida como a capacitação das pessoas e comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida. São meios fornecidos à comunidade e às pessoas de “tomarem as rédeas da própria vida”. Tem um significado mais amplo que prevenção, pois é um impulsor de novos hábitos. Ela não foca em alguma doença específica ou situação problema, mas em aumentar a saúde e o bem-estar gerais
Enfatiza-se, assim, a necessidade de buscar redimensionar o pensamento científico, valorizando e ampliando a interação com outras formas de realidade, para dar conta da singularidade do ser humano. Trata-se de um esforço para construir uma nova relação com a verdade, que permita encontrar uma sabedoria além do conhecimento, interagindo com o contexto de cada ser humano, e suas vivências e experiências. Não cabendo negar o pensamento científico, dado que também são verdades, mas sim, de amplia-lo somando-o a um novo olhar que abrange fatores sociais da história da vida de cada indivíduo. Desse modo, se propõe através da prevenção e da promoção de saúde uma forma de utilizar o saber científico para explicar o real e atuar frente a ele, em suas diversas faces. 
. 
No livro “A Formação Social da Mente” Vygotsky (2007) caracteriza os aspectos humanos do comportamento e elabora hipóteses de como essas características se desenvolveram durante a vida do indivíduo e enfatiza três aspectos: Relação entre seres humanos e o seu ambiente físico e social, e novas formas de atividade que fizeram com que o trabalho fosse o meio fundamental de relacionamentos entre o homem e a natureza, bem como as consequências psicológicas dessas formas de atividade e do desenvolvimento da linguagem (VYGOTSKY, 2007). 
Vygotsky (2007) é também o responsável por levar em consideração esferas do desenvolvimento da história de cada indivíduo, que analisadas, formam a subjetividade do ser, como segue abaixo:
O Filogenético: história da espécie, como um todo, desde os primórdios.
O Sociogenético: história da cultura onde o sujeito está inserido. 
Neste plano são caracterizados: Classe social, valores, família, tipos de pares e religião.
O Ontogenético, que trata da história do desenvolvimento do indivíduo como Ser desde seu nascimento; a ontogênese atenta não para o que o sujeito aprendeu, mas para como ele aprendeu.
Com os estudos de Rego (1995) é possível entender que um dos conceitos mais abrangentes de Vygotsky é o de que os processos psicológicos superiores – os correspondentes aos funcionamentos tipicamente humanos, tais como imaginação, planejamento, memória ativa, pensamento abstrato, atenção voluntária, ações conscientemente controladas, pensamento abstrato, raciocínio dedutivo e capacidade de planejamento – têm sua origem no meio histórico e cultural (sociogênese e ontogênese), emergindo dos processos psicológicos elementares, mostrando a relação e relevância da socialização para o desenvolvimento de cada indivíduo. 
	
Quando se trata de uma criança depara-se com um problema mais complexo, apresenta ótima variedade complexa de respostas que incluem tentativas diretas de atingir o objetivo, uso de instrumentos, fala dirigidas as pessoas ou simplesmente acompanha a ação e apelos verbais diretos ao objeto de atenção. O desenvolvimento da percepção e da atenção, o uso de instrumentos e da fala afeta várias funções psicológicas, como por exemplo, as operações sensório-motoras e a atenção, cada uma das quais é parte de um sistema dinâmico de comportamento (REGO, 1995)
Para o desenvolvimento da criança no que diz respeito à primeira infância, o que traz consigo de importância primordial são as interações com os adultos portadores de todas as mensagens sociais de cultura. Nessa interação o papel essencial corresponde aos diferentes sistemas seguidos de uma função individual: começam a ser utilizados como instrumentos de organização e de controle sobre o seu próprio comportamento individual. Ainda, segundo Vygotsky (2007), não existe melhor maneira de descrever a educação do que considerá-la como a organização dos hábitos de conduta e tendências comportamentais adquiridos por essa observação com a interação com o mundo dos adultos. A constituição Federalconcebe essas relações familiares como:
“[...] núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. Lei 6583/2013 art.º 2
A Psicologia traz definições diferentes sobre a família. Um desses conceitos nos mostra que a família é um grupo de pessoas relacionadas por consanguinidade ou laços afetivos, que possuem uma história e ainda que desenvolveram padrões de interação (MINUCHIN, LEE & SIMON, 2008 apud NAVES & VASCONCELOS, 2008). A família ainda é caracterizada como um grupo delimitado por fronteiras, organizado em subsistemas menores e inserido em sistemas maiores, buscando manter a homeostase (BLOCH & RAMBO, 1995/1998 apud COSTA, 2010). A família pode funcionar como uma rede de apoio, sendo um fator de proteção, ou tóxica, sendo um fator de risco, conforme cita MASTEN & GARMEZY, 1985 apud CECCONELLO, 2003:
FAMILIA COMO FATOR DE RISCO OU PROTEÇÃO
FATORES DE PROTEÇÃO
Coesão familiar;
Qualidade nas relações paternais e fraternais;
Envolvimento da família na educação da criança;
Oferta de práticas educativas que envolvem afeto;
Reciprocidade e equilíbrio de poder;
Rede de apoio social efetiva.
FATORES DE RISCO
Características como sexo e fatores genéticos;
Habilidades sociais, intelectuais e Características psicológicas.
Baixo nível socioeconômico;
Eventos de vida estressantes;
Características familiares e ausência de apoio social.
Segundo o ECA (Lei n.º 8.069/90) caracterizam-se como fatores para retirada de crianças e adolescente do poder familiar: A omissão ou abuso do poder dos pais ou responsáveis; Negligência familiar; Abuso de poder; Ridicularizarão, Descaso, Abandono; Ameaças, tortura, crueldade; Abuso físico, psicológico; Abuso sexual; Orgia; Divulgação de imagens e/ou vídeos com pornografia infantil; Prostituição; Venda, doação; escravização; entre outros.
A Lei n.º8.069 diz nos artigos 3 e 4 que:
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim e lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a fetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Outros aspectos que tem sido mencionados na literatura nacional são as crenças distorcidas acerca do papel das instituições de acolhimento e dos papéis e deveres parentais na relação com os filhos. Desta maneira, a visão de incapacidade das famílias de classes populares para cuidar de seus filhos, por parte das equipes das instituições de acolhimento, em se demonstrado um fator que contribui para o afastamento na relação com os familiares, proporcionando um aumento no tempo de institucionalização de crianças e adolescentes. (BRITO, 2014)
Rosa (2013) traz um caminho para que se evite situações de alienação parental, e com isso, futuros problemas psicológicos aos filhos do casal divorciado. O autor analisa a implementação da guarda compartilhada no sistema judiciário brasileiro, e a sua importância na vida tanto dos pais, como dos filhos, com a finalidade de demonstrar os alicerces emocionais que ela produz na criação dos filhos de pais divorciados, evitando, desta forma a alienação parental e a ausência de responsabilidade do genitor não detentor da guarda.
Entende-se por guarda compartilhada a divisão de iguais responsabilidades entre pais separados, onde ambas as partes são responsáveis pela educação e criação dos filhos, com o intuito de disponibilizar a este, uma maior convivência, presença e o afeto, gerando desta forma, um ambiente saudável para o crescimento desta criança, que irá sentir-se amparada pelos pais, mesmo estes estando separados. Pois o casamento é um elo solúvel, porém a responsabilidade da maternidade e paternidade, não é um elo que seja solúvel, é um vínculo vitalício, para ambos os genitores. (BRITO, 2014)
O termo guarda compartilhada, ou custódia compartilhada surgiu na década de sessenta na Inglaterra, indo na década de 1970 para os Estados Unidos da América, então surgindo um movimento cultural que fez migrar o foco do interesse para o que era melhor para a criança, onde até então tinha como foco o material na atribuição da guarda. Sendo que no Brasil, este movimento chegou na metade da década de 1960, porém fraco, onde a maioria dos juízes ainda optavam pela guarda maternal, dando direito de visitação paterna a cada quinze dias. Esta lacuna foi preenchida na ocasião da Lei no 11.698, de 13 de junho de 2008, a qual alterou os artigos 1.583 e 1.584 do Código Civil e conferiu, à guarda compartilhada, expressa previsão legal, possibilitando assim maior frequência na adoção de tal modalidade pelos juízes. (CAVALCANTE, 2010)
Evitou-se com maior efetividade a Síndrome de alienação parental, onde um dos cônjuges, o detentor da guarda, quando não satisfeito com o fim relacionamento/casamento, ‘’ programa’’ a criança para sentir ódio do genitor que não possui a guarda, usando desta forma a criança como uma arma, com o único intuito de afetar ao outro, como forma de vingança, portanto também evitou-se os efeitos que a alienação parental pode causar na criança, suas consequências são um ódio eterno que o menor possa vir a sentir de um dos genitores, causando uma incapacidade de interação psicossocial normal, transtornos de personalidade e de imagem, auto culpa, e quadros de depressão que muitas vezes levam ao suicídio. (CAVALCANTE, 2010)
REFERENCIA
BRITO, Carolina Oliveira de; ROSA, Edinete Maria; TRINDADE, Zeidi Araújo. O
processo de reinserção familiar sob a ótica das equipes técnicas das instituições de acolhimento. Ribeirão Preto: 2014. Disponível em:<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1413389X2014000200012&script=sci_arttext> Acesso em 9 de maio de 2018. 
CECCONELLO, Alessandra Marques. Resiliência e vulnerabilidade em famílias em situação de risco. Biblio.net: Sistema Integrado de Gestão de Bibliotecas, 2003. Disponível em: <http://biblioteca.esec.pt/cdi/ebooks/docs1/Cecconello_resiliencai.pdf> Acesso
dia 11 de maio de 2018.
CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; SILVIA, Simone Souza da Costa; MAGALHÃES, Celina Maria Colino.Institucionalização e reinserção familiar de crianças e adolescentes. Fortaleza: 2010 disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S151861482010000400005&script=sci_attext> Acesso em 8 de maio de 2018.
COSTA, Lianna Fortunato. A perspectiva sistêmica para a Clínica da Família. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Universidade de Brasília, 2010. v. 26, n. especial, p. 95-104.
FERREIRA, Anderson. Projeto de Lei 6583/2013: Dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=115976 1&filename=PL+6583/2013> Acesso dia 09 de maio de 2018.
Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Estatuto da Criança e do Adolescente.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>. Acesso em 9 de maio de 2018. 
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky : uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ : Vozes, 1995.
REY, Fernando González, Subjetividade e saúde – superando a clínica da patologia. Cortez, São Paulo, 2011.
VYGOTSKY, Levi. A formação Social da mente. (7a ed.) São Paulo: Martins Fontes. 2007.

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