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Gestalt slids

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Gestalt – Todo, forma, configuração. Busca da boa forma. O como a pessoa vive e constrói a si mesma e as suas relações. 
Focaliza o como a pessoa se sustenta, se nutre, se intoxica e, também, como desenvolve seu suporte e aproveita as oportunidades que o meio lhe oferece. 
Compreende que pessoas estabelecem contato através dos sentidos e que nos formamos e nos deformamos nas relações que estabelecemos no mundo. Para sobrevivermos criamos diferentes tipos de ajustamento ao meio e aos outros. Chamamos ajustamento criativo o processo pelo qual atendemos às nossas necessidades e garantimos criativamente a nossa sobrevivência, participando ativa e responsavelmente de nosso desenvolvimento, sem sermos unicamente determinados por fatores sociais, familiares, genéticos ou uma essência anterior a nossa existência. Através de processos de escolhas por identificação e diferenciação nas interações com o mundo, construímos nossa identidade buscando sempre a melhor saída, mesmo em condições adversas. 
É nesse processo de existir que as inevitáveis exigências de enfrentamento, fuga e paralisação colocam em risco nossa liberdade e poder pessoal, podendo gerar frustrações. 
oA neurose é resultante da dificuldade e impossibilidade de lidar com essas e outras situações do cotidiano humano de forma original. 
A vivência disfuncional chamada de neurose é percebida através de comportamentos outrora funcionais que se tornaram automatizados e, portanto, desatualizados e pouco eficazes para fornecer a satisfação das necessidades pessoais. 
Isso acontece quando deixamos de perceber a totalidade dos fatos, prendendo-nos a partes/aspectos isolados da realidade ou alienando-nos de partes de nós mesmos.
 A Gestalt-Terapia como procedimento, método e abordagem terapêutica, propõe-se ao desenvolvimento e resgate da autonomia, da integração da pessoa consigo e com o mundo, tendo como foco de trabalho os processos de contato, a tomada de consciência, enfim, o ser no mundo. 
Bases Filosóficas da Gestalt-Terapia 
Existencialismo ,Fenomenologia, Humanismo 
O Humanismo 
“ Movimento do Potencial Humano” ou Psicologia Humanista. 
A Psicologia Humanista sustenta que todo comportamento humano é normal e acentua o desenvolvimento do potencial do indivíduo. 
Década de 60. 
Depois do advento da 2ª Guerra Mundial 
A Psicologia nesta época estava com quase 80 anos de ciência e com uma preocupação muito grande de ser considerada científica. 
Se a Psicologia queria cumprir a função social de melhorar a vida da pessoa deveria divulgar teorias em que o ser humano fosse responsável e orientado para o seu crescimento. 
Como apresentava uma terceira possibilidade dentro da psicologia (além do behaviorismo-comportamentalismo e da psicanálise) foi chamado de terceira força. 
Se o preço que a psicologia teria que pagar para ajudar as pessoas seria deixar de ser ciência, eles estavam dispostos a pagar. Preferiram ser arte e ajudar. Existia todo um clima para isso na época posterior a segunda guerra. 
As pessoas queriam se sentir potentes para mudar e a visão foi-se questionar todas as práticas deterministas. 
Influências Teóricas 
Teoria/Psicologia da Gestalt / Teoria de Campo – Kurt Lewin / Teoria Organísmica – Kurt Goldstein 
Principais Conceitos 
Gestalt Inacabada / Contato / Funções de Contato / Awareness / Neurose 
Ciclo do Contato / Fluidez / Sensação / Consciência / Mobilização / Ação / Interação / Contato Final / Satisfação / Retirada 
Bloqueios do Contato 
Fixação / Dessensibilização / Deflexão / Introjeção / Projeção / Proflexão / Retroflexão / Egotismo / Confluência 
Teoria da Mudança 
A mudança ocorre quando uma pessoa se torna o que é, não quando tenta converter-se ao que não é. 
Para a Gestalt-Terapia, a pessoa é capaz de crescer tornando-se cada vez mais o que é. 
É preciso aceitar afetos, pensamentos e desejos, mesmo que sejam desagradáveis e dolorosos, para que a mudança ocorra. 
Função do Terapeuta O propósito da GT é ajudar as pessoas a redescobrir sua capacidade de dar-se conta do que estão vivenciando realmente, seja qual for sua vivência ou sua experiência. 
Função do Terapeuta 
1. Pautação 
Deve ser capaz de reconhecer uma série de características, sintomas, movimentos, tom de voz e aspectos básicos do comportamento da pessoa que vem fazer terapia. 
Deve saber que desde que entra o paciente vai dando pistas e informações que lhe farão compreender melhor. 
Deve recolher tanto dados do passado como os do presente, não só em palavras mas em linguagem corporal.
2. Controle 
Capacidade do terapeuta de conseguir que o cliente aceite seguir uma série de procedimentos fixados por ele, como por exemplo jogos e técnicas com as quais trabalha. 
A importância disso se apoia no fato de que qualquer sintoma tem como função procurar controlar os demais e forçá-los a atuar exatamente como o paciente quer. 
É preciso que o terapeuta advirta, denuncie e contrarie os esforços do paciente ao controle. 
Deve estar atento para que o paciente não o aborreça, o assuste ou o iluda. 
3. Potência 
O terapeuta deve ter o maior e mais amplo conhecimento de técnicas, jogos, experimentos e procedimentos para poder indicar instruções e sugestões que possam superar a inércia do cliente e promover movimento. 
4. Humanidade 
Supõe um interesse e cuidado por seu paciente num plano pessoal e afetivo. 
Funda-se em sua boa disposição para compartilhar suas próprias reações afetivas, sempre e quando estas não afetem negativamente o paciente ou o terapeuta não as utilize para seu próprio bem estar. 
Falar-lhe de suas próprias experiências quando for pertinente e adequado no momento. 
5. Compromisso 
Implica em uma série de compromissos como contínuo desenvolvimento de suas capacidades, de compreensão e conhecimento. 
Quanto ao cliente, a de compreendê-lo e se capacitar cada vez mais para conseguir conduzir a uma boa terapia.

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