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RESUMO “TEORIA PSICANÁLITICA” Sigismund Schlomo Freud • Nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg in Mähen (Áustria, atualmente; Republica Tcheca). • Sua família era de ascendência judia • Apelidado carinhosamente por sua mãe de “Meu Sig de Ouro” • Aos 17 anos ingressou no curso de medicina, na Universidade de Viena, em seus relatos autobiográficos, Freud, relata ter sido um aluno “medíocre”. • Fascinado por pesquisas cientificas, durante sua permanência na universidade, Freud dessecou mais de 100 enguias em um estudo sobre o aparelho reprodutor desses animais (ou sistema nervoso, como citado em algumas versões). Esse estudo foi inconclusivo. Influências - Charles Darwin - Franz Brentano - Ernst Brücke - Carl Friedrich Claus - Josef Breuer - Ernest Jones - Jean-Martin Charcot - Wilhelm Fliess - Carl Gustave JUNG entre outros... Influenciados - Melanie Klein - Anna Freud - Jacques Lacan - Donald Winnicout - Erik Erikson - Abraham Maslow - Karen Horney - Elisabeth Roudinesco - Fábio Herrmann (Brasil) e outros... Interesses • Freud estava interessado em investigar os fenômenos que não eram passiveis de observação direta, como os sonhos, atos falhos, manias e sintomas sem correspondência orgânica. • Para Freud, esses fenômenos mereciam uma atitude científica, dada sua natureza fisiológica e estigmatizadas no senso comum; frete ao forte positivismo cunhado por Comte e a publicação da obra “A origem das espécies” de Charles Darwin. • Suas experiências cotidianas, rigorosamente catalogadas e dissecadas, forneceram um material rico e de interpretações múltiplas, que permitiram uma utilização universal. Ciência psicanalítica OBJETO DE ESTUDO: O inconsciente MÉTODO: Introspectivo (análogo ao hipotético-dedutivo, mais próximo da Biologia). TEORIA: A causalidade psíquica (primazia do inconsciente sobre o consciente). Histeria A histeria era uma doença muito comum, sua principais características eram manifestações, muitas com características teatrais, de sintomas como: paralisias, cegueira, surdez e convulsões. - Esses sintomas eram temporários em quadro denominado “crise histérica” e não apresentavam disfunções biológicas. - Tinha um viés preconceituoso; acreditava-se que era uma doença tipicamente feminina, devido a perturbações no útero (por isso histeria, de hystera – útero em grego). - O caso mais clássico da psicanalise foi o de Bertha Pappenheim, conhecido popularmente como “O caso Anna O”. O caso Anna O • Anna O era uma jovem histérica de 21 anos. • Inicialmente atendida por Breuer. • Devido a problemas, este a transferiu para Freud. • Seu quadro sintomático surgiu no período em que cuidava de seu pai acamado. • Possui muitos dotes intelectuais. • Existem muitas lendas urbanas a respeito de Anna O, porém, devemos focar na importância desse caso para a psicanálise. O caso Anna O (sintomas) • Paralisias facial e de membros • Alucinações (via cobras e crânios). • Perca da fala • Dificuldade para ingestão de líquidos • Esquecimento do língua materna • Tosse nervosa TRATAMENTO: Sugestão hipnótica; sob estado hipnoide, a paciente era estimulada a reviver acontecimentos traumáticos e a resolução dos conflitos. • Anna O; denominou esse procedimento de “talking cure” (cura pela fala) uma vez que a através da fala, sentia-se aliviada como se tivesse feito uma “chimney cleaning” (limpeza da chaminé). • Sua vida pós psicanálise transformou Anna O, cujo o nome era Bertha Pappenheim, em uma grande ativista defensora dos direitos das mulheres e acolhimento de crianças em situação de vulnerabilidade social. O caso Elisabeth Von R • Elisabeth, tal como Anna O, também era histérica. • Desde inicio foi atendida por Freud • Queixava-se de dores nas pernas e dificuldades para andar. • Hiperalgia • Elisabeth, diferentemente de Anna O, não era facilmente hipnotizável, e a técnica de choque elétrico no local das dores não se mostrou eficaz. • Freud desconfiava que a paciente escondia um segredo... O caso Elisabeth Von R • As dores de Elisabeth se estendiam para áreas adjacentes a coxa. • Seus crises também se iniciaram durante o período em que conviveu com o pai doente. • Em uma sessão, Elisabeth revelou que sentia profunda afeição pelo cunhado e após o falecimento da irmã foi tomada por um sentimento de “felicidade”, (“agora ele [cunhado] está livre para ficar comigo!). Os casos; Anna O e Elisabeth Von R, foram fundamentais para que Freud substituísse o método de hipnose, pelo catártico e para formulação da Teoria da Repressão. Teoria da Repressão Teoria da Repressão • É o principal mecanismo de defesa empregado pelo Ego. • Visa tornar pensamentos desagradáveis, traumas ou memórias, em regiões não acessíveis a consciência. • Pode variar de uma supressão temporária (nível consciente) até uma esquecimento profundo (negação literal – recalque [nível Ics]). • Afastar uma supressão da consciência, não é remove-la. Ela continua atuando a nível inconsciente com alta vivacidade. • Se essa energia não é extravasada pela realizado do ato ou sublimação, ela é convertida em sintoma tornando-se irreconhecível para o Eu. • Por isso a histeria é chamada de neurose de conversão. Teoria dos Sonhos O sonho • Para a psicanalise, o sonho é a melhor forma para acessar o Ics • O estado de sono, diminui as barreiras da repressão e seus conteúdos pode fluir para o Cs, onde conflito tenta ser resolvido via atividade onírica. • Todo sonho possui uma natureza alucinatória, mas nem toda alucinação é um sonho, este só acorre sob estado de sono, enquanto a alucinação também se manifesta no estado de vigília. • Para se entender o natureza onírica e seu trabalho, temos que considerar 4 mecanismos envolvidos em seu processo de elaboração. Mecanismos de elaboração onírica 1. Deslocamento: consiste em deslocar o alvo do objeto A para o objeto B. Pode ocorrer tanto no Cs quanto no Ics. Ex: brigar com chefe no serviço > chegar em casa e brigar com esposa. 2. Condensação: quando várias imagens são sobrepostas tornando-se uma representação única. 3. Figuração: transformação dos pensamentos em imagens. Juntamente com a Condensação atua no processo de distorção do sonho. 4. Elaboração Secundaria: É o script do sonho, trata-se de uma atividade para torna-lo coerente para a consciência. A interpretação dos sonhos • O significado do sonho é peculiar somente para seu sonhador. • Na interpretação dos sonhos, o psicanalista coleta as informações do relato do sonhador (conteúdo manifesto) e o interpreta à luz da ciência psicanalítica, atribuindo a causa do sonho (conteúdo latente). Complexo de Édipo Breve... • Coletânea de desejos, impulsos, fantasias e angústias, vivenciados pela criança durante a fase fálica. • O complexo de édipo é universal, ele não se dá de forma diferente entre homossexuais e heterossexuais, pois difere-se de escolha de amorosa. • O menino SAI do édipo através da angústia de castração. • A menina ENTRA no édipo através da inveja do pênis • Dissolução do édipo: quando o sujeito abandona seu objeto por falta de êxito e o substitui pela identificação. Ex: menino deixa de estimar a mãe, se identifica com pai, e vai em busca de objeto para si. Desenvolvimento Psicossexual Breve • Fases do desenvolvimento: Oral > Anal > Fálica > (LATENCIA) > Puberdade > Genital Oral: zona erógena; boca. Explorar o ambiente Anal: controle da musculatura Fálica: diferenciação entre os sexos *Latência: sublimação da energia da libido para o aprendizado escolar Puberdade: amadurecimento das gônadas Genital: fase reprodutiva Desenvolvimento psicossexualÉ psico, pois a mente se desenvolve em paralelo ao corpo É sexual, pois é expressão da pulsão de vida. Aparelho psíquico Breve • Id: Ics, voz do desejo • Ego: Ics, Pcs e Cs, dominar o meio ambiente • Superego: Ics, Pcs e Cs, moral vigente (cultura). 1º modelo: topográfico (localização de zonas Ics, Pcs e Cs) 2º modelo: dinâmico (analogia do iceberg) Pulsões Pulsão de vida: sexual, vivência... Pulsão de morte: aniquilamento, destruição... - São alimentadas pelo impulso. - Não há como deter uma pulsão, ela simplesmente vem. - Possui uma meta (finalidade) e um objeto (substitutos para objetos que foram anteriormente trocados [mamãe e papai] altamente volátil).
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