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IDENTIDADE 
CULTURAL 
IDENTIDADE PSICOLÓGICA 
 
Singularidade do sujeito 
 
Personalidade 
Conjunto de traços mais ou 
menos duradouros 
 
Ser diferente dos outros 
e o ser Eu. 
IDENTIDADE CULTURAL 
 
Comum ao grupo ao qual se 
pertence 
 
Ser diferente de outros grupos 
 
Culturalmente formada 
 
Significados compartilhados 
Identidade pessoal e identidade cultural 
não estão em oposição! 
 
 
Elas são interdependentes. Não há como vivenciar 
uma identidade cultural específica se esta não for 
incorporada à identidade pessoal de cada agente 
social. 
 
Por outro lado, a identidade social é formada por 
pessoas com diversas identidades pessoais. 
Identidade cultural = “Cultura partilhada” 
 
Sistemas culturais têm um papel unificador que reúne 
indivíduos sob uma mesma identificação. 
 
Isso permite o exercício de identidades nacionais e tem 
caráter de unificação e resistência. 
 
Ao mesmo tempo que as semelhanças estabelecidas a função de 
formatar a identidade cultural, as diferenças têm um papel 
preponderante nos sistemas de representação coletivos. 
 
A diferença exerce a função de “sistemas classificatórios” que 
permitem a construção de diferentes comunidades imaginadas. Essa 
diferença faz com que, através de uma oposição, os grupos possam 
estabelecer parâmetros e referenciais para seu próprio 
reconhecimento. 
 
A identidade e a diferença têm que ser ativamente produzidas. Elas 
não são criaturas do mundo natural ou de um mundo transcendental, 
mas do mundo cultural e social. Somos nós que as fabricamos, no 
contexto de relações culturais e sociais. 
 
 
A identidade e a diferença são criações sociais e culturais! 
 
 
MAS O QUE É SER 
BRASILEIRO??? 
Identidade 
https://www.youtube.com/watch?v=yKG8no8OKDg 
Diversidade 
https://www.youtube.com/watch?v=xKrIZUVTdvc 
Sou brasileiro porque não sou argentino, 
ou chinês, ou alemão! 
Viva a cultura popular brasileira! 
https://www.youtube.com/watch?v=0yv6Dw1L8d0 
 
Para sua criação, extremamente comum o apelo a mitos 
fundadores. As identidades nacionais funcionam, em grande parte, 
por meio de "comunidades imaginadas". Na medida em que não 
existe nenhuma "comunidade natural" em torno da qual se possam 
reunir as pessoas que constituem um determinado agrupamento 
nacional, ela precisa ser inventada, imaginada. É necessário criar 
laços imaginários que permitam "ligar" pessoas que, sem eles, 
seriam simplesmente indivíduos isolados, sem nenhum "sentimento" 
de terem qualquer coisa em comum. 
A identidade nacional é uma criação moderna. Começa a ser 
construída no século XVIII e desenvolve-se plenamente no século 
XIX. Antes dessa época não se pode falar em nações propriamente 
ditas, nem na Europa nem em outras partes do mundo. 
IDENTIDADE NACIONAL 
A língua tem sido um dos elementos centrais desse processo - a 
história da imposição das nações modernas coincide, em grande 
parte, com a história da imposição de uma língua nacional única e 
comum. Juntamente com a língua, é central a construção de 
símbolos nacionais: hinos, bandeiras, brasões. Entre esses 
símbolos, destacam-se os chamados "mitos fundadores". 
Fundamentalmente, um mito fundador remete a um momento 
crucial do passado em que algum gesto, algum acontecimento, em 
geral heroico, épico, monumental, em geral iniciado ou executado 
por alguma figura "providencial", inaugurou as bases de uma 
suposta identidade nacional. Pouco importa se os fatos assim 
narrados são "verdadeiros" ou não; o que importa é que a 
narrativa fundadora funciona para dar à identidade nacional a liga 
sentimental e afetiva que lhe garante uma certa estabilidade e 
fixação, sem as quais ela não teria a mesma e necessária eficácia. 
Uma nação é feita de “um rico legado de lembranças”, que é 
aceito por todos. Ela é uma herança, simbólica e material. 
Assim, “pertencer a uma nação é ser um dos herdeiros desse 
patrimônio comum, reconhecê-lo, reverenciá-lo”. A 
nacionalidade é, portanto, uma identidade. O processo de 
formação identitária consistiu, então, na “determinação do 
patrimônio de cada nação e na difusão de seu culto”. 
 
O primeiro trabalho era estabelecer um patrimônio comum às 
diversas regiões de um país: quais seriam, por exemplo, os 
ancestrais comuns de fluminenses, pernambucanos, baianos, 
paulistas e gaúchos? Para criar, de fato, um mundo de nações 
não bastava fazer o inventário de sua herança; nem sempre ela 
existia, era preciso, pois, antes de tudo, inventá-la. 
 
 
A nação nasce, pois, de “um postulado e de uma invenção”. 
Ela se condensa numa alma nacional, que deve ser 
elaborada. Uma nação deve apresentar um conjunto de 
elementos simbólicos e materiais: uma história, que estabelece 
uma continuidade com os ancestrais mais antigos; uma série 
de heróis, modelos das virtudes nacionais; uma língua; 
monumentos culturais; um folclore; lugares importantes e uma 
paisagem típica; representações oficiais, como hino, bandeira, 
escudo; identificações pitorescas, como costumes, 
especialidades culinárias, animais e árvores-símbolo. 
 
A identidade nacional é um discurso e, por isso, 
ela, como qualquer outro discurso, 
 é constituída dialogicamente. 
O Brasil representou uma das primeiras experiências 
bem-sucedidas de criar uma nação fora da Europa. A 
nação é vista como uma comunidade de destino, acima 
das classes, acima das regiões, acima das raças. Para 
isso, é preciso adquirir uma consciência de unidade, a 
identidade, e, ao mesmo tempo, é necessário ter 
consciência da diferença em relação aos outros, a 
alteridade. O grande outro da criação da nacionalidade 
brasileira é Portugal. No entanto, a constituição da nação 
brasileira apresenta um problema, já que a 
independência é proclamada por um príncipe português, 
herdeiro do trono de Portugal. Não houve, portanto, uma 
ruptura completa com a antiga metrópole 
 O trabalho de construção da nacionalidade começa, então, com 
a nacionalização do monarca. Pedro I é mostrado como alguém 
que renuncia a Portugal e assume a nacionalidade brasileira 
No trabalho de constituição da nacionalidade, a literatura teve 
um papel fundamental. Os autores românticos, com especial 
destaque para Alencar, estiveram na linha de frente da 
construção da identidade nacional. 
Começa-se, no Romantismo, a construir a noção de que cultura brasileira 
se assenta na mistura. O romance O guarani, de José de Alencar, 
concebe um mito de origem da nação brasílica. Peri e Cecília constituem 
seu casal inicial, formado por um índio que aceitara os valores cristãos e 
por uma portuguesa que acolhera os valores da natureza do Novo 
Mundo. Essa nação teria, portanto, um caráter cultural luso-tupi. O mito 
de origem de nosso país opera com a união da natureza com a cultura, 
ou seja, dos valores americanos com os europeus. O Brasil seria, assim, 
a síntese do velho e do novo mundo, construída depois da destruição do 
edifício colonial e dos elementos perversos da natureza. 
 
 
O guarani mostra, além da fundação da nacionalidade, outra fundação, a 
da língua falada no Brasil. A identidade desse idioma é correlata à do 
homem brasileiro, cuja origem o romance descreveu. Não se trata do 
português tal como é falado em Portugal, mas de um português 
modificado pela natureza brasileira. 
Na primeira metade do século XX, há outro movimento de 
construção identitária, que se assenta também sobre a mistura, pois 
considera a mestiçagem como o jeito de ser brasileiro. O que 
distingue o Brasil é a assimilação, com a consequente modificação,do que é significativo e importante das outras culturas. Não é sem 
razão que Oswald de Andrade erigiu a antropofagia como o 
princípio constitutivo da cultura brasileira. Em Casa-Grande & 
Senzala, de Gilberto Freyre (1954), considera-se eufórica a mistura: 
a colonização portuguesa é vista como tolerante, aberta, suave, o 
que levou à mestiçagem racial, que não ocorreu nos países 
colonizados pelos ingleses ou pelos franceses, por exemplo. O 
Brasil celebra a mistura da contribuição de brancos, negros e índios 
na formação da nacionalidade, exaltando o enriquecimento cultural 
e a ausência de fronteiras de nossa cultura. De nosso ponto de 
vista, o misturado é completo; o puro é incompleto, é pobre. 
A concepção de que a mistura rege nossa 
cultura e, portanto, de que o brasileiro é 
simpático, acolhedor, tolerante naturaliza-se, 
pouco a pouco. No entanto, as coisas no 
interior da cultura se passam de modo 
diferente. Primeiramente, é preciso notar que 
a mistura não é indiscriminada. Há sistemas 
que não são aceitos na mistura. Por exemplo, 
no período de construção da nacionalidade, 
não há a ideia da miscigenação das três raças 
que hoje se diz terem constituído a nação 
brasileira, mas somente a dos índios e 
brancos. Os negros estavam excluídos. Essa 
mistura não era desejável, pois, afinal, 
tratavam-se de escravos. Mais tarde surge a 
ideologia do branqueamento, que presidiu ao 
estímulo às grande imigrações europeias, de 
italianos, de alemães, de espanhóis, de 
poloneses etc. 
A cultura brasileira euforizou de tal modo a mistura que 
passou a considerar inexistentes as camadas reais da 
semiose onde opera o princípio da exclusão: por 
exemplo, nas relações raciais, de gênero, de orientação 
sexual etc. A identidade autodescrita do brasileiro é 
sempre a que é criada pelo princípio da participação, da 
mistura. Daí se descreve o brasileiro como alguém 
aberto, acolhedor, cordial, agradável, sempre pronto a dar 
um “jeitinho”. Ocultam-se o preconceito, a violência que 
perpassa as relações cotidianas etc. 
https://www.youtube.com/watch?v=O732nexstOE 
Carybé – Roda de samba 
https://www.youtube.com/watch?v=ojo3I59Gn6c 
https://www.youtube.com/watch?v=5UrEfw0TE2I 
Aquarela do Brasil 
Ary Barroso (1939) 
Brasil, meu Brasil Brasileiro, 
Meu mulato inzoneiro, 
Vou cantar-te nos meus 
versos: 
 
O Brasil, samba que dá 
Bamboleio, que faz gingar; 
O Brasil do meu amor, 
Terra de Nosso Senhor. 
Brasil!... Brasil!... Prá mim!... 
Prá mim!... 
 
Ô, abre a cortina do 
passado; 
Tira a mãe preta do cerrado; 
 
Bota o rei congo no congado. 
Brasil!... Brasil!... 
 
Deixa cantar de novo o trovador 
À merencória à luz da lua 
Toda canção do meu amor. 
 
Quero ver essa Dona caminhando 
Pelos salões, arrastando 
O seu vestido rendado. 
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá 
mim!... 
 
Brasil, terra boa e gostosa 
Da moreninha sestrosa 
De olhar indiferente. 
 
 
O Brasil, verde que dá 
Para o mundo admirar. 
O Brasil do meu amor, 
Terra de Nosso Senhor. 
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!... 
 
Esse coqueiro que dá coco, 
Onde eu amarro a minha rede 
Nas noites claras de luar. 
Ô! Estas fontes murmurantes 
Onde eu mato a minha sede 
E onde a lua vem brincar. 
 
Ô! Esse Brasil lindo e trigueiro 
É o meu Brasil Brasileiro, 
Terra de samba e pandeiro. 
Brasil!... Brasil! 
Vejam esta maravilha de cenário 
é um episódio relicário 
que o artista num sonho genial 
escolheu para este carnaval 
e o asfalto como passarela 
será a tela do Brasil em forma de 
aquarela 
Passeando pelas cercanias do 
Amazonas 
conheci vastos seringais 
no Pará, a ilha de Marajó 
e a velha cabana do Timbó 
caminhando ainda um pouco mais 
deparei com lindos coqueirais 
estava no Ceará, terra de Irapuã 
de Iracema e Tupã. 
Fiquei radiante de alegria 
quando cheguei na Bahia 
Bahia de Castro Alves, do acarajé 
das noites de magia do candomblé 
 
Depois de atravessar as matas do Ipu 
assisti em Pernambuco 
a festa do frevo e do maracatu 
Brasília tem o seu destaque 
na arte, na beleza e arquitetura 
feitiço de garoa pela serra 
São Paulo engrandece a nossa terra 
do Leste por todo o Centro-Oeste 
tudo é belo e tem lindo matiz 
o Rio dos sambas e batucadas 
dos malandros e mulatas 
de requebros febris. 
Brasil, essas nossas verdes matas 
cachoeiras e cascatas 
de colorido sutil 
e este lindo céu azul de anil 
emolduram aquarela o meu Brasil 
Aquarela Brasileira 
Samba enredo do Império Serrano (1964)

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