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Ibet Módulo CIT seminário 6

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IBET – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
Nome: Rafael Tili Ferreira
Módulo: Controle da Incidência Tributária
Seminário nº 5 – IPTU, ITR e IPVA
Data da Entrega: 09.11.2013
1) Construa as regras-matrizes de incidência do IPTU, ITR e IPVA
RMIT do IPTU:
Critério Material:	Ser proprietário de bem imóvel urbano.
Critério Espacial: 	O imóvel tem de estar situado em área considerada como urbana.
Critério Temporal:	Dia 1º de janeiro de cada ano.
Critério Subjetivo:
Sujeito Ativo: 		Municípios ou Distrito Federal.
Sujeito Passivo: 	Proprietário do bem imóvel.
Critério Quantitativo:
Base de Cálculo: 	O valor venal do bem imóvel.
Alíquota:	Percentual determinado em lei que incidirá sobre a base cálculo ou valor fixo, o percentual poderá variar de acordo com a localização ou destinação dada ao bem.
RMIT do ITR:
Critério Material:	Ser proprietário de bem imóvel rural.
Critério Espacial:	O bem imóvel tem de estar situado em área rural.
Critério Temporal:	Dia 1º de janeiro de cada ano.
Critério Subjetivo: 
Sujeito Ativo:		União Federal.
Sujeito Passivo:	Proprietário do bem imóvel.
Critério Quantitativo:
Base de Cálculo:	O valor do bem imóvel levando-se em conta o Valor da Terra Nua e das benfeitorias construídas.
Alíquota:	Percentual determinado em lei que incidirá sobre a base cálculo, podendo variar de acordo com a destinação dada ao bem.
RMIT do IPVA:
Critério Material:	Ser proprietário ou ter a posse de veículo automotor.
Critério Espacial:	Local do domicílio do proprietário.
Critério Temporal:	Dia 1º de janeiro para veículos usados, a data da compra para veículos novos ou a data de desembaraço para veículos importados.
Critério Subjetivo: 
Sujeito Ativo:		Estados ou o Distrito Federal.
Sujeito Passivo:	Proprietário do veículo automotor.
Critério Quantitativo:
Base de Cálculo:	O valor venal do automóvel.
Alíquota:		Percentual determinado em lei que incidirá sobre a base cálculo.
2) Diferenciar os conceitos de propriedade, domínio útil e posse do art. 1º da Lei n.º 9.393/96 correlacionando-os com o de propriedade do art. 153, VI da CF. Há competência da União para instituir como critério material do ITR o domínio útil e a posse?
Podemos dizer que a propriedade é o direito real que o seu titular, o proprietário, possui em relação à coisa, podendo usa-la, goza-la, dispô-la e reavê-la de quem injustamente a possua ou detenha. 
A posse, entretanto, é a condição fática que o seu titular, o possuidor, tem em relação à coisa, decorrente de direito real de fruição sobre coisa alheia ou por ocupação, com ou sem o consentimento do proprietário. 
Já o domínio útil é um direito decorrente de contrato de enfiteuse ou aforamento, em que seu titular paga ao proprietário do bem determinado valor pelo seu uso e fruição.
Comparando os conceitos acima especificados, entendo que a União excedeu sua competência quando aumentou a abrangência do ITR à posse e ao domínio útil. O art. 153, VI da Constituição Federal foi bastante claro ao estabelecer que o critério material do ITR está relacionado à propriedade de bem rural. Da análise dos conceitos de propriedade, posse e domínio útil, vê-se um abismo de diferença entre todos, o que impossibilita tamanha abrangência do imposto a fatos geradores não autorizados pela Constituição Federal de 1988.
3) A quem compete definir as zonas urbana e rural? Qual o veículo legislativo adequado para tanto? Os imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços situados fora dos núcleos urbanos municipais estão sujeitos à incidência do IPTU (vide anexo I)? E os de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, quando situados dentro dos núcleos urbanos municipais (vide anexo II)?
Em matéria tributária, compete à União, por meio de lei complementar, definir o que é zona urbana e rural, por tratar-se de matéria geral de direito tributário, entretanto, nada impede a União de delegar essa atribuição aos municípios, o que ocorreu, por exemplo, no art. 32, §1° e §2°, do CTN. 
Os imóveis situados fora dos núcleos urbanos, independente da atividade ou das características que possuem não podem ser tributados pelo IPTU, em razão do caput do art. 32 do CTN que é claro em estabelecer que apenas os imóveis situados dentro da zona urbana podem ser tributados pelo IPTU. 
Aos imóveis que exploram atividades rurais dentro da zona urbana ocorre o contrário, por força do art. 15 do Decreto n.º 57/1966, tais imóveis não podem ser tributados pelo IPTU, mas sim pelo ITR, uma vez que o referido Decreto é posterior ao CTN e também foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 com status de lei complementar.
4) A modificação da planta genérica, que determina a base de cálculo do IPTU, deve ser veiculada por lei, ou pode ser por meio de decreto? Há necessidade de publicação no diário oficial? (vide anexo III).
Se a modificação da planta genérica que determina a base de cálculo do IPTU majorar tal tributo acima da atualização monetária, deve ser veiculada por meio de lei e publicada no diário oficial em razão do princípio da publicidade dos atos. 
Entendo que a decisão do STJ foi correta nesse sentido, pois no caso concreto a modificação da base de cálculo resultou na majoração do tributo, devendo inclusive respeitar o principio da anterioridade para a sua entrada em vigor.
5) Quanto ao ITR pergunta-se:
a) O art. 11 da Lei n.º 9.393/96 fixou as alíquotas do ITR em percentuais que variam de 0,03% a 20%, conforme a área total do imóvel e o grau de utilização. No seu entender, referida progressividade atende ao disposto no art. 153, § 4º, da Constituição Federal? Justificar.
Entendo que atende apenas no que diz respeito ao grau de utilização do imóvel, Sobre o grau de utilização, acredito que o ITR deve ser progressivo e rigoroso, com o fim de estimular a produção e consequente desenvolvimento social. Todavia, não há previsão de aumento da alíquota em razão da área total do imóvel, o que, no meu ponto de vista, somente pode ter justificativa em razão da capacidade contributiva.
b) A que tipo de lançamento está sujeito o ITR? A exclusão de área de preservação permanente da base de cálculo do ITR pressupõe o protocolo de Ato Declaratório Ambiental (ADA) do IBAMA? (Vide anexos IV e V).
Lançamento por homologação. Acompanhando o julgado trazido no anexo IV entendo não ser necessário o protocolo do ADA do IBAMA. Primeiramente por não existir esse comando no art. 10 da Lei n.º 9.393/1996, diferentemente do que ocorre no caso das áreas de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas e das áreas comprovadamente imprescindíveis para a exploração agrícola, pecuária, granjeira, aquícola ou florestal, em que há determinação expressa de apresentação de ato do órgão competente para tal exclusão da base de cálculo do ITR. Ademais, o §7° do art. 10 da mesma Lei dispensou expressamente a apresentação do ADA.
6) Com relação ao IPVA pergunta-se:
a) Que é “veículo automotor”? Embarcações e aeronaves enquadram-se no conceito de “veículo automotor”, sujeitando-se à incidência do IPVA?
De acordo com o anexo I do Código de Trânsito Brasileiro, veículo automotor é “todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).”
Não, as embarcações e as aeronaves possuem conceitos distintos dos veículos automotores na legislação pátria.
De acordo com o art. 10 do Regulamento de Tráfego Marítimo (Decreto n.º 87.648/1982), as embarcações são “qualquer construção, capaz de transportar pessoas ou coisas, suscetível de se locomover na água por meios próprios ou não”.
Já o art. 106 do Código Brasileiro de Aeronáutica define aeronave como “todo o aparelho manobrável em voo, que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediantereações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas”.
Com isso, verificamos que não se pode equiparar referidos tipos de bens aos veículos automotores e evidentemente tais bens não podem ser tributados pelo IPVA. O STF quando do julgamento do RE 134.509-AM, decidiu que o IPVA, pelo comando inserido na Constituição Federal somente pode vir a ser cobrado de veículos de circulação terrestre.
b) Qual é o sujeito passivo do imposto no caso de alienação fiduciária?
Para os casos de alienação fiduciária, entendo que o sujeito passivo deve ser o proprietário, ou seja, o adquirente do automóvel, eis que a instituição financeira somente instituição gravame no bem para a garantia da quitação do financiamento realizado.
c) Sendo o veículo automotor adquirido no decorrer do ano civil, dá-se a incidência do IPVA sobre a sua propriedade? É adequado, nesse caso, falar-se em base de cálculo parcial do IPVA? Exemplificando: sobre o veículo novo adquirido em 01 de novembro de 2012 pode ser cobrado IPVA proporcional aos meses de novembro e dezembro? Se o veículo for furtado no decorrer do ano, tem o contribuinte direito à devolução parcial do imposto pago?
O critério material do IPVA é ser proprietário de veículo automotor, logo, não importa qual a data em que o sujeito torna-se proprietário, sendo perfeitamente possível a cobrança parcial do tributo mediante previsão anterior na lei estadual competente. Nesse caso, não é a base de cálculo que é parcial, mas sim o período de apuração dentro do ano corrente em que o contribuinte tornou-se proprietário. 
A data fixada na lei estadual para o recolhimento do tributo não traduz o critério temporal adequado para se dizer que ocorreu o fato gerador, mas sim a data em que o contribuinte tornou-se proprietário. Portanto, é possível uma cobrança parcial do tributo, em relação aos meses remanescentes do ano civil.

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