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Emoções resumo

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Ciência Psicológica – Gazzaniga e Heartherton
Capítulo 10 – Emoções, estresse e coping
Introdução
Emoção Sentimentos que envolvem avaliação subjetiva, processos psicológicos e crenças cognitivas; São respostas imediatas a eventos ambientais, como ser cortado ao trânsito ou receber um belo presente. É disruptivo.
Humor Estados emocionais difusos e duradouros que influenciam, em vez de interromper, o pensamento e o comportamento; Muitas vezes, pessoas que apresentam um humor positivo ou negativo não têm ideia de por que se sentem como se sentem. De acordo com alguns, o humor reflete a percepção que temos de possuir ou não os recursos pessoais necessários para atender às demandas ambientais. Não é disruptivo.
Estresse Um padrão de respostas comportamentais e fisiológicas para lidar com eventos que condizem com ou excedem as capacidades do organismo. 
Coping Modo como lidam com o estresse.
DE QUE MANEIRAS AS EMOÇOES SÃO ADAPTATIVAS?
Experiências negativas e positivas orientam comportamentos que aumentam a probabilidade de o organismo sobreviver e de se reproduzir. As emoções são adaptativas porque preparam e orientam comportamentos motivados, como correr quando encontramos animais perigosos. As emoções fornecem informações sobre a importância de um estímulo para os objetivos pessoais e preparam as pessoas para ações que ajudam na obtenção desses objetivos. 
Emoções envolvem uma dinâmica interpessoal. As pessoas interpretam as expressões faciais de emoção para predizer o comportamento dos outros. Tanto as emoções como as expressões emocionais fornecem informações adaptativas.
As expressões faciais comunicam emoção
Charles Darwin argumentou que as características expressivas eram adaptativas em todas as formas de vida. Ser capaz de dizer quando as pessoas e outras espécies são ameaçadas tem um óbvio valor de sobrevivência. 
A manifestação de emoções altera o comportamento em observadores. As emoções fornecem informações para os outros de como as pessoas estão se sentindo e, além disso, podem estimulá-las a responder de acordo com os desejos e as necessidades alheios.
Expressões faciais em diferentes culturas Darwin argumentou que o rosto comunica naturalmente emoções para os outros e que essas comunicações são compreensíveis para todas as pessoas, independentemente da cultura. 
Paul Ekman e Wallace Friesen (1975): Emoções Universais: 
Raiva - Medo - Nojo - Felicidade - Tristeza - Surpresa Emoções Primárias; inatas; universais; adaptativas.
Regras de manifestação e gênero Embora as emoções básicas pareçam ser expressas de mesma forma em diferentes culturas, as situações em que elas são manifestadas diferem substancialmente. As regras de manifestação governam como e quando as emoções são exibidas. Elas são aprendidas por meio da socialização e ditam quais emoções são adequadas numa dada situação. Diferenças nas regras de manifestação ajudam a explicar estereótipos culturais. Isso também pode explicar por que a identificação de expressões faciais é muito melhor dentro da mesma cultura do que entre culturas.
Existem diferenças de gênero nas regras de manifestação que orientam a expressão emocional, especialmente para sorrir e chorar. Geralmente se acredita que as mulheres manifestam emoções mais prontamente, frequentemente, facilmente e intensamente do que os homens, e as evidências atuais sugerem que isso é verdade, exceto pelas emoções relacionadas à dominação. Existem razões evolutivas para pensarmos que homens e mulheres podem variar em sua expressividade emocional: as emoções mais estreitamente associadas às mulheres são as referentes a relacionamentos interpessoais e a cuidados prestados a outros, enquanto as emoções associadas aos homens se relacionam à competividade, dominação e defensividade. 
As emoções atendem funções cognitivas 
O humor das pessoas pode alterar processos mentais. Uma teoria recente propõe que níveis aumentados de dopamina mediam os efeitos do afeto positivo sobre tarefas cognitivas (Alshby et al, 1999). Segundo essa visão, o afeto positivo leva a níveis mais elevados de produção de dopamina, o que subsequentemente leva à maior ativação dos receptores de dopamina em outras áreas do cérebro. Projeções para o córtex pré-frontal, que regula o planejamento comportamental, e para o cingulado anterior, parecem ser cruciais para os efeitos cognitivos vantajosos do afeto positivo.
Tomada de decisão Estados emocionais antecipados são uma fonte importante de informações que orientam a tomada de decisão. A emoção parece ter um efeito direto que não depende de processos cognitivos. Eventos recentes ou particularmente vívidos têm uma influência especialmente forte sobre o comportamento. Assim, julgamentos de risco são fortemente influenciados por sentimentos correntes e, quando as cognições e emoções estão em conflito, as emoções tipicamente têm maior impacto sobre as decisões (Loewnstein et al, 2001).
A teoria do afeto-como-informação propõe que as pessoas utilizam seu estado emocional corrente para fazer julgamentos e avaliações, mesmo que não estejam cientes do seu humor (Schwarz e Clore, 1983). A avaliação que as pessoas faze de peças de teatro, políticos e até de pessoas desconhecidas é influenciada por seu humor, que, por sua vez, é influenciado pelo dia da semana, condições meteorológicas, saúde, e assim por diante. Se as pessoas são conscientizadas da fonte de seu humor, seus sentimentos deixam de influenciar o julgamento.
Segundo a hipótese do marcador somático de Damasio, o sentimento visceral de intuição que temos enquanto meditamos sobre um evento reflete o conselho do nosso corpo sobre a decisão a tomar. 
As emoções capturam a atenção Tipicamente, palavras que são emocionalmente excitantes (como “perigo”) são mais difíceis de ignorar do que palavras neutras (como “lápis”), o que sugere que existe um viés emocional para codificar estímulos afetivos.
As emoções ajudam a memória As pessoas têm melhor memória para eventos ou estímulos que produzem emoção. As pesquisas descobriram que as memórias pessoais mais claras e importantes costumam ser as altamente emocionais. Uma excitação aumentada melhora a memória numa variedade de tarefas, em várias espécies animais.
O vínculo entre emocionalidade e memória foi diretamente testado em um experimento que utilizou o procedimento de lembrar/saber, em que os sujeitos são questionados sobre o reconhecimento de um item de um experimento anterior. Os sujeitos devem dizer se sentem que o item é familiar, o que é um julgamento de saber, ou se sua recordação do item é acompanhada por um detalhe sensorial, semântico ou emocional, o que é um julgamento de lembrar. 
As emoções fortalecem os relacionamentos interpessoais 
A ansiedade, então, serve como um alarme que motiva as pessoas a se comportarem segundo as regras do grupo. Essa nova abordagem vê as emoções interpessoais como mecanismos evolutivos que facilitam a interação interpessoal, ajudando, por exemplo, a amenizar e reparar transgressões interpessoais.
A culpa fortalece os laços sociais A culpa é um estado emocional negativo associado à ansiedade, tensão e agitação. A experiência de culpa, incluindo sua iniciação, manutenção e evitação, raramente faz sentido fora do contexto da interação interpessoal. As pessoas experienciam ansiedade, tensão e remorso, o que pode ser chamado de culpa. A culpa, ocasionalmente, pode surgir mesmo quando os indivíduos não se sentem pessoalmente responsáveis pela atuação negativa de alguém (como a culpa do sobrevivente).
A culpa protege e fortalece relacionamentos interpessoais por meio de três mecanismos. Primeiro, os sentimentos de culpa impedem que as pessoas façam coisas que prejudicariam seus relacionamentos, ao mesmo tempo em que estimulam comportamentos que fortalecem relacionamentos. Segundo, as manifestações de culpa demonstram que as pessoas se importam com os parceiros, confirmando assim laços sociais. Terceiro, a culpa é uma tática de influência que pode ser usada para manipular o comportamentodos outros.
A socialização é crucial para as emoções interpessoais A socialização é mais importante do que a biologia para a maneira especifica da criança experienciar culpa. O impacto da socialização sobre o desenvolvimento de uma variedade de emoções negativas, a culpa se destacava por ser extremamente influenciada pelo ambiente social. A socialização é a influência predominante sobre as emoções morais, como a culpa. O carinho parental está associado à maior culpa nas crianças, sugerindo que os sentimentos de culpa surgem em relacionamentos sadios e felizes. As crianças, conforme se tornam cidadãs em um mundo social, desenvolvem a capacidade de sentir empatia e subsequentemente experienciam sentimento de culpa quando transgridem contra os outros.
Embaraço e rubor O embaraço é um estado que ocorre naturalmente, tem base ecologia e geralmente acontece após eventos sociais como violação de normas culturais, perda da pose física, trotes e ameaças à autoimagem. O embaraço representa submissão e afiliação ao grupo social e um reconhecimento do erro social involuntário. Os indivíduos que parecem embaraçados após uma transgressão eliciam mais simpatia, perdão, divertimento e riso nos espectadores. Portanto, como a culpa, o embaraço pode servir para reafirmar relacionamentos estreitos após uma transgressão. 
O rubor ocorre quando as pessoas acreditam que os outros a veem negativamente e que o rubor comunica que a pessoa percebeu um erro interpessoal. Essas desculpas não-verbais visam acalmar e eliciar no outro o perdão, o que restaura e mantém o relacionamento.
Ciúme O ciúme tem funções adaptativas. É um componente indispensável de um relacionamento de longo prazo porque mantem os parceiros juntos ao incitar paixão e comprometimento. David Buss (2000) teoriza que, quando se depara com a possibilidade de um rival sexual, a pessoa sente e manifesta ciúme como um sinal de comprometimento com a relação. Buss também propõe que o ciúme reaviva a paixão sexual no parceiro ameaçado. O ciúme é uma das razoes mais comuns de abuso e homicídio do cônjuge/parceiro e, quando infundado, pode destruir um relacionamento ao expor a falta de confiança.
COMO AS PESSOAS EXPERIENCIAM AS EMOÇÕES? 
As emoções são difíceis de definir porque desafiam a linguagem. Elas consistem em três componentes. Existe o estado de sentimento que acompanha as emoções – a experiência subjetiva à qual psicólogos e leigos se referem quando perguntam “O que você está sentindo?”. Mudanças físicas, como o aumento e batimento cardíacos, temperatura da pele ou ativação cerebral, como parte integral do que constitui uma emoção. E um terceiro componente, as avaliações cognitivas, que envolvem crenças e entendimentos das pessoas sobre por que elas se sentem como se sentem.
Existe um componente subjetivo
As emoções são fenomenológicas, o que significa que são subjetivamente experienciadas. As pessoas que são super ou subemotivas tendem a apresentar problemas psicológicos. Entre as primeiras estão as pessoas com transtornos do humor como depressão grave ou ataques de pânico. As pessoas com transtornos de humor experienciam emoções tão fortes que chegam a ficar imobilizadas.
No outro extremo, estão aqueles que sofre de alexitimia, um transtorno em que a pessoa não experiência o componente subjetivo das emoções. A explicação para o transtorno é que as mensagens fisiológicas associadas às emoções não atingem os centros cerebrais que interpretam a emoção. Lesos em certas regiões cerebrais, especialmente no córtex pré-frontal, estão associadas à perda do componente subjetivo do humor.
Auto relatos Os cientistas psicológicos utilizam auto relatos de traço e de estado, em que as pessoas devem relatar como se sentem em geral ou como se sentem neste momento. As entrevistas são mais úteis quando a amostra total a ser avaliada é pequena e quando os relatos emocionais são obtidos para um propósito específico, como avaliar a possibilidade de suicídio. 
Distinguindo tipos diferentes de emoção: As emoções primárias básicas são evolutivamente adaptativas, compartilhadas por todas as culturas e associadas a estados biológicos e físicos específicos. Elas incluem raiva, medo, tristeza, nojo e felicidade, assim como possivelmente surpresa e desprezo. As emoções secundárias são uma mistura de emoções primárias e incluem remorso, culpa, submissão e antecipação.
Uma abordagem ao entendimento da experiência da emoção é o modelo circumplexo, em que dois fatores básicos de emoção estão arranjados em um círculo ao redor das intersecções das dimensões nucleares do afeto (Russell, 1980). James Russell e Lisa Feldman Barrett (1990) desenvolveram um modelo que propõe que as emoções podem ser mapeadas de acordo com a sua valência, ou grau de qualidade agradável ou desagradável, e sua ativação, que é o nível de excitação ou mobilização de energia. Assim, “excitado” é um estado afetivo que inclui prazer e excitação, enquanto “deprimido” descreve um estado de baixa excitação (arousal) e afeto negativo. 
Os cientistas psicológicos David Watson, Lee Anna Clark e Anke Tellegen fizeram uma distinção entre ativação positiva (afeto agradável) e ativação negativa (afeto desagradável), o que pode ser mapeado em um circumplexo. Eles também propõem que o afeto negativo e o positivo são independentes, de modo que as pessoas podem senti-los simultaneamente. Os estados de ativação positiva estão associados a um aumento de dopamina e os estados de ativação negativa estão associados a um aumento de noradrenalina. A distinção entre ativação positiva e negativa é adaptativa pois vinculam o afeto a estados motivacionais de aproximação e evitação – a motivação para buscar alimento, sexo e companhia está tipicamente associada ao prazer, enquanto a motivação para evitar animais perigosos está associada à dor.
Existe um componente fisiológico Rubor; choro; tremor; respiração ofegante; suor; arrepios
As emoções estão associadas a mudanças físicas. William James (1884) afirmou que é como uma pessoa interpreta as mudanças físicas em uma situação que a leva a sentir a emoção. James acreditava que as mudanças físicas ocorrem em padrões distintos que se traduzem diretamente numa emoção específica. Assim, a ideia de que a emoção sentida é o resultado de perceber padrões específicos de respostas corporais chama-se a teoria da emoção de James-Lange (padrões específicos de mudanças físicas são a base dos estados emocionais). As pessoas que sofrem lesão na medula espinal relatam sentir emoções menos intensas depois da lesão, o que ocorre porque as mensagens têm dificuldade em atingir o cérebro, o que dá apoio à teoria de James-Lange. Quanto mais perto do cérebro a lesão, maior a perda de sensação, e consequentemente, maior a redução na intensidade emocional. 
Uma implicação da teoria de James-Lange é que, se você molda os músculos faciais para imitar um estado emocional, você ativa a emoção associada. De acordo com a hipótese do feedback facial, proposta por Silvan Tomkins em 1963, as expressões faciais desencadeiam a experiência da emoção, e não o contrário. (Exemplo: Amy Cuddy)
Em 1927, Walter Cannon observou que o corpo humano é muito mais lento, levando pelo menos um segundo ou dois para responder as experiências emocionais. Cannon também observou que muitas emoções produzem respostas viscerais semelhantes, o que torna difícil para as pessoas determinarem rapidamente qual emoção estão experienciando. Juntamente com Philip Bard, Cannon propôs que a mente e o corpo operam independentemente quando experienciamos emoções. De acordo com a teoria de Cannon-Bard, a informação de um estímulo produtor de emoção é processada em estruturas subcorticais, provocando a experiência de duas coisas separadas aproximadamente ao mesmo tempo: uma emoção e uma reação física. Evidências recentes da pesquisa sobre o cérebro confirmam a ideia de que existem vias separadas para o processamento da informação emocional.
Existe um componente cognitivo
Stanley Schachter desenvolveu a hipótese de que as emoções são a interaçãode excitação fisiológica e avaliações cognitivas. Sua teoria de dois fatores da emoção propunha que toda situação evoca tanto uma resposta fisiológica, tal como excitação, quanto uma interpretação cognitiva, ou rótulo de emoção.
Schachter e seu aluno Jerome Singer (1962) criaram um experimento para testar a teoria dos dois fatores. Os resultados mostraram que a experiência subjetiva da emoção era uma combinação da situação em que a pessoa estava, da excitação fisiológica da pílula estimulante e de eles saberem ou não dos supostos efeitos da pílula. 
As pessoas podem errar ao atribuir a fonte dos estados emocionais
A atribuição errônea da excitação (arousal) é a expressão utilizada quando um rotulo emocional deriva-se da fonte errada.
Uma forma semelhante de atribuição errônea é a transferência de excitação (arousal), durante a qual uma excitação fisiológica residual causada por um evento é transferida para um novo estímulo. Exemplo: depois de praticar exercícios físicos, existe um lento retorno a uma linha base, durante o qual a pessoa continua com uma excitação residual, tal como batimentos cardíacos elevados.
As emoções são afetadas por uma estruturação cognitiva As emoções são parte de um sistema psicológico que inclui outras emoções, cognições e comportamentos. A estruturação cognitiva, ou a maneira pela qual pensamos sobre um evento, pode contribuir para a intensidade de uma resposta emocional, além de influenciar o rótulo que colocaremos nela. Craig Smith e Phoebe Ellsworth (1985) concluíram que os estados emocionais variam pelo menos em seis dimensões: 
Desejabilidade do resultado
Nível de esforço antecipado em uma dada situação
Certeza do resultado
Atenção dedicada à situação
Controle pessoal sobre a situação
Controle atribuído a forças externas
Pensamento contrafactual é o ato de imaginar um possível resultado alternativo que não aconteceu (suposição de acontecer alguma coisa que não aconteceu). Em geral, as pessoas utilizam o pensamento contrafactual para explicar as emoções negativas que resultam quando as coisas não aconteceram favoravelmente. 
As pessoas regulam o seu humor Processos de autocontrole
James Gross (1999) organizou estratégias da regulação da emoção em cinco categorias. As quatro primeiras, rotuladas como
Seleção da situação (envolve saber os tipos de pessoa, local e objeto que alteram o seu estado emocional e escolher se aproximar deles ou evita-los)
Modificação da situação (se refere a esforços ativos para alterar uma situação, em uma tentativa de modificar seus efeitos emocionais)
Distribuição da atenção (permite às pessoas isolar certos aspectos da situação e manejar seu estado emocional)
Mudança cognitiva (é útil quando nenhum dos outros processos é aplicável, pois envolve reconstruir a situação de maneiras alternativas)
são métodos que focalizam antecedentes, que ocorrem antes de um evento provocador de emoção. A última, 
Modulação da resposta (se refere a controlar diretamente as respostas emocionais depois de iniciadas)
ocorre depois que a reação foi iniciada. A pesquisa de Gross mostra que a efetividade de cada método depende das demandas situacionais e dos traços de personalidade do indivíduo. 
	Humor Método simples e efetivo de regular emoções negativas que apresenta numerosos benefícios mentais e físicos. Da forma mais óbvia, o humor aumenta o afeto positivo: quando sorrimos, rimos e ficamos num estado de excitação prazerosa, relaxada. Quando as pessoas riem, elas experienciam aumento de circulação, pressão sanguínea, temperatura da pele e batimentos cardíacos, juntamente com uma redução na percepção da dor. Todas essas respostas são semelhantes às que resultam do exercício físico e são consideradas benéficas para a saúde no curto e no longo prazo. De acordo com uma teoria, rir em situações que não parecem engraçadas, tais como velórios ou enterros, ajuda as pessoas a se distanciarem de suas emoções negativas e fortalece suas conexões interpessoais com outras pessoas (Dacher Keltner e George Bonanno, 1997).
	Supressão e ruminação Erros comuns de tentativas de regular o humor
Supressão do pensamento é um erro em que as pessoas tentam não responder ou sentir a emoção. Pesquisas de Daniel Wegner e colegas demonstraram que suprir qualquer pensamento é extremamente difícil e geralmente leva ao efeito rebote, em que a pessoa pensa mais sobre alguma coisa depois da supressão do que antes. A ruminação envolve pensar sobre, elaborar e focalizar os pensamentos ou sentimentos indesejados, o que prolonga o humor. Além disso, a ruminação impede estratégias bem-sucedidas de regulação do humor (Lyubomirsky e Nolen-Hoeksema, 1995).
A distração é a melhor maneira de evitar os problemas de supressão e ruminação, pois ela absorve a atenção e ajuda temporariamente a pessoa a parar de pensar sobre seus problemas. 
QUAL É A BASE NEUROFISIOLÓGICA DA EMOÇÃO? 
Estados emocionais específicos estão associados a padrões singulares de ativação cerebral, embora muitas das mesmas estruturas cerebrais estejam envolvidas em múltiplas experiências emocionais. 
Nojo, tristeza e felicidade: ativam o tálamo e o córtex pré-frontal.
Felicidade e tristeza: aumentam a ativação no hipotálamo.
Medo: ativa a amígdala.
Nojo: ativa a ínsula (também relacionada a reações gustatórias a sabores e cheiros desagradáveis).
As emoções estão associadas à atividade autonômica
O fato de a atividade do SNA estar associada aos estados emocionais é a base da poligrafia. A ideia geral é que mentir causa ansiedade, o que pode ser detectado por mudanças na atividade do SNA.
Robert Zajonc e colaboradores lançaram a hipótese de que as expressões faciais, por meio da musculatura facial, controlam o fluxo direcional do ar para o cérebro, resultando no aquecimento ou resfriamento do hipotálamo. Isso, por sua vez, afeta a liberação de neurotransmissores que influenciam emoções. Segundo Zajonc, resfriar o cérebro produz emoções positivas, ao passo que aquecê-lo produz emoções negativas.
A amígdala e o córtex orbitofrontal estão envolvidos na emoção
Em 1937, James Papez propôs que a emoção é mediada por vários sistemas neurais, incluindo o hipotálamo, o giro cingulado e o hipocampo. Em 1952, Paul MacLean acrescentou a essa lista a amígdala, o córtex orbitofrontal e porções dos gânglios basais. Ele chamou este circuito neural ampliado da emoção de sistema límbico. 
O hipocampo é extremamente importante para a memória e o hipotálamo para a motivação. Assim, o termo sistema límbico geralmente é usado de uma maneira descritiva ampla, em vez de ligar diretamente áreas cerebrais a funções emocionais específicas.
Amígdala processa o significado emocional dos estímulos e gera reações emocionais e comportamentais imediatas. Segundo Joseph LeDoux, o processamento afetivo na amígdala é um circuito que se desenvolveu ao longo da evolução para proteger os animais do perigo. LeDoux (1996) estabeleceu a amígdala como a estrutura cerebral mais importante para a aprendizagem emocional, tal como o desenvolvimento de respostas de medo classicamente condicionadas. A remoção da amígdala nos animais produz um transtorno conhecido como a síndrome de Kluver-Bucy, que leva o nome dos cientistas que a identificaram em 1939. Animais com a síndrome apresentam comportamentos incomuns, como hipersexualidade e colocar objetos dentro da boca, e não demonstram medo.
Os humanos com lesões na amígdala não desenvolvem os sintomas mais graves associados à síndrome de Kluver-Bucy, mas apresentam uma série de déficits ao processar e responder a deixas emocionais. Mais importante, eles apresentam prejuízo no condicionamento do medo (as pessoas com lesão na amígdala não apresentam o condicionamento clássico dessas associações de medo; o corpo não mostra nenhuma evidência fisiológica de ter adquirido a resposta de medo.
A informação atinge a amígdala de duas vias separadas. A primeira via é um sistema rápido, que processa a informação sensorial quase instantaneamente. A informação sensorial viaja rapidamente pelo tálamoaté a amígdala para um processamento prioritário. A segunda via é um pouco mais lenta, mas leva a avaliações mais deliberadas e cuidadosas. O material sensorial viaja do tálamo ao córtex sensorial, onde a informação é escrutinada mais profundamente antes de ser transmitida para a amígdala.
	Eventos emocionais apresentam maior probabilidade de serem armazenados na memória. Larry Cahill e seus colegas argumentam que isso ocorre porque a amígdala interage com hormônios do estresse liberados durante eventos emocionais que facilitam o armazenamento da memória. Estudos com imagens cerebrais demonstram que a atividade aumentada da amígdala durante um evento emocional está associada à melhor memória de longo prazo para o evento. Entretanto, nesse padrão existe uma diferença sexual interessante. Cahill e colaboradores (2001) confirmaram que a melhor memória para filmes emocionais levava à maior ativação da amígdala esquerda nas mulheres e da amígdala direita nos homens (a razão ainda é desconhecida).
	Outro papel da amígdala no processamento da emoção é o seu envolvimento na percepção dos estímulos sociais, tal como decifrar o significado afetivo das expressões faciais. Por exemplo, estudos demonstram que a amígdala é especialmente sensível à intensidade de rostos que demonstram medo (Dolan, 2000).
	Dado que a amígdala está envolvida no processamento do conteúdo emocional de expressões faciais, não surpreende que lesões nela levem a déficits sociais. A pessoa com lesão na amígdala geralmente tem dificuldade para avaliar a intensidade de rostos que demonstram medo, mesmo que não revele prejuízo no julgamento da intensidade de outras expressões faciais, como felicidade. Um estudo sugere que as pessoas com lesão na amígdala não conseguem utilizar as informações contidas nas expressões faciais para fazer julgamentos interpessoais acurados (Adolphs et al., 1998).
O córtex orbitofrontal está envolvido na avaliação do valor potencial de recompensa das situações e dos objetos e também no processamento de deixas emocionais, especialmente as relacionadas a interações interpessoais. As pessoas com lesão nessa região muitas vezes agem de forma inadequada e geralmente são insensíveis às expressões emocionais dos outros. Além disso, lesões orbitofrontais às vezes estão relacionadas à agressão e à violência excessivas, sugerindo dificuldade para controlar as emoções. 
Quando essas regiões são lesadas, as pessoas ainda conseguem lembrar informações, mas essas informações perderam a maior parte de seu significado afetivo. Elas podem ser capazes de descrever seus problemas atuais ou falar sobre a morte de uma pessoa amada, mas o fazem sem experienciar a dor emocional que normalmente acompanha tais pensamentos. 
	Os sistemas da emoção estão lateralizados no cérebro
	O cientista psicológico Richard Davidson mostrou que a ativação desigual dos lobos frontais esquerdo e direito está associada a estados emocionais específicos, um padrão conhecido como assimetria cerebral. A maior ativação do córtex pré-frontal direito está associada ao afeto negativo, enquanto a maior ativação do hemisfério esquerdo está associada ao afeto positivo. Um estudo com respostas a videoclipes descobriu que as pessoas com hemisfério esquerdo dominante apresentavam a resposta mais positiva a cenas agradáveis, enquanto as pessoas com hemisfério direito dominante apresentavam as respostas mais negativas a cenas desagradáveis. Outro estudo descobriu que as que relatavam a emoção negativa mais forte apresentavam maior ativação da amígdala direita em resposta a fotos desagradáveis (Davidson, 2000).
	A assimetria cerebral está associada à motivação geral (Davidson, 2000). Por exemplo, a maior ativação do hemisfério esquerdo está associada à maior confiança e esforço na busca de objetivos. Uma maior ativação do hemisfério direito está associada à falta de motivação, um sintoma de depressão clínica (a depressão é mais comum naqueles que apresentam lesão cerebral no hemisfério esquerdo).
	As pesquisas demonstram que o hemisfério direito está mais envolvido do que o esquerdo na interpretação e compreensão do material emocional. O hemisfério direito também é mais exato ao detectar o tom emocional da fala (se a voz soa triste ou feliz), enquanto o hemisfério esquerdo é mais exato ao decodificar o conteúdo semântico. 
	COMO AS PESSOAS LIDAM COM O ESTRESSE?
	Um nível de estresse é benéfico. Diferentes níveis de estresse são ótimos para diferentes pessoas, e aprender quanto estresse você pode manejar é essencial para reconhecer seus efeitos sobre o seu bem-estar mental, físico e emocional.
O estresse envolve tanto fatores físicos como psicológicos. O quão estressada a pessoa se sente depende de certos fatores: como a pessoa percebe o evento estressante, sua tolerância ao estresse e suas crenças pessoais sobre os recursos que tem para lidar com o estressor. Um estressor é um evento ou estímulo ambiental que ameaça o organismo e leva a uma resposta de enfrentamento (coping), que é qualquer resposta dada pelo organismo para evitar, escapar de ou minimizar um estímulo aversivo. 
De um ponto de vista adaptativo, a resposta fisiológica que acompanha o estresse ajuda a mobilizar recursos para ou lutar ou fugir do perigo, facilitando assim a sobrevivência e a reprodução. O psicólogo Walter Canon cunhou o termo resposta de luta-ou-fuga para descrever a preparação fisiológica dos animais para lidar com algum ataque. Uma análise importante de respostas ao estresse sugere que as fêmeas tendem mais a “cuidar e ajudar” os filhotes e a formar alianças sociais do que a lutar ou fugir em resposta a uma ameaça.
Existe uma síndrome de adaptação geral
 Nos anos de 1930, Hans Selye começou a estudar os efeitos fisiológicos dos hormônios sexuais, popularizou o termo estresse e demonstrou que ele podia afetar a saúde física. Selye concluiu que o padrão tripartido produzido de glândulas suprarrenais inchadas, estruturas linfáticas atrofiadas e úlceras estomacais eram a marca registrada de uma resposta ao estresse não específica.
A síndrome de adaptação geral (SAG), um padrão consistente de respostas identificado por Selye, ocorre juntamente com respostas fisiológicas especificas a determinados estressores e consiste em três estágios: 
(1) estágio de alarme – uma reação de emergência que prepara o corpo para lutar ou fugir; as respostas fisiológicas visam a impulsionar capacidades físicas enquanto reduzem as atividades que tornam o organismo vulnerável à infecção após ferimentos.
(2) estágio de resistência – as defesas são preparadas para um ataque mais longo e duradouro contra o estressor; a imunidade a doenças continua a aumentar um pouco enquanto o corpo maximiza suas defesas.
(3) estágio de exaustão – vários sistemas fisiológicos e imunes fracassam; os órgãos corporais que já estavam fracos antes do estresse são os primeiros a falhar.
Os estressores levam à ativação do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA). Durante uma resposta de estresse, o hipotálamo secreta um hormônio chamado fator liberador de corticotropina (FLC), que estimula a pituitária a liberar o hormônio adrenocorticotrópico (HACT) na corrente sanguínea. As glândulas também liberam noradrenalina e adrenalina, devido à ativação do sistema nervoso simpático.
Existe estresse na vida cotidiana
O estresse acontece quando existe uma discrepância percebida – real ou não – entre as demandas da situação e os recursos dos sistemas biológico, psicológico e social da pessoa. Os estressores maiores da vida são mudanças ou perturbações que causam tensão em áreas centrais da vida da pessoa. As dificuldades do dia-a-dia são pequenas irritações e chateações do cotidiano. Estudos revelam que quanto mais intensas e frequentes são as incomodações, pior é a saúde física e mental do sujeito. As pessoas parecem se habituar aos problemas do dia-a-dia, mas alguns parecem ter um efeito cumulativo sobre a saúde – entre eles as dificuldades interpessoais.
O estresse afeta a saúde
Hipertensão, doença cardíaca, diabete, menorinteresse sexual, nanismo, e assim por diante. Robert Sapolsky (1994) observa que o estresse crônico pode inclusive levar a déficits de memória, porque os glicocorticoides danificam neurônios no hipocampo, que é a estrutura cerebral envolvida na consolidação da memória. 
Existem evidencias esmagadoras de que o estresse está associado à iniciação e a progressão de uma ampla variedade de doenças, do câncer à AIDS e à doença cardíaca. A maioria dos problemas de saúde da sociedade ocidental poder ser atribuída a comportamentos poucos saudáveis, muitos dos quais ocorrem quando as pessoas estão estressadas.
Desafio versus ameaça James Blascovich e colaboradores estabeleceram uma distinção entre situações desafiadores e ameaçadoras (Blascovich et al., 1999). Ameaça e desafio são estados motivacionais relevantes para a obtenção de objetivos; eles resultam de avaliações cognitivas e afetivas de demandas situacionais e recursos pessoais. A ameaça ocorre quando as demandas são percebidas como superando os recursos, ao passo que o desafio resulta quando os recursos são percebidos como suficientes ou superando as demandas. 
Blascovich e colaboradores mostraram que existem diferenças cardíacas e vasculares associadas ao desafio e à ameaça. O desafio imita o exercício aeróbico, produzindo batimentos cardíacos mais rápidos e menor resistência vascular. Esse padrão representa a mobilização eficiente de energia para o manejo (coping). A ameaça, todavia, aumenta os batimentos cardíacos, mas não diminui a resistência vascular, e o resultado disso é um aumento na pressão sanguínea. A ameaça, portanto, pode produzir problemas de saúde de longo prazo
Diferenças de personalidade relacionadas à doença cardíaca Wester Collaborative Group (1960) começou o que seria um estudo de oito anos e meio para examinar os efeitos da personalidade sobre a doença cardíaca. Os resultados do estudo indicaram que um padrão de traços de personalidade predizia a doença cardíaca. Esse padrão, chamado de personalidade do Tipo A, inclui competividade, ser orientado para a realização, agressividade, hostilidade, urgência temporal (sentir-se constantemente apressado, inquieto, incapaz de relaxar), ser impaciente e belicoso com os outros. Os homens que apresentavam esses traços tendiam muito mais a desenvolver doença cardíaca coronariana do que seus pares rotulados como personalidade do Tipo B, que descreve uma pessoa relaxada, não-competitiva, conciliadora. Altos níveis de hostilidade – tanto em relação aos outros como em relação a si mesmo – parecem levar à má saúde.
O estresse afeta o sistema imune
O campo da psiconeuroimunologia estuda as respostas do sistema imune no corpo às variáveis psicológicas. O sistema imune é o mecanismo corporal para lidar com microrganismos invasores. Às vezes, o sistema imune ataca o próprio corpo, conforme ocorre nos transtornos autoimunes.
O sistema imune é constituído por três tipos de leucócitos especializados conhecidos como linfócitos: células B, células T e células natural killer. As células B produzem anticorpos, moléculas de proteínas que se agarram aos agentes forasteiros e os marcam para destruição. Também existem células B de memória 	que lembram invasores específicos, tornando mais fácil a identificação no futuro. As células T geralmente estão envolvidas no ataque aos invasores; elas, às vezes, também agem como células auxiliares ao aumentar a ativação da resposta imune. As células natural killer são especificamente potentes para matar os vírus e também ajudam a atacar tumores. Os efeitos prejudiciais do estresse imediato ou de longo prazo sobre a saúde física são devidos, em parte, à produção diminuída de linfócitos, o que deixa o corpo menos capaz de lutar contra substancias forasteiras.
Alguns fatores moderam os efeitos do estresse, incluindo intensidade, novidade e previsibilidade. A intensidade do estressor está positivamente relacionada aos glicocorticosteróides e a respostas autonômicas, indicadores de resposta imune. A novidade está relacionada a reações fisiologias: paraquedistas de primeira viagem apresentam glicocorticosteróides e catecolaminas aumentadas no primeiro pulo, mas essas reações fisiológicas diminuem rapidamente nos pulos subsequentes. A previsibilidade aumenta as respostas adaptativas ao estresse.
Sheldon Cohen e colaboradores (1991) fizeram um estudo que revelou que, quanto mais desejáveis os acontecimentos relatados pelo sujeito, maior a produção de anticorpos. Similarmente, quanto mais eventos indesejáveis eram relatados, mais fraca a produção de anticorpos.
O manejo (coping) é um processo
As avaliações cognitivas afetam a percepção e as reações das pessoas a estressores potenciais. O manejo (coping) que ocorre antes do inicio de um futuro estressor é chamado de manejo antecipatório, tal como quando os pais ensaiam como falarão para os filhos sobre seus planos de divórcio. O psicólogo Richard Lazarus (1993) conceitualizou um processo de avaliação com duas partes. As avaliações primarias são usadas para decidir se o estímulo é estressante, benigno ou irrelevante. Se o estímulo for considerado estressante, as avaliações secundárias são usadas para avaliar as opções de resposta e escolher os comportamentos de manejo.
Tipos de manejo (coping) Folkman e Lazarus sugerem que existem duas categorias gerais de estilo de manejo. O manejo (coping) focando na emoção envolve tentar não dar uma resposta emocional ao estressor. Ele inclui estratégias como evitação, minimizando o problema, tentando se distanciar dos resultados do problema, ou fazendo coisas como comer ou beber. Essas geralmente são estratégias passivas utilizadas para amortecer o sofrimento. Elas não fazem nada para resolver o problema ou impedir que ele aconteça novamente no futuro. Em contraste, o manejo (coping) focado no problema envolve dar passos diretos para resolver o problema. As pessoas geram soluções alternativas, avaliam-nas em termos de custos e benefícios e escolhem entre elas. Os comportamentos focados no problema são adotados quando o estressor é percebido como controlável e existe apenas um nível moderado de estresse. Inversamente, os comportamentos focados na emoção permitem que as pessoas continuem funcionando diante de um estressor incontrolável ou de um alto nível de estresse.
Normalmente, as estratégias baseadas na emoção só são efetivas no curto prazo. Todavia, para que as estratégias de manejo (coping) focadas no problema funcionem, as pessoas precisam ser capazes de fazer alguma coisa em relação à situação.
Susan Folkman e Judith Moskowitz (2000) demostraram que, além do manejo focado no problema, duas estratégias podem ajudar as pessoas a usar pensamentos positivos para lidar com o estresse. A reativação positiva é um processo cognitivo em que as pessoas focalizam possíveis aspectos bons em sua presente situação. As comparações com algo pior ajudam as pessoas a lidar com doenças sérias. A criação de eventos positivos se refere a uma estratégia de atribuir significado positivo a eventos comuns. Folkman e Moskowitz descobriram que a avaliação positiva, a criação de eventos positivos e o manejo focado no problema foram essenciais para o manejo (coping) bem-sucedido.
Diferenças individuais de manejo (coping) A ideia de intrepidez (hardiness), desenvolvida por Suzanne Kobasa (1979), tem três componentes: comprometimento, desafio e controle. As pessoas com alto grau de intrepidez são comprometidas com suas atividades cotidianas, encaram as ameaças como desafios ou oportunidades de crescimento e veem a si mesmas como estando no controle de sua vida. As pessoas com baixo grau de intrepidez (hardiness) são tipicamente alienadas, veem os eventos como sob controle externo e temem mudanças ou resistem a elas. Numerosos estudos descobriram que as pessoas com alto grau de intrepidez relatam menos respostas negativas a eventos estressantes. 
Apoio social se refere a ter outras pessoas que podem oferecer ajuda, encorajamento e conselhos. Pessoas doentes que estão socialmente isoladas apresentam umaprobabilidade muito maior de morrer do que as que estão bem conectadas com os outros (House et al., 1988), em parte porque o isolamento em si está associado a numerosos problemas de saúde.
Estudos de crianças que parecem resistentes, significando que se saem bem apesar de terem sido criadas em situações de privação ou de caos, revelam que a presença de apoio parental ou familiar é especialmente importante. (Masten, 2001).
A hipótese protetora (Cohen e Wills, 1985) propõe que os outros podem oferecer apoio direto para ajudar as pessoas a lidar com eventos estressantes. O apoio emocional inclui expressões de interesse e disposição a ouvir os problemas das outras pessoas. O apoio social também pode assumir formas mais tangíveis, tal como oferecer auxílio material ou ajudar em tarefas do cotidiano. Mas, para ser efetivo, o apoio social precisa deixar claro que a pessoa se importa com aquela que está sendo apoiada.

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