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Resumo 
Netto, José Paulo, 1947 – Capitalismo monopolista e serviço social / J osé Paulo Netto – 4. ed. 
– São Paulo, Cortez 2005. Capítulo 1: AS CONDIÇÕES HISTÓRICO -SOC IAIS DA 
EMERGÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL. 
1.1 Estado e questão social no capitalismo dos monopólios. 
 O capitalismo concorrencial é a concorrência entre as empresas suas 
características são: concentração de riquezas, l iberalismo e industrialização. O capitalismo 
tem bases históricas e não é o mesmo, está em movimento , ele com o passar dos anos 
amadurece trazendo suas principais características e contradições, como a fusão de empresas e 
a busca por lucros. O capitalismo monopolista, ao contrário do concorrencial, tem seu 
objetivo primário: o acréscimo dos lucros capitalistas através do controle dos mercados. Na 
prossecução d a sua fina lidade c entral, a organização monopólica introduz na dinâmica da 
economia Capitalista em leque de fenômenos que deve ser sumariado : A) Os preços das 
mercadorias produzidas pelos monopólios tendem a crescer. B) As taxas de lucro tendem a ser 
mais alta nos setores monopolizados. C) A taxa de acumulação se eleva, acentuando a taxa 
média de lucro e a tendência ao subconsumo. D) O investi mento se concentra nos setores de 
maior concorrência, a taxa de lucro que determina a opção de invest imento se reduz. E) 
Cresce a tendência a economizar o trabalho humano com a introdução de novas tecnolo gias. 
F) Os custos de venda sobem, com um sistema de dist ribuição e a poio hipertrofiado, 
diminuindo os lucros adicionais dos monopólios e aumentando o contingente de 
consumidores improdutivos. 
De uma parte a tendência à equalização das taxas de lucro é r evertida e m favor 
dos grupos monopolistas, de outro a próprio processo de acumulação é alterado: ela tende a 
elevar-se, em razão da centralização que o monopólio opera, os grupos monopolistas 
inclinam-se mais a inves timentos no exterior dos seus próprios limites que nos seus p róprios 
âmbitos. Ademais, a economia do trabalho vivo que estimula a inovação tecnológica, 
subordina-se diretamente a depreciação do capital fixo existente. 
No período do Capitalismo monopolista, dois outros elementos típicos da 
monopolização fazem seu ingresso aberto no cenário Social. A supercapitalização é próprio 
do capitalismo monopolista o crescimento ex cepcional desses capitais excedentes, que s e 
tornam tanto mais extraordinário quanto mais se afirmar a tendência descente da taxa média 
de lucro. O s egundo elemento a destacar é o parasitismo que se instaura na vida social em 
razão do desenvolvimento do monopólio e deve ser tomado por dois ângulos. É visível que 
por meio dos elementos típicos da monopolização o aumento da força de trabalho, que não 
está ligada diretamente ao capital, e o fortalecimento do setor terciário se estabelecem. 
O capitalismo monopolista conduz ao ápice a contradição elementar entre a 
socialização da produção e a apropriação privada: intercionalizada a produção, grupos de 
monopólios controlam-na por cima de povos e Estados. Daí a refuncionalização e o 
redimensionamento da instância por excelência do poder extra-econômi co, o Estado. Ele 
altera suas funções para atender a demanda do capital. 
As funções políticas e econômicas se mesclam assim o Estado assume múlti plas 
funções. Como tal, o Estado sempre interveio no processo econômico capitalista, o traço 
intervencionista do Estado, a serviço de franjas burguesas revela-se precocemente. No 
entanto, com o in gresso do capitalismo no estágio imperialista, essa intervenção muda 
funcional e estruturalme nte. Até então, o Estado atuara como coisa das co ndições externas da 
produção C apitalista. Mas exatamente, no capitalismo monopolista, as funções polí ticas do 
Estado embicam-se organicamente com as suas funções econômicas. 
As funções econômicas diretas consistem na atuação do Estado como empresário, 
a entre ga aos monopólios de complexos construídos com fundos públicos, os subsídios 
imediatos aos monopó lios e a garantia ex plícita de lucro pelo Estado. Já as indiretas aparecem 
como subsídios indiretos, os investimentos públicos em meios de transporte e infra -estrutura, 
a preparação institucional da força de trabalho requerida pelos monopólios e, com saliê ncia 
peculiar, os gastos com investigação e pesquisa. 
Dentro do Capitalismo Monopolista, o capital se comporta de v árias maneiras. 
Articulação entre funçõe s econômicas e funções políticas do Estado burguês no capitalismo 
monopolista se uma possibilidade entre outras assentadas nas virtualidades objetivas deste 
estágio de desenvolvimento do capitalismo A sua realização é mediatizada pela correlação das 
classes e das forças soc iais em presença. Com efeito, as alternativas sócias - políticas do 
capitalista monopolista, s em configurar um leque infinito, comportam mati zes que vão de um 
limite a outro – do Welfare State ao fascismo.

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