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diario de campo A inclusão na escola

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL- UNINTER
EUCAÇÃO INCLUSIVA
A LEI E O DIA A DIA NA ESCOLA
DIÁRIO DE CAMPO
SÃO GONÇALO
2018
 A LEI E O DIA A DIA NA ESCOLA
O tema inclusão vem marcando os discursos na área de educação de forma significativa. Temos legislações internacionais e nacionais que orientam e determinam o processo de inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais e as pessoas portadoras de deficiências. No Brasil, temos a Constituição Federeal (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases (1996). 
Com relação à legislação brasileira, da constituição federal (1988) é importante destacar seu artigo 205, “a educação é direito de todos” e seu decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, artigo 1º “a garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades”. 
Lendo as legislações destacadas observamos conquistas importantes, mas são conquistas que exigem mudanças profundas por isso não são fáceis. E todos nós, profissionais da área de educação estamos sentindo essas exigências e dificuldades todos os dias.
 Alguns professores, cientes de que são os principais agentes de mudanças, incomodados com o insucesso dos alunos, buscam cursos de especialização, como a Psicopedagogia, por exemplo, para reverem seus conceitos, reformularem seus métodos, a fim de renovarem suas práticas pedagógicas respeitando o ritmo e a capacidade de cada um. Porém, se deparam muitas vezes com limites difíceis de serem vencidos, são colegas que não percebem a importância da inclusão, são limites institucionais que às vezes são até justificáveis, mas muito desestimuladores, falta de recursos financeiros e humanos, falta de formação, uma burocracia paralisante e mais ainda, a falta de engajamento institucional. 
DIÁRIO DE CAMPO
Local de Observação: Colégio Estadual ......
Período observado:........
Deficiência observada: Deficiência auditiva
 Este diário de campo foi realizado no Colégio Estadual........., localizado............................, no Estado do Rio de Janeiro. O Colégio funciona em três turnos, com uma faixa de 49 turmas, aproximadamente 2.000 alunos distribuídos em Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Curso de Formação de Professores e EJA ( Educação Jovens e Adultos). A escola apresenta alguns alunos com deficiência auditiva, no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, os mesmos são assistidos por intérpretes que dão o apoio necessário através da linguagem de libras. Eu tive oportunidade de conversar com esses intérpretes e aproveite para fazer algumas perguntas necessárias para conhecer melhor o trabalho realizado, como é desenvolvido e comparar com o que a lei sancionada no dia 06 de julho de 2015 exige.
 A intérprete Sandra que é contratada e trabalha no segundo turno dando o suporte para dois alunos do 2º ano do Ensino Médio, disse que o seu trabalho é fazer a comunicação do professor com o aluno, mediadora somente na comunicação, já que não tem formação pedagógica e não pode tirar dúvidas e sim a professora regente.
	A segunda intérprete entrevistada chama-se Daiane, que também é contratada e trabalha no turno da manhã. Ela desenvolve o seu trabalho a três anos e este ano somente com 2 alunos, mas já chegou a ter 5 alunos no ano de 2017. A direção da escola dá apoio aos intérpretes, porém devido a escola não ter sala de recursos, por causa da falta de profissionais, os alunos apresentam dificuldades no aprendizado, tendo dificuldades de realizar suas atividades de casa e mesmo sem ser o seu trabalho Daiana dá um suporte para esses alunos através de grupo criado no whatsapp. Outra dificuldade relatada por esta interprete, foi que elas não recebem o material didático usado pelo professor, e devido a isso não podem traduzir algumas palavras para a língua de sinais.
	Observei o momento destes alunos na hora do recreio ou nas horas vagas quando eles não estão sala de aula, eles se reúnem em grupos e os intérpretes também estão por perto dando suporte necessário para comunicação com os outros alunos, ficando assim bem integrados.
 	Achei também muito interessante, foi na distribuição de matérias didáticos para os alunos, as intérpretes também os acompanham para biblioteca e outros espaços da escola.
	Foi observado também que em sala de aula todos os alunos portadores de necessidades especiais, no caso com deficiência auditiva, estão integrados conversando bem na sua língua de sinais, sendo bem tratados e conseguem se comunicar usado quando necessário a escrita. Amam quando o assunto é futebol!
Foi relatado pelas intérpretes que este apoio profissional nas redes estaduais surgiu depois da lei sancionada em 2015, uma das exigências, mas mesmo assim não tem muitas escolas aqui em São Gonçalo que oferecem este suporte. Infelizmente!
	Tive também a oportunidade de conversar com uma coordenadora pedagógica de uma escola particular da Educação Infantil e a mesma me relatou que infelizmente ainda existem restrições para o acolhimento destes alunos Portadores de Necessidades Especiais, devido até mesmo pelo espaço físico, como uma sala de recursos, no qual muitas não possuem.
Com punições para atitudes discriminatórias e com mudanças em áreas como a educação, a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), que foi criada há quase 3 anos (em 6 de julho de 2015) e entrou em vigor em 2 de janeiro de 2016, representou um grande avanço na inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. 
 A lei avança na cidadania das pessoas com deficiência ao tratar de questões relacionadas a acessibilidade, educação e trabalho e ao combate ao preconceito e à discriminação. Ela cria um novo conceito de integração total. 
	Concluí que, a lei criada provocou algumas mudanças, mas muito ainda precisa ser feito para que haja uma verdadeira inclusão desse portador de necessidades especiais às nossas escolas, levando em conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências e limitações. A escola precisa mudar. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.
BRASIL, Presidência da República, Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, 1997.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer?, São Paulo: Moderna, 2003.
WERNECK, Cláudia (1993). Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade
inclusiva. 2a ed. Rio de Janeiro: WVA.

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