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QUANDO O VÍNCULO É DOENÇA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Fichamento
" Quando o vínculo é doença: a influência da dinâmica familiar na modalidade de aprendizagem do sujeito”
Wangleya Dantas Braga Chaves
Trabalho da disciplina Teoria Psicanalítica
Tutor: Prof. Ana Lucia Ribeiro
Rio Branco 
2018
FREINET, Célestin. Conselhos aos pais. São Paulo: Estampa, 1974. (Coleção Técnicas de Educação, n. 6).
A sociedade atual tem passado por transformações sociais e culturais, que atingiram o meio familiar no seu contexto, onde as novas concepções familiares, bem como o relacionamento entre o sujeito no meio familiar se modificaram com o passar dos anos e seus avanços. o processo de aprendizagem, qual não começa apenas na escola, mas a partir das primeiras relações com seus pais e com a família, qual levanta questões sobre o que se encaixa como dito normal e patológico, para que a sociedade familiar possa refletir sobre seu papel no processo de aprendizagem do sujeito. 
Mas, no final do século XX, a família começou a desestruturar-se, por questões da busca pela tal qualidade de vida, os filhos passaram a serem educados apenas pela a escola, e até nos dias atuais, as tais tias como assim são chamadas em sala de aula, passaram a ter um vínculo efetivo maior que as próprias mães. Como o âmbito familiar está influenciando no desenvolvimento e o rendimento do sujeito no processo de aprendizagem, bem como a formação desse sujeito para vida. A família, como sistema integrador para esse sujeito com o mundo, tem como função proteger e permitir que esse indivíduo a cultura existente.
O vínculo é uma união, relação ou ligação de uma pessoa ou coisa com outra. Por conseguinte, duas pessoas ou objetos vinculados estão unidos, encadeados ou atados, seja física ou simbolicamente. Sobre a fundamental importância da família, assim se expressa Pestalozzi (FREINET, 1974, p. 14).
Pichon-Rivière ressalta a necessidade de complementar a investigação psicanalítica com a investigação social, que orienta em uma tríplice direção: psicossocial, sócio-dinâmica e institucional. Aborda o homem concebendo-o em uma só dimensão, que é a humana. Mas ao mesmo tempo concebe a pessoa como uma totalidade integrada por três dimensões: a mente, o corpo e o exterior. O vínculo é concebido como estrutura dinâmica em contínuo movimento, que engloba o sujeito quanto o objeto, tendo esta estrutura características consideradas normais e alterações interpretadas como patológicas.
A família, além de sua tarefa de constituir o sujeito e auxiliá-lo no seu desenvolvimento social, precisa ajudá-lo a se conhecer individualmente, como
em sujeito do processo de aprendizagem. É fundamental que haja coerência por parte dos pais/responsáveis no que transmite aos filhos, a fim de deixar clara a delimitação social dos papéis e funções na sociedade. Vale ressaltar que, algumas famílias de crianças que apresentam TDA levam mais tempo para tomada de decisões, quando comparada as famílias ditas normais. Necessário que a família seja o elo forte deste sujeito o integrando no meio que vive, permiti-o que sua aprendizagem seja compartilhada de várias maneiras, e que esse vínculo familiar seja sua base.
Atualmente nunca se viu tantos problemas relacionados ao ensinar e ao aprender como em nossos dias, estamos vivendo uma era, qual o sujeito se encontra robotizado pelo sistema, qual valores familiares estão se perdendo no espaço.
É fácil encontrar, em inúmeros livros e artigos, conselhos sobre como agir em relação ao ensino e a aprendizagem do sujeito. Entretanto, penso que muito deve ser construído, questionado e estudado sobre o modo como preparamos as novas gerações para o futuro, para a vida em sociedade, é quais procedimentos podem ser usados para que a família venha contribuir para melhor desenvolvimento do sujeito na modalidade de aprendizagem ofertada pelas escolas. E isso se refere à sociedade, à organização familiar e escolar.
A melhor história, o quadro mais emocionante visto num livro são para a criança como a visão de um sonho sem vínculos, sem seguimento, sem verdade interior. Pelo contrário, o que se passa em casa, sob os olhos da criança, liga-se naturalmente, no seu espírito, a mil outras imagens precedentes, pertencendo à mesma ordem de ideias e, portanto, têm para ela uma verdade interior.

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