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FAMILIA E ESCOLA SUA IMPORTÂNCIA NA MELHORIA DA QUALIDADE ENSINO

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46
UNIVERSIDADE PAULISTA – AQUI VOCE PODE
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
FAMILIA E ESCOLA: SUA IMPORTÂNCIA NA MELHORIA DA QUALIDADE ENSINO
MANAUS - AM
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP UNIDADE RAMOS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ADALMIRA LIRA LOPES
ARIANE DE MEDEIROS MENESES
EDUARDA LOPES CARVALHO
JUCELILIA SILVA DA MOTA
PATRICIA SAMPAIO SILVA BARBOSA
REGINA PAULA GOMES DE LIMA
FAMILIA E ESCOLA: SUA IMPORTÂNCIA NA MELHORIA DA QUALIDADE ENSINO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia na Universidade Paulista – UNIP.
 
 Orientadora: Profa. Girlandia de Sousa Dantas da Silva
Manaus – AM
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP UNIDADE RAMOS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ADALMIRA LIRA LOPES
ARIANE DE MEDEIROS MENESES
EDUARDA LOPES CARVALHO
JUCELILIA SILVA DA MOTA
PATRICIA SAMPAIO SILVA BARBOSA
REGINA PAULA GOMES DE LIMA
FAMILIA E ESCOLA: SUA IMPORTÂNCIA NA MELHORIA DA QUALIDADE ENSINO
 
Manaus – Amazonas.
Aprovado em ____/_____/______
Orientadora: Profa. Girlandia de Sousa Dantas da Silva
Manaus – AM
2020
DEDICATÓRIA
Dedicamos esta conquista primeiramente a Deus, pois sem ele nada somos. A minha família e familiares que nas horas mais difíceis sempre estiveram ao nosso lado com uma palavra de conforto e otimismo. Aos professores que nos ajudaram nesta conquista.
Enfim, agradeço a todos meus amigos que estiveram ao meu lado durante esses três anos de faculdade, dividindo momentos de felicidades e de angústias. 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP UNIDADE RAMOS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
AUTORIZAÇÃO PARA O DEPÓSITO DO 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ADALMIRA LIRA LOPES
ARIANE DE MEDEIROS MENESES
EDUARDA LOPES CARVALHO
JUCELILIA SILVA DA MOTA
PATRICIA SAMPAIO SILVA BARBOSA
REGINA PAULA GOMES DE LIMA
Com base no disposto da lei federal n 9.160, de 19/02/1998 AUTORIZO a UNIP- Universidade Paulista de Manaus – AQUI VOCE PODE sem ressarcimento dos direitos autorais, disponibilizar na rede mundial de computadores e permiti a reprodução por meio eletrônico ou impresso do texto integral e/ou parcial da OBRA acima citada, para fins de leitura divulgação da produção cientifica gerada pela Instituição. 
Declaro que o presente Trabalho de Conclusão de Curso, foi submetido a todas as Normas Regimentais da UNIP – Universidade Paulista de Manaus Amazonas e, nesta data, AUTORIZO o depósito da versão final desta monografia bem como o lançamento da nota atribuída pela Banca Examinadora.
Manaus/ Am....../......./............. 
...................................................................................
Profa. Esp. Girlândia Sousa Dantas da Silva.
Orientadora 
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, acima de tudo, por ter nos capacitado para finalizar este trabalho.
Aos nossos familiares, pelos momentos de ausência suportados, sei o quanto se esforçaram, até naquilo que não podiam, para que esse sonho fosse concretizado.
À Prof. Girlandia Dantas pela colaboração e aos demais professores pelas disciplinas aplicadas em sala de aula agregando conhecimento profissional e ao trabalho.
Nosso muito obrigado a todos!
 
 EPÍGRAFE
“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.” (Paulo Freire) 
RESUMO
O trabalho tem como objetivo analisar a interação entre família e escola, buscando entender qual é o papel de cada um nesse processo, realizou-se um trabalho de pesquisa bibliográfica, que puderam nos embasar nesse estudo acerca da temática “Família e Escola: Sua importância na melhoria da qualidade de ensino. De acordo com os relatos apurados, verificou-se que a integração do pais e professores, ainda acontecem de formar muito pequena no contexto escolar. Diante disso, o trabalho tem como finalidade analisar a importância da relação da educação formal e informal e também a afetividade como fator primordial para que essa relação seja eficaz . O estudo apresenta ainda a relação família-escola e expõe de maneira simples a instituição família, como o primeiro contato social que a criança possui e a importância dela para o contexto, no qual está inserida. Trata-se ainda da relevante contribuição da família para a melhoria do ensino aprendizagem da criança, colocando os pais e a escola como atores principais para formação do individuo na sua totalidade , bem como o acompanhamento das atividades escolares de seus filhos, como forma de estimular os mesmos, em seus estudos. Sabe-se que hoje que a família não está cumprindo o seu papel enquanto instituição na formação do seu filho, prejudicando assim o aluno na sua formação cidadã. A base metodológica desse trabalho concentrou-se em uma pesquisa qualitativo-explicativa baseada em leituras, fichamentos, resumos de livros e artigos. Os dados coletados foram analisados a base de conteúdo. O desenvolvimento desse estudo foi de extrema importância pelo fato de oportunizar o conhecimento acerca da relevância da família no contexto escolar, de modo positivo, e como a falta dela promove problemas e dificulta o desenvolvimento dos alunos. Assim, através desse trabalho foi possível observar os pontos mais relevantes acerca da relação escola e família que influenciam na vida escolar dos educandos. 
 
Palavras-chave: Família, Escola, Interação, Aprendizagem, Afetividade.
ABSTRACT
The work aims to analyze the interaction between family and school, seeking to understand what is the role of each one in this process, a bibliographic research work was carried out, which could support us in this study about the theme “Family and School: Its importance improving the quality of teaching. According to the reports found, it was found that the integration of parents and teachers, still happen to form very small in the school context. Therefore, the work aims to analyze the importance of the relationship between formal and informal education and also affectivity as a primary factor for this relationship to be effective. The study also presents the family-school relationship and exposes in a simple way the family institution, as the child's first social contact and its importance for the context in which it is inserted. It is also the relevant contribution of the family to the improvement of the child's teaching and learning, placing the parents and the school as main actors for the formation of the individual in its entirety, as well as the monitoring of their children's school activities, as a way of stimulating the same in their studies. It is known that today that the family is not fulfilling its role as an institution in the training of its child, thus harming the student in his citizen training. The methodological basis of this work was concentrated in a qualitative-explanatory research based on readings, records, summaries of books and articles. The collected data were analyzed based on content. The development of this study was extremely important due to the fact that it made possible the knowledge about the relevance of the family in the school context, in a positive way, and how the lack of it promotes problems and hinders the students' development. Thus, through this work it was possible to observe the most relevant points about the relationship between school and family that influence the school life of students.
Keywords: Family, School, Interaction, Learning, Affectivity.
Sumário
1.	Introdução	10
2.	Contexto Histórico: Familia e Escola	11
2.1 Família e Escola: A transição do Ambiente Familiar para a Escola.....................13
2.2 Família e sua importância na formação do individuo...........................................14
2.3 Família e escola: uma interação de reciprocidade...............................................16 
2.4 Interação entre Professor e aluno........................................................................213.	Fundamentação Teórica	...........24
3.1 Abordagens gerais...............................................................................................23
3.2 fundação da família no contexto escolar.............................................................26 
3.3 A escola e seu papel mediador no processo ensino aprendizagem...................27
4.	O papel da familia na formação dos valores	29
4.1 A família: o primeiro contato da criança com a educação...................................30
4.2 Afetividade no contexto família.............................................................................32
5.	Afetividade, Motivação: Seu papel crucial no aprendizado.................................33
5.1 A afetividade no processo ensino aprendizagem..............................39
5.2 Motivação na aprendizagem escolar................................................42
6.	Considerações finais	43
7.	Referências:	46
1. INTRODUÇÃO
O trabalho tem por finalidade discorrer sobre a relação escola e família, tendo como foco principal a importância dessa relação no desenvolvimento cognitivo da criança no ambiente escolar. É nessa contextualização histórica que o trabalho fundamenta-se em entender essas mudanças em nossa sociedade, bem como também essa inversão de papeis na família, onde para que os pais consigam sustentar os seus filhos, houve a necessidade da mulher que antes cuidava dos afazeres domésticos e da educação escolar dos filhos, a trabalhar para completar a renda familiar. Com esse novo modelo de família iremos avaliar, como se processar agora essa interação entre família e escola, e também entender a sua relevância na construção intelectual e cidadã desse individuo. Nesse sentido, buscou-se um embasamento teórico com os principais teóricos da psicologia do desenvolvimento e aprendizagem que são Piaget, Vygotsky, wallon, entre outros. Além desses autores foram utilizadas fontes documentais de base legal, como: Constituição Federal Nacional, Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional e outros. 
Na tentativa de compreender essa falta de interação entre a família e a escola. Reportamo-nos as politicas publicas que no atual momento vão de encontro a essas duas instituições tão valorosas para a melhoria na qualidade de ensino. Por isso devemos entender que a LDB e bem explicita quando fala que: “A Educação é um direito de todos e que é dever da família e do estado proporcionar as condições para que esse direito seja usufruído. O estado precisa garantir esses direitos e família por sua vez precisa também fazer a sua parte para que esse direito seja adquirido. Nesse ponto, e que vemos que ambas as instituições estão falhando, pois a escolarização não pode ficar a cargo somente da escola. A família precisa ter a sua participação também no desenvolvimento, intelectual, físico, social, emocional e moral dos educandos. O embasamento teórico desse trabalho teve como base o cotidiano da escola, e analisou como fator predominante a indisciplina, afetividade, quando os pais e a escola não interagem. Nesse olhar, as informações pertinentes ao tema foram sistematizadas, para nos nortear o quanto é importante a relação mais efetiva da família e escola na formação de um cidadão ciente do seu papel na sociedade.
2. CONTEXTO HISTÓRICO: FAMILIA E ESCOLA
Nesse contexto histórico, sabemos que aos estudarmos a relação da família e escola iremos avaliar na verdade que ambo tem fundamental importância na melhoria do ensino e aprendizagem. Porém, sabemos que durante todo esse processo a família sofreu muitas transformações e não cumpre mais o seu papel como fazia antes. A família se distanciou muito da escola e os professores, por sua vez não de atentaram para esse afastamento.
Para embasarmos essa afirmação, Paro (2000), fez uma um estudo sobre a função da família no desenvolvimento escolar de alunos do ensino fundamental, o distanciamento entre escola e família não deveria ser tão grande, pois para ele, a escola não ”assimilou quase nada de todo o progresso da psicologia da educação e da didática, utilizando métodos de ensino muito próximos e idênticos aos do senso comum predominantes nas relações familiares” (p.16). Nesse contexto o pesquisador se reportou ao fato de que, a escola dos filhos não mudou nada da instituição que os pais estudaram, ou seja, os pais não poderiam se distanciar tanto da escola, até porque os professores, apesar, de admitam que os pais são necessários na educação dos filhos, não sabem como podem inseri-los no processo. 
Nesse aspecto, segundo Paro, “parece haver, por um lado, uma incapacidade de compreensão por parte dos pais, daquilo que é transmitido na escola; por outro lado, uma falta de habilidade dos professores para promoverem essa comunicação” (p.68). Lamentavelmente, não estamos bem municiados de pesquisas que possam subsidiar esse tema tão importante dessa relação para a melhoria da qualidade de ensino.
Sabemos que é de suma importância que a família esteja bem engajada na vida escolar do seu filho e que apesar de toda essa transformação a qual a família passou principalmente a ida da mulher para o mercado de trabalho, ainda acreditasse nessa interação entre família e escola.
Por isso, devemos refletir sobre essa complexa relação entre família e escola. Por que se a família não se integrar de forma efetiva no processo ensino aprendizagem da criança, ira influenciar de formar negativa no seu rendimento. 
Contudo, encontramos muitas dificuldades em construir uma relação forte entre a família e a escola, ou seja, tentar conscientizar os pais que a presença deles não se faz necessário, somente quando tem reunião e sim o ano todo. 
Lógico, que as reuniões de pais, são de extrema importância para essa relação entre família e escola. Porém, muitos pais se sentem aflitos quando pensam no fracasso escolar dos seus filhos. Lino de Macedo (1996) relata alguns dos muitos sentimentos que permeiam tal relação, quando escreve a apresentação do livro “Reunião de Pais: Sofrimento ou Prazer”, obra através da qual as autoras apresentam propostas para a elaboração de reuniões que conduzam a um esforço comum e recíproco entre pais e professores, para promoverem o desenvolvimento das crianças.
Esta é uma relação permeada pelos mais diversos fatores: o sofrimento dos pais por afastarem seus filhos de si mesmos; os desejos de que a escola lhes ofereça o melhor, em todos os aspectos; a necessidade da garantia dos melhores cuidados para com as crianças; os ciúmes que sentem os pais ao dividirem os filhos com os professores; o medo do fracasso escolar; as projeções dos próprios fracassos compensados através dos filhos; o pouco interesse pela vida escolar dos filhos; as exigências dos pais; as atitudes de aceitação ou não dos filhos; as questões de rejeição ou negligência; as dificuldades pessoais dos pais; o contexto sócio-econômico-histórico em que se fundamenta a família; a permissividade ou o autoritarismo; as relações de amor e hostilidade; a violência contra os filhos, ou entre familiares; as atitudes, padrões e valores morais da família; o relacionamento entre casal e filhos; doenças, separação, desemprego; os diferentes modelos de organização familiar. (Macedo, 1996, p.12).
Porem, Apesar de todos esses aspectos em detrimento da relação da família e escola, a escola não está preparado para substituir a família e nem tão pouco a família substituir a escola. Dentro desse contexto, sabemos que esses aspectos geram um dualismo, quando uma das instituições falha, os principais afetados são as crianças. Vale ressaltar, que quando acontecem isso, tanto a família, como a escola, se digladiam, onde se acusam de forma simultânea. 
Portanto, verificamos que essa iniciativa tem que acontecer de forma recíproca, ou seja, a família e a escola precisam trabalhar de formar unida e também não podem esperar uma pela outra. Nesse sentido, a participação da família e escola é de suma importância para o desenvolvimento escolar da criança.
2.1 Família e Escola: A transição do Ambiente Familiar para aEscola
Sempre nos reportamos ao nosso primeiro dia de aula, às vezes temos relatos bons e também relatos ruins. Porém, há pessoas que relatam terem vividos momentos de insegurança e sofrimento.
Nesse contexto, sabemos que esse processo de transição muitas das vezes é mais doloroso do que prazeroso.
Na família, a criança sempre é considerada frágil e não colocadas muitas das vezes a afazeres e tarefas dentro de casa, colocando adentro de uma redoma que irá lhe prejudicar e muito nesse processo de transição, fazendo com que essa criança seja passiva e não constituindo sua autonomia. Outro ponto a ser discutido é o egocentrismo a criança se tornará egoísta não se socializando e nem sendo solidaria 
Quando a criança não é preparada dentro de casa, com regras a serem cumpridas, essa criança na escola irá passar por situações de conflitos, não respeitando as normas que a escola adota e sempre terá como exemplo principal a sua família, ou seja, muitas delas se perguntam por que devo cumprir e se na minha casa eu não cumpro. Nesse ponto, essa descontinuidade de valores a qual a escolar tenta impor a criança é desconstruído no contexto familiar.
Na escola ainda existe, a convivência imposta entre as questões homogêneas e heterogêneas, ou crianças que pensam iguais e diferentes umas das outras, no qual os conflitos acontecem e muitas vezes só resolvidos com a presença dos pais.
Nesse sentido, a criança terá que cortar esse cordão umbilical e aprender a se enxergar como parte de uma situação coletiva, aprendendo a se socializar e respeitar o outro. Por isso, o professor juntamente com os pais são de fundamental importância para a construção desse ser pensante, questionador e construtor de sua própria história.
Segundo Meirieu (2006, p. 68), a escola constitui-se em um espaço e um tempo estruturados por um projeto de transmissão de conhecimento e formação de cidadãos e, “assim como a disciplina de ensino e a disciplina de sala de aula são tão indissociáveis como a frente e verso de uma folha de papel, as disciplinas da escola são uma única realidade”. Enfim, a escola é:
[...] uma instituição onde as relações entre as pessoas, o conjunto da gestão cotidiana e todo material conspiram – etimologicamente, “respiram juntos”, para instituir uma forma particular de atividade humana fundada em valores específicos: o reconhecimento da alteridade, a exigência de precisão, de rigor e de verdade, a aprendizagem conjuntada constituição do bem comum e capacidade de “pensar por si mesmo”. 
Meirieu (2005) ressalta que as aprendizagens escolares exigem investimento pessoal que, de certa forma, é dirigido. É preciso entender que todo o aluno tem sua historia pessoal, suas necessidades e seu ritmo de aprendizagem. 
Entretanto, a escola deve ajudar a criança a superar seu sentimento egocêntrico. Quando nasce, a criança é alvo de todas as atenções, por isso tem dificuldade de perceber o mundo fora dela. “A atitude do professor deve compreender esse momento do aluno sem fazer muitas indagações, ou seja, sem procurar elucidá-las, ele deve oferecer os meios para elucida-las”, para que o aluno possa ter condições de vencer essa nova aventura do aprender. O papel do professor, portanto, é criar condições adequadas para que o aluno tenha confiança e o tenha como aliado nesse processo (MEIRIEU, 2005, p 115).
Portanto, é nesse caminho que o professor precisar nortear o seu trabalho, dando condições a criança a andar com suas próprias pernas, deixando as mesmas a pensarem de forma intrínseca para ela possa de forma critica a responder as indagações feitas pelo professor, ou seja, o professor precisa ser motivador e não aquele com reposta prontas e sim a que ensina o aluno a questioná-la. 
2.2 Famílias e sua importância na formação do individuo 
Sabemos que, o primeiro contato social que a criança tem é família, na família que a criança vai construir suas crenças, valores e culturas. Nesse contexto os mais velhos são responsáveis pelas transformações sociais que irão influenciar nas novas gerações.
Em cima dessa contextualização que iremos abordar: qual seria o papel da na família na formação do individuo? Sabemos que nesse primeiro momento o papel da família e oferecer além dessa formação social, a segurança, o apoio e também a afetividade. 
Porém, sabemos que com essa nova visão de família onde a mãe precisa trabalhar e o pai também, as crianças não são mais acompanhadas como era antes. Os avôs entram em cena e essas crianças muitas vezes perdem o contato com pais.
Nesse sentido, a criança é criada sem regras, pois esses avôs são super protetores, deixando os mesmos sem nenhuma reponsabilidade, onde irá respingar na escola, ou seja, essa criança não respeitará também a regras da escola gerando com isso um conflito entre pais e escola.
É de suma que nesse primeiro ambiente social onde a criança está inserida, o adulto passe bons exemplos para essa criança aprenda a respeitar as regras e normas passadas para ela, ou seja, dentro da escola existe horário para entrar e sair, como também a responsabilidade de fazer atividades proposta pelo professor, tudo parte da formação desse individuo na família.
A partir do momento que a família entra em cena juntamente com a escola, as questões de conflitos até então, “complexas”, irão diminuir porque a criança sentirá que as obrigações impostas a ela pela escola e também imposta pela família são para a formação na sua totalidade, ou seja, nesse momento a família irá falar a mesma linguagem da escola e vice-versa.
Conforme proposto no artigo 1 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade e nas manifestações culturais”
Na visão de Lück (2009, p.19),
A educação é um processo organizado, sistemático e intencional, ao mesmo tempo em que é complexo dinâmico e evolutivo, em vista do que demanda não apenas um grande quadro funcional, como também a participação da comunidade, dos pais e de organizações diversas, para efetivá-lo com a qualidade necessária que a sociedade tecnológica da informação e do conhecimento demanda.
Para Libâneo (2004, p. 162), “a educação é uma ação e um processo de formação pelo qual os indivíduos podem se integrar criativamente na cultura em que vivem”.
De acordo com sua definição, pode-se afirmar que é por meio da educação que a humanidade vem ensinando aos mais jovens as formas de produzir e distribuir seu alimento, os rituais de adoração aos seus deuses, os comportamentos aceitos na convivência com o seu grupo. Enfim, é pela educação que as mais diferentes sociedades transmitem sua cultura as novas gerações.
Entretanto, os conhecimentos retirados da experiência da criança ou do adulto devem ser considerados além da expressão individual, de um modo defensivo diante de uma sociedade hostil. 
Portanto, ao falarmos do papel e das preocupações da educação, não podemos nos esquecer da escola, lócus fundamental do processo sistemático e intencional de formação e construção de cidadãos. Ela é tão importante como agente social do processo formador de crianças, jovens e adultos, que sua constituição e manutenção requerem uma parceria consciente e responsável desempenhada pelo Estado, pela família e pela sociedade.
 2.3 Família e escola: uma interação com reciprocidade
Sabemos que a família é de suma importância na vida escolar dos seus filhos. A formação desse individuo depende muito da forma como essa família vive. Pois é na família que essa criança tem o primeiro aprendizado. Dessa quando a criança tem um aprendizado de forma satisfatória no contexto escolar ela irá leva para a escola todo esse aprendizado e não terá muitas dificuldades no ambiente escolar.
Na escola a criança passa por uma transformação nos seus aspectos cognitivos. Seu raciocínio são espontâneo devido sua bagagem cultural. No ambiente da sala de aula, na contra mão, já existe um atointencional prévio de organizar situações que propiciem o aprimoramento dos processos de pensamento e da própria capacidade de aprender. 
Vygotsky em uma das suas três teorias sobre a interação escola-família defende:
O princípio de contínua interação entre a base biológica do comportamento e as mutáveis condições sociais; os fatores biológicos preponderam sobre os sociais apenas no início da vida. Com o desenvolvimento do pensamento, o próprio comportamento da criança passa a ser orientado pelas interações que estabelece (VYGOTSKY, 2003. p.130)
. 
Nesse olhar simétrico com as teorias de Vygotsky, admite-se a importância de se buscar maximizar a influência da participação dos pais no processo de aprendizagem. Neste contexto, pretende-se analisar como a participação da família na vida da criança pode lhe proporcionar novos caminhos para aprendê-lo. 
Segundo PIAGET, o núcleo biológico com suas formas de educar influi profundamente na formação da personalidade (aspecto reacional e afetivo), como no desenvolvimento da reciprocidade (nivelamento das relações familiares), uma condição indispensável de reversibilidade nas trocas intelectuais.
A participação dos pais na educação escolar dos filhos é de grande importância, devendo acontecer frequentemente, acompanhando todo o processo educativo. Para que isso aconteça é necessário que a escola e a família estejam em sintonia para exercer suas influencia no desenvolvimento da criança. De acordo com Durkheim (1978): 
“A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial que a criança particularmente se destine”. (p, 41) 
 A educação precisa ser encarada a partir de seu caráter histórico e social, visto que educar é formar pessoas, formar cidadãos, e os tempos, conforme vem mudando, alteram, sobremaneira, desde filosofias até metodologias de ensino que representam o momento histórico que se vive.
 Brandão (1995), entre os vários tipos de educação, cita dois: formal e informal.
 A educação formal é sistematizada e intencional, dá-se nas instituições de ensino e a não formal é exatamente o seu contrário. 
É importante lembrar que não há um único modelo de educação, embora o objetivo de transformar pessoas esteja presente em todos, seja em sociedades de regimes políticos autoritários ou de regimes democráticos. 
Entretanto, podemos afirmar que seu desenvolvimento nas escolas gira em torno do conhecimento, dos valores, hábitos e costumes que circulam nas sociedades, e, de modo resumido, entendemos que seu objetivo é desenvolver os alunos e contribuir para sua inserção social. 
Dito de outro modo, o art. 205 da nossa Constituição trás o seguinte: 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988) 
Essa educação considera o estudante como aquele que deverá ser preparado para o exercício da cidadania e do trabalho responsável como molas mestras para a estabilidade da sociedade e da nação.
Para que tudo isso aconteça, é necessária a presença do professor e da família, como principais atores desse processo, onde os mesmos sejam articuladores, e interventores no processo educativo e que atuem de modo firme, competente, decisivo e humano, sem perder de vista o desenvolvimento pleno dos discentes. 
Nesse sentido haverá uma melhoria no processo ensino aprendizagem, pois a família e a escola estão interagindo de forma reciproca.
É importante refletirmos sobre a educação supondo a presença de dois serem bem concretos: o que educa e o que é educado. Estes seres estão submetidos às interações psicológicas recíprocas, que muitas vezes sofrem modificações considerando inúmeros fatores. Atualmente, consideramos fundamental que o educador centre na criança e em suas necessidades educativas, ou seja, esteja preparado para recebê-la, acolhê-la e a respeite em sua individualidade, fazendo-a se sentir única. Este primeiro contato com uma determinada criança, e a influência que o desenvolver desta relação possa vir a ter, definirá os caminhos que ela terá, não só falando em assimilação do ensino, mas também da influência de sua vida em termos sociais e psíquicos. Saltini (2000) afirma que o aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento. 
 É possível perceber o desespero da maioria das crianças quando são deixadas pelos pais na porta da escola nos primeiros dias de aula. Alguns perduram por semanas. Observa-se que no decorrer dos dias, elas vão se acostumando com a ideia de terem que se afastar dos pais, de suas casas, e de seus brinquedos por algum tempo, mas, precisamos refletir no que realmente acontece dentro da sala de aula quando a porta se fecha. 
 
O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram homens que sejam criativos, inovadores e descobridores. O segundo objetivo da educação é formar mentes que possam ser críticas, possam verificar e não aceitar tudo que lhes é oferecido (PIAGET, 1964, p. 5). 
 
Observar como são importantes termos professores sensíveis e com uma percepção aguçada no que diz respeito às crianças é algo de grande relevância. Não podemos permitir que elas crescessem sem ter clareza de sua importância, do quão são amadas e de como tiveram suas opiniões e ideias respeitadas, e da grande influência positiva de seus mestres em sua formação. Segundo Rubem Alves (apud Saltini, p. 15): “O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho”. Poucas são as crianças que se sentem à vontade em sala de aula, e no decorrer dos dias, percebemos que isto afeta diretamente na sua inteligência e como ela expressa suas ideias e opiniões. Quando Rubem Alves faz esta citação, ele afirma que a criança está em construção, e o amor que ela recebe a fará crescer de maneira salutar. Se isto não ocorrer, ela poderá não desfrutar dos benefícios que se têm quando nos sentimos amados e aceitos. A afetividade não é somente o abraço, o beijo, e a acolhida, mas é também o despertar para o sonho, para a descoberta, para o autoconhecimento. 
 Professor e aluno desenvolvem-se através de relacionamento, afetividade e solidificação do desenvolvimento cognitivo e do desenvolvimento educacional. Essa relação tem como base de desenvolvimento a confiança, e as crianças são incentivadas a desenvolver seus sentimentos e expressá-los de forma oral e escrita, sendo esta relação professor/aluno utilizado como meio para o desenvolvimento intelectual, promovendo aprendizado constante e avolumando o vínculo e as relações. Para Saltini (2000, p. 69): 
O educador não pode ser aquele que fala horas a fio a seus alunos, mas aquele que estabelece uma relação e um diálogo íntimo com ele, bem como uma afetividade que busca mobilizar sua energia interna. É aquele que acredita que o aluno tem essa capacidade de gerar ideias e coloca-las ao serviço de sua própria vida. 
 
O professor, através de métodos e didáticas definidas por ele mesmo ou seguindo um planejamento direcionado pela escola, define o papel dos alunos e a influência que sua escolha terá no processo de aprendizagem. Com o advento da tecnologia, a consequente mudança no contexto e estruturação das famílias, as crianças têm iniciado sua vida escolar cada vez mais cedo, e isso tem se tornado um grande desafio para os professores que além de ensinar, começam a ter que suprir as carências afetivas dos alunos, considerando que as famílias têm se distanciado no que tange os laçosafetivos e de convivência devido à rotina e a eventuais causas deste mundo contemporâneo. O novo contexto familiar onde pai e mãe trabalham fora para dar maior conforto para a criança, as levam a serem criadas por avós, tios, empregadas ou algumas vezes colocadas em escolas de tempo integral. O diálogo familiar muitas vezes substituído por aparatos tecnológicos prejudicam o desenvolvimento social e a interação entre criança e adulto, e faz com que o professor tenha um desafio a mais. 
A escola tornou-se então uma forma de compensar essas carências, tornando a afetividade um diferencial, um ponto chave para o desenvolvimento da criança. O adulto tem o papel de mediador entre criança e o mundo ao qual ela está inserida, visando mostrar a criança que através do diálogo ela pode compreender o mundo ao qual está inserida. O professor tem um papel base no processo educativo das crianças, oferecendo mecanismos para a construção de ideias e desenvolvimento. Considerando esta afirmação, podemos refletir no que Saltini (2000, p. 16) diz: 
 
“As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuroses por não entenderem de amor, de sonos, de fantasias, de símbolos e de sofrimento”. 
 
Conhecendo mais a criança, respeitando seu desenvolvimento e tendo consciência de como a afetividade e a cognição estão implicadas no processo de ensino, teremos sim, jovens e posteriormente adultos saudáveis, pois o vínculo entre professor e aluno fornece modelos de referência e segurança para o estudante, afetando o seu comportamento e aprendizado de forma contínua. Segundo Piletti (1988, p. 24) “No decorrer de sua vida diária, o aluno sofre uma série de influências que vão ter repercussões, negativas ou positivas, em seu trabalho escolar”. Ao inserir a afetividade neste contexto, faz com que o aluno consiga alcançar os seus melhores resultados e aprender cada vez mais e com maior facilidade. 
A criança adquire segurança tendo o professor como seu modelo, nos anos iniciais a afetividade é ainda mais importante para o desenvolvimento educacional com base no fortalecimento dos laços, sendo a brincadeira uma das formas mais eficazes para o alcance dos resultados.
2.4 Interações entre Professor e aluno.
É de suma importância, fazermos uma reflexão sobre os principais atores nesse processo, ou seja, o professor e aluno, eles tem um contato diário nesse contexto. Nesse sentido, sabemos que se o professor e o aluno tiverem um relacionamento, haverá um crescimento significativo no crescimento dos alunos, nesse ponto iremos avaliar esse ambiente acolhedor e também inovador no ambiente escolar. Outro ponto relevante são aspectos afetivos, pois a criança quando tem esse afeto por parte do professor se sente amada e passa esses laços amorosos para o seu convívio social. Saltini (2000) afirma também, que o aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento. 
Nessa separação quando as crianças saem do ambiente familiar para o ambiente escolar é possível perceber o desespero da maioria das crianças nos primeiros dias de aula. Alguns perduram por semanas. Observa-se que no decorrer dos dias, elas vão se acostumando com a ideia de terem que se afastar dos pais, de suas casas, e de seus brinquedos por algum tempo, mas, precisamos refletir no que realmente acontece dentro da sala de aula quando a porta se fecha. 
 
O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram, homens que sejam criativos, inovadores e descobridores. O segundo objetivo da educação é formar mentes que possam ser críticas, possam verificar e não aceitar tudo que lhes é oferecido (PIAGET, 1964, p. 5). 
 
Observar como são importantes termos professores sensíveis e com uma percepção aguçada no que diz respeito às crianças é algo de grande relevância. Não podemos permitir que elas crescessem sem ter clareza de sua importância, do quão são amadas e de como tiveram suas opiniões e ideias respeitadas, e da grande influência positiva de seus mestres em sua formação. Segundo Rubem Alves (apud Saltini, p. 15): “O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho”. Poucas são as crianças que se sentem à vontade em sala de aula, e no decorrer dos dias, percebemos que isto afeta diretamente na sua inteligência e como ela expressa suas ideias e opiniões. Quando Rubem Alves faz esta citação, ele afirma que a criança está em construção, e o amor que ela recebe a fará crescer de maneira salutar. Se isto não ocorrer, ela poderá não desfrutar dos benefícios que se têm quando nos sentimos amados e aceitos. A afetividade não é somente o abraço, o beijo, e a acolhida, mas é também o despertar para o sonho, para a descoberta, para o autoconhecimento. 
 Professor e aluno desenvolvem-se através de relacionamento, afetividade e solidificação do desenvolvimento cognitivo e do desenvolvimento educacional. Essa relação tem como base de desenvolvimento a confiança, e as crianças são incentivadas a desenvolver seus sentimentos e expressá-los de forma oral e escrita, sendo esta relação professor/aluno utilizado como meio para o desenvolvimento intelectual, promovendo aprendizado constante e avolumando o vínculo e as relações. Para Saltini (2000, p. 69): 
O educador não pode ser aquele que fala horas a fio a seus alunos, mas aquele que estabelece uma relação e um diálogo íntimo com ele, bem como uma afetividade que busca mobilizar sua energia interna. É aquele que acredita que o aluno tem essa capacidade de gerar ideias e coloca-las ao serviço de sua própria vida. 
 
O professor, através de métodos e didáticas definidas por ele mesmo ou seguindo um planejamento direcionado pela escola, define o papel dos alunos e a influência que sua escolha terá no processo de aprendizagem. Com o advento da tecnologia, a consequente mudança no contexto e estruturação das famílias, as crianças têm iniciado sua vida escolar cada vez mais cedo, e isso tem se tornado um grande desafio para os professores que além de ensinar, começam a ter que suprir as carências afetivas dos alunos, considerando que as famílias têm se distanciado no que tange os laços afetivos e de convivência devido à rotina e a eventuais causas deste mundo contemporâneo. O novo contexto familiar onde pai e mãe trabalham fora para dar maior conforto para a criança, as levam a serem criadas por avós, tios, empregadas ou algumas vezes colocadas em escolas de tempo integral. O diálogo familiar muitas vezes substituído por aparatos tecnológicos prejudicam o desenvolvimento social e a interação entre criança e adulto, e faz com que o professor tenha um desafio a mais. 
A escola tornou-se então uma forma de compensar essas carências, tornando a afetividade um diferencial, um ponto chave para o desenvolvimento da criança. O adulto tem o papel de mediador entre criança e o mundo ao qual ela está inserida, visando mostrar a criança que através do diálogo ela pode compreender o mundo ao qual está inserida. O professor tem um papel base no processo educativo das crianças, oferecendo mecanismos para a construção de ideias e desenvolvimento. Considerando esta afirmação, podemos refletir no que Saltini (2000, p. 16) diz: 
 
“As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuroses por não entenderem de amor, de sonos, de fantasias, de símbolos e de sofrimento”. 
 
Conhecendo mais a criança, respeitando seu desenvolvimento e tendo consciência de como a afetividade e a cognição estão implicadas no processo de ensino, teremos sim, jovens e posteriormente adultos saudáveis, pois o vínculo entre professor e aluno fornece modelos de referência e segurançapara o estudante, afetando o seu comportamento e aprendizado de forma contínua. Segundo Piletti (1988, p. 24) “No decorrer de sua vida diária, o aluno sofre uma série de influências que vão ter repercussões, negativas ou positivas, em seu trabalho escolar”. Ao inserir a afetividade neste contexto, faz com que o aluno consiga alcançar os seus melhores resultados e aprender cada vez mais e com maior facilidade. 
A criança adquire segurança tendo o professor como seu modelo, nos anos iniciais a afetividade é ainda mais importante para o desenvolvimento educacional com base no fortalecimento dos laços, sendo a brincadeira uma das formas mais eficazes para o alcance dos resultados. Para tanto, o professor precisa se aproximar mais dos seus alunos para que os mesmos possam está em ambiente acolhedor.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1. Abordagens Gerais.
Na tentativa, de elucidar como se processa o desenvolvimento cognitivo da criança, vários psicólogos, educadores se debruçaram em pesquisa. Nesse sentido, a cada nova pesquisa, houve caminhos distintos, porém, essas discussões para defender suas visões ficaram cada vez mais acirradas, confrontando práticas e teorias. Nas últimas décadas surgiram diversas teorias que tentam explicar o processo de aprender. Muitas dessas teorias, embora amplamente sofisticadas e revelando sólida base científica, em nada auxiliam pais e professores na solução de problemas diários, como conseguir que um aluno aprenda a ler, que uma criança saiba multiplicar ou dividir entre outros.
Vale ressaltar que é importante que os professores nas diversas áreas do conhecimento conheçam as teorias predominantes desenvolvidas por psicólogos da aprendizagem, para que entendam a orientação do ensino nas escolas atuais e optem pela prática escolar que desejarem e que se observar mais eficaz no auxílio ao aluno.
Para Wallon (apud ALENCAR, 1992, p19), a inteligência é a capacidade de se adaptar a situações diversas. Para um educador o importante deve ser levar em consideração o desenvolvimento como objetivo pedagógico, assim se forma pessoas inteligentes com senso critico.
De acordo com Wallon, o desenvolvimento infantil é dinâmico – não há linearidade. Os fatores orgânicos (biológicos) determinam a sequência fixa dos estágios do desenvolvimento, que se tornam flexíveis pela influência dos fatores sociais (alimento cultural = linguagem e conhecimento).
Em outras palavras, a gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social. Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo é centrada na psicogênese da pessoa completa, ou seja, em cada estágio temos uma pessoa inteira, completa e em transformação constante, a partir das dimensões afetiva, cognitiva e motora. (Mahoney, 2000).
O desenvolvimento é emocional (afetividade), cognitivo (inteligência) e motor (movimento), determinado por fatores orgânicos e sociais. Assim, há sempre a predominância funcional de uma dimensão do desenvolvimento em relação aos outros e em cada período, sendo que no final há uma integração funcional. 
Portanto, o desenvolvimento é pontuado por crises ou conflitos chamados de fatores dinamogênicos, que podem ser de natureza endógena / interna (maturação nervosa) e de natureza exógena / externa (cultural). A isso, Wallon chamou de lei de alternância funcional: ora o conflito é interno ora é externo, constituindo-se num motor propulsor ao desenvolvimento.
Nesse ponto, Wallon, se embasou que o desenvolvimento humano se dar de forma assistemática, ou seja, ele oscila entre a emoção e a inteligência. Nesse sentido, o desenvolvimento da criança é descontínuo, sendo marcado por contradições e conflitos, resultado da maturação e das condições ambientais, provocando alterações qualitativas no seu comportamento em geral. Wallon realiza um estudo que é centrado na criança contextualizada, onde o ritmo no qual se sucedem as etapas do desenvolvimento é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas, provocando em cada etapa profundas mudanças nas anteriores. Nesse sentido, a passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação, mas por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, crises que afetam a conduta da criança. Conflitos se instalam nesse processo e são de origem exógena quando resultantes dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior, estruturado pelos adultos e pela cultura e endógenos e quando gerados pelos efeitos da maturação nervosa (GALVÃO, 1995, p.68). Esses conflitos são propulsores do desenvolvimento. Os cinco estágios de desenvolvimento do ser humano apresentados por Galvão (1995, p.70) sucedem-se em fases com predominância afetiva e cognitiva: 
• Impulsivo-emocional, que ocorre no primeiro ano de vida. A predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, às quais intermediam sua relação com o mundo físico; 
• Sensório-motor e projetivo, que vai até os três anos. A aquisição da marcha e da pressão dá à criança maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração dos espaços. Também, nesse estágio, ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo refere-se ao fato da ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental "projeta-se" em atos motores. Como diz Dantas (1992, p58), para Wallon, o ato mental se desenvolve a partir do ato motor; 
• Personalismo ocorre dos três aos seis anos. Nesse estágio desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas pessoas; 
• Categorial. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior; 
• Predominância funcional. Ocorre nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados devido às modificações corporais resultantes da ação hormonal. Questões pessoais, morais e existenciais são trazidas à tona. 
Na sucessão de estágios há uma alternância entre as formas de atividades e de interesses da criança, denominada de "alternância funcional", onde cada fase predominante (de dominância, afetividade, cognição), incorpora as conquistas realizadas pela outra fase, construindo-se reciprocamente, num permanente processo de integração e diferenciação (JOSÉ & COELHO, 1999, p.87). 
Wallon nos deixou uma nova concepção da motricidade, da emotividade, da inteligência humana e, sobretudo, uma maneira original de pensar a Psicologia infantil e reformular os seus problemas.
3.2 A Função da Família no contexto escolar
A família tem um papel fundamental na aprendizagem da criança, o processo educacional é longo não é somente pensar nos pequenos detalhes como escolher a instituição, comprar os materiais e pensar que está tudo certo, há um extenso processo que envolvera a aprendizagem da criança, pois ela não vai aprender a ler e escrever sozinha. O mais importante é acompanhar todo o processo de sua aprendizagem, deixando a criança se sentir segura de quando surgirem às dúvidas, os pais/responsáveis estarão dispostos e interessados para ajudar e acompanhar tudo o que estiver relacionado ao desenvolvimento da aprendizagem desta criança.
Esse é o ponto inicial onde deve haver interação escola e família. Outro ponto que deve ser considerado pela escola para que essa relação aconteça, visto que muitos pais/responsáveis não sabem ou tem pouco conhecimento quanto se dá aprendizagem de seus filhos o que pode ser um fator que interfira na falta de participação na vida escolar de seus filhos. Esse contato com a família também possibilita a escola saber o conceito dos pais quanto a seus filhos, suas expectativas quanto ao desenvolvimento escolar e que esperam da própria instituição quanto à contribuição para formação do aluno. Segundo Piaget (2007):
“Uma ligação estreita e continuada entre professores e pais leva, pois a muita coisa que a informação mutua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximara escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais e ao proporcionar reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo uma divisão de responsabilidades” [...] (p.57). 
Desta forma família e escola devem conhecer as necessidades e a realidade de ambas as partes, facilitando a conexão entre si e que busquem caminhos para o sucesso educacional do aluno. Todavia a família também deve promover ações que possam contribuir com esse sucesso na vida da criança.
Sendo assim, pode-se afirmar que a família é fundamental na formação cultural e social de qualquer indivíduo visto que, todos fazem parte da mais velha das instituições, que é a FAMÍLIA. Porém, ao tratarmos da família em sua relação com a escola faz-se necessário um estudo sobre o panorama familiar atual, não esquecendo que a família através dos tempos vem passando por um profundo processo de transformação.
A família não é um simples fenômeno natural. Ela é uma instituição social variando através da história e apresenta formas e finalidades diversas numa mesma época e lugar, conforme o grupo social que esteja. (PRADO, 1981, p 12)
Portanto, o papel da família é de suma importância para o desenvolvimento, físico, social e cognitivo da criança. A família precisa está presente no cotidiano escolar do aluno, não indo somente na escola quando for chamado pelo professor ou pela direção da escola. Com essa participação efetiva dos pais na escola, a criança fica mais segura, e seu desempenho escolar melhora. 
3.3 A escola e seu papel mediador no processo ensino aprendizagem
As transformações que a nossa sociedade tem passado atualmente em decorrência dessas inversões de papel, onde a família acha que a escola somente tem o papel de ensinar nos faz refletir sobre o verdadeiro papel da escola. 
A escola tem encontrado dificuldades em assimilar as mudanças sociais e familiares e incorporar as novas tarefas que a ela tem sido delegada, embora isso não seja um processo recente. Entretanto, a escola precisa ser pensada como um caminho entre a família e a sociedade, pois, tanto a família quanto à sociedade voltam seus olhares exigentes sobre ela. A escola é para a sociedade uma extensão da família, pois é através dela (a escola) que se consegue desenvolver indivíduos críticos e conscientes de seus direitos e deveres. Na verdade, encontrar formas de modo a favorecer um ambiente conveniente e favorável a todos, constitui-se num grande desafio para escola. Diante dessas premissas, percebe-se que o papel da escola supera a simples condição de mera transmissora de conhecimento.
A escola tem um papel preponderante na contribuição do sujeito, tanto do ponto de vista de seu desenvolvimento pessoal e emocional, quanto da constituição da identidade, além de sua inscrição futura na sociedade. (SYMANSKI, 2001, p 90)
Dessa maneira, podemos considerar que os adultos, representados pelas figuras dos pais, pedagogos, professores e responsáveis, em geral, contribuem ativamente para o desenvolvimento infantil tanto dentro como fora do espaço escolar. No âmbito familiar, tal contribuição se destaca por meio de uma relação preponderante no processo de socialização da criança, a partir da qual os adultos, segundo Beatón (2001), oferecem instrumentos e conteúdos culturais essenciais no processo de interação da criança, desde a tenra idade, associados às vivências afetivas, garantindo, ou não, a formação de funções básicas para possíveis aquisições psicológicas futuras.
Já no espaço escolar, os educadores têm a função de sistematizar o conhecimento historicamente produzido e oferecer ao aluno, para que este, ao se apropriar do conhecimento científico socialmente existente, não só desenvolva suas funções psicológicas superiores, mas estabeleça os nexos causais existentes sobre a realidade da qual faz parte, construindo a consciência do mundo e de si próprio (VYGOTSKY, 2001)
Diante disso, deparamo-nos com a importante proposta de Vygotsky (1998, p. 130) que argumenta que “o aprendizado deve ser orientado para o futuro e não para o passado”, no sentido de que a aprendizagem promove o desenvolvimento. Assim, compreendendo-se a mediação como fonte fundamental para o desenvolvimento humano e para a formação das funções psicológicas superiores, percebesse, quando Vygotsky (2001, p. 114) afirma que “o único bom ensino é o que se adianta ao desenvolvimento”, seu contraponto teórico às noções biologizantes, as quais, até hoje, embasam práticas educacionais que defendem a existência de uma capacidade inata e individual dos alunos, considerando o desenvolvimento humano apenas como uma maturação orgânica, passando por estágios biológicos de crescimento até que a criança esteja apta para aprender determinado conteúdo. 
4. O PAPEL DA FAMILIA NA FORMAÇÃO DOS VALORES
Quando buscamos esse primeiro entendimento do papel da família na formação do caráter e da ética do indivíduo no contexto familiar, nos reportamos muito na filosofia alguns conceitos. Aristóteles  afirma que o caráter é resultado de nossos atos; que adquirimos uma ou outra disposição ética agindo de tal ou tal maneira. Realizando coisas justas, assumiremos bons hábitos e o caráter torna-se justo; inversamente, agindo de maneira intemperante, adquire-se o hábito de ceder aos desejos e tornamo-nos intemperantes. O caráter não é mais o que recebe suas determinações da natureza, da educação, da idade e da condição social; é produto da série de atos dos quais sou o autor. Posso ser declarado autor de meu caráter, como o sou de meus atos: do mesmo modo que meus atos podem ser objeto de elogio, meu caráter pode ser objeto de louvor.
Porém, quem forja esse caráter é a família, é nesse primeiro contato que as crianças iriam aprender o que é certo ou errado. Muitas das vezes quando isso não acontece na família às crianças não terão uma base alicerçada para a sua formação de um cidadão ciente do seu papel na sociedade. Sabemos que somente as qualidades de caráter não garantem o comportamento moral do ser humano, pois para que a vontade seja boa, é preciso que lhe seja retirada qualquer inclinação (ação egoísta particular, isto é, aquela que movida tendo em vista um determinado fim) como fonte de sua determinação; é necessário, portanto, que este submeta sua vontade a princípios que somente podem ser oferecidos pela razão.
Portanto, sabemos que só a família não pode também formar o caráter da criança, à educação tem um papel fundamental na constituição da natureza humana. Kant considera que o sistema educacional compreende os cuidados e a formação do ser humano. Segundo Kant citado por Cardoso,
Por cuidados entende-se “as precauções que os pais tomam para impedir que as crianças façam uso nocivo de suas forças” (Kant, 1996, p.11). Já a formação é constituída de disciplina e instrução; primeiro trabalha-se a disciplina, que é essencialmente negativa, pois “tira do homem a sua selvageria” (Kant, 1996, p.12), e depois, sob um aspecto puramente positivo, dá-se instrução, a formação escolástica, que tem como função preencher o ser humano de cultura, “para estar habilitado a conseguir todos os seus fins” (Kant, 1996, p.37).
Para esse individuo crescer de forma sadia, necessita que seja trabalhada a afetividade, dando o carinho, motivação, e estímulos. Segundo Krynski citado por Oberstein, “as crianças que não recebem o suficiente nutrimento emocional, geralmente se convertem em pais que não serão capazes por sua vez de dar o suficiente nutrimento emocional a seus filhos” (1985, p. 60). Os pais considerados negligentes não atendem às necessidades dos filhos com ou sem os recursos materiais, criando ou facilitando, consciente ou inconscientemente, situações lesivas a eles, o que configura um maltrato psicológico e social, com reflexos no desenvolvimento da criança, inclusive biológico, constituindo uma dificuldade nas relações humanas e, principalmente, em suas capacidades afetivas.
Portanto, esses cuidados dos pais que a criança recebe nos primeiros momentos da infância e de suma importância, para que a criançacresça de formar saudável e se torne um adulto responsável e também sociável. Diante disso, pode-se afirmar que o envolvimento familiar chama a atenção pelo fato deste exercer influência expressiva no desenvolvimento humano. Para se compreender o desenvolvimento infantil faz-se necessário considerar o ambiente familiar em que a criança vive, incluindo as respectivas práticas de cuidado a que é submetida.
4.1 A família: o primeiro contato da criança com a educação
Na família tem que haver o primeiro contato com a educação, nesse sentido é no ambiente familiar ou com pessoas próximas de sua convivência, capazes de preparar o indivíduo para a cidadania; a família deve ensinar à criança a se socializar com os outros de forma pacifica, ou seja, sempre respeitando a autonomia e a liberdade dos outros. A criança deve ser preparada na família para entender que existem normas e regras a serem respeitadas na sociedade. Os componentes de uma formação cívica e instrumentos de acesso à cultura são os primeiros sinais de igualdade e de pertencimento à esfera social. A família leva a todo tipo de agrupamentos, sendo que esses vão se ampliando até atingir o tamanho da sociedade local e da sociedade em geral.
A partir do momento, que a criança sai do isolamento social da família ela irá colocar em pratica todos os ensinamentos aprendidos em casa. Porém, sabemos que dentro desse contexto, existem algumas descontinuidades, pois muitas famílias, não sabem preparar seus filhos para a vida e complicam essas condições necessárias para que a criança seja um cidadão do bem. Nesse sentido, as afetividades se constroem de forma negativa no ambiente familiar, lavando a criança a ser violenta e se comprometer com o convívio social com os outros.
 Por isso, quando a criança não encontra no lar um sentimento de segurança, ela irá procura fora de casa esse sentimento que lhe faltou. Ela procura uma estabilidade externa, sem a qual enlouqueceria. Frequentemente, uma criança obtém nas suas relações e na escola aquilo que lhe faltou no verdadeiro lar. Segundo Winnicott,
“a criança antissocial está meramente” olhando um pouco mais longe, para a sociedade e, lugar de sua própria família ou escola, a fim de lhe fornecer a estabilidade de que precisa se quiser superar as primeiras e essenciais fases da sua evolução emocional (1982, p.258). 
Portanto, essas crianças vitimam acabam internalizando valores totalmente desfigurados de respeito humano. Nesse sentido, a criança se torna vulnerável e a fraqueza temporárias dela, enquanto vítimas podem dar lugar à formação de pessoas que exercerão o papel de agressoras dentro e fora do contexto familiar, mediante mecanismos de introjeção e identificação com o que a vitima. É possível então, estabelecer uma correlação entre a violência familiar e a futura violência social.
Com isso, toda essa desestrutura familiar, ira desagua na interação entre pais e filhos, fomentando isso a formação de indivíduos despreparados para viver em sociedade. Onde, esse mesmo individuo passará para as futuras gerações uma cultura de violência. 
4.2 A afetividade no contexto familiar
Quando falamos em afetividade, nos reportamos logo a abraços carinhos entre outros. Porem, o afeto ele vai muito além desse conceito, até porque, nesse sentido a afetividade é a mistura do todo, de todos esses sentimentos, que ensina aprender e cuidar adequadamente de todas essas emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada. Partindo desse pressuposto, a família tem um papel fundamental nesse primeiro contato da afetividade que a criança tem no ambiente familiar, nesse ponto, a família será responsável por esse equilíbrio emocional, pois com isso a criança irá se fortalecer para enfrentar os desafios quando sair do contato familiar. É neste momento que o sujeito necessita de um cuidador, outro sujeito (já cuidado) que vai estabelecer os limites necessários impedindo-o de destruir a sua fonte de amor.
Esse sujeito cuidador, em nome do afeto que sente pelo jovem, vai ajudá-lo a não destruir a própria fonte do amor impedindo-o de agir em nome da raiva ou do medo. Deve-se permitir a manifestação do sentimento, pôr impedir de desprazer. Pode-se sentir medo e/ou raiva; pode-se expressá-los através do choro ou palavras; só não se pode destruir a fonte de tais sentimentos, pois ela é também a fonte de seu prazer maior: o amor. (http://www.facaparte.org.br. acesso dia 31 de julho de 2012).
Na verdade, quando falamos de emoções e sentimentos, estamos falando de ativação, de atividade do simpático e do parassimpático, ramos do sistema neurovegetativo. Mas, é evidente que não podemos reduzir esses fenômenos a um nível estritamente fisiológico. Emoções e sentimentos são estados psicológicos que acompanham o estado motivacional, e manifestam-se por reações tão complexas que geralmente é preferível descrever a situação antes de tentar compreender o estado afetivo pelas expressões faciais e pela mímica da pessoa. Mas, é claro todos nós estamos interessados em saber o que ocorre com o organismo de uma pessoa quando há uma sensível alteração, como quando reage emocionalmente.
É a Afetividade que dá valor e a representa nossa realidade. Essa afetividade também é capaz de representar um ambiente cheio de gente como se fosse ameaçador, é capaz de nos fazer imaginar que pode existir uma cobra dentro do quarto ou ainda, é capaz de produzir pânico ao nos imaginar que podemos morrer de repente.
(http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=62. Acesso dia 15 de abril de 2012).  
  
Portanto, a afetividade na família irá nortear valores para a criança, onde a mesma saberá se comportar e enfrentar os seus conflitos de forma responsável, valorizando a vida e o bem estar social dos outros. Com esse suporte vindo da família, a criança também irá construir um universo bem mais compatível com sua realidade, sem passar por cima de ninguém. 
5. AFETIVIDADE, MOTIVAÇÃO: SEU PAPEL CRUCIAL NO APRENDIZADO.
 5.1 A afetividade no processo ensino aprendizagem.
A afetividade exerce um papel fundamental nas correlações psicossomáticas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a memória, o pensamento, à vontade e as ações, e ser assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana. Ambas, existe acentuada confusão terminológica em relação à afetividade e ao grande número de vocábulos associados ao seu conceito. Os estados afetivos fundamentais são as emoções, os sentimentos, as inclinações e as paixões. A palavra emoção vem do latim moverei, mover-se para fora, internalizar se. É a intensidade máxima do afeto.
A emoção é definida assim, pelo Dicionário Aurélio: “Psicol. Reação intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha de um estado afetivo de conotação penosa ou agradável”. A afetividade é uma das forças mais profunda e complexa de que o ser humano pode participar. É um sentimento que se inicia a partir do momento em que um sujeito se liga a outro pelo amor, que traz no seu núcleo, um complexo e profundo medo da perda. Quanto maior o amor, maior o medo da separação, da perda e da morte, o que acaba desencadeando outros sentimentos, como ciúme, ódio, a inveja, e saudade.
Um dos grandes pensadores que abordou o conceito de afetividade foi o psicólogo francês Henri Wallon. Segundo Wallon, a inteligência não é o elemento mais importante do desenvolvimento humano, mas esse desenvolvimento dependia de três vertentes: a motora, a afetiva e a cognitiva. Assim, a dimensão biológica e social era indissociável, porque se complementam mutuamente. A evolução de um indivíduo não depende somente da capacidade intelectual garantida pelo caráter biológico, mas também do meio ambiente que também vai condicionar a evolução, permitindo ou impedindo que determinadas potencialidades sejam desenvolvidas. A afetividade surge nesse meio e tem uma grande importância na educação.
A afetividade é a mistura do todo, de todos esses sentimentos, que ensina aprender e cuidar adequadamentede todas essas emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada. Muitas vezes somos movidos pelo impulso em direção ao prazer. Por isso o viver é um sentimento doloroso, como a raiva ou o medo, é natural reagirmos à situação que provoca dor. Entretanto, ao fazê-lo não temos consciência de estar bem destruindo a fonte do prazer, do amor. É neste momento que o sujeito necessita de um cuidador, outro sujeito (já cuidado) que vai estabelecer os limites necessários impedindo-o de destruir a sua fonte de amor.
Esse sujeito cuidador, em nome do afeto que sente pelo jovem, vai ajudá-lo a não destruir a própria fonte do amor impedindo-o de agir em nome da raiva ou do medo. Deve-se permitir a manifestação do sentimento, pôr impedir de desprazer. Pode-se sentir medo e/ou raiva; pode-se expressá-los através do choro ou palavras; só não se pode destruir a fonte de tais sentimentos, pois ela é também a fonte de seu prazer maior: o amor. (http://www.facaparte.org.br. acesso dia 31 de julho de 2012).
Na verdade, quando falamos de emoções e sentimentos, estamos falando de ativação, de atividade do simpático e do parassimpático, ramos do sistema neuro vegetativo. Mas, é evidente que não podemos reduzir esses fenômenos a um nível estritamente fisiológico. Emoções e sentimentos são estados psicológicos que acompanham o estado motivacional, e manifestam-se por reações tão complexas que geralmente é preferível descrever a situação antes de tentar compreender o estado afetivo pelas expressões faciais e pela mímica da pessoa. Mas, é claro todos nós estamos interessados em saber o que ocorre com o organismo de uma pessoa quando há uma sensível alteração, como quando reage emocionalmente.
É a Afetividade que dá valor e a representa nossa realidade. Essa afetividade também é capaz de representar um ambiente cheio de gente como se fosse ameaçador, é capaz de nos fazer imaginar que pode existir uma cobra dentro do quarto ou ainda, é capaz de produzir pânico ao nos imaginar que podemos morrer de repente.
(http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=62. Acesso dia 15 de abril de 2012).  
  
Sabendo-se que a afetividade valoriza tudo em nossa vida, tudo aquilo que está fora de si, como exemplos os fatos e acontecimentos, bem como que estão dentro de nós causas subjetivas, como nossos medos, nossos conflitos, nossos anseios, etc.
Os fenômenos afetivos estão intimamente ligados com a qualidade das interações entre sujeitos e suas vivências, o que confere aos objetos culturais um sentido afetivo. Desta forma as conquistas do campo afetivo são utilizadas no campo cognitivo e o contrário também ocorre como em um entrelaçamento entre os dois.
As conquistas intelectuais são incorporadas a afetividade, dando-lhe um caráter eminentemente cognitivo. Quando são interligadas, afetividade e inteligência levam a criança a um nível de evolução muito elevado. Neste sentido Sergio Leite e Elvira Tassoni evidenciam que.
[...] a presença continua da afetividade nas interações sociais, além da sua influência também contínua nos processos de desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, pode-se se pressupor que a interação que ocorre no contexto escolar também é marcada pela afetividade em todos s seus aspectos. Pode-se supor, também, que a afetividade se constrói como um fator de grande importância na determinação da natureza das relações que se estabelecem entre os sujeitos (alunos) e os diversos objetos do conhecimento (áreas e conteúdos escolares), bem como na disposição dos alunos diante das atividades propostas e desenvolvidas. (LEITE e TASSONI, 2000, p. 9-10)
A influência da afetividade na relação professor-aluno foi problematizada nesse estudo. Pela interpretação feita pelos alunos sobre o comportamento do professor no momento de ensino-aprendizagem identificou uma natureza afetiva. A pesquisa foi realizada por vídeo-gravações onde os alunos opinavam sobre as cenas de seu cotidiano escolar, suas respostas foram separadas em três categorias: Proximidade, que consistia na presença física do professor em relação ao aluno; Receptividade, que se refere a movimentação do professor ao atender o aluno e os Conteúdos verbais, que aborda as formas utilizadas pelo professor para encorajar os alunos a avançarem na execução das atividades.
Os autores consideraram que as seguintes características no comportamento do professor, tais como:
O que se diz, como se diz, em que momento e por que – da mesma forma que o que se faz, como se faz, em que momento e por que – afetam profundamente a relação professor-aluno e, consequentemente, influenciam diretamente o processo de ensino aprendizagem, ou seja, as próprias relações entre sujeitos e objetos. Neste processo de inter-relação, o comportamento do professor, em sala de aula, através de suas intenções, crenças, seus valores, sentimentos, desejos, afeta cada aluno individualmente. (LEITE e TASSONI, p. 11)
Podemos constatar que a interpretação do aluno ao comportamento do professor é de natureza afetiva e tal relação influencia na aprendizagem, na relação do aluno com o objeto do conhecimento. As relações afetivas implicam na interação entre pessoas, assim como na relação ensino aprendizagem ficando impossível separar as origens afetivas mesmo nos momentos de transmissão e produção de conhecimento.
Nota-se que inteligência é um conjunto de funções, atitudes e habilidades que compõe as pessoas e ela é multidirecional que possui alguns aspectos desconhecidos. Uma criança poderia ser potencializada de uma forma adequada para construir o seu campo afetivo favorável à aprendizagem se o educador em relação com esse sujeito dar a exata compreensão de como ele está, e promover estágios para que ele avance.
O professor que tenha uma formação crítica ajuda muito na sua prática pedagógica. Muitos professores acreditam que as crianças não fazem ligações afetivas adequadas ou não se comprometem se empenham em cumprir as tarefas escolares, porém para que tais atividades aconteçam à criança deve se sentir inserida com o grupo, com o professor, com a escola. Não é uma ligação aleatória para o sujeito, estar inserido em um todo, um contexto mais envolvente do que se imagina, não é aquela ligação, aquele momento, existe todo um processo de construção da afetividade. O campo afetivo e a afetividade se constroem e são decorrentes das relações que uma criança estabelece. Essas relações se constroem e deixam sinais afetivos que são os sentimentos, que vão se mover, agir e interagir no mundo de forma positiva ou negativa.
Quanto melhor for a relação, o que não se deve ser confundido com não corrigir e não dar limites, mas sim o clima educacional que isso ocorre poderá promovera aprendizagem ou não. Deve-se usar toda a energia que a criança apresenta em determinada atividade, para que ela possa se empenhar, motivar, ter energia para desempenhar outros processos de aprendizagem.
[...] as relações de mediação feitas pelo professor, durante as atividades pedagógicas, devem ser sempre permeadas por sentimentos de acolhida, simpatia, respeito e apreciação, além de compreensão, aceitação e valorização do outro; tais sentimentos não só marcam a relação do aluno com o objeto de conhecimento, como também afetam a sua autoimagem, favorecendo a autonomia e fortalecendo a confiança em suas capacidades e decisões. (LEITE E TASSONI, P.20)
A afetividade também valoriza os fatos e acontecimentos de nosso passado e nossas perspectivas futuras.
Para que se possa compreender de forma mais ampla o tema da Afetividade na Educação Infantil. Primeiramente faz-se necessário tratar da psicologia do desenvolvimento infantil, especialmente o desenvolvimento cognitivo estudado por Jean Piaget.
A infância é uma etapa biologicamente útil, que se caracteriza como sendo o período de adaptação progressiva ao meio físico e social. A adaptação, aqui, é “equilíbrio”, cuja conquista dura toda a infância e adolescência e defina a estruturação própria destes períodos existenciais. Se tratando da educação infantil no contextoda educação moderna é preciso considerar quatro pontos fundamentais:
A significação da infância, a estrutura do pensamento da criança, as leis de desenvolvimento e o mecanismo da vida social infantil.
Ele concluiu pela existência de quatro estágios ou fases do desenvolvimento da inteligência. Em cada estagio há um estilo característico através do qual a criança constrói seu conhecimento.
· Primeiro estágio: Sensório motor (ou prático) 0-2 anos.
Trabalho mental. Estabelecer relações entre as ações e as modificações que elas provocam no ambiente físico; os exercícios dos reflexos, manipulação do mundo por meio da ação, ao final constância, permanência do objeto.
· Segundo estágio: Pré-operatório (ou intuitivo) 2-6 anos.
Desenvolvimento da capacidade simbólica (símbolos mentais: imagens e palavras que representam objetos ausentes); explosão linguística, características do pensamento (egocentrismo, intuição, variância): pensamento dependente das ações externas.
· Terceiro estágio: Operatório-concreto 7-11anos:
Capacidade de ação interna, características da operação reversibilidade, invariância, conservação, quantidade, peso, volume, capacidade de seriação e de classificação.
· Quarto estágio: Operacional-formal (abstrato) 11 anos.
Realiza-se através da linguagem (conceitos). O raciocínio é hipotético-dedutivo, levantamento e hipotético de deduções. Essa capacidade das palavras em relação ao recurso concreto permite ganho de tempo, aprofundamento do conhecimento e domínio.
O que ocorre para Jean Piaget, que a afetividade é uma espécie de “temperatura”, ou seja, intensidade, qualidade, modalidade, etc. por afetividade entenderam os sentimentos, prazer e desprazer, simpatia e antipatia, propriamente ditas e, em particular as emoções e as diversas tendências aí compreendidas, como as tendências superiores e, em particular, a vontade. “Como se vê, a afetividade é fator fundamental, na socialização do ser humano”. 
Pois, a afetividade se manifesta pelos interesses, pela motivação, pelo grau de dinamismo e pelo dispêndio de energia. Jean Piaget admite que desregulações de caráter afetivo possam obstruir o funcionamento da atividade cognitiva, da mesma forma como as motivações afetivas intensificam a operacionalidade intelectual. Mas a volta á normalidade, na área afetiva, não dispensa a recuperação dos prejuízos causados na área cognitiva.
5.2 Motivações na aprendizagem escolar
Quando se pensa em motivação, algumas indagações podem surgir em torno de resultados: o que leva alguém a concretizar algo? O que faz alguém a ir além dos propósitos e realizar uma ação? Por que pessoas executam uma mesma tarefa de forma tão diferente? A priori, tais questionamentos exigem uma observação minuciosa do processo ou fator motivacional que desperta esses impulsos no indivíduo, levando em conta uma determinada situação ou contexto.
O termo motivação tem sido mencionado com frequência no contexto educacional. Palestras e estudos acerca do tema têm ganhado espaço nos últimos anos na expectativa de compreender, de forma mais detalhada e específica, as características e os efeitos da motivação. Os autores Boruchovitch e Bzuneck (2009) trazem dados de que esse tema era pouco estudado até os anos 80 e que, a partir de então, começou um período de intensa pesquisa psicológica em todo o mundo sobre motivação no contexto escolar. Os autores supracitados pontuam o significado e o conceito de motivação a partir da própria origem etimológica da palavra, que vem do verbo latino moverei, dando origem ao termo motivo: “Assim, genericamente, a motivação ou motivo é aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar o curso” (BORUCHOVITCH E BZUNECK, 2009, p. 09). 
Ainda sobre motivação, Piletti (2013, p. 32), ao tratar sobre os motivos e suas funções, à luz de diversas teorias com suas interpretações para a motivação, traz o seguinte conceito:
Motivar significa predispor o indivíduo para certo comportamento desejável naquele momento. O aluno está motivado para aprender quando está disposto a iniciar e continuar o processo de aprendizagem, quando está interessado em aprender determinado assunto, em resolver um dado problema.
Sobre aprendizagem, Piletti (2013) registra dois grandes nomes nos estudos sobre aprendizagem, o pedagogo e filósofo John Dewey e o psicólogo Jerome Bruner. Ambos contribuíram no desenvolvimento da teoria cognitiva, a qual concebe a aprendizagem como solução de problemas:
É por meio da solução dos problemas do dia a dia que os indivíduos se ajustam ao seu ambiente. Da mesma forma deve proceder a escola, no sentido de desenvolver os processos de pensamento do aluno e melhorar sua capacidade para resolver os problemas do cotidiano (PILETTI, 2013, p. 24).
Segundo Dinah Campos (1986), a aprendizagem é um instrumento que influencia para a mudança de comportamento do educando, gerando um sistema de ajustamento individual:
A aprendizagem é um processo de atividade pessoal, reflexiva e sistemática, depende do acionamento de todas as potencialidades do educando, sob a orientação do educador, a fim de que o conduzam a um ajustamento pessoal e sociocultural adequado (CAMPOS, 1986, p. 104).
De antemão, nota-se que motivação e aprendizagem estão imbricadas e que são pontos essenciais no que diz respeito ao sucesso escolar.
A principal questão da psicologia da motivação é: "por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz”. Percebe-se a motivação como um dos fatores essenciais e imprescindíveis para o desenvolvimento do ser humano, especialmente das habilidades e das capacidades cognitivas e sociais, pois o processo do aprender não é estático, pelo contrário, está em constante evolução e inovação e deve ser acima de tudo, motivado. A respeito da motivação, Piletti (2013, p. 31) afirma:
A motivação é fator fundamental da aprendizagem. Pode haver aprendizagem sem professor, sem livro, sem computador, sem escola e sem porção de outros recursos. Mas, mesmo que existam todos esses recursos favoráveis, se não houver motivação, não haverá aprendizagem.
De acordo com o exposto, há muito que se refletir no sentido de verificar o nível de motivação dos alunos bem como a causa dos que estão desmotivados, já que, constantemente, ressurge a pergunta: O que pode motivar os educandos para que a aprendizagem seja eficaz? Há que se intensificar e concentrar esforços neste processo de pesquisa, explorando todas as possibilidades oriundas das respostas, a fim de desvendar com a máxima exatidão aquilo a que a pesquisa se propõe. 
Quando se trata do dia a dia de sala de aula, muitas são as prerrogativas sobre o porquê de determinados alunos estarem desestimulados, apáticos, tornando a rotina cansativa tanto para o educador quanto para o educando, uma vez que ao final se espera um bom resultado. Todavia, para alcançá-lo, tem que se repensar o processo educativo, que deve estar afinado com o fator motivação, a qual gera um bom desempenho conforme a visão de Boruchovitch e Bzuneck (2009, p. 12):
Mas a motivação, mediante seus efeitos imediatos de escolha, investimento de esforço com perseverança e de envolvimento de qualidade, conduz igualmente a um resultado final que são os conhecimentos construídos e habilidades adquiridas, ou seja, em última instância, ela assegura a ocorrência de produtos de aprendizagem ou tipos de desempenho socialmente valorizados.
Assim sendo, vê-se que a motivação é um tema de interesse para o contexto educacional, visto que se debate em larga escala a criticidade da educação brasileira, que apresenta baixo patamar no que diz respeito à aprendizagem, que, por sua vez, está atrelado ao nível de motivação. Neste ponto, Boruchovitch e Bzuneck (2009, p. 13) explicitam:
A motivação tornou-se um problema de ponta em educação, pela simples constatação de que, em paridade de outras condições, sua ausência representa queda de investimento pessoal de qualidade nas tarefas de aprendizagem. Alunos desmotivados estudam muito pouco ou nada e, consequentemente, aprendem muito pouco.
No que se refere à motivação

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