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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIIZ FEDERAL DA 5ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO DE PORTO ALEGRE processo nº 000001-01.2016.404.7102 GAUDÊNCIO FAGUNDES, brasileiro, profissão ..., portador do RG de nº ... e do CPF de nº ..., estado civil..., endereço..., vem, por intermédio de seu procurador signatário, com procuração acostada aos autos, com escritório na ....., onde recebe notificações e avisos de praxe, oferecer[2: Doc “1” Procuração] EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL Em face da ação movida pela União Federal e apresentada pela Procuradoria Geral da Fazenda, pelos fatos e fundamentos que seguem. GARANTIA DO JUÍZO Vem informar o embargante que, tempestivamente, foi realizada a garantia do juízo, nos termos do art. 8º da Lei 6.830/80, consoante comprovante em anexo. [3: Doc “2” comprovante de pagamento ] PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA A Procuradoria Geral da Fazendo ingressou com ação de Execução Fiscal em face do ora embargante a fim de executar a quantia de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) atinente títulos de ITR referente ao período entre os anos de 1997 a 2006 do imóvel rural situado na ... . Ocorre que o embargante carece de legitimidade para compor o polo passivo da presente demanda executiva, uma vez que não é o proprietário do referido imóvel, conforme documento em anexo.[4: Doc “3” Escritura Pública do imóvel] Destarte, o art. 4º da Lei 6.830/80 diz, de maneira taxativa, aqueles contra quem poderá ser promovida às ações de execução fiscal. “Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra: I - o devedor; II - o fiador; III - o espólio; IV - a massa; V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e VI - os sucessores a qualquer título.” Nesta senda, narra o art. 31 do Código Tributário Nacional que o “contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título”. Outrossim, vem indicar, fulcro artigo 339 do Código de Processo Civil, o Sr. Jair Kobe, nacionalidade..., profissão..., portador do CPF º..., residente e domiciliado na ..., como proprietário do referido imóvel e, consequentemente, titular do direito. DO MÉRITO III.I DA PRESCRIÇÃO Conforme já mencionado, a Procuradoria Geral da Fazendo ingressou com ação de Execução Fiscal em face do ora embargante a fim de executar a quantia de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) atinente títulos de ITR referente ao período entre os anos de 1997 a 2006 do imóvel rural situado na ... Não obstante, é preciso esclarecer, desde já, que a execução ora impugnada é totalmente infundada, haja vista que os referidos ITRs encontram-se prescritos. O Artigo 173, I do Código Tributário Nacional expressa que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Já, o artigo 174 do mesmo diploma legal, estabelece que a prescrição para a cobrança do créditotributário prescreve em cinco anos, bem como estabelece, em seu parágrafo único, os marcos interruptivos da prescrição. “Art. 174.A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.” Assim sendo, considerando que o despacho do juiz que ordenou a citação da presente execução fiscal ocorreu no dia 28 de outubro de 2016 e que os períodos dos tributos são dos anos de 1997 a 2006, denota-se estar prescrito os referidos ITRs, pelo lapso decorrido. Outrossim, o artigo 156, V do Código Tributário Nacional expressa que a extinção do crédito tributário se dá pela prescrição. IV. DOS PEDIDOS Ex positis, requer o embargante: A intimação do embargado para que, querendo, impugne os presentes embargos, no prazo de 30 dias; O acolhimento preliminar de ilegitimidade passiva, com a extinção do processo de execução fiscal; A procedência dos embargos, reconhecendo a prescrição executiva, relativamente à totalidade do débito ou, subsidiariamente, do débito referente aos exercícios de 1997 até 2005. A condenação do embargado aos honorários de sucumbência e custas processuais. Prova o alegado por meio de prova documental anexa. Dá-se a causa o valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais). Nestes termos, pede deferimento. Torres, 08 de abril de 2017. Advogado OAB/RS
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