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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS Fichamento de Estudo de Caso Larissa Souza da Costa Trabalho da disciplina Game Studies Tutor: Prof. Regina Lucia N. F. F. Batista Belo Horizonte 2017 2 Estudo de Caso: Estratégia de Negociação: Jogo de Reconhecimento de Padrões Estudo de caso de Harvard REFERÊNCIA: GREGORY, Barron; WHEELER, Michael. Habilidades e competências de um negociador fazem uma enorme diferença na negociação. Quando bem preparados, conseguem conduzir os negócios de forma eficaz ao lerem o comportamento de outras pessoas. Os sinais emitidos pelo “alvo” são captados e destrinchados, de forma que se transformam numa oportunidade benéfica para o estrategista. Contudo, na esfera da avaliação, sinais podem ser esquecidos ou mal compreendidos. Algumas pessoas conseguem confundir os negociadores mascarando suas estratégias, outras, são sendo tão claras em suas ações, criando-se um ruído na tentativa de decifrar as mensagens, dando margem para várias interpretações. Alguns estrategistas são meticulosos em suas negociações, avaliando as chances e apostando apenas em movimentos conservadores; outros tendem a fazer “jogadas” mais arriscadas. Analisar sempre o ambiente ajuda conhecer melhor o perfil do “adversário”: com algum tempo, você consegue notar as diferenças de comportamento. Decodificar e ser decodificado andam sempre juntos. Para cada ação existe uma reação, moldando assim as oportunidades de negociação. Ao oferecer um valor x por um determinado produto, por exemplo, você oferece ao comprador a possibilidade de aceitar sua oferta ou pechinchar o seu custo. A interação entre as partes permite a revelação de padrões. Um exemplo citado pelo estudo de caso, revela que se disponibilizarmos peças de xadrez, de forma aleatória, num tabuleiro, mestre e aprendiz quase se igualarão ao recriar de memória o cenário. Mas, ao interpretarem este mesmo tabuleiro como um jogo real, os aprendizes quase não irão muito além que quando viram as peças dispostas aleatoriamente; já os mestres conseguem concluir a tarefa com quase 100% de êxito, pois visualiza a posição das peças à intenção de jogo dos jogadores e quais os movimentos executados para chegarem naquele ponto. Um negociador experiente percebe três níveis diferentes de padrões: 1 – Reconhecer que jogo está sendo jogado, interpretando os sinais da outras parte. É mais passivo, ativo, defensivo... Porém, ao projetar as expectativas e pressupostos sobre o 3 comportamento do outro jogador, o negociador corre o risco de interpretar erroneamente os sinais; 2 – Oportunidades de mudar o jogo, baseando-se em experiências anteriores; 3 – Introspecção, voltando para si para tomada de consciência de hábitos e pressupostos. A rotina ajuda-nos a aprimorar certos costumes, como dirigir. Mas também pode ser perigosa ao induzir nosso comportamento ao “piloto automático”, quando é natural repetir aquela ação sem pensar, não analisando consequências ou não usando nossa intuição. A intuição permite que evitemos situações que nos expõe ao medo ou a sentimentos ruins. Mas também pode nos prejudicar se nossas ações forem mal interpretadas. Em interações complexas, vários são os fatores que guiam o comportamento das pessoas. Nossas ações podem influenciá-las, mas estamos também lidando com as expectativas que elas projetam sobre e interpretam com os sinais que emanamos. Se somos rejeitados num primeiro momento, podemos entender que a negociação será árdua, quando na verdade, nossa intenção inicial não foi bem interpretada. Da mesma forma, somos facilmente enganados pela aleatoriedade. Um problema difícil é subestimada por todos, mas conseguimos resolvê-lo facilmente. Entretanto, pode ser apenas uma questão de sorte. Provavelmente, a tendência é que poucas pessoas tenham essa mesma destreza. Enfim, mesmo se identificarmos corretamente o padrão, podemos não compreender as causas. A atribuição de ações ao caráter é um erro fundamental, segundo psicólogos. Em uma situação de alto stress, podemos buscar amenizar a pressão do ambiente ao invés de ensinar lições às pessoas. Reconhecer padrões vai além da interpretação de uma série de sinais (muitas vezes ambíguos). Mesmo desenvolvendo uma alta habilidade de análise, entender o porquê de muitas ações requer o entendimento de muitas outras coisas por trás do óbvio. A experiência aprimora o entendimento, mas sempre estamos à mercê de novas descobertas improváveis.
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