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AÇÃO PENAL

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AÇÃO PENAL 
1. Considerações introdutórias 
 Supressão da autodefesa x direito do cidadão de invocar a atividade 
jurisdicional do Estado para solucionar seus litígios e reconhecer seus 
direitos. 
 Fundamento Constitucional: Art. 5º, XXXV da CF. “A lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 
2. Conceito de ação penal 
 É o direito do Estado- acusação ou do ofendido de ingressar em juízo, 
solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das 
normas de direito penal ao caso concreto (NUCCI, 2008, p. 183) 
 No sistema jurídico brasileiro, a ação vem regulada tanto no CP (Arts. 100 
a 106), quanto no CPP (arts. 24 a 62) 
3. Características da ação penal3. Características da ação penal 
 É um direito autônomo, que não se confunde com o direito material 
que se pretende tutelar; 
 É um direito abstrato, que independe do resultado final do processo; 
 É um direito público, porque a atividade jurisdicional que se pretende 
provocar é de natureza pública. (ESTEFAM, 2012, p. 473) 
4. Processo, Procedimento e pressupostos processuais 
 Viabiliza-se a ação penal através de um processo, que segue um 
procedimento. 
 Procedimento: É a forma e o ritmo dado à sucessão dos fatos que 
buscam a sentença. 
 Pressupostos processuais: São os requisitos necessários para a existência 
e a validade da relação processual, permitindo que o processo possa atingir 
o seu fim. (NUCCI, 2008, p. 186) 
5. Condições genéricas da ação penal: 
 São condições que viabilizam o exercício da ação penal, e as chamadas 
condições de procedibilidade, cuja ausência importa a impossibilidade da 
persecução criminal. 
 São condições genéricas da ação penal: 
 1ª) Possibilidade jurídica do pedido; 
 2ª) Legitimidade de parte (legitimatio ad causam); 
 3ª) Interesse de agir. 
1ª) Possibilidade jurídica do pedido 
 Expressa-se na circunstância de que a conduta imputada na peça 
acusatória pelo autor da ação penal seja típica, ilícita e culpável. Dessa 
forma, para que o pedido seja juridicamente possível, é preciso que haja um 
dispositivo de lei determinando que a conduta descrita pelo acusador e 
imputada ao acusado constitua delito de natureza penal (crime ou 
contravenção). 
 Em outros termos, é preciso haver um tipo penal incriminando a conduta, 
que segundo o acusador, foi praticada pelo acusado. 
2ª) “Legitimatio ad causam” – Legitimação para agir 
 A ação penal deverá ser proposta pelo titular do “jus puniendi”, o Estado, 
em face do provável do autor da infração penal. Fala-se então em 
legitimação ativa e legitimação passiva. 
3ª) Interesse de agir (interesse processual) 
 Consubstancia-se na adequação da prestação jurisdicional pretendida 
e na utilidade do provimento final. Para que haja interesse, deverá a ação 
penal apresentar-se embasada em elementos idôneos que sirvam de 
suporte à imputação. 
 Justa causa: Elementos mínimos de convicção. 
6. Condições específicas (condições de procedibilidade) 
 São condições exigidas pela lei para o exercício da ação penal em 
determinados casos. São eles: 
 Representação do ofendido ou de seu representante; 
 Requisição do Ministro da Justiça; 
 
OBS.: Falta de condições da ação: Carência de ação 
7. Espécies de ação penal: 
A) pública B) privada 
 
 
CRITÉRIO PARA DETERMINAR A NATUREZA DA AÇÃO PENAL (CP, art. 100, 
§1º) 
a. No silêncio da lei, a ação penal será pública incondicionada. 
b. Será condicionada à representação do ofendido ou à requisição 
do ministro da Justiça quando houver norma exigindo 
expressamente tais requisitos para a propositura da ação penal. 
c. Por fim, existindo dispositivo dizendo que no crime “somente se 
procede mediante queixa” é sinal de que a ação tem natureza 
privada. (ESTEFAM, 2010, p. 180) 
8. Ação Penal Pública 
8.1) Titularidade 
 Cabe exclusivamente ao Ministério Público o exercício da ação penal 
pública, por meio do oferecimento da denúncia, devendo, também, atuar 
durante todo o curso do processo até a sentença final, desenvolvendo a 
acusação, velando pela legalidade no procedimento e interpondo os 
recursos cabíveis. (ESTEFAM, 2010, p. 180) 
8.2 Princípios 
a) Oficialidade 
 Os órgãos incumbidos de atuar na persecução penal na ação penal 
pública devem ser órgãos públicos, pois a atividade ali desenvolvida configura 
uma das atividades essenciais do Estado. (ESTEFAM, 2010, p. 180). 
 O órgão oficial para o oferecimento da denúncia será o MP. (Art. 129, I 
da CF e art. 257 do CPP). 
 
 
b) Obrigatoriedade ou Legalidade (CPP, art. 24) 
 Impõe-se ao representante do MP a propositura da ação penal sempre 
que contar com elementos suficientes a amparar a acusação (prova da 
materialidade do crime e indícios suficientes de autoria), sendo –lhe vedada 
qualquer apreciação acerca da oportunidade e conveniência da medida. 
(CURY, 2011). 
c) Indisponibilidade (CPP, arts. 42 e 576) 
 Não pode o MP desistir da ação penal (art. 42 do CPP), pois atua apenas 
no exercício de um direito que pertence ao Estado. 
d) Intranscendência 
 A ação penal será promovida sempre e somente contra as pessoas a 
quem se atribui a prática de uma infração penal, e nunca contra seus 
sucessores. (ESTEFAM, 2010, p. 180). 
 
e) Indivisibilidade 
 O raciocínio base é que se o MP tem indícios suficientes de autoria, ele 
deve oferecer denúncia contra todos os investigados. Não cabe ao MP 
escolher contra quem irá propor a ação penal. 
 OBS.: alguns doutrinadores dizem que na ação penal pública 
incondicionada vige o princípio da divisibilidade, pois o Parquet pode 
optar por processar alguns dos agentes e, caso não possua indícios 
suficientes no tocante aos demais, requerer novas diligências somente 
com relação a estes. (ESTEFAM, 2010, p. 180) 
 
8.3 Espécies de ação penal pública 
 a) Incondicionada; 
 b) condicionada (à Representação ou a Requisição do Ministro da 
Justiça.) 
 
a. Ação Penal Pública Incondicionada (APPI) 
 Conceito: É aquela que não se subordina a qualquer espécie de 
condição. 
b. Ação penal Pública Condicionada 
 Conceito: É aquela cujo exercício se subordina a uma condição. Esta 
condição deve ser a manifestação da vontade do ofendido ou de seu 
representante legal (representação) como a requisição do ministro da justiça. 
 Mesmo nesses casos a ação penal continua sendo pública, exclusiva do 
MP, cuja atividade apenas fica subordinada a uma daquelas condições. 
Espécies de Ação penal pública condicionada 
1ª) Ação penal Pública Condicionada à Representação; 
 É aquela que depende da representação do ofendido ou de seu 
representante legal para ser promovida. A representação não exige forma 
especial, podendo ser oral ou escrita. Deve conter todas as informações que 
possam servir à imputação dos fatos e da autoria. (ESTEFAM, 2010, p. 180) 
Conceito de representação: É a manifestação da vontade do ofendido ou de 
seu representante legal com o objetivo de autorizar o desencadeamento da 
persecução penal em juízo. 
Pode ser escrita ou oral (neste caso será reduzida a termo). Permite-se sua 
elaboração pelo próprio interessado ou procurador com poderes especiais. 
(ESTEFAM, 2010, p. 181). 
A representação é retratável até o oferecimento da denúncia (CP, art. 102 e 
CPP, art. 25) (ESTEFAM, 2010, p. 181). 
Prazo para representação 
 (Decadencial) - 6 meses contados do conhecimento da autoria do 
delito. A sua não observância gera extinção da punibilidade do agente, nos 
termos do art. 107, IV do CP. 
 Este prazo está previsto no art. 38 do CPP e art. 103 do CP. É prazo 
material, pois resulta extinção de punibilidade. 
 Deve ser contadode acordo com as regras do art. 10 do CP: Conta-se o 
dia do início e exclui-se o dia final: Ex: 19 de março é o início e termina em 18 de 
setembro de 2011. Este prazo não se interrompe e não se suspende. 
2ª) Ação penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça. 
 Requisição é a autorização baseada em razões políticas. Para que o MP 
promova a ação penal pública para a persecução de determinados crimes 
(crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República, ou contra 
Chefe de governo estrangeiro). 
 Poderá ser ofertada a qualquer tempo, enquanto não surgir causa 
extintiva de punibilidade. 
 A ação penal pública (incondicionada ou condicionada) se inicia com 
a denúncia, proposta pelo MP. 
 Denúncia: É a petição inicial da ação penal pública, seja 
incondicionada ou condicionada. Deve conter alguns requisitos, (Art. 41 do 
CPP) que são: 
 a) Exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias; 
 b) Qualificação do acusado ou a informação de elementos que possam 
identificá-lo; 
 c) Classificação da infração penal/tipificação do fato 
OBS.: O prazo para o MP oferecer denúncia é de 5 dias se o acusado estiver 
preso e de 15 dias se o acusado estiver solto. A não observância do prazo 
permite a propositura de Queixa Subsidiária por parte do ofendido ou de seu 
representante legal. 
9. Ação Penal Privada 
9.1 Titularidade 
 Cabe ao ofendido ou a seu representante legal (Art. 30 do CPP e art. 100, 
§ 2º do CP). 
 Poderá ser promovida por curador especial, nos casos do art. 33 do CPP 
e, na hipótese de morte do ofendido ou quando declarado ausente por 
decisão judicial, caberá o direito a seu cônjuge, ascendente, descendente 
ou irmão, os quais poderão prosseguir na ação penal já instaurada. 
 Nas ações penais personalíssimas, não se verifica essa sucessão, 
extinguindo-se o direito com a morte de seu único e exclusivo titular: o 
ofendido. 
 A queixa deverá ser oferecida por procurador com poderes especiais 
(art. 44 do CPP) 
 As pessoas jurídicas legalmente constituídas podem propor ação penal 
privada, desde que representadas por quem seus atos constitutivos 
designarem, ou, no silêncio deste, por seus sócios-gerentes (Art. 37 do CPP). 
9.2 Princípios 
a) Oportunidade: (Conveniência) - A lei confere à vítima ou a seu 
representante legal a faculdade, e não a obrigação de promover a 
ação penal, segundo um juízo de conveniência. 
 Objetivo deste princípio: Evitar vitimização secundária, fazendo com que 
as consequências do processo sejam mais gravosas do que a existência do 
próprio crime. (CURY, 2011). 
 b) Disponibilidade: Pertencendo a ação penal privada ao ofendido, 
poderá dela dispor, deixando de exercer seu direito. Após o oferecimento 
da queixa-crime, poderá desistir/dispor da demanda, através de duas 
causas extintivas da punibilidade, que são aplicadas, exclusivamente à 
ação penal privada, que são: 
 1ª) perdão aceito do ofendido (ato bilateral). O ato de perdoar pode ser 
expresso (explícito, declarado) ou tácito (com a prática de ato incompatível 
com o interesse de continuar na demanda. Ex: constituem sociedade, se 
casam). 
 2ª) Perempção: Art. 60 do CPP. Significa desídia, preguiça por parte do 
Querelante. Nos processos de Ação Penal privada, o Querelante é obrigado 
a dar andamento no processo, comparecer em audiência, formular 
pedidos, etc. 
 c) Intranscendência: Não pode a ação penal privada atingir pessoas 
estranhas à autoria do fato; alcança somente os autores, coautores e 
partícipes da ação penal. 
 d) Indivisibilidade: O ofendido não está obrigado a promover a ação 
penal, mas, uma vez disposto a tanto, deve necessariamente incluir todos os 
agentes da infração penal, não lhe abrindo a lei processual qualquer 
possibilidade de escolha (art. 48 do CPP). 
 
9.3 Espécies 
a) Ação Penal Privada Exclusiva ou propriamente dita ou Genuinamente 
Privada; 
 É aquela que deve ser proposta pelo ofendido ou por quem legalmente 
o represente para a persecução de determinados crimes, cuja apuração 
e julgamento ficam sujeitos à exclusiva iniciativa do ofendido. 
 A lei privilegia a posição da vítima, subordinando o direito de punir do 
Estado ao interesse privado do particular, evitando-lhe, nestes casos, 
indesejáveis e desnecessários constrangimentos. Por se tratar de 
exceção, a lei mencionará expressamente os casos em que procederá 
somente mediante queixa. 
 Prazo para o oferecimento da Queixa-crime: 6 meses contados do 
conhecimento da autoria delitiva. 
 O prazo é decadencial e contado de forma material, ou seja, contado 
nos termos do art. 10 do CP. Esse prazo não se interrompe e nem se 
suspende. 
 
b) Ação Penal Privada Subsidiária; 
 É aquela proposta pelo ofendido ou por seu representante legal nos 
crimes de ação pública se esta não for intentada no prazo legal pelo MP 
(art. 29, c.c art. 100, § 3º do CP). Havendo inércia do órgão acusador, a 
lei faculta ao ofendido iniciar o processo mediante Queixa-crime, desde 
que não tenha expirado o prazo decadencial. 
 
 
C) Penal Privada Personalíssima. 
 É aquela que só pode ser promovida pelo ofendido, afastando a 
incidência do art. 31 do CPP. No caso de morte ou de ausência da vítima, 
o direito de ação não poderá ser exercido por qualquer outra pessoa, 
pois se trata de legitimidade exclusiva. 
 Hipótese: art. 236, § único do CP – Crime de induzimento a erro essencial 
e ocultação de impedimento. 
 
9.4 Início da ação penal privada 
A ação penal privada será iniciada por meio de queixa-crime que 
deverá preencher os mesmos requisitos da denúncia (art. 41 do CPP). 
 Nos termos do ar. 44 do CPP, a queixa será oferecida por procurador com 
poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome 
do querelado e a menção ao fato criminoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ação penal pública Ação Penal Privada 
Titularidade: MP Titularidade: Ofendido ou seu representante legal 
Princípios: 
Oficialidade; 
Obrigatoriedade; 
Indisponibilidade; 
Intranscendência; 
Indivisibilidade 
Princípios: 
Conveniência ou oportunidade; 
Disponibilidade; 
Intranscendência; 
Indivisibilidade 
Espécies: 
 APPI 
 APP condicionada à representação 
ou requisição do ministro da justiça. 
Espécies: 
Propriamente dita 
Subsidiária da pública 
Personalíssima 
Início: Denúncia Início: queixa-crime

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