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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/GO.
Processo nº 0010001- 10.2017.518.0002.
Maria José Pereira, já qualificada nos autos em comento, não conformada com a R. Sentença vem à presença de Vossa Excelência, interpor:
RECURSO ORDINÁRIO
Com base no artigo 895, alínea "a" da CLT.
Satisfeitos os mandamentos legais requer seja recebidos e enviados à apreciação do Tribunal Regional.
Requer por fim, a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. 
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Goiânia, 24 de Novembro de 2017.
___________________________
Advogado
OAB/Nº (...)
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO
Processo nº: 0010001- 10.2017.518.0002
Recorrente: Maria José Pereira
Recorrido: Albano Machado
Origem: 2 ª VARA D O TRABALHO DE GO IÂN IA /G O 
EGRÉGIO TRIBUNAL 
COLENDA TURMA 
NOBRES JULGADORE S 
I. DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO:
A decisão proferida na 2ª Vara do Trabalho de Goiânia/GO trata-se de uma sentença, razão pela qual a atividade jurisdicional do Douto Juízo de primeira instância se encerra. Neste contexto, o reexame da decisão supracitada só poderá ser feita através de Recurso Ordinário, conforme preceitua o artigo 895, alínea "a" da CLT. 
Cumpre ressaltar que segue cópia das custas e depósito recursal devidamente recolhido, além do presente recurso ter sido interposto no actídio legal. 
Dessa forma, preenchido os pressupostos de admissibilidade requer o devido processamento do presente recurso. 
II. DA BREVE SÍNTESE DOS FATOS:
Foi ajuizada reclamação trabalhista em face da recorrente pleiteando horas extras; trabalhos em domingos; intervalo intrajornada; multa; reversão da justa causa; indenização por danos morais; honorários advocatícios. 
Entretanto, a respeitável Vara do Trabalho julgou a ação parcialmente procedente, determinando a condenação da reclamada nas verbas supracitadas. 
Neste caso, a referida decisão não merece prosperar, motivo pelo qual deve a sentença ser reformada, conforme os fundamentos que a seguir serão expostos: 
III. DA TEMPESTIVIDADE:
A decisão recorrida foi prolatada em 21/11/2017. 
A contagem do prazo iniciou-se no dia 21/11 /2017, tendo a recorrente, nos termos do art. 895 da C LT, o prazo de 8 (oi to ) dias para interpor recurso ordinário, o qual finda no dia 01/12 /2017 . Dessa forma, encontra-se atendido o prazo legal, sendo, portanto, tempestivo e não extemporâneo o presente recurso. 
 
IV. DOS MOTIVOS PARA A REFORMA DA RESPEITÁVEL SENTENÇA:
A) DOS FERIADOS TRABALHADOS EM DOBRO:
A decisão de primeiro grau julgou procedente o pedido de pagamento em dobro nos feriados, invocando a súmula 444 do TST. Veja um trecho da sentença:
[...] Como se infere, há previsão expressa de que o feriado deve ser pago em dobro, isto porque o trabalhador, mesmo em regime de 12x36, tem direito à folga neste dia, além daquelas 36 horas de descanso que são inerentes ao sistema em questão. Uma vez ocorrido o labor em dia de feriado, sem qualquer compensação, é devido seu pagamento em dobro. [...] 
[...] Diante do exposto, julgo procedente o pedido de pagamento em dobro dos feriados trabalhados, conforme se apurar em liquidação de sentença, e improcedente o pleito de pagamento dos domingos eventualmente laborados.
Com a devida vênia a decisão merece ser reformada, pois não cabe pagamento de feriado em dobro, pois o regime laborado pelo reclamante é 12x36 figurando natural que diversos dias laborados coincidam com feriados, no entanto Excelência ele trabalha dois dias e folga três, sendo assim compensados esses feriados nas somas.
Diante do exposto requer seja dado provimento ao recurso ordinário a fim de julgar improcedente o pedido de pagamento dos feriados em dobro.
B) DO INTERVALO INTRAJORNADA:
Afirma também o recorrido que, durante todo pacto laboral, jamais gozou do intervalo mínimo de 1 hora para descanso ou alimentação, nos termos do art. 71, caput da CLT, fazendo jus ao recebimento das horas laboradas em desrespeito ao intervalo mínimo de 1 hora para descanso e alimentação, como extras , acrescidas do devido adicional de 50%, com os devidos reflexos legais.
Inaplicável, quer seja da Súmula 437, do C. TST, inicialmente porque, mesmo que se considerasse o intervalo usufruído de forma parcial, não haveria que se falar em pagamento integral do intervalo, pois certamente ensejaria enriquecimento ilícito do RECLAMADO. Ressalte-se que o intervalo intrajornada constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho (Súmula nº 437 - TST), o que, por sua vez, é norma de ordem pública, aplicado a todas as categorias de trabalhadores: celetistas, estatutários, permanentes, temporários, avulsos ou domésticos, conforme art. 7º, inciso XX II, da Constituição Federal, constituindo, assim, um direito indisponível do servidor, ou seja, um direito que não pode ser dispensado pelo servidor, ainda que manifeste vontade nesse sentido.
Diante do exposto, requer-se o provimento do recurso ordinário para julgar improcedente o pleito.
482, “ h” da C LT. 
C) DA INDENIZAÇÃO DOS DANOS MORAIS:
A decisão de primeiro grau condenou a reclamante ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$10.000,00 (Dez Mil Reais), pelo fato de ter sido colocado na CTBS do trabalhador que a rescisão do contrato de trabalho se deu por justa causa.
Data vênia, equivocada está a respeitável sentença.
Apesar do §2º do art. 29 da CLT dizer que o empregador não pode mencionar na CTBS a justa causa e seu respectivo motivo, cabe mencionar Excelência que não houve por parte da recorrente a intenção de prejudicar o recorrido, bem como também, nenhum prejuízo foi comprovado nos autos em momento algum. 
Em atenção ao princípio da eventualidade, caso se entenda que há hipótese de reparação civil, o valor arbitrado (R$10.000,00) deve ser reduzido ou melhorado com base nos arts 884, 885, 886, 944, e 945 do C.C. que diz sobre a proporcionalidade e razoabilidade do quantum.
Esse foi o entendimento adotado pelo TST:
TRT-6 - Recurso Ordinário RO 00017144420105060101 (TRT-6)
Data de publicação: 19/07/2011
Ementa: RECURSO ORDINÁRIO. DANOS MORAIS. ANOTAÇÃO INDEVIDA NA CTPS. REFERÊNCIA A DETERMINAÇÃO JUDICIAL. A informação anotada na carteira profissional do Reclamante dificulta e até mesmo impossibilita a sua recolocação no mercado de trabalho. A expressa alusão a uma reclamação trabalhista anterior corresponde a dar publicidade do fato àqueles que serão os responsáveis por oportunidades de emprego em período posterior. (Processo: RO - 0001714-44.2010.5.06.0101, Redator: Eneida Melo Correia de Araújo Data de julgamento: 19/07/2011, Segunda Turma, Data de publicação: 01/08/2011)
Encontrado em: ao pagamento de indenização por danos morais, no valor arbitrado em R$ 3.000,00 (três mil reais). Recife, 20
Diante do exposto, caso não seja o pleito julgado improcedente requer que seja o valor da indenização drasticamente reduzido.
D) DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:
A Recorrente foi condenada ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 5% do valor da condenação apurado em sede de liquidação de sentença. 
Vale ressaltar que a reclamação trabalhista foi distribuída antes da vigência da Lei nº 13.467/17, ou seja, anteriormente à existência da nova regra dos honorários advocatícios previsto no art. 791-A da CLT ser aplicada.
Não se pode perder de vista que a condenação carece de lógica jurídica, pois a própria sentença reconhece o estado de dificuldade econômica da recorrente, deferindo-lhe os benefícios da assistência judiciária gratuita, o que, consequentemente, implica na desnecessidade do recolhimento de custas e do depósito recursal. 
Desta forma, requer seja dado provimento ao recurso ordinário julgando improcedente o pagamento dos honorários advocatícios.
V. DO PEDIDO:
Diante do exposto, requer seja dado provimento ordinário nostermos da fundamentação supra.
Goiânia, 24 de Novembro de 2017.
_____________________________
Advogado
OAB/Nº (...)